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AULA 03

ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PARA O CARGO DE


‘ATA’ DO MINISTÉRIO DA FAZENDA – Teoria e Exercícios
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA

Olá, Futuro Assistente Técnico-Administrativo do Ministério da Fazenda (ATA)!

Acredito que os princípios e premissas sobre a “Ética no Serviço Público”, após


nossas duas aulas, ficaram bem sedimentados.

Corroborado com isto, nesta reta final, gosto de priorizar as análises e


comentários em questões de concursos já realizados, por entender que esta
prática traz resultados mais frutíferos para a preparação de cada um de vocês.

Por isto mesmo, traremos mais algumas considerações acerca do tema e


iniciaremos nova bateria de exercícios.

Conforme prometido, inserirei, no início da bateria de exercícios, os


enunciados de questões elaboradas pela ESAF, que encontrei em
concursos já realizados, que cobraram o Decreto nº 1.171/1994.

Boa aula para todos nós !!!

Críticas e sugestões poderão ser enviadas para:


henriquecampolina@pontodosconcursos.com.br
Prof. Henrique Campolina
Fevereiro/2014

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1. Ética no Serviço Público (continuação)

1.5. Ética e moral: princípios e valores; Ética e democracia: exercício


da cidadania, Ética e função pública e Ética no setor público.

Como, praticamente iniciamos os estudos com o Código de Ética trazido pelo


Decreto 1.171/1994, vamos, agora, trazer uma introdução breve e objetiva.

Percorreremos de forma suave estes itens de nosso conteúdo programático,


que traz conceitos e situações genéricas, sem uma legislação específica.

Ética e moral: princípios e valores

No mundo contemporâneo, existem diversas demandas, incorporadas por um


clamor popular, que exigem posturas morais e éticas de cada cidadão junto à
sociedade e comunidade de seu convívio.

Discussões que ocupam salas de aula e de estudos, diretorias de instituições


de ensino, mesas de bares, reuniões familiares e corporativas, debatem a
importância de se resgatar sentimentos, posturas, limites e valores éticos e
morais.

Eu, particularmente, vejo nossa sociedade nacional contaminada por 2 práticas


corriqueiras, que gosto de chamar de “chagas sociais brasileiras”:

• “Jeitinho Brasileiro”: diversas condutas equivocadas, distorcidas e


desviadas são, cotidianamente, justificadas, com certo ar de
superioridade, ao famoso jeitinho brasileiro. Que nada mais é do que
uma prática de se evitar a conduta normal e esperada pelo homem
médio1, para, através de um “atalho”, nem sempre ético, conseguir
alguma vantagem a mais. Tais vantagens vão desde a redução de um
tempo de espera em determinado local (uma fila, por exemplo) até
rendimentos pecuniários ($$).

1
Homem médio: termo jurídico utilizado para referir-se a uma pessoal com padrões normais
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• “Lei de Gerson”: outra prática abominável. Aqui, novamente se sentindo


o “espertalhão”, a pessoa adota uma conduta desapropriada ou, até
mesmo, ilegal, visando atingir seu objetivo, sob o lema de “levar
vantagem em tudo, a qualquer preço”.

Peço licença a todos que não comungam com minha opinião para dizer que,
enquanto estas “consagradas” práticas sociais se perdurarem em nossa
sociedade, não conseguiremos romper a enorme barreira existente entre os
intitulados 1º e 3º Mundos.

Voltemos à ética, conforme trouxemos na aula passada:

ÉTICA
Parte da Filosofia que estuda os valores
morais e os princípios ideais da conduta
humana.

Ciência normativa que serve de base à


filosofia prática.

E, como não poderia deixar de ser, estes clamores sociais miraram os serviços
públicos, que, até mesmo em virtude de sua natureza, têm obrigação de
estarem embasados e fundamentados em princípios éticos, morais,
transparentes, honestos, justos, convenientes, oportunos e eficazes.

Podemos dizer que, etimologicamente, servidor vem de “servir”, “servidão”.


Tal conclusão é perfeitamente identificada na regra deontológica contida no
inciso V do Código de Ética que acabamos de estudar.

Vejam como esta servidão visa o bem comum, atingindo a todos os cidadãos
presentes no respectivo ciclo social destinatários daqueles serviços públicos.

V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a


comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu
próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da
sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado
como seu maior patrimônio.
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As normas éticas, conforme percebemos perfeitamente ao abordamos o Código


contido no Decreto nº 1.171/1994, visam ditar e orientar as pessoas na
direção da melhor forma de se postarem perante si próprias e a sociedade na
qual elas estão inseridas.

Já trouxemos os conceitos de ética e moral, que são temas de difundido gosto


entre os estudiosos, sendo alvo de debates, teses e doutorados.

Para finalizar a eterna discussão sobre ética e moral e seguirmos em frente,


vou transcrever um trecho do livro de Zajdsznajder2.

O interessante do pensamento desse autor é a forma de considerar ética e


moral dentro do mesmo contexto (para vocês perceberem como esse assunto
pode ser tratado de maneira diferente pela literatura):
“As discussões sobre ética costuma começar com uma distinção
entre ética e moral. A primeira é entendida como algo ideal e
filosófico. A segunda, como a prática real de um grupo, de uma
sociedade. Consideramos que, em geral, essa discussão traz muito
pouca luz. Não distinguimos a moral da ética. A palavra, ética, vem
do grego ethos, que quer dizer caráter ou hábito, e também
morada. Quando os romanos a traduziram, fizeram uso do termo
mores, que significa costumes. As duas expressões buscam captar
algo que é complexo e multifacetado: um todo que contém pelo
menos as seguintes partes:
1. Um conjunto de normas codificadas ou não sobre como devem
se conduzir as pessoas e as instituições nas diversas situações
que se apresentam na vida, servindo para distinguir o que é
um bom ou um mau comportamento e estabelecendo de algum
modo o que seria um comportamento correto ou ideal;
2. Um conjunto de ideias acerca de como deve ser conduzida a
vida humana para que seja considerada boa ou feliz;
3. A maneira como as pessoas e instituições comportam-se
realmente na prática;
4. A reflexão e o raciocínio que ocorrem quando se tomam
decisões ou se resolve agir, segundo o que é correto ou
incorreto, no sentido de bom ou mau;
5. Os sentimentos das pessoas diante de seus próprios
comportamentos ou de outros, como vergonha, remorso,
piedade, orgulho;
6. As reflexões sobre a origem das normas, o seu fundamento, a
sua justificativa.”

2
ZAJDSZNAJDER, Luciano. Ser ético. Rio de Janeiro: Gryphus, 1994.
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Quero, aqui e agora, falar sobre outros dois importantes Pontos éticos: os
Princípios e os Valores:

Princípios: normas ou norteadores (conjunto de regras) que orientam as


pessoas em diversas situações particulares ou funcionais.
Cada sociedade forma, ao longo de sua existência, seus
princípios.
E não é por serem diferentes entre si, que podemos falar que um
está correto e o seu antagônico errado.
É preciso analisar o contexto onde estão inseridos, para perceber
que para cada realidade determinou a concepção de seus próprios
princípios.

Valores: também são fundamentais para a harmonia de uma sociedade,


assim como ocorre na formação dos princípios, os valores vão
surgindo, crescendo, modificando ou ratificando, fortalecendo no
decorrer do tempo, sendo transportados de geração em geração.
Quanto mais aderente aos anseios das pessoas que compõe a
sociedade, maior será o “valor social” de determinada situação.
Podemos, desta forma, dizer que os valores ponderam as condutas e
os caráteres de seus autores, seja o indivíduo, seja um grupo de
pessoas.

Diante dessas características, podemos concluir que princípios e


valores éticos surgem à medida que novas demandas e situações são
criadas, colocadas, presenciadas e vividas pela sociedade.

Vamos, então, trazer alguns princípios éticos gerais e funcionais3, para ilustrar
este Ponto de nossos estudos, já os aplicando às condutas dos agentes
públicos:

3
Em virtude do forte caráter didático do Código de Conduta do Banestes S.A., o utilizaremos para
embasar as sintéticas explicações dos princípios éticos trazidas neste Capítulo de nossa aula. Também
buscaremos verbetes no dicionário online Michaelis.
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Princípios Éticos Gerais

Probidade: baseia-se na conduta honesta e justa, onde o agente deve agir


com integridade de caráter, retidão e honradez, procurando
satisfazer o interesse geral e comum e descartando toda
vantagem pessoal, quer para si, quer para terceiros;

Prudência: baseia-se na atuação com capacidade sobre os assuntos tratados.


O agente, no exercício de suas atribuições, deve inspirar confiança
em seus superiores hierárquicos e na sociedade. Evitando atitudes
que comprometam a finalidade de suas ações e atribuições.
Virtude que nos faz prever e evitar as faltas e os perigos e que
nos leva a conhecer e praticar o que nos convém. Cautela,
precaução.

Idoneidade: conjunto de qualidades que distinguem o indivíduo, pela boa


prática dos deveres e costumes, dignificando-o no conceito
público.

Temperança: baseia-se no desempenho de suas atribuições com moderação e


sobriedade. O agente deve utilizar das prerrogativas inerentes
de seu cargo/função e os meios de que dispõe visando
unicamente a correta e eficaz execução de suas atribuições e
cumprimento de seus deveres e metas.

Respeito: o agente não deve discriminar ou permitir a discriminação de


qualquer natureza. Também não deve destratar, ameaçar, oprimir,
constranger, caluniar ou desqualificar quem quer que seja. Ou
seja, deve, sempre, tratar as pessoas com respeito.

Responsabilidade: é imprescindível que o agente cumpra suas atribuições e


deveres com responsabilidade.
Ou seja, ele deve responder pelos próprios atos.

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Princípios Éticos Funcionais

Lealdade: o agente público deve lealdade ao órgão ou entidade na qual esteja


lotado.

Capacitação: o agente deve se capacitar para desempenhar suas atribuições


(responsabilidade compartilhada pelo próprio órgão/entidade),
mantendo-se atualizado, conforme estudamos no Código de
Ética.

Discrição / Sigilo: baseia-se na guarda de informações e fatos que o agente


teve conhecimento no exercício de suas atribuições e/ou
em consequências delas.

Hierarquia: o agente deve respeitar a hierarquia da estrutura pública à qual


esteja subordinado, cumprindo as ordem recebidas de seus
superiores, desde que devidamente legais e a favor do interesse
público (também estudamos isto no Código de Ética).

Cooperação: o agente, visando minimizar, neutralizar ou superar dificuldades


encontradas no dia-a-dia, deve auxiliar seus colegas de
trabalho.
Cooperar é colaborar, visando uma prestação de serviços
públicos ágil e eficaz: é um auxílio para um fim comum –
solidariedade.

Tolerância: em virtude dos diversos e diferentes tipos de pessoas que


necessitam dos serviços públicos, o agente deve ser paciente e
tentar compreender cada demanda e cada cidadão que se
apresente a ele.

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Ética e democracia: exercício da cidadania

Vamos, primeiramente, entender o que é cidadania, já que a maioria dos


dicionários a definem como “qualidade de cidadão” ou “estado de cidadão”.

Então o que significa cidadão?

