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Ementa do Decreto nº 1.171/1994
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AULA 01
ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PARA O CARGO DE
‘ATA’ DO MINISTÉRIO DA FAZENDA – Teoria e Exercícios
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA
Confiram:
Ética:
1. Parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da
conduta humana. É ciência normativa que serve de base à filosofia prática.
2. Deontologia.
Deontologia:
Parte da Filosofia que trata dos princípios, fundamentos e sistemas de moral;
estudo dos deveres. (“Teoria dos Deveres”)
Deontologia Jurídica3:
Ciência que cuida dos deveres e dos direitos dos operadores do direito, bem
como de seus fundamentos éticos e legais. “Ciência dos Deveres”.
Moral:
Parte da Filosofia que trata dos atos humanos, dos bons costumes e dos
deveres do homem em sociedade e perante os de sua classe. 2. Relativo à
moralidade, aos bons costumes.
Moral pública:
Designativo dos preceitos gerais de moral que devem ser observados por todos
os membros da sociedade.
Ética social:
Parte prática da filosofia social, que indica as normas a que devem ajustar-se
as relações entre os diversos membros da sociedade.
Ética no Trabalho:
Conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma
profissão.
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Fonte: www.michaelis.uol.com.br
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Esta definição, ao contrário das demais, foi retirada do sítio do Wikipédia: pt.wikipedia.org
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Dignidade:
Modo de proceder que infunde respeito; elevação ou grandeza moral; honra;
respeitabilidade.
Decoro:
Dignidade moral, honradez, nobreza; respeito de si mesmo e dos outros;
acatamento, decência; conformidade do estilo com o assunto.
Zelo:
Desvelo, cuidado, diligência, vigilância.
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Dicionário Online Michaelis
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Percebam que os servidores, além de decidir, sob a ótica da ética, entre legal e
ilegal, justo e injusto, conveniente e inconveniente, oportuno e inoportuno,
deverão, sempre, direcionar suas decisões em prol da honestidade.
No final do inciso, o Código faz remissão à nossa Magna Carta e, por mais que
saibamos o conteúdo do famoso caput do art. 37, precisamos aproveitar o
momento para termos novo contato com o texto legal e refrescarmos a
memória com os conceitos dos princípios constitucionais ali presentes:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte: [...]
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo
da ação penal cabível.
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Inciso II do artigo 5º da Constituição Federal de 1988
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Rocha, Cármen Lúcia Antunes. O Princípio Constitucional da Igualdade. Belo Horizonte: Lê, 1991, p.85
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Equidade: Justiça natural. Disposição para reconhecer imparcialmente o direito de cada qual. Igualdade,
justiça, retidão. (fonte: Dicionário Online Michaelis UOL)
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Lei Maior e Carta Magna são expressões utilizadas que se referem à Constituição Federal
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a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá
consolidar a moralidade do ato administrativo.
Costumo dizer que este inciso tem mais caráter motivacional do que
regulamentador. Mas, é claro, que deve ser observado pelos servidores
públicos.
Por fim, o inciso faz menção à dignidade humana. Vamos, então, relembrar a
posição em nosso ordenamento jurídico deste importante elemento:
Podemos dizer que o inciso IX guarda correlação com o art. 116 VII da Lei
8.112/1990, confiram comigo:
E, por fim, gostaria que todos guardassem este “recado” trazido pelo inciso IX:
Para tornar nossa aula mais dinâmica, evitando longas e extensas transcrições
de textos legais, vamos transcrever, num quadro-resumo, as alíneas deste
inciso XIV, que trazem os deveres fundamentais do servidor público, de forma
didática, visando facilitar a memorização de todos vocês.
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Procrastinação: Ato ou efeito de procrastinar; adiamento, delonga, demora.
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Probo: De caráter íntegro; honesto, justo, reto. Antônimo: ímprobo, desonesto.
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PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO
Escolhendo, sempre, a melhor e a mais vantajosa opção p/ bem comum;
Não retardar qualquer prestação de contas (condição essencial da gestão
dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo);
Tratar cuidadosamente os usuários dos serviços;
Aperfeiçoar, sempre que possível, a comunicação e contato com o público;
Saber que seu trabalho é regido por princípios éticos, que se materializam
na adequada prestação dos serviços públicos;
Ser cortês;
Ter urbanidade12;
Ter disponibilidade;
Ter atenção;
Respeitar a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do
serviço público;
Evitar qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo,
nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social
(evitando, dessa forma, causar-lhes dano moral);
Ter respeito à hierarquia;
Representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em
que se funda o Poder Estatal, sem qualquer temor;
Resistir a pressões de:
Superiores hierárquicos,
Contratantes,
Interessados e
Outras pessoas que visem obter quaisquer favores, benesses13 ou
vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou
aéticas e denunciá-las;
Zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da
defesa da vida e da segurança coletiva;
Ser assíduo ao serviço;
Ser frequente ao serviço;
Ter consciência que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado,
refletindo negativamente em todo o sistema;
Comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato
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Reto: Íntegro, imparcial, equânime (Homem reto); de acordo com a justiça.
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Urbanidade: Qualidade do que é urbano; delicadeza, cortesia; civilidade, polidez. Antônimo: grosseria.
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Benesse: Lucro que não depende de trabalho.
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PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO
contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis;
Manter limpo o local de trabalho;
Manter em perfeita ordem o local de trabalho;
Seguir métodos adequados de organização e distribuição do local de
trabalho;
Participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do
exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum;
Apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da
função;
Manter-se atualizado com instruções, normas de serviço e legislação
pertinente ao órgão onde exerce suas funções;
Cumprir suas tarefas conforme normas de serviço e instruções superiores,
com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem;
Facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de direito;
Exercer suas atribuições c/estrita moderação as prerrogativas funcionais;
Exercer suas atribuições conforme os legítimos interesses dos usuários do
serviço público e dos jurisdicionados administrativos;
Abster-se de exercer suas funções e autoridade com finalidade estranha ao
interesse público;
Não cometer qualquer violação expressa à lei;
Divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência
deste Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento.
Percebam que a grande maioria dos deveres, como não poderia deixar de ser,
encontra correlação com os regulamentados no artigo 116 da Lei nº
8.112/1990.
Quero muito que todos vocês estejam afiados quanto aos deveres e proibições
dos servidores públicos civis da União (daqui a pouco traremos o art. 117):
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Mister: Emprego, ocupação; serviço, trabalho
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Não é por estar fora do serviço que o servidor público está totalmente
desvinculado ao seu Código de Ética. Comprovem isto na releitura da
proibição contida na alínea ‘n’ do inciso XV:
n) Apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;
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Os incisos XVII, XIX, XX, XXI, XXIII e XV encontram-se revogados pelo Decreto nº 6.029/2007
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competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de
procedimento susceptível de censura.
Este Decreto revogou os incisos XVII, XIX, XX, XXI, XXIII e XXV deste Código
de Ética e estabeleceu a forma de composição e as atribuições das Comissões
de Ética.
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Ementa do Decreto Federal nº 6.029/2007
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Censura:
A pena de Censura traz similaridade com a da Advertência, sendo que a
Censura pode ser verbal ou escrita e a segunda, na grande maioria das vezes,
deve ser formalmente registrada por escrito.
Apesar de nosso edital não trazer, expressamente, este decreto, vamos trazê-
lo, numa rápida releitura didática, com atenção especial para os dispositivos
que tratam das Comissões de Ética tratadas no Decreto nº 1.171/1994, por
entender que ajudarão em nossa preparação.
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CCAAF: Código de Conduta da Alta Administração Federal
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