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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

Decreto nº 1.171/1994 – Comissões e Exercícios


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DECRETO N. 1.171/1994 – COMISSÕES E EXERCÍCIOS

Comissões e Exercícios

No capítulo II do Decreto, há o título “das comissões”, mas em 2007, houve a edição do


Decreto 6.029, o qual descreveu como as Comissões de Ética iriam funcionar. Antes dele,
havia a resolução n. 10 da Comissão de Ética Pública, que também fala da comissão de ética.

Definição de servidor público

Definição ampla

”Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo
aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natu-
reza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde
que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias,
as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de
economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado”.

• Servidor Público para fins de apuração de falta ética não tem a mesma definição que
a lei 8.112 traz, a qual é restrita.
• Servidor público inclui toda as pessoas que de alguma forma estejam ligadas ao ser-
viço público onde prevaleça o interesse o Estado.

Comissões de ética

Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autár-


quica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas
pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética.

• Inclui também as empresas públicas e sociedades de economia mista.


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• A comissão de ética que serão criadas são as reguladas pelo decreto 1.171/94. Isso
não quer dizer que não possam ser criadas outras comissões de ética.
• Tais comissões estão dispostas no Decreto 6.029/2007.
ANOTAÇÕES
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Função das comissões de ética

Encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no trata-


mento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concreta-
mente de imputação ou de procedimento susceptível de censura.

• O conhecimento vem por denúncia de qualquer pessoa ou por ação da comissão, que
também pode agir de ofício.

Fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro de carreira dos servido-


res, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções
e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público.

• A conduta ética pode impactar na progressão funcional.


• O registro não é restrito, nem sigiloso.

Penalidade

Existe diversos desvios éticos, alguns deles, pela sua natureza, são também, crimes.
Outros, podem ser também questões de área cível, além de ensejarem penalidades admi-
nistrativas.
Para fins de prova, é necessário saber que a única penalidade que a comissão de ética
pode dar a um servidor, após o processo de apuração, é a censura.
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• Censura
• A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fun-
damentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes,
com ciência do faltoso.
– O servidor possui o prazo de 10 dias para oferecer prova e contraprova.

• Como isso é feito? Resolução n.10 da Comissão de Ética Pública e decreto 6.029/2007
- Se o servidor for alta autoridade, o processo ocorrerá na Comissão de Ética
Pública. Se o servidor for comum, ocorrerá na Comissão de Ética do órgão dela.

• Cuidado: CENSURA ÉTICA X CENSURA


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– Censura ética é para altas autoridades.


– Censura comum é para servidores comuns.

ATENÇÃO
• No campo de estudo das legislações sobre ética, existem outros documentos normati-
vos, como o código de conduta da alta administração, o decreto 6.029/07 e as resolu-
ções da Comissão de Ética Pública.
• Cuidado para não confundir assuntos que estão em outros documentos normativos,
principalmente ao resolver questões.
• Resolva muitas questões e cuidado com a interpretação de texto.

Exercícios sobre o decreto 1.171/94

DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE) Constitui regra deontológica do Código de Ética Profissional do Servidor Pú-
blico Civil do Poder Executivo Federal o dever do servidor público de jamais desprezar
o elemento ético de sua conduta.

COMENTÁRIO
Dificilmente a baca cespe vai confundir regras deontológicas com deveres. O servidor pú-
blico jamais deve desprezar o elemento ético de sua conduta.

2. (CESPE) Comissões de ética são obrigatórias para todos os órgãos da administração


pública federal direta, sendo facultativas para entidades da administração indireta.
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COMENTÁRIO
Instituir comissões de ética é obrigatório para todos os órgãos públicos da administração
direta e indireta.

3. (CESPE) É dever do servidor público facilitar a fiscalização de serviço público cuja pres-
tação esteja sob sua responsabilidade.
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COMENTÁRIO
É vedado ao servidor público dificultar o acesso à fiscalização, devendo facilitá-la.

4. (CESPE) Apesar de a função pública ser tida como exercício profissional, ela não se
integra à vida particular do indivíduo e, portanto, os atos praticados em sua vida privada
não poderão acrescer ou diminuir o seu conceito na vida funcional.

COMENTÁRIO
A moralidade acompanha o servidor de forma elástica até a sua vida privada. Tudo o que
o servidor faz em sua vida privada pode acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida
funcional.

5. (CESPE) A comissão de ética de um órgão, caso todos os seus integrantes estejam de


acordo, pode aplicar penas que vão desde a censura até a demissão de um servidor.

COMENTÁRIO
Um servidor pode ser demitido por falta ética, mas não pela comissão de ética e sim dentro
de uma esfera disciplinar.

6. (CESPE) O servidor que alegar desconhecimento de alguma norma de serviço ou legis-


lação inerente ao órgão em que atua contrariará os preceitos fundamentais de ética do
setor público.

COMENTÁRIO
É dever do servidor público manter-se atualizado, logo ele não poderá alegar desconheci-
mento de alguma norma de serviço ou legislação inerente ao órgão em que atua

7. (CESPE) O uso do cargo ou função pública para obter favorecimento, desde que não
haja prejuízo a outrem, não constitui afronta à ética e à moral do serviço público.
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COMENTÁRIO
Pelo ponto de vista filosófico, sempre haverá prejuízo, mesmo que este não seja visível.
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8. (CESPE) A ausência injustificada de um servidor público ao seu local de trabalho cons-


titui fator de desmoralização do serviço público.