R: Indivíduo no gozo de direitos e submetido a deveres, no âmbito civil e


político, de um Estado.

Luis Carlos Ludovikus, professor da Escola do Legislativo da Assembleia


Legislativa do Estado de Minas Gerais, em seu estudo “Ética e Cidadania” 4,
define:

“Da Cidadania
Ninguém nasce cidadão, mas torna-se cidadão pela educação.
Porque a educação atualiza a inclinação potencial e natural dos
homens à vida comunitária ou social.
Cidadania é, nesse sentido, um processo. Processo que começou
nos primórdios da humanidade e que se efetiva através do
conhecimento e conquista dos direitos humanos, não como algo
pronto, acabado; mas, como aquilo que se constrói.
Assim como a ética a cidadania é hoje questão fundamental, quer
na educação, quer na família e entidades, para o aperfeiçoamento
de um modo de vida.
Não basta o desenvolvimento tecnológico, científico para que a
vida fique melhor. É preciso uma boa e razoável convivência na
comunidade política, para que os gestos e ações de cidadania
possa estabelecer um viver harmônico, mais justo e menos
sofredor.”

E conclui seu estudo dizendo:

“De forma que, uma comunidade política sem ética e cidadania


está fadada não só ao autoritarismo, mas também, à prática da
corrupção e artimanhas de favoritismo de toda espécie.

Por isto, tanto o apelo pela ética pensada na emergência do sujeito


ético, e não simplesmente em códigos de ética; quanto, a
necessidade de ações de cidadania, que busquem concretizar

4
CARVALHO, Luis Carlos Ludovikus Moreira de. Ética e Cidadania. Assembleia Legislativa do Estado de
Minas Gerais. Belo Horizonte. 2003
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direitos são os modos mais eficazes e eficientes, nos dias de hoje,
para que a comunidade política possa ser o lugar privilegiado da
autonomia e auto realização dos indivíduos e da própria
comunidade.

Depreende-se, então que se faz necessário ter uma consciência


individual para que se possa ser responsável socialmente. Em
outras palavras, a responsabilidade individual é que vai garantir
uma ética, fundada em princípios e valores que norteiem o viver
em comunidade.

Entretanto, não podemos pensar que é o sujeito moral imiscuído


na sua individualidade, que irá fundar uma ética. Pois, neste caso,
o que pode ser moral para um, pode não ser imoral para outro.

Faz-se necessário um salto do individual para o coletivo, do


privado para o público, do particular para o universal. Mas, isto não
quer dizer que se exija que sejamos Sócrates, Cristo, Ghandi,
Buda; ou Tiradentes, Antônio Conselheiro, Zumbi. Podemos,
simplesmente fazer como alguns negros fizeram nos Estados
Unidos. A lei os proibia de entrar em bares, eles entravam assim
mesmo. Até que um dia aquela lei virou lixo.

Então, é preciso fundar a responsabilidade individual numa ética


construída e instituída tendo em mira o bem comum, ou seja,
visando a formação do sujeito ético, porque aí é possível a síntese
entre ética e cidadania, no qual possa prevalecer muito mais uma
ética de princípios, do que uma ética do dever. Ou seja, a
responsabilidade individual deverá ser portadora de princípios e
não de interesses particulares.

Somente assim, o sujeito ético norteará um novo modo de viver e


um novo sentido ético, para que os humanos alcancem a felicidade
terrena.”

Assim, dizemos que a ética e a moral têm grande influência na cidadania de


um Estado, por estarem ligadas à conduta de seus cidadãos.

E podemos concluir que um país com fortes bases éticas e morais apresenta,
por consequência lógica e imediata, uma forte cidadania difundida e
incorporada por seus cidadãos.

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Ética e função pública

A ética na gestão pública pode ser entendida como o somatória das regras de
conduta estabelecidas para a atuação da Administração Pública.

Desta forma, a ética apresenta, no âmbito da gestão pública, a interligação


entre o Estado e a sociedade, inclusive, quanto ao exercício da cidadania.

O Estado, sendo um ser ético-político, não pode restringir a atuação de seus


agentes públicos ao princípio da legalidade, sendo obrigatória a inclusão do
elemento ético no desempenho das funções públicas.

Como veremos no próximo item, nossa Lei Maior consagra, expressamente, os


princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
como norteadores da conduta administrativa.

Portanto, para total atendimento da das premissas do princípio da moralidade,


é preciso trazer como norteador da conduta dos agentes públicos a
observância da moral pública, dos bons costumes e do senso comum.

Se buscarmos um trecho dos Parâmetros Curriculares Nacionais, podemos


relacioná-lo tanto à ética, tanto no exercício da cidadania, quanto no exercício
da função pública por seus agentes. Confiram comigo:

“Os Parâmetros Curriculares Nacionais, ao propor uma educação


comprometida com a cidadania, elegeram, baseados no texto
constitucional, princípios segundo os quais orientar a educação
escolar:

Dignidade da pessoa humana:


Implica respeito aos direitos humanos, repúdio à discriminação de
qualquer tipo, acesso a condições de vida digna, respeito mútuo
nas relações interpessoais, públicas e privadas.

Igualdade de direitos:
Refere-se à necessidade de garantir a todos a mesma dignidade e
possibilidade de exercício de cidadania. Para tanto há que se
considerar o princípio da eqüidade, isto é, que existem diferenças
(étnicas, culturais, regionais, de gênero, etárias, religiosas, etc.) e
desigualdades (socioeconômicas) que necessitam ser levadas em
conta para que a igualdade seja efetivamente alcançada.

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Participação:
Como princípio democrático, traz a noção de cidadania ativa, isto
é, da complementaridade entre a representação política tradicional
e a participação popular no espaço público, compreendendo que
não se trata de uma sociedade homogênea e sim marcada por
diferenças de classe, étnicas, religiosas, etc.

Co-responsabilidade pela vida social:


Implica partilhar com os poderes públicos e diferentes grupos
sociais, organizados ou não, a responsabilidade pelos destinos da
vida coletiva. É, nesse sentido, responsabilidade de todos a
construção e a ampliação da democracia no Brasil.

Para finalizar mais este tópico, quero trazer a definição de accountability, que
é muito utilizada para caracterizar a conduta dos agentes públicos, sob a luz
da moral e da ética:

Accountability não possui uma tradução literal para o português, sendo


utilizada para se referir à obrigação dos agentes públicos em prestar contas a
instâncias controladoras ou a seus representados.

Não se trata apenas de prestar contas em termos financeiros e quantitativos,


mas de auto-avaliar a gestão pública, propiciando transparência aos
administrados.

Percebam a importância desta obrigação de prestar contas para quem exerce


função pública e, assim, tem seus salários e subsídios, conforme o caso,
arcados pelo dinheiro dos contribuintes.

Accountability é um conceito da esfera ética com significados variados:


responsabilidade civil, imputabilidade, obrigações e prestação de contas.

Costuma-se falar em 2 tipos de accountability :


Vertical (conceito original e clássico): controle, por parte a população,
dos atos de seus governantes e agentes públicos;
Horizontal: controle interno, dentro do aparelho estatal, composto por
uma rede de agências interligadas que se comuniquem com regularidade
para permitir o controle permanente da administração pública e da
gestão dos recursos públicos.

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Ética no Serviço Público

Gosto de iniciar o debate sobre a ética no serviço público, trazendo os


conceitos constitucionais do art. 37: o famoso e já estudado por nós:

L. I. M. P. E.

Legalidade. Impessoalidade. Moralidade. Publicidade. Eficiência.

Além de encontrarmos, expressamente, o Princípio da Moralidade, percebam


como todos os outros, constitucionalmente estabelecidos e garantidos, têm
relação direta com uma postura ética no exercício das atribuições do servidor
em suas funções públicas.

Quando olhamos para nosso conteúdo programático, encontramos os subitens:


Atitudes no serviço;
Organização do trabalho e
Prioridade em serviço.

Com base no que já estudamos (Código), podemos constatar que a intenção


do legislador buscou atingir estas esferas de atuação dos servidores públicos.

Proponho um exercício de fixação a vocês:

Correlacionem cada um dos 3 tópicos de nosso conteúdo programático,


aos deveres fundamentais e proibições, a que estão subordinados os
servidores públicos.

Após esta tentativa, vocês perceberão que todos os deveres e as proibições, de


forma direta ou indireta, estão ligados às atitudes que se deseja de um
servidor público, e, também, à organização do trabalho nas repartições e as
prioridades que os serviços públicos devem observar.

Caros candidatos, ao invés de ficarmos filosofando sobre um tema tão


“frondoso”, que pode nos levar a divagações diversas, prefiro ser mais
objetivo. Afinal, primeiro vamos conquistar a almejada vaga!
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E, ao resolvermos os exercícios, vamos fortalecendo o que já estudamos.

Desta forma, vamos continuar abordando nosso tema em exercícios.


Espero que concordem comigo!

Antes, porém, duas interessantes charges sobre Ética (de autoria de Ivan
Cabral5), para que reflitamos um pouco sobre os rumos que nosso país sinaliza
no campo da ética e da moral: Temos o dever de mudar tal cenário!

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Fonte: http://www.ivancabral.com
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QUESTÕES RESOLVIDAS

(Trarei 20 enunciados de concursos elaborados pela ESAF e, em


seguida, rechearei nossa bateria de questões com 10 exercícios do
CESPE retirados de concursos de 2011)

Questão 1
(ESAF – MF – Analista Técnico – 2013) – A respeito da ética profissional do
servidor público civil do poder executivo federal, analise as afirmativas abaixo,
classificando-as como verdadeiras (V) ou falsas (F). Ao final, assinale a opção
que contenha a sequência correta.
( ) O servidor público deve pautar sua conduta pelo princípio da legalidade,
devendo sempre decidir entre o legal e o ilegal, abstendo-se de agir
segundo a ponderação entre o honesto e o desonesto.
( ) O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor
público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.
( ) Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la, ainda que
contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração
Pública.
A) V, V, V
B) F, V, V
C) F, F, F
D) V, F, V
E) V, F, F

Resolução

Vamos analisar cada assertiva trazida pelo enunciado:

1ª) FALSA: A segunda regra deontológica do Código de Ética citado dispõe


exatamente o contrário da afirmativa acima. Relembrem:
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento
ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o
legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente,
o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o
desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da
Constituição Federal. (grifei)

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2ª) VERDADEIRA: Assertiva em conformidade com a regra deontológica


disposta no inciso III do Código.
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à
distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de
que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e
a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá
consolidar a moralidade do ato administrativo.

A regra deontológica acima (inciso III)


é, recorrentemente, cobrada em
questões de prova.

3ª) VERDADEIRA: Agora foi a vez do enunciado trazer uma assertiva


embasada na regra deontológica constante no inciso VIII
do Código.
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode
omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria
pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado
pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do
erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo
a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.

Toda pessoa tem direito à verdade,


mesmo quando for contrária aos
interesses dela própria ou da
Administração Pública.
Obs:Ressalvadas as situações de sigilo
legalmente previstas.

