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educação física
AUTORIA
Cleber Henrique Sanitá Kojo
Guilherme França Fusco
Bem vindo(a)!
Em seguida, você entenderá que o ser humano é feito de desejos e vontades e que
isso compreende a uma responsabilidade humana, pois sabemos que temos um
dever a cumprir e, por muitas vezes, exigimos nossa liberdade sem saber o que ela é
de fato.
Nas unidades III e IV, retomaremos o fascínio sobre o assunto desta disciplina,
observando, lendo ou estudando as unidades I e II, pois é o início de um grande
desa o que vamos triunfar juntos. Proponho uma construção conjunta sobre a ética,
os esportes e a educação física. Vale ressaltar que iremos veri car os Valores Éticos e
Morais no Sistema CONFEF/CREFs (Conselho Federal e Regional de Educação
Física), além do código de ética pro ssional, exercício pro ssional e vida pro ssional
do indivíduo, identi cando, assim, os valores para o estudo do esporte para o
indivíduo e para sociedade. Conheceremos também a ética e a docência, além de
como o fair play e o “olimpismo” fazem parte de nossa pro ssão. Ressaltaremos
ainda a importância do docente dentro dos conselhos de classe embasados na sua
pro ssão.
Ao m dessa apostila, espero que seu horizonte de expectativas seja modi cado,
uma vez que todos nós, seres humanos e pro ssionais, somos frutos de uma
formação moral e ética de uma determinada sociedade e, dessa forma, devemos
agir com responsabilidade dentro da pro ssão e da sociedade vigente.
Sumário
Essa disciplina é composta por 4 unidades, antes de prosseguir é necessário que
você leia a apresentação e assista ao vídeo de boas vindas. Ao termino da quarta da
unidade, assista ao vídeo de considerações nais.
Unidade 1 Unidade 2
Os valores e a moral Teorias morais
Unidade 3 Unidade 4
Ética, esportes e educação física Conselhos de classe e participação
Os valores e a moral
AUTORIA
Cleber Henrique Sanitá Kojo
Guilherme França Fusco
Sumário
Introdução
1 - Os valores e a moral
3 - Desejo e vontade
Considerações Finais
Introdução
Seja muito bem-vindo(a)!
Prezado (a) estudante, preste muita atenção, pois se em você ocorreu um despertar
ou um fascínio sobre assunto desta disciplina, observando a pro ssão escolhida, é o
início de um grande desa o que vamos triunfar juntos. Proponho uma construção
conjunta sobre a ideia de ética e moral, visto que em nossa sociedade se fala muito
do ser ético, mas não se tem uma formação correta desse conceito, muitos se dizem
éticos pro ssionalmente, mas não sabem nem o que é ser ético. Vamos conhecer os
conceitos de Moral e ética e suas subdivisões para interpretarmos os componentes
que a constroem, uma vez que, em nosso dia a dia, indicamos valores as pessoas, e
vamos entender em qual momento devemos usar e identi car esse processo.
Dentro desse desa o, iremos conhecer muito além da ética e moral, considerando
que o ser humano é feito de desejos e vontades, o que nos faz perceber, através do
senso comum, que isso compreende a responsabilidade humana, além de sabermos
que temos um dever a cumprir e que, por muitas vezes, exigimos nossa liberdade
sem saber o que é liberdade de fato.
Por m, vamos conhecer o processo da liberdade humana e todo seu ato moral.
Assim, esperamos um docente com um posicionamento ético e social de maneira
positiva e construtiva na sociedade, tornando-se um pro ssional exemplar e que
some no desenvolvimento social e humano.
Plano de Estudo:
1. Os Valores e a Moral
2. O Caráter Histórico, Social e Pessoal
3. A Espécie do Ato Moral
4. A Estrutura do Ato Moral
5. Desejo e Vontade
6. Responsabilidade, Dever e Liberdade
Objetivos de Aprendizagem:
1. Conhecer os Conceitos e De nições de Moral e Ética;
2. Entender a Valorização: Valores e diferenças culturais;
3. Contextualizar todo o processo histórico, social e pessoal de Ética e Moral;
4. Estabelecer os pontos do ato moral e suas divisões;
5. Compreender a diferença de desejo e vontade humana, além da
responsabilidade, dever e liberdade.
Os valores e a moral
Em pleno século XXI, ainda confundimos ética, moral, valores, entre outras palavras
e/ou conceitos. Vale ressaltar que, constantemente, encontramos o uso ambíguo de
palavras como "moral e ética", "valores e ética" e "valores e normas". Você consegue
rapidamente diferenciar e de nir cada uma delas? Caso você conheça, é um passo
gigantesco para estudo de nossa disciplina. No entanto, precisamos diferenciá-las
para não causar confusão em nossa vida. Assim, você poderá melhorar sua
comunicação e a elaboração do pensamento. Qual o código de ética de sua
pro ssão? Esperamos que embarque nessa viagem losó ca para que se crie um
pro ssional re exivo, crítico, responsável com a sociedade, com as normas legais e
compreendendo melhor seu papel social.
Antes de começar diretamente os debates sobre valores, moral e ética, tema este
muito discutido e pouco conhecido verdadeiramente pelas pessoas, empresas e, até
mesmo, por pro ssionais em plena atuação de suas funções, quero compartilhar um
pensamento adquirido no decorrer do tempo, do senso comum, do conhecimento
cientí co, entre outros, ou seja, destaco que vivemos numa sociedade na qual os
valores morais são levados em consideração em vários setores da sociedade,
principalmente em uma época onde as redes sociais são repletas de pessoas que
acreditam ter conhecimento de tudo, seja em relação à posição política, religiosa,
entre outros. Porém, a maioria não sabe ou não compreende o verdadeiro signi cado
de valores, moral e ética.