COMENTÁRIO
A ausência injustificada de um servidor público ao seu local de trabalho constitui fator
de desmoralização do serviço público e quase sempre conduz à desordem nas relações
de trabalho.

9. (CESPE) Do ponto de vista atitudinal, o servidor público, no desempenho das suas


atribuições, deve respeitar a hierarquia, tomando cuidado ao representar contra deter-
minados comprometimentos indevidos da estrutura em que se funda o poder estatal.

COMENTÁRIO
O texto traz a palavra “sem temor”, “sem temor ao representar contra determinados com-
prometimentos indevidos da estrutura em que se funda o poder estatal”

10. (CESPE) Servidor público apresentar-se ao trabalho com vestimentas inadequadas ao


exercício do cargo não constitui vedação relativa a comportamento profissional e atitu-
des éticas no serviço.

COMENTÁRIO
É dever do servidor público utilizar vestimentas adequadas à cultura organizacional.

11. (CESPE) Não são considerados servidores públicos, para fins de apuração de com-
portamento ético pela Comissão de Ética, aqueles que prestem serviços de natureza
excepcional à administração, com ou sem remuneração.
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COMENTÁRIO
São considerados servidores públicos, para fins de apuração de comportamento ético pela
Comissão de Ética, aqueles que prestem serviços de natureza excepcional à administra-
ção, com ou sem remuneração.
A definição de servidor público é ampla.

12. (CESPE) Ao deixar de pedir a nota fiscal em uma compra, um servidor público descum-
pre seu dever como cidadão, ferindo princípios éticos que buscam a universalização e
efetividade dos direitos e garantias, uma vez que ele deixa de colaborar para o custeio
comum das despesas com os serviços prestados à população.

COMENTÁRIO
Constitui um dos deveres do servidor pedir nota fiscal.
25m

13. (CESPE) De acordo com a Constituição Federal de 1988, que resguarda a liberdade e
a proteção da intimidade individual, os atos não criminosos praticados na esfera priva-
da não poderão ter repercussão na esfera ética dos agentes públicos, ainda que esses
atos guardem relação com as atribuições de seu cargo.

COMENTÁRIO
Aquilo que o servidor público faz fora do trabalho e que exponha a imagem da instituição
pode acrescer ou diminuir o seu conceito na vida funcional.

14. (CESPE) Situação hipotética: Servidor público, ocupante de cargo de chefia, flagrou
um colega de trabalho assediando sexualmente a secretária da repartição onde ambos
trabalham e, em solidariedade a esse colega, não denunciou o ato.
Assertiva: Nessa situação, como a motivação original para a omissão do fato foi o espírito
de solidariedade, a atitude do servidor não poderá ser caracterizada como desvio ético.

COMENTÁRIO
É desvio ético do servidor não denunciar.
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15. (CESPE) A publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e


moralidade, pois a omissão de informação resulta em comprometimento ético contra o
bem comum.

COMENTÁRIO
A publicidade possui exceções, existem atos que não são públicos.

16. (CESPE) O ato de iludir pessoa que necessite do atendimento é uma das vedações
previstas no Código de Ética Profissional do Servidor Público, porém a tentativa não
encontra previsão expressa.

COMENTÁRIO
É vedado ao servidor público iludir ou tentar iludir.

17. (CESPE) Destratar uma pessoa pagadora de seus tributos, direta ou indiretamente,
implica causar-lhe dano moral, tanto como danificar qualquer bem pertencente ao patri-
mônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade. Ressalta-se que isso não
constitui apenas um ultraje ao equipamento, às instalações ou ao Estado, mas a todos
que participaram do certame de construção, o que demandou dessas pessoas esforço
intelectual, tempo, perspectivas e bastante diligência para edificá-los.

COMENTÁRIO
Trata-se de uma regra deontológica.

18. (CESPE) O registro sobre a conduta ética do servidor será fornecido pela comissão de
ética aos organismos encarregados da execução do quadro de carreira, com o objetivo
de instruir e fundamentar promoções.

COMENTÁRIO
É o que está disposto no Capítulo II.
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19. (CESPE) Palavra ética, do grego ethos, significa caráter, qualidade do ser, enfim mo-
rada do ser.
Leandro Bortoleto e Perla Müller. Noções de ética no serviço público para os concursos
de técnico e analista dos tribunais e do MPU. Editora Jus Podivm, 2018. p. 13.
Com relação à ética no Setor Público, julgue o item.
O servidor público deve atentar–se para não agir de modo negligente, bem como deve
evitar omitir ou falsear a verdade.

COMENTÁRIO
O servidor não deve omitir ou falsear a verdade.

20. (CESPE) com relação à ética no Setor Público, julgue o item. O servidor público tem
como deveres atender com presteza o público e cuidar da coisa pública, sendo–lhe, por
isso, facultado apropriar–se apenas de pequenos bens, como papéis, grampos, clipes
e canetas, à sua disposição no exercício de suas funções.

COMENTÁRIO
O servidor não pode apropriar-se de qualquer objeto.
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GABARITO
1. C
2. E
3. C
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12. C
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14. E
15. E
16. E
17. C
18. C
19. C
20. E

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preparada e ministrada pela professora Kátia Lima.
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