Gabarito: B

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Questão 2
(ESAF – CVM – Analista – 2010) – O Decreto n. 1.171, de 22 de junho de
1994, aprovou o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal e, entre outras providências, determinou que os órgãos e
entidades da Administração Pública Federal direta e indireta constituíssem as
respectivas Comissões de Ética. A respeito dos termos desse Código, assinale a
opção incorreta.
A) A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se
integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos
verificados na conduta do dia a dia em sua vida privada poderão acrescer
ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
B) A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a censura.
C) É vedado ao servidor iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite
do atendimento em serviços públicos.
D) É dever fundamental do servidor público abster-se, de forma absoluta, de
exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao
interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não
cometendo qualquer violação expressa à lei.
E) O Código de Ética elenca apenas deveres negativos do servidor público.

Resolução

Transcreverei, a seguir, as regras do Código que serviram de embasamento


para a elaboração do presente enunciado:

A opção de resposta “A” está coerente com o Código:


VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e,
portanto, se integra na vida particular de cada servidor público.
Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua
vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na
vida funcional.

A opção de resposta “B” está coerente com o Código:


XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é
a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer,
assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

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A opção de resposta “C” está coerente com o Código:


XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
[...]
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou
autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo
que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer
violação expressa à lei;

A opção de resposta “D” está coerente com o Código:


XV - E vedado ao servidor público;
[...]
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do
atendimento em serviços públicos;

Quanto à opção de resposta “E”, podemos trazer alguns dispositivos do Código


que comprovam sua INCORREÇÃO, devido a forma de conduta positiva
disposta nesse regramento:
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do
seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas
opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o
processo de comunicação e contato com o público;
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos
que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos;
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando
a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do
serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção
de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e
posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano
moral;
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências
específicas da defesa da vida e da segurança coletiva;
o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a
melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a
realização do bem comum;
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao
exercício da função;
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a
legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções;
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a
existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral
cumprimento.

Gabarito: E

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‘ATA’ DO MINISTÉRIO DA FAZENDA – Teoria e Exercícios
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Questão 3
(ESAF – ANA – Analista Administrativo – 2009) – Um servidor público foi
procurado por um cidadão que pretendia viabilizar um direito legítimo perante
a repartição pública na qual ele (servidor) trabalhava. O assunto não se inseria
na sua esfera de atribuições mas, mesmo assim, ele se prontificou a ajudar o
cidadão, mediante uma remuneração pelo trabalho extra que faria. Feito o
acordo entre os dois, o servidor redigiu um requerimento, nos devidos termos,
o qual foi assinado e protocolizado pelo interessado. Valendo-se do
conhecimento que tinha entre seus colegas de trabalho, o servidor cuidou para
que o direito postulado fosse reconhecido e deferido o mais breve possível.
Neste caso, esse servidor:
A) cometeu o crime de corrupção passiva.
B) cometeu o crime de prevaricação.
C) cometeu o crime de concussão.
D) cometeu o crime de advocacia administrativa.
E) não cometeu crime algum.

Resolução

O exercício da advocacia administrativa é proibido ao servidor.

Tal vedação aparece no inciso XI do art. 117 da Lei 8.112/1990, que dispõe:

Art. 117. Ao servidor é proibido:


[...]
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições
públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou
assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou
companheiro;

Como o caso hipotético do enunciado se enquadra, perfeitamente, na situação


disposta no transcrito dispositivo, podemos marcar letra “D” em nossas folhas
de respostas.

Gabarito: D

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Questão 4
(ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle – 2004) – Não têm a obrigação
de constituir as comissões de ética previstas no Decreto nº 1.171/1994
(Código de Conduta do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal):
A) as autarquias federais.
B) os órgãos do Poder Judiciário.
C) as empresas públicas federais.
D) as sociedades de economia mista.
E) os órgãos e entidades que exerçam atribuições delegadas pelo poder
público.

Resolução

Apesar de parecer uma questão simples, já que o Código de Ética


Profissional do Servidor Público Civil refere-se ao Poder Executivo
Federal (ou seja, nosso gabarito é a opção “B”), quero explorar, ao máximo, o
presente enunciado.

Numa rápida e superficial análise do inciso XVI do Código, poderíamos ter a


falsa impressão que todas as alternativas de resposta acima são corretas,
vejam:

XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública


Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer
órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder
público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de
orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no
tratamento com as pessoas e com o patrimônio público,
competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de
procedimento susceptível de censura. (grifei)

Contudo, precisamos saber qual o conceito e a extensão de aplicação de um


Decreto em nosso ordenamento jurídico.

Para isso, recorreremos às Lições do Mestre Hely Lopes Meirelles:

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"Decretos - Decretos, em sentido próprio e restrito são atos administrativos


de competência exclusiva dos Chefes do Executivo, destinados a prover
situações gerais ou individuais, abstratamente previstas de modo expresso,
explícito ou implícito, pela legislação. Comumente, o decreto é normativo e
geral, podendo ser específico ou individual. Como ato administrativo, o
decreto está sempre em situação inferior à lei e, por isso mesmo, não a
pode contrariar."6

Os decretos, diferentemente das leis, não são submetidos ao processo


legislativo, e podemos dizer, na maioria dos casos, que traz decisões do poder
executivo atinentes a questões administrativas do próprio poder.

Desta forma, os órgãos do Poder Judiciário até poderão “adotar” o Decreto nº


1.171/1994 e aplicar suas disposições, mas não estão obrigados a tal
procedimento.

Gabarito: B

Questão 5
(ESAF – ANA – Analista Administrativo – 2009) – De acordo com o Decreto n.
1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal), é vedado ao servidor público:
I. aceitar ajuda financeira, para si ou para familiares, fornecida pela parte
interessada, para fins de praticar ato regular e lícito, inserido em sua esfera
de atribuições;
II. fazer uso de informação privilegiada obtida no âmbito interno do seu
serviço, salvo quando a informação afetar interesse do próprio servidor;
III. utilizar, para fins particulares, os serviços de servidor público subordinado;
IV. utilizar-se da influência do cargo para obter emprego para um parente
próximo;
V. procrastinar a decisão a ser proferida em processo de sua competência
porque tem antipatia pela parte interessada.
Estão corretas:
A) as afirmativas I, II, III, IV e V. B) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
C) apenas as afirmativas I, II, III e V. D) apenas as afirmativas I, III, IV e V.
E) apenas as afirmativas III, IV e V.

6
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 28° ed. São Paulo: Malheiros Editores – 2003,
pág. 175.
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Resolução

Analisemos cada assertiva da questão, resgatando os respectivos dispositivos


do Decreto supracitado:

I: Assertiva CORRETA: Vedação disposta na alínea ‘g’ do inciso XV:


XV - E vedado ao servidor público;
[...]
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de
ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou
vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer
pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro
servidor para o mesmo fim;

II: Assertiva INCORRETA: O Código não traz tal ressalva. Ou melhor, veda,
expressamente, a utilização de informações
privilegiadas inclusive para o próprio servidor:
XV - E vedado ao servidor público;
[...]
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno
de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de
terceiros;

III: Assertiva CORRETA: Vedação disposta na alínea ‘j’ do inciso XV:


XV - E vedado ao servidor público;
[...]
j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;

IV: Assertiva CORRETA: Vedação disposta na alínea ‘a’ do inciso XV:


XV - E vedado ao servidor público;
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e
influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para
outrem;

V: Assertiva CORRETA: Vedação disposta na alínea ‘d’ do inciso XV:


XV - E vedado ao servidor público;
[...]
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício
regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou
material;

Gabarito: D

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Questão 6
(ESAF – MTE – Auditor Fiscal do Trabalho – 2006) – Em face dos princípios
constitucionais da Administração Pública, pode-se afirmar que:
I. a exigência constitucional de concurso público para provimento de cargos
públicos reflete a aplicação efetiva do princípio da impessoalidade.
II. o princípio da legalidade, segundo o qual o agente público deve atuar de
acordo com o que a lei determina, é incompatível com a discricionariedade
administrativa.
III. um ato praticado com o intuito de favorecer alguém pode ser legal do
ponto de vista formal, mas, certamente, comprometido com a moralidade
administrativa, sob o aspecto material.
IV. o gerenciamento de recursos públicos sem preocupação de obter deles o
melhor resultado possível, no atendimento do interesse público, afronta o
princípio da eficiência.
V. a nomeação de um parente próximo para um cargo em comissão de livre
nomeação e exoneração não afronta qualquer princípio da Administração
Pública, desde que o nomeado preencha os requisitos estabelecidos em lei
para o referido cargo.
Estão corretas:
A) as afirmativas I, II, III, IV e V.
B) apenas as afirmativas I, II e IV.
C) apenas as afirmativas I, III e IV.
D) apenas as afirmativas I, III e V.
E) apenas as afirmativas II, III e V.

Resolução

Agora, trarei 2 enunciados referentes aos princípios constitucionais da


administração pública por trazer afirmações totalmente aderentes e
compatíveis com nossos estudos sobre a Ética do Servidor Público.

Vou transcrever cada assertiva, para, juntos, analisarmos os pontos certos e


errados de cada uma delas:

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I. a exigência constitucional de concurso público para provimento de cargos


públicos reflete a aplicação efetiva do princípio da impessoalidade.
Assertiva CORRETA: Afinal, não há nada mais impessoal que uma
seleção/escolha com base em critérios objetivos de conhecimento e
experiências.

II. o princípio da legalidade, segundo o qual o agente público deve atuar de


acordo com o que a lei determina, é incompatível com a discricionariedade
administrativa.
Assertiva INCORRETA: A discricionariedade administrativa refere-se aos
atos praticados pelos agentes públicos em casos que há uma “certa
liberdade” de escolha. Ora, até em tais situações, é preciso praticar
tais atos sob a luz do princípio da legalidade.

III.um ato praticado com o intuito de favorecer alguém pode ser legal do
ponto de vista formal, mas, certamente, comprometido com a moralidade
administrativa, sob o aspecto material.
Assertiva CORRETA: Interessante e correta afirmativa acerca de situações
que, mesmo legal, um ato pode se mostrar comprometido pela
moralidade administrativa.

IV. o gerenciamento de recursos públicos sem preocupação de obter deles o


melhor resultado possível, no atendimento do interesse público, afronta o
princípio da eficiência.
Assertiva CORRETA:Uma das diretrizes traçadas pelo princípio da eficiência
é a correta, responsável e eficaz utilização dos recursos públicos.

V. a nomeação de um parente próximo para um cargo em comissão de livre


nomeação e exoneração não afronta qualquer princípio da Administração
Pública, desde que o nomeado preencha os requisitos estabelecidos em lei
para o referido cargo.
Assertiva INCORRETA: Se a presente situação hipotética fosse uma
nomeação para cargo efetivo (ou seja, parente submetido e
aprovado em concurso público) não haveria problema. Entretanto,
podemos dizer que o caso apresentado fere os princípios da
impessoalidade, da isonomia e da imparcialidade, dentre outros.

Gabarito: C
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Questão 7
(ESAF – SET-RN – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – 2005 – Adaptada) –
Sobre os princípios constitucionais da administração pública, pode-se afirmar
que
I. o princípio da legalidade pode ser visto como incentivador do ócio, haja
vista que, segundo esse princípio, a prática de um ato concreto exige
norma expressa que o autorize, mesmo que seja inerente às funções do
agente público;
II. o princípio da publicidade visa a dar transparência aos atos da
administração pública e contribuir para a concretização do princípio da
moralidade administrativa;
III. a exigência de concurso público para ingresso nos cargos públicos reflete
uma aplicação constitucional do princípio da impessoalidade;
IV. o princípio da impessoalidade é violado quando se utiliza na publicidade
oficial de obras e de serviços públicos o nome ou a imagem do governante,
de modo a caracterizar promoção pessoal do mesmo.
Estão corretas apenas as afirmativas
A) I, II e III.
B) I, II e IV.
C) II e IV.
D) II, III e IV.
E) I, III e IV.

Resolução

Repetiremos a fórmula da resolução anterior:

I. o princípio da legalidade pode ser visto como incentivador do ócio, haja


vista que, segundo esse princípio, a prática de um ato concreto exige
norma expressa que o autorize, mesmo que seja inerente às funções do
agente público;
Assertiva INCORRETA: Totalmente descabida tal afirmativa. O princípio da
legalidade busca combater o poder arbitrário do Estado, sendo a
base fundamental do Estado democrático de Direito.

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II. o princípio da publicidade visa a dar transparência aos atos da


administração pública e contribuir para a concretização do princípio da
moralidade administrativa;
Assertiva CORRETA: A regra deontológica constante no inciso VII do
Código de Ética (Decreto nº 1.171/1994) serve para comprovarmos
a correção da afirmativa acima:
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais
ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem
preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos
termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui
requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a
negar.

III.a exigência de concurso público para ingresso nos cargos públicos reflete
uma aplicação constitucional do princípio da impessoalidade;
Assertiva CORRETA: Já analisamos tal questão.

IV. o princípio da impessoalidade é violado quando se utiliza na publicidade


oficial de obras e de serviços públicos o nome ou a imagem do governante,
de modo a caracterizar promoção pessoal do mesmo;
Assertiva CORRETA: Encontramos, inclusive, jurisprudências no sentido
de:
A publicidade de atos, obras, e serviços vinculada nominalmente ao
governante, bem como a utilização de símbolos e slogans que remetam ao
Administrador afronta o disposto no art. 37, § 1º, da Constituição da
República, devendo os valores despendidos com a publicação ilegal serem
ressarcidos ao erário. (STJ)

Assim, temos as afirmativas constantes nos itens II, III e IV corretas = opção
“D”.

Gabarito: D

Percebam que a ESAF gosta muito de


questões com o formato acima.

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Questão 8
(ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle – 2004) – De acordo com o
Decreto nº 1.171/1994 (Código de Conduta do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal), são deveres fundamentais do servidor público:
I. tratar cuidadosamente os usuários dos serviços, aperfeiçoando o processo
de comunicação e contato com o público.
II. omitir a verdade sobre fato que prejudique a Administração e beneficie o
cidadão.
III. ser assíduo e frequente ao serviço.
IV. facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de direito.
Estão corretos os itens:
A) I, II e III
B) II, III e IV
E) I, II e IV
D) I, II, III e IV
E) I, III e IV

Resolução

Item I está CORRETA: Dever fundamental do servidor público constante na


alínea ‘e’ do inciso XIV do mencionado Código de Ética:
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
[...]
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o
processo de comunicação e contato com o público;

Item II está INCORRETA: A regra deontológica presente no inciso VIII do


Código menciona, expressamente, que o servidor não poderá omitir a
verdade, mesmo que seja contrária aos interesses da própria
Administração:
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode
omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria
pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado
pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do
erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo
a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.

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Item III está CORRETA: Dever fundamental do servidor público constante na


alínea ‘l’ do inciso XIV do mencionado Código de Ética:
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
[...]
l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua
ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo
negativamente em todo o sistema;

Item IV está CORRETA: Dever constante na alínea ‘s’:


XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
[...]
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de
direito;

Gabarito: E

Questão 9
(ESAF – ANA – Analista Administrativo – 2009) – De acordo com o Código de
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal:
I. a ética no serviço público exige do servidor uma conduta não apenas de
acordo com a lei, mas, também, com os valores de justiça e honestidade;
II. o servidor não pode omitir a verdade, ainda que contrária aos interesses da
Administração;
III. a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e
moralidade, salvo nos casos em que a lei estabelecer o sigilo;
IV. as longas filas que se formam nas repartições públicas não podem ser
qualificadas como causadoras de dano moral aos usuários dos serviços
públicos porque não decorrem de culpa do servidor, mas sim da
Administração;
V. para consolidar a moralidade do ato administrativo é necessário que haja
equilíbrio entre a legalidade e a finalidade na conduta do servidor.
Estão corretas:
A) as afirmativas I, II, III, IV e V.
B) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
C) apenas as afirmativas I, II, III e V.
D) apenas as afirmativas I, III, IV e V.
E) apenas as afirmativas I, III e IV.

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Resolução

I CORRETA: Assertiva elaborada, coerentemente, com base na regra


deontológica constante no inciso II do Código de Ética:
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento
ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o
legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente,
o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o
desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da
Constituição Federal.

II CORRETA: tópico já estudado por nós.

III CORRETA: também já abordamos tal questão, que é, recorrentemente,


cobrada nas provas. Motivo que transcrevo, mais uma vez, a regra
deontológica contida no inciso VII do Código de Ética:
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais
ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem
preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos
termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui
requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a
negar.

IV INCORRETA: A regra deontológica presente no inciso X do Código


preconiza, exatamente, o contrário dessa assertiva do enunciado:
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução
que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a
formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na
prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética
ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos
usuários dos serviços públicos.

V CORRETA: Vejam como o tripé Moralidade X Legalidade X Finalidade,


mais uma vez, é cobrado em questões:
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à
distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de
que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e
a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá
consolidar a moralidade do ato administrativo.

Gabarito: C

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Questão 10
(ESAF – MTE – Auditor Fiscal do Trabalho – 2006) – De acordo com o Decreto
n. 1.171/1994 (Código de Conduta do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal), é vedado ao servidor público:
I. determinar a um servidor que lhe é subordinado que vá ao banco pagar
suas contas pessoais (contas do mandante).
II. informar a um amigo sobre ato de caráter geral que está para ser
publicado, cujo teor o beneficia (o amigo), mas que ainda é considerado
assunto reservado no âmbito da Administração Pública.
III. exercer atividade no setor privado.
IV. ser membro de organização que defende a utilização de crianças como
mão-de-obra barata.
V. representar contra seus superiores hierárquicos.
Estão corretas:
A) apenas as afirmativas I, II e IV.
B) as afirmativas I, II, III, IV e V.
C) apenas as afirmativas I e IV.
D) apenas as afirmativas I, II, IV e V.
E) apenas as afirmativas II e IV.

Resolução

I É VEDAÇÃO: Tal conduta está prevista e é vedada pelo inciso ‘j’ do inciso
XV do Código de Ética:
XV - E vedado ao servidor público;
[...]
j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;

II É VEDAÇÃO: Tal conduta também é vedada pelo Código de Ética:


XV - E vedado ao servidor público;
[...]
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno
de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de
terceiros;

III NÃO É VEDAÇÃO: O Código não impede que o servidor público exerça
atividades no setor privado, desde que sua função não seja no regime de
dedicação exclusiva.
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Vamos, também, pontuar algumas vedações impostas aos servidores


públicos federais em relação às atividades no setor privado.
A alínea ‘p’ do inciso XV do Código de Ética veda a atividade profissional
aética ou de cunho duvidoso:
XV - E vedado ao servidor público;
[...]
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a
empreendimentos de cunho duvidoso.
Já a Lei nº 8.112/1990, proíbe:
Art. 117. Ao servidor é proibido:
[...]
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada,
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na
qualidade de acionista, cotista ou comanditário;

IV É VEDAÇÃO: A Constituição Federal, no inciso XXXIII de seu art. 7º


veda a exploração de trabalho de menores de 16 anos, ressalvada a
condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. Percebam que, no caso de
crianças, não há qualquer exceção constitucional. É proibição total:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
[...]
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a
menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis
anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;

Assim, podemos enquadrar a hipótese contida no item IV do enunciado


acima nas proibições dispostas na alínea ‘p’ do inciso XV do Código:
XV - E vedado ao servidor público;
[...]
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a
empreendimentos de cunho duvidoso.

V NÃO É VEDAÇÃO: Trata-se, inclusive, de um dever fundamental dos


servidores públicos:
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
[...]
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de
representar contra qualquer comprometimento indevido da
estrutura em que se funda o Poder Estatal;

Gabarito: A

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Questão 11
(ESAF – MTE – Auditor Fiscal do Trabalho – 2006) – Ética no Setor Público
pode ser qualificada como:
I. agir de acordo com o que está estabelecido em lei e, também, com os
valores de justiça e honestidade.
II. responsabilidade do servidor público por aquilo que fez e, também, por
aquilo que não fez mas que deveria ter feito.
III. equilíbrio entre a legalidade e finalidade do ato administrativo, visando à
consolidação da moralidade administrativa.
IV. não omitir a verdade, ainda que contrária aos interesses da Administração.
V. respeito ao cidadão, não protelando o reconhecimento dos seus direitos
nem criando exigências além das estritamente necessárias.
Estão corretas:
A) apenas as afirmativas I e V.
B) apenas as afirmativas I, III e V.
C) apenas as afirmativas III e V.
D) apenas as afirmativas II e V.
E) as afirmativas I, II, III, IV e V.

Resolução

Ótimo enunciado para fortalecermos algumas premissas ditadas pela Ética no


Setor Público.

Todas as afirmativas da questão estão corretas = opção “E”.

Aqui deixarei um EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO: procurem no Código de Ética


Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto nº
1.171/1994) dispositivos que comprovam a compatibilidade das condutas
acima (itens I a V) com a Ética no Setor Público.

Gabarito: E

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Questão 12
(ESAF – ANEEL – Técnico Administrativo – 2006) – Ética no setor público pode
ser qualificada como:
I. atuação de acordo com a confiança que a sociedade deposita nos agentes
públicos.
II. conjunto de valores e regras estabelecidos com a finalidade de orientar a
conduta dos servidores públicos.
III. observância de valores como honestidade, dignidade, integridade, cortesia
e zelo, entre outros.
IV. transparência dos atos praticados, de modo a proporcionar aos cidadãos o
conhecimento das razões que levaram à adoção de decisão do interesse
público, num sentido ou noutro.
V. não revelar a verdade que contrarie os interesses do governo.
Estão corretas:
A) as afirmativas I, II, III, IV e V.
B) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
C) apenas as afirmativas II, III, IV e V.
D) apenas as afirmativas II, III e IV.
E) apenas as afirmativas IV e V.

Resolução

Novamente, encontramos ótimas afirmativas ditadas pela Ética no Serviço


Público dispostas nos itens I, II, III e IV.

Entretanto, a afirmativa V, conforme já estudamos, contraria, inclusive, o


Código de Ética (inciso VIII):

VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode


omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria
pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado
pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do
erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo
a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. (grifei)

Gabarito: B

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ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PARA O CARGO DE
‘ATA’ DO MINISTÉRIO DA FAZENDA – Teoria e Exercícios
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Questão 13
(ESAF – ANEEL – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com o Código de
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, é
vedado ao servidor público:
I. retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, bem
pertencente ao patrimônio público.
II. efetuar determinado investimento que, em face de informação obtida em
razão do cargo e ainda não divulgada publicamente, sabe que será
altamente lucrativo.
III. participar de organização que atente contra a dignidade da pessoa humana.
IV. representar contra o seu superior hierárquico, perante a Comissão de Ética.
V. nomear, para exercer um cargo público, parente aprovado em concurso
público para esse mesmo cargo.

Estão corretas:
A) as afirmativas I, II, III, IV e V.
B) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
C) apenas as afirmativas I, II, III e V.
D) apenas as afirmativas II, III, IV e V.
E) apenas as afirmativas I, II e III.

Resolução

I É VEDAÇÃO: Tal conduta está prevista e é vedada pela alínea ‘l’ do inciso
XV do Código de Ética:
XV - E vedado ao servidor público;
[...]
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado,
qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio
público;

II É VEDAÇÃO: Agora é a vez da disposição contida na alínea ‘m’:


XV - E vedado ao servidor público;
[...]
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno
de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de
terceiros;

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III É VEDAÇÃO: Podemos enquadrar a conduta presente no item III em


duas proibições do inciso XV do Código de Ética:
XV - E vedado ao servidor público;
[...]
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a
moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana;
[...]
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a
empreendimentos de cunho duvidoso.

IV NÃO É VEDAÇÃO: Trata-se de um dever fundamental do servidor


público:
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
[...]
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de
representar contra qualquer comprometimento indevido da
estrutura em que se funda o Poder Estatal;

V NÃO É VEDAÇÃO: A partir do momento que o cidadão prestou e foi


aprovado em concurso público, como qualquer outro, não há qualquer
impedimento em ser nomeado por seu parente.
Digo mais, é obrigação e dever do servidor público nomear seu parente,
observadas todas as condições e exigências legais do caso, incluindo a
ordem de classificação no processo seletivo.
O que vem sendo orientado por órgãos de controle (Auditorias, Tribunais
de Conta, Conselhos Nacionais) em relação a tais situações, é que o
servidor nomeado não seja lotado em setores e/ou áreas subordinadas,
diretamente, a seus parentes. Visando evitar que relacionamentos pessoais
possam interferir na atuação profissional de cada servidor envolvido em
relações de parentesco.

Gabarito: E

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‘ATA’ DO MINISTÉRIO DA FAZENDA – Teoria e Exercícios
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Questão 14
(ESAF – ANEEL – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com o Código de
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal:
I. o servidor público, quando estiver diante de mais de uma opção, deve
escolher aquela que melhor atenda aos interesses do governo.
II. os atos da vida privada do servidor público poderão acrescer ou diminuir o
seu bom conceito na vida funcional.
III. a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e
moralidade, salvo nos casos em que, nos termos da lei, deva-se manter o
sigilo.
IV. os registros sobre a conduta ética do servidor público devem ser fornecidos
aos órgãos encarregados da execução do quadro de carreira dos
servidores, para fins de instruir e fundamentar promoções.
V. servidor público é todo aquele que, por força de lei, contrato ou de
qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária
ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado
direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal.
Estão corretas:
A) as afirmativas I, II, III, IV e V.
B) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
C) apenas as afirmativas I, II, III e V.
D) apenas as afirmativas I, II, IV e V.
E) apenas as afirmativas II, III, IV e V.

Resolução

A administração pública atua em prol do interesse coletivo. Desta forma, o


servidor, quando estiver diante de mais de uma opção, deverá, SEMPRE,
escolher a melhor opção que atenda aos interesses da sociedade.

Assim, a afirmativa I do enunciado está INCORRETA, enquanto que as demais


trazem condutas coerentes com as premissas e diretrizes da Ética e com a
legislação de regência.

Gabarito: E

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Questão 15
(ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle – 2006) – De acordo com o
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal, aprovado pelo Decreto n. 1.171, de 22.6.1994 “o servidor público não
poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que
decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto
e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4º, da
Constituição Federal”. Esse enunciado expressa
A) o princípio da legalidade na Administração Pública.
B) a regra da discricionariedade dos atos administrativos.
C) a impossibilidade de um ato administrativo, praticado de acordo com a lei,
ser impugnado sob o aspecto da moralidade.
d) um valor ético destinado a orientar a prática dos atos administrativos.
e) que todo ato legal é também justo.

Resolução

Opção de resposta correta: “D”.

O princípio da legalidade (opção “A”), conforme estudamos, autoriza a


Administração Pública a fazer somente o que a lei autoriza, enquanto que a
regra da discricionariedade dos atos administrativos (opção “B”) refere-se à
possibilidade legal do agente público “escolher” entre as alternativas
existentes. Ambas as situações aparecem na regra deontológica transcrita do
Código de Ética, mas não se consubstanciam nela.

Já as opções “C” e “E” trazem situações polêmicas, mas incorretas. Sabemos


que podem existir atos legais, do ponto de vista jurídico, mas injustos (“E”) e,
também, é possível a impugnação de um ato legal sob o aspecto da
moralidade. Tudo dependerá do contexto que tais atos forem praticados.

Gabarito: D

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Questão 16
(ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle – 2006) – O Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo
Decreto n. 1.171, de 22.6.1994, exalta alguns valores que devem ser
observados no exercício da função pública, a saber:
I. verdade, como um direito do cidadão, ainda que contrária aos seus
interesses ou da Administração.
II. dignidade, que deve estar refletida em comportamentos e atitudes
direcionados à preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.
III. moralidade, representada pelo equilíbrio entre a legalidade e a finalidade
do ato.
IV. decoro, que deve ser mantido pelo servidor não apenas no local de
trabalho, mas, também, fora dele.
V. cortesia, boa vontade e respeito pelo cidadão que paga os seus tributos.
Estão corretas
A) apenas as afirmativas II, III, IV e V.
B) as afirmativas I, II, III, IV e V.
C) apenas as afirmativas I, II, III e V.
D) apenas as afirmativas I, III, IV e V.
E) apenas as afirmativas III, IV e V.

Resolução

VERDADE:
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode
omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria
pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado
pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do
erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo
a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.

DIGNIDADE e DECORO:
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos
princípios morais são primados maiores que devem nortear o
servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele,
já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal.
Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a
preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.

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MORALIDADE:
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à
distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de
que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e
a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá
consolidar a moralidade do ato administrativo.

CORTESIA, BOA VONTADE e RESPEITO:


IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao
serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal
uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa
causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer
bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por
descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao
equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens
de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas
esperanças e seus esforços para construí-los.

Além de todos os valores presentes nas alternativas de respostas desse


enunciado constarem, expressamente, no Código de Ética, percebam que
também seus contextos e explicações estão coerentes com a norma.

Gabarito: B

Questão 17
(ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle – 2006) – De acordo com o
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal, aprovado pelo Decreto n. 1.171/1994, é vedado ao servidor público:
I. receber gratificação financeira para o cumprimento de sua missão.
II. ser sócio de empresa que explore jogos de azar não-autorizados.
III. informar, a um seu amigo de muitos anos, do conhecimento que teve, em
razão das funções, de uma minuta de medida provisória que, quando
publicada, afetará substancialmente as aplicações financeiras desse amigo.
IV. permitir que simpatias ou antipatias interfiram no trato com o público.
V. ser, em função do seu espírito de solidariedade, conivente com seu colega
de trabalho que cometeu infração de natureza ética.
Estão corretas:
A) apenas as afirmativas I, II, IV e V B) as afirmativas I, II, III, IV e V.
C) apenas as afirmativas I, II, III, e V. D) apenas as afirmativas I, II e V.
E) apenas as afirmativas I e II.
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Resolução

I É VEDAÇÃO: Tal conduta está prevista e é vedada pela alínea ‘g’ do inciso
XV do Código de Ética:
XV - E vedado ao servidor público;
[...]
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de
ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou
vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer
pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro
servidor para o mesmo fim;

II É VEDAÇÃO: Tal conduta é vedada pela alínea ‘p’ do inciso XV do Código


de Ética:
XV - E vedado ao servidor público;
[...]
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a
empreendimentos de cunho duvidoso.

III É VEDAÇÃO: Agora é a vez da conduta vedada pela alínea ‘m’:


XV - E vedado ao servidor público;
[...]
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno
de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de
terceiros;

IV É VEDAÇÃO: Conduta proibida prevista na alínea ‘f’ do inciso XV do


Código de Ética:
XV - E vedado ao servidor público;
[...]
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos,
paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o
público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas
hierarquicamente superiores ou inferiores;

V É VEDAÇÃO: Outra conduta proibida: alínea ‘c’ do inciso XV:


XV - E vedado ao servidor público;
[...]
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com
erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua
profissão;

Gabarito: B
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Questão 18
(ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle – 2006) – De acordo com o
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal, aprovado pelo Decreto n. 1.171, de 22.6.1994, são deveres
fundamentais do servidor público:
I. abster-se de exercer as prerrogativas funcionais do cargo de forma
contrária aos legítimos interesses dos usuários do serviço público.
II. quando estiver diante de mais de uma opção, escolher aquela que melhor
atenda aos interesses do governo.
III. exigir de seus superiores hierárquicos as providências cabíveis relativas a
ato ou fato contrário ao interesse público que tenha levado ao
conhecimento deles.
IV. facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de direito.
V. materializar os princípios éticos mediante a adequada prestação dos
serviços públicos.
Estão corretas
A) as afirmativas I, II, III, IV e V. B) apenas as afirmativas I, III, IV e V
C) apenas as afirmativas I, II, IV e V. D) apenas as afirmativas I e IV.
E) apenas as afirmativas I, IV e V.

Resolução

I É DEVER: disposto na alínea ‘t’ do inciso XIV do Código de Ética:


XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
[...]
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que
lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos
legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos
jurisdicionados administrativos;

II NÃO É DEVER: a alínea ‘u’ do inciso XIV do Código de Ética reforça a


finalidade primeira da administração pública: interesse público/coletivo:
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
[...]
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou
autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo
que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer
violação expressa à lei;

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III É DEVER: a parte final da alínea ‘m’ do inciso XIV do Código de Ética
comprova o dever do servidor público em exigir de seus superiores
hierárquicos as providências cabíveis relativas a ato ou fato contrário ao
interesse público que tenha levado ao conhecimento deles:
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
[...]
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato
ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências
cabíveis; (grifei)

IV É DEVER: constante na alínea ‘s’ do inciso XIV do Código de Ética:


XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
[...]
s) facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de
direito;

V É DEVER: mais um dever, agora o enunciado cobrou o conhecimento do


conteúdo da alínea ‘f’ do inciso XIV do Código de Ética:
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
[...]
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos
que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos;

Gabarito: B

Questão 19
(ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle – 2006 – Adaptada) – As
comissões de ética previstas no Código de Ética Profissional do Servidor Público
Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto n. 1.171/1994:
I. devem orientar os servidores do respectivo órgão ou entidade sobre a ética
no serviço público.
II. devem informar aos organismos encarregados da execução do quadro de
carreira dos servidores, os registros relativos às infrações de natureza ética
apuradas.
III. têm competência para aplicar a pena de censura ao faltoso.
Estão corretas
A) nenhuma. B) as afirmativas I, II e III.
C) apenas as afirmativas I e II. D) apenas as afirmativas I e III.
E) apenas as afirmativas II e III.
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Resolução

Em virtude de o presente enunciado ter sido retirado de uma prova de


concurso realizado em 2006 e da publicação do Decreto Federal nº 6.029 em
02.02.2007, que revogou alguns incisos do Código de Ética, precisei adaptá-lo
à legislação atualmente vigente (novamente lembro que a ausência de
questões em concursos mais recentes, me fizeram recorrer a provas mais
antigas – que nos ajudarão da mesma forma, não se preocupem com isso).
Voltando ao enunciado, temos:

I. devem orientar os servidores do respectivo órgão ou entidade sobre a ética


no serviço público.
ASSERTIVA CORRETA: Disposição retirada do inciso XVI do Código de
Ética em análise:
XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública
Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer
órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder
público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de
orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no
tratamento com as pessoas e com o patrimônio público,
competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de
procedimento susceptível de censura. (grifei)

II. devem informar aos organismos encarregados da execução do quadro de


carreira dos servidores, os registros relativos às infrações de natureza ética
apuradas.
ASSERTIVA CORRETA: Inciso XVIII do Código de Ética:
XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos
encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os
registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e
fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos
próprios da carreira do servidor público.

III. têm competência para aplicar a pena de censura ao faltoso.


ASSERTIVA CORRETA: Inciso XXII:
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é
a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer,
assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

Gabarito: B

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Questão 20
(ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle – 2006) – Estão subordinados
ao Código de Conduta Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal, aprovado pelo Decreto n. 1.171, de 22.6.1994:
I. os empregados das empresas públicas federais.
II. os empregados das empresas privadas que prestam serviços aos órgãos e
entidades do Poder Executivo Federal mediante contrato de prestação de
serviços (serviços terceirizados, tais como segurança, limpeza, etc.).
III. os que prestam serviço de natureza temporária na Administração Pública
federal direta, sem remuneração.
IV. os servidores do Poder Legislativo.
V. os servidores do Poder Judiciário.
Estão corretas
A) as afirmativas I, II, III, IV e V. B) apenas as afirmativas I, IV e V.
C) apenas as afirmativas I e III. D) apenas as afirmativas I, II e III.
E) nenhuma das afirmativas está correta.

Resolução

Já analisamos tal situação, quando trouxemos o campo de aplicação do


Decreto. Lembremos, ainda, que tal segregação e independência entre os
Poderes da União (Legislativo, Executivo e Judiciário) encontra-se positivada
no art. 2º de nossa Lei Maior/1988:
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o
Legislativo, o Executivo e o Judiciário. (grifei)

Assim, marquemos letra “D”, já que os demais itens (I, II E III) trazem
destinatários que se enquadram no disposto do inciso XXIV do Código:
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-
se por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou
de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente,
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira,
desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder
estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades
paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia
mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

Gabarito: D

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Questão 21
(CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – 2011) – Julgue o item relativo
aos princípios e normas de conduta ética dos servidores.
Os atos, comportamentos e atitudes dos servidores deverão incluir sempre
uma avaliação de natureza ética, para harmonizar práticas pessoais e valores
institucionais.

Resolução

Vejam como esta assertiva está coerente com tudo que já abordamos sobre
ética em nosso curso. Não há qualquer palavra que contrarie os princípios e
premissas balizadores das condutas éticas de nossos servidores públicos.

Gabarito: C (Certo)

Questão 22
(CESPE – EBC – Técnico de Segurança do Trabalho – 2011) – A respeito da
ética no serviço publico, julgue o item seguinte.
Os atos de improbidade administrativa implicarão a perda da função pública, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, ou a ação penal
cabível, devendo a decisão sobre a penalidade recair sobre a que soar mais
branda ao infrator.

Resolução

Para lhes demonstrar a incorreção desta assertiva, vou trazer o parágrafo


único do art. 12 da Lei nº 8.429/1992, que traz uma regra sobre a dosimetria
da aplicação da pena. Vejam que não se escolhe a penalidade mais branda,
mas aquela que melhor corresponda ao dano causado ou ao proveito ilegal
obtido pelo agente.

Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o


juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim
como o proveito patrimonial obtido pelo agente.

Gabarito: E (Errado)

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Questão 23
(CESPE – STM – Técnico Judiciário – 2011) – Julgue o item a seguir, relativo à
ética no serviço público.
A globalização e a intensificação do comércio internacional reforçam a
necessidade da adoção de condutas éticas no serviço público.

Resolução

Esta é uma abordagem interessante. Como os princípios éticos devem pautar


as condutas dos serviços públicos em qualquer esfera de suas atuações.

Ao inserir neste contexto as relações internacionais, onde culturas bastante


diferentes começam a conviver profissionalmente com os servidores públicos.

Nada mais coerente de afirmarmos que este novo cenário reforça a


necessidade (diria eu: obrigação, poder-dever) da adoção de condutas éticas
na Administração Pública Brasileira.

Gabarito: C (Certo)

Questão 24
(CESPE – STM – Técnico Judiciário – 2011) – Julgue o item a seguir, relativo à
ética no serviço público.
O servidor público deve apresentar comportamentos e atitudes direcionados
para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos, tanto no
exercício de seu cargo ou função quanto fora dele.

Resolução

Esta assertiva tem embasamento no inciso I do Código de Ética (trata-se de


uma regra deontológica):
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência
dos princípios morais são primados maiores que devem
nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou
função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação
do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e
atitudes serão direcionados para a preservação da honra e
da tradição dos serviços públicos.

Gabarito: C (Certo)

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Questão 25
(CESPE – STM – Analista Judiciário – 2011) – Acerca de procedimentos
apuratórios da comissão de ética, julgue o item subsequente.
O servidor convocado para prestar informações sobre um desvio ético poderá
se recusar a prestá-las, por não se tratar, necessariamente, de uma
transgressão legal.

Resolução

A partir da promulgação do Decreto nº 1.171/1994, que trouxe o Código de


Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, não se
pode mais falar que uma transgressão ética não é legal.

Afinal, os decretos são normas regulamentadores componentes do


ordenamento jurídico brasileiro.

Assim, já temos informações suficientes para marcar ‘Errado’ nesta questão,


mas, além disto, é dever ético dos servidores relataram os acontecimentos
contrários ao interesse público que tenham conhecimento.

Encontramos tal conduta, nos desdobramento do dever fundamental do


servidor público contido na alínea ‘m’ do inciso XIV do Código de Ética.

Vejam:
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
[...]
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e
qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo
as providências cabíveis;

Ora, se o servidor deve comunicar tais fatos aos seus superiores, qual seria a
justificativa para ele se calar durante os procedimentos apuratórios dos
desvios éticos. Nenhuma, né, pessoal? Está muito errada mesmo. Marquem aí:

Gabarito: E (Errado)

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Questão 26
(CESPE – CNPQ – Analista em Ciência e Tecnologia Júnior – 2011) – Julgue o
item seguinte, relativos à gestão da ética no serviço público.
A implementação do Programa de Gestão da Ética iniciou-se com a criação da
Comissão de Ética Pública, ocorrida após a aprovação do Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.

Resolução

Vejam que a cronologia apresentada no enunciado está correta:


Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal: Aprovado no Decreto nº 1.171/1994 em 22 de junho de 1994;
Comissão de Ética Pública (CEP): Criada pelo Decreto de 26 de maio de
1999, que em seu art. 1º dispõe:
Art 1º Fica criada a Comissão de Ética Pública, vinculada ao
Presidente da República, competindo-lhe proceder à revisão
das normas que dispõem sobre conduta ética na
Administração Pública Federal, elaborar e propor a
instituição do Código de Conduta das Autoriadades, no
âmbito do Poder Executivo Federal.

Diante disto, podemos concluir pela correção do enunciado.

Gabarito: C (Certo)

Questão 27
(CESPE – CNPQ – Analista em Ciência e Tecnologia Júnior – 2011) – Julgue o
item seguinte, relativos à gestão da ética no serviço público.
Um dos objetivos do Código de Conduta Ética dos Agentes Públicos em
exercício na Presidência e Vice-Presidência da República, aprovado em 2002,
foi evitar que agentes públicos agissem de acordo com interesses privados.

Resolução

Caros candidatos, preciso comprovar tal assertiva?

Acredito que não.


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Mesmo se tratando de outro Código de Ética, conforme estudamos, podemos


concluir que tal norma visa banir as ações dos agentes públicos que buscam
satisfazer interesses privados e particulares.

Gabarito: C (Certo)

Questão 28
(CESPE – PREVIC – Técnico Administrativo – 2011) – No que se refere à ética
e conduta pública, julgue o item a seguir.
O cumprimento dos princípios administrativos - especialmente o da finalidade,
o da moralidade, o do interesse público e o da legalidade - constitui um dever
do administrador e apresenta-se como um direito subjetivo de cada cidadão.

Resolução

Estudamos na presente aula como a observância destes princípios traz


resultados éticos e positivos para toda a sociedade, incluindo para a própria
Administração (L.I.M.P.E.), sendo um dever para todos os agentes públicos
agir conforme seus ditames.

Gabarito: C (Certo)

Questão 29
(CESPE – PREVIC – Técnico Administrativo – 2011) – No que se refere à ética
e conduta pública, julgue o item a seguir.
É permitida a acumulação da percepção de vencimento de cargo ou emprego
público efetivo com proventos da inatividade, mesmo quando os cargos de que
decorrem essas remunerações são inacumuláveis na atividade.

Resolução

Aqui o enunciado faz menção à ética e embasa sua assertiva no Regime


Jurídico Único dos Servidores Civis da União (Lei nº 8.112/1990).

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Alguém aí se lembra do art. 118 desta norma, mais precisamente seu §3º?

Relembrem:
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é
vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.
[...]
§ 3º Considera-se acumulação proibida a percepção de
vencimento de cargo ou emprego público efetivo com
proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que
decorram essas remunerações forem acumuláveis na
atividade.

Agora ficou clara a solução, pois o enunciado contradiz este dispositivo legal.

Marquemos “E” em nossas folhas de resposta.

Gabarito: E (Errado)

Questão 30
(CESPE – PREVIC – Técnico Administrativo – 2011) – No que se refere à ética
e conduta pública, julgue o item a seguir.
Considere a seguinte situação hipotética. Um vereador, no exercício de seu
mandato legislativo, exigiu que os servidores comissionados lotados em seu
gabinete entregassem-lhe um percentual de seus vencimentos mensais,
percebidos da administração pública municipal, com vistas a custear os gastos
do próprio gabinete, de outros funcionários (fantasmas) e de suas atividades
junto a sua base eleitoral. Nessa situação hipotética, os princípios
administrativos da finalidade, da moralidade, do interesse público e da
legalidade foram violados pelo edil, o que o sujeita às sanções previstas na Lei
n.º 8.429/1992.

Resolução

Para quem não sabe, anote aí: Edil = Vereador Municipal.

O enunciado já afirmou que o vereador violou princípios constitucionais, o que


de fato constatamos ao analisar as condutas desviadas deste servidor público.
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Leiam apenas o art. 1º da Lei nº 8.429/1992 (citada na questão) para


confirmarem a correção da hipotética situação da questão:

Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer


agente público, servidor ou não, contra a administração
direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de
Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou
de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja
concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do
patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma
desta lei.

Gabarito: C (Certo)

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QUESTÕES PROPOSTAS

Questão 1
(ESAF – MF – Analista Técnico – 2013) – A respeito da ética profissional do
servidor público civil do poder executivo federal, analise as afirmativas abaixo,
classificando-as como verdadeiras (V) ou falsas (F). Ao final, assinale a opção
que contenha a sequência correta.
( ) O servidor público deve pautar sua conduta pelo princípio da legalidade,
devendo sempre decidir entre o legal e o ilegal, abstendo-se de agir
segundo a ponderação entre o honesto e o desonesto.
( ) O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor
público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.
( ) Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la, ainda que
contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração
Pública.
A) V, V, V B) F, V, V C) F, F, F
D) V, F, V E) V, F, F

Questão 2
(ESAF – CVM – Analista – 2010) – O Decreto n. 1.171/1994, aprovou o Código
de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal e,
entre outras providências, determinou que os órgãos e entidades da
Administração Pública Federal direta e indireta constituíssem as respectivas
Comissões de Ética. A respeito dos termos do Código, assinale opção incorreta.
A) A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se
integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos
verificados na conduta do dia a dia em sua vida privada poderão acrescer
ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
B) A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a censura.
C) É vedado ao servidor iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite
do atendimento em serviços públicos.
D) É dever fundamental do servidor público abster-se, de forma absoluta, de
exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao
interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não
cometendo qualquer violação expressa à lei.
E) O Código de Ética elenca apenas deveres negativos do servidor público.
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Questão 3
(ESAF – ANA – Analista Administrativo – 2009) – Um servidor público foi
procurado por um cidadão que pretendia viabilizar um direito legítimo perante
a repartição pública na qual ele (servidor) trabalhava.
O assunto não se inseria na sua esfera de atribuições mas, mesmo assim, ele
se prontificou a ajudar o cidadão, mediante uma remuneração pelo trabalho
extra que faria. Feito o acordo entre os dois, o servidor redigiu um
requerimento, nos devidos termos, o qual foi assinado e protocolizado pelo
interessado.
Valendo-se do conhecimento que tinha entre seus colegas de trabalho, o
servidor cuidou para que o direito postulado fosse reconhecido e deferido o
mais breve possível.
Neste caso, esse servidor:
A) cometeu o crime de corrupção passiva.
B) cometeu o crime de prevaricação.
C) cometeu o crime de concussão.
D) cometeu o crime de advocacia administrativa.
E) não cometeu crime algum.

Questão 4
(ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle – 2004) – Não têm a obrigação
de constituir as comissões de ética previstas no Decreto nº 1.171/1994
(Código de Conduta do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal):
A) as autarquias federais.
B) os órgãos do Poder Judiciário.
C) as empresas públicas federais.
D) as sociedades de economia mista.
E) os órgãos e entidades que exerçam atribuições delegadas pelo poder
público.

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Questão 5
(ESAF – ANA – Analista Administrativo – 2009) – De acordo com o Decreto n.
1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal), é vedado ao servidor público:
I. aceitar ajuda financeira, para si ou para familiares, fornecida pela parte
interessada, para fins de praticar ato regular e lícito, inserido em sua esfera
de atribuições;
II. fazer uso de informação privilegiada obtida no âmbito interno do seu
serviço, salvo quando a informação afetar interesse do próprio servidor;
III. utilizar, para fins particulares, os serviços de servidor público subordinado;
IV. utilizar-se da influência do cargo para obter emprego para um parente
próximo;
V. procrastinar a decisão a ser proferida em processo de sua competência
porque tem antipatia pela parte interessada.
Estão corretas:
A) as afirmativas I, II, III, IV e V.
B) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
C) apenas as afirmativas I, II, III e V.
D) apenas as afirmativas I, III, IV e V.
E) apenas as afirmativas III, IV e V.

Questão 6
(ESAF – MTE – Auditor Fiscal do Trabalho – 2006) – Em face dos princípios
constitucionais da Administração Pública, pode-se afirmar que:
I. a exigência constitucional de concurso público para provimento de cargos
públicos reflete a aplicação efetiva do princípio da impessoalidade.
II. o princípio da legalidade, segundo o qual o agente público deve atuar de
acordo com o que a lei determina, é incompatível com a discricionariedade
administrativa.
III. um ato praticado com o intuito de favorecer alguém pode ser legal do
ponto de vista formal, mas, certamente, comprometido com a moralidade
administrativa, sob o aspecto material.
IV. o gerenciamento de recursos públicos sem preocupação de obter deles o
melhor resultado possível, no atendimento do interesse público, afronta o
princípio da eficiência.
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V. a nomeação de um parente próximo para um cargo em comissão de livre
nomeação e exoneração não afronta qualquer princípio da Administração
Pública, desde que o nomeado preencha os requisitos estabelecidos em lei
para o referido cargo.
Estão corretas:
A) as afirmativas I, II, III, IV e V.
B) apenas as afirmativas I, II e IV.
C) apenas as afirmativas I, III e IV.
D) apenas as afirmativas I, III e V.
E) apenas as afirmativas II, III e V.

Questão 7
(ESAF – SET-RN – Auditor Fiscal do Tesouro Estadual – 2005 – Adaptada) –
Sobre os princípios constitucionais da administração pública, pode-se afirmar
que
I. o princípio da legalidade pode ser visto como incentivador do ócio, haja
vista que, segundo esse princípio, a prática de um ato concreto exige
norma expressa que o autorize, mesmo que seja inerente às funções do
agente público;
II. o princípio da publicidade visa a dar transparência aos atos da
administração pública e contribuir para a concretização do princípio da
moralidade administrativa;
III. a exigência de concurso público para ingresso nos cargos públicos reflete
uma aplicação constitucional do princípio da impessoalidade;
IV. o princípio da impessoalidade é violado quando se utiliza na publicidade
oficial de obras e de serviços públicos o nome ou a imagem do governante,
de modo a caracterizar promoção pessoal do mesmo.
Estão corretas apenas as afirmativas
A) I, II e III.
B) I, II e IV.
C) II e IV.
D) II, III e IV.
E) I, III e IV.

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Questão 8
(ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle – 2004) – De acordo com o
Decreto nº 1.171/1994 (Código de Conduta do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal), são deveres fundamentais do servidor público:
I. tratar cuidadosamente os usuários dos serviços, aperfeiçoando o processo
de comunicação e contato com o público.
II. omitir a verdade sobre fato que prejudique a Administração e beneficie o
cidadão.
III. ser assíduo e frequente ao serviço.
IV. facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de direito.
Estão corretos os itens:
A) I, II e III B) II, III e IV
E) I, II e IV D) I, II, III e IV
E) I, III e IV

Questão 9
(ESAF – ANA – Analista Administrativo – 2009) – De acordo com o Código de
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal:
I. a ética no serviço público exige do servidor uma conduta não apenas de
acordo com a lei, mas, também, com os valores de justiça e honestidade;
II. o servidor não pode omitir a verdade, ainda que contrária aos interesses da
Administração;
III. a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e
moralidade, salvo nos casos em que a lei estabelecer o sigilo;
IV. as longas filas que se formam nas repartições públicas não podem ser
qualificadas como causadoras de dano moral aos usuários dos serviços
públicos porque não decorrem de culpa do servidor, mas sim da
Administração;
V. para consolidar a moralidade do ato administrativo é necessário que haja
equilíbrio entre a legalidade e a finalidade na conduta do servidor.
Estão corretas:
A) as afirmativas I, II, III, IV e V. B) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
C)apenas as afirmativas I, II, III e V. D) apenas as afirmativas I, III, IV e V.
E) apenas as afirmativas I, III e IV.

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Questão 10
(ESAF – MTE – Auditor Fiscal do Trabalho – 2006) – De acordo com o Decreto
n. 1.171/1994 (Código de Conduta do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal), é vedado ao servidor público:
I. determinar a um servidor que lhe é subordinado que vá ao banco pagar
suas contas pessoais (contas do mandante).
II. informar a um amigo sobre ato de caráter geral que está para ser
publicado, cujo teor o beneficia (o amigo), mas que ainda é considerado
assunto reservado no âmbito da Administração Pública.
III. exercer atividade no setor privado.
IV. ser membro de organização que defende a utilização de crianças como
mão-de-obra barata.
V. representar contra seus superiores hierárquicos.
Estão corretas:
A) apenas as afirmativas I, II e IV. B) as afirmativas I, II, III, IV e V.
C) apenas as afirmativas I e IV. D) apenas as afirmativas I, II, IV e V.
E) apenas as afirmativas II e IV.

Questão 11
(ESAF – MTE – Auditor Fiscal do Trabalho – 2006) – Ética no Setor Público
pode ser qualificada como:
I. agir de acordo com o que está estabelecido em lei e, também, com os
valores de justiça e honestidade.
II. responsabilidade do servidor público por aquilo que fez e, também, por
aquilo que não fez mas que deveria ter feito.
III. equilíbrio entre a legalidade e finalidade do ato administrativo, visando à
consolidação da moralidade administrativa.
IV. não omitir a verdade, ainda que contrária aos interesses da Administração.
V. respeito ao cidadão, não protelando o reconhecimento dos seus direitos
nem criando exigências além das estritamente necessárias.
Estão corretas:
A) apenas as afirmativas I e V. B) apenas as afirmativas I, III e V.
C) apenas as afirmativas III e V. D) apenas as afirmativas II e V.
E) as afirmativas I, II, III, IV e V.

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Questão 12
(ESAF – ANEEL – Técnico Administrativo – 2006) – Ética no setor público pode
ser qualificada como:
I. atuação de acordo com a confiança que a sociedade deposita nos agentes
públicos.
II. conjunto de valores e regras estabelecidos com a finalidade de orientar a
conduta dos servidores públicos.
III. observância de valores como honestidade, dignidade, integridade, cortesia
e zelo, entre outros.
IV. transparência dos atos praticados, de modo a proporcionar aos cidadãos o
conhecimento das razões que levaram à adoção de decisão do interesse
público, num sentido ou noutro.
V. não revelar a verdade que contrarie os interesses do governo.
Estão corretas:
A) afirmativas I, II, III, IV e V. B) apenas afirmativas I, II, III e IV.
C) apenas afirmativas II, III, IV e V. D) apenas afirmativas II, III e IV.
E) apenas afirmativas IV e V.

Questão 13
(ESAF – ANEEL – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com o Código de
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, é
vedado ao servidor público:
I. retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, bem
pertencente ao patrimônio público.
II. efetuar determinado investimento que, em face de informação obtida em
razão do cargo e ainda não divulgada publicamente, sabe que será
altamente lucrativo.
III. participar de organização que atente contra a dignidade da pessoa humana.
IV. representar contra o seu superior hierárquico, perante a Comissão de Ética.
V. nomear, para exercer um cargo público, parente aprovado em concurso
público para esse mesmo cargo.
Estão corretas:
A) as afirmativas I, II, III, IV e V. B) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
C) apenas as afirmativas I, II, III e V. D) apenas as afirmativas II, III, IV e V.
E) apenas as afirmativas I, II e III.
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Questão 14
(ESAF – ANEEL – Técnico Administrativo – 2006) – De acordo com o Código de
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal:
I. o servidor público, quando estiver diante de mais de uma opção, deve
escolher aquela que melhor atenda aos interesses do governo.
II. os atos da vida privada do servidor público poderão acrescer ou diminuir o
seu bom conceito na vida funcional.
III. a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e
moralidade, salvo nos casos em que, nos termos da lei, deva-se manter o
sigilo.
IV. os registros sobre a conduta ética do servidor público devem ser fornecidos
aos órgãos encarregados da execução do quadro de carreira dos
servidores, para fins de instruir e fundamentar promoções.
V. servidor público é todo aquele que, por força de lei, contrato ou de
qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária
ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado
direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal.
Estão corretas:
A) as afirmativas I, II, III, IV e V. B) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
C) apenas as afirmativas I, II, III e V. D) apenas as afirmativas I, II, IV e V.
E) apenas as afirmativas II, III, IV e V.

Questão 15
(ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle – 2006) – De acordo com o
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal, aprovado pelo Decreto n. 1.171, de 22.6.1994 “o servidor público não
poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que
decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto
e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4º, da
Constituição Federal”. Esse enunciado expressa
A) o princípio da legalidade na Administração Pública.
B) a regra da discricionariedade dos atos administrativos.
C) a impossibilidade de um ato administrativo, praticado de acordo com a lei,
ser impugnado sob o aspecto da moralidade.
d) um valor ético destinado a orientar a prática dos atos administrativos.
e) que todo ato legal é também justo.
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Questão 16
(ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle – 2006) – O Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo
Decreto n. 1.171, de 22.6.1994, exalta alguns valores que devem ser
observados no exercício da função pública, a saber:
I. verdade, como um direito do cidadão, ainda que contrária aos seus
interesses ou da Administração.
II. dignidade, que deve estar refletida em comportamentos e atitudes
direcionados à preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.
III. moralidade, representada pelo equilíbrio entre a legalidade e a finalidade
do ato.
IV. decoro, que deve ser mantido pelo servidor não apenas no local de
trabalho, mas, também, fora dele.
V. cortesia, boa vontade e respeito pelo cidadão que paga os seus tributos.
Estão corretas
A) apenas afirmativas II, III, IV e V. B) afirmativas I, II, III, IV e V.
C) apenas afirmativas I, II, III e V. D) apenas afirmativas I, III, IV e V.
E) apenas afirmativas III, IV e V.

Questão 17
(ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle – 2006) – De acordo com o
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal, aprovado pelo Decreto n. 1.171, de 22.6.1994, é vedado ao servidor
público:
I. receber gratificação financeira para o cumprimento de sua missão.
II. ser sócio de empresa que explore jogos de azar não-autorizados.
III. informar, a um seu amigo de muitos anos, do conhecimento que teve, em
razão das funções, de uma minuta de medida provisória que, quando
publicada, afetará substancialmente as aplicações financeiras desse amigo.
IV. permitir que simpatias ou antipatias interfiram no trato com o público.
V. ser, em função do seu espírito de solidariedade, conivente com seu colega
de trabalho que cometeu infração de natureza ética.
Estão corretas:
A) apenas afirmativas I, II, IV e V B) afirmativas I, II, III, IV e V.
C) apenas afirmativas I, II, III, e V. D) apenas afirmativas I, II e V.
E) apenas afirmativas I e II.
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Questão 18
(ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle – 2006) – De acordo com o
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal, aprovado pelo Decreto n. 1.171, de 22.6.1994, são deveres
fundamentais do servidor público:
I. abster-se de exercer as prerrogativas funcionais do cargo de forma
contrária aos legítimos interesses dos usuários do serviço público.
II. quando estiver diante de mais de uma opção, escolher aquela que melhor
atenda aos interesses do governo.
III. exigir de seus superiores hierárquicos as providências cabíveis relativas a
ato ou fato contrário ao interesse público que tenha levado ao
conhecimento deles.
IV. facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de direito.
V. materializar os princípios éticos mediante a adequada prestação dos
serviços públicos.
Estão corretas
A) as afirmativas I, II, III, IV e V. B) apenas as afirmativas I, III, IV e V
C) apenas as afirmativas I, II, IV e V. D) apenas as afirmativas I e IV.
E) apenas as afirmativas I, IV e V.

Questão 19
(ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle – 2006 – Adaptada) – As
comissões de ética previstas no Código de Ética Profissional do Servidor Público
Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto n. 1.171/1994:
I. devem orientar os servidores do respectivo órgão ou entidade sobre a ética
no serviço público.
II. devem informar aos organismos encarregados da execução do quadro de
carreira dos servidores, os registros relativos às infrações de natureza ética
apuradas.
III. têm competência para aplicar a pena de censura ao faltoso.
Estão corretas
A) nenhuma. B) as afirmativas I, II e III.
C) apenas as afirmativas I e II. D) apenas as afirmativas I e III.
E) apenas as afirmativas II e III.

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Questão 20
(ESAF – CGU – Analista de Finanças e Controle – 2006) – Estão subordinados
ao Código de Conduta Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal, aprovado pelo Decreto n. 1.171, de 22.6.1994:
I. os empregados das empresas públicas federais.
II. os empregados das empresas privadas que prestam serviços aos órgãos e
entidades do Poder Executivo Federal mediante contrato de prestação de
serviços (serviços terceirizados, tais como segurança, limpeza, etc.).
III. os que prestam serviço de natureza temporária na Administração Pública
federal direta, sem remuneração.
IV. os servidores do Poder Legislativo.
V. os servidores do Poder Judiciário.
Estão corretas
A) as afirmativas I, II, III, IV e V.
B) apenas as afirmativas I, IV e V.
C) apenas as afirmativas I e III.
D) apenas as afirmativas I, II e III.
E) nenhuma das afirmativas está correta.

Questão 21
(CESPE – Auditor Federal de Controle Externo – 2011) – Julgue o item relativo
aos princípios e normas de conduta ética dos servidores.
Os atos, comportamentos e atitudes dos servidores deverão incluir sempre
uma avaliação de natureza ética, para harmonizar práticas pessoais e valores
institucionais.

Questão 22
(CESPE – EBC – Técnico de Segurança do Trabalho – 2011) – A respeito da
ética no serviço publico, julgue o item seguinte.
Os atos de improbidade administrativa implicarão a perda da função pública, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, ou a ação penal
cabível, devendo a decisão sobre a penalidade recair sobre a que soar mais
branda ao infrator.

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ÉTICA DO SERVIDOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PARA O CARGO DE
‘ATA’ DO MINISTÉRIO DA FAZENDA – Teoria e Exercícios
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Questão 23
(CESPE – STM – Técnico Judiciário – 2011) – Julgue o item a seguir, relativo à
ética no serviço público.
A globalização e a intensificação do comércio internacional reforçam a
necessidade da adoção de condutas éticas no serviço público.

Questão 24
(CESPE – STM – Técnico Judiciário – 2011) – Julgue o item a seguir, relativo à
ética no serviço público.
O servidor público deve apresentar comportamentos e atitudes direcionados
para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos, tanto no
exercício de seu cargo ou função quanto fora dele.

Questão 25
(CESPE – STM – Analista Judiciário – 2011) – Acerca de procedimentos
apuratórios da comissão de ética, julgue o item subsequente.
O servidor convocado para prestar informações sobre um desvio ético poderá
se recusar a prestá-las, por não se tratar, necessariamente, de uma
transgressão legal.

Questão 26
(CESPE – CNPQ – Analista em Ciência e Tecnologia Júnior – 2011) – Julgue o
item seguinte, relativos à gestão da ética no serviço público.
A implementação do Programa de Gestão da Ética iniciou-se com a criação da
Comissão de Ética Pública, ocorrida após a aprovação do Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.

Questão 27
(CESPE – CNPQ – Analista em Ciência e Tecnologia Júnior – 2011) – Julgue o
item seguinte, relativos à gestão da ética no serviço público.
Um dos objetivos do Código de Conduta Ética dos Agentes Públicos em
exercício na Presidência e Vice-Presidência da República, aprovado em 2002,
foi evitar que agentes públicos agissem de acordo com interesses privados.
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Questão 28
(CESPE – PREVIC – Técnico Administrativo – 2011) – No que se refere à ética
e conduta pública, julgue o item a seguir.
O cumprimento dos princípios administrativos — especialmente o da finalidade,
o da moralidade, o do interesse público e o da legalidade — constitui um dever
do administrador e apresenta-se como um direito subjetivo de cada cidadão.

Questão 29
(CESPE – PREVIC – Técnico Administrativo – 2011) – No que se refere à ética
e conduta pública, julgue o item a seguir.
É permitida a acumulação da percepção de vencimento de cargo ou emprego
público efetivo com proventos da inatividade, mesmo quando os cargos de que
decorrem essas remunerações são inacumuláveis na atividade.

Questão 30
(CESPE – PREVIC – Técnico Administrativo – 2011) – No que se refere à ética
e conduta pública, julgue o item a seguir.
Considere a seguinte situação hipotética. Um vereador, no exercício de seu
mandato legislativo, exigiu que os servidores comissionados lotados em seu
gabinete entregassem-lhe um percentual de seus vencimentos mensais,
percebidos da administração pública municipal, com vistas a custear os gastos do
próprio gabinete, de outros funcionários (fantasmas) e de suas atividades junto a
sua base eleitoral. Nessa situação hipotética, os princípios administrativos da
finalidade, da moralidade, do interesse público e da legalidade foram violados pelo
edil, o que o sujeita às sanções previstas na Lei n.º 8.429/1992.

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GABARITO

Questão 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Resposta B E D B D C D E C A

Questão 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Resposta E B E E D B B B B D

Questão 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

Resposta C E C C E C C C E C
(Certo) (Errado) (Certo) (Certo) (Errado) (Certo) (Certo) (Certo) (Errado) (Certo)

-------------------------- X --------------------------

BIBLIOGRAFIA

ROCHA, Cármen Lúcia Antunes. O Princípio Constitucional da Igualdade. Belo


Horizonte: Lê, 1991.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 28° ed. São Paulo:
Malheiros Editores – 2003.

Dicionário Online Michaelis (www.michaelis.uol.com.br)

Código de Conduta do Banestes S.A. (www.banestes.com.br)

ZAJDSZNAJDER, Luciano. Ser ético. Rio de Janeiro: Gryphus, 1994.

CARVALHO, Luis Carlos Ludovikus Moreira de. Ética e Cidadania. Assembleia


Legislativa de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2003 (www.almg.gov.br)

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