Diante disso, precisamos compreender Moral e Ética, pois vale ressaltar que ambas se
completam e, assim, podemos debater como, por exemplo, os valores. No dicionário
Aurélio online (2014), a de nição das palavras Ética e Moral são as seguintes:
Coragem Respeito
Humildade Honestidade
Fonte: o autor.
Podemos a rmar, portanto, que valores como os citados acima norteiam o homem e
seu agir em sociedade, tornando-a uma sociedade onde a convivência é totalmente
possível e norteando até mesmo suas leis.
Um ponto de extrema importância para a compreensão dos valores é entender que
eles podem variar de acordo com a sociedade, ou até mesmo entre grupos sociais
diferentes. Por exemplo, se perguntar a uma brasileira o que ela acharia da ideia caso
seu marido lhe zesse a proposta de ter várias mulheres, provavelmente, ela teria a
atitude de se separar, ao passo que em países muçulmanos é normal o homem ter
várias esposas. Da mesma forma, é normal, nos países muçulmanos, o uso da burca e,
para nós, o uso de biquínis, ou seja, em uma sociedade, o cobrir o corpo ou não
depende de cada cultura adquirida através de sua moral formando os valores de um
grupo de indivíduos. Portanto, o que é moral para mim pode ser imoral para outros.
Diante disso, podemos a rmar que os valores morais são baseados em vários fatores,
como cultura, tradição, religião, convivência diária, entre outros de um determinado
grupo ou de um povo. Vale ressaltar que a manutenção dos valores morais de uma
sociedade vem determinar comportamentos e a orientação de como agir do grupo
em questão, garantindo, assim, a ordem e a existência de uma sociedade.
Caráter histórico, social e pessoal
Num primeiro momento, podemos a rmar que os valores morais citados acima são
herdados, pois, quando nascemos, já existe uma cultura determinada na sociedade e,
com isso, aprendemos desde cedo as suas regras, seguindo-as e absorvendo-as sem
perceber e identi cando como agir moralmente ou imoralmente.
No cotidiano ouvimos a a rmação de que alguém foi imoral, porém você já parou
para pensar sobre o conceito de imoral? Já ouviu falar em amoral? E no não moral?
Qual a diferença de imoral, amoral e não moral? Talvez você já deva estar pensando
que agora começamos com a “chatice” e complicação. No entanto, estas dúvidas são
de fácil entendimento e compreensão, como nas de nições abaixo:
A Moral é o ato que está de acordo com uma norma ética ou indicação de
conduta social;
Já o Imoral é o ato que fere uma norma ética ou uma conduta estabelecida pela
moral social ou individual. É o ato pelo qual se dão os anti valores: da injustiça,
do mal, etc. (vai contra a introjeção da norma);
Amoral é o ato que não pode ser avaliado do ponto da ética ou da moral, pois
nele não se dão as condições transcendentais para a moralidade (não há
introjeção);
Não-moral é o ato em que não estão envolvidos diretamente os valores morais,
como, por exemplo, assistir a um jogo de futebol ou ir à praia.
Ética Moral
Princípios éticos Código de conduta
Fonte: o autor.
Podemos acrescentar ainda que, dentro do caráter histórico da moral, temos sua
formação em vários períodos históricos, seja no período feudal na Idade Média, da moral
burguesa na Idade Moderna, entre outros. Assim, a rmo que a moral pode ser
considerada um fato histórico que, para o momento, é instituído, mas pode ser
modi cada com o tempo sem cometer anacronismos, considerando cada moral em cada
período. Segundo Adolfo Sanchez Velasquez (2017, p. 80), esse historicismo moral no
campo da re exão ética tem três direções fundamentais a ser respeitada.
Essas três concepções históricas têm origem fora do homem como um ser histórico, pois,
na primeira, presenciamos um ser superior, onipotente, onipresente e onisciente, que não
precisa do homem, já o segundo, no mundo natural, seguido do terceiro, baseia-se no
homem abstrato, fora da sociedade e da história. Assim, todas a rmam que a moral
independe do homem, mesmo que constituída desde sua origem, pois as sociedades
instituem sua moral independentemente do indivíduo e do tempo. Você talvez
compreendeu com facilidade, pois na história temos o surgimento da propriedade privada
que elimina a moral comunal existente anteriormente. Você pode compreender que, na
atualidade, as morais que seus avós possuíam já mudaram com o tempo e você sente
todos os dias no seu cotidiano. Assim é na história, com a moral aplicada na divisão do
trabalho, na sociedade escravista, entre outras. Para exempli car, podemos a rmar que
era normal descartar o negro como um ser humano simplesmente pela sua cor, pois
acreditavam ser superiores pela cor da pele, o Darwinismo social aplicado e aceito em um
determinado período histórico.
REFLITA
Iremos começar pelos chamados atos morais, que consistem em quando a rmamos
que são os atos nos quais o indivíduo possui conhecimento e entendimento, ou seja,
ele tem “ciência” das regras da sociedade e das normas para convivência coletiva,
escolhendo livremente segui-las, reconhecendo e compreendendo a importância das
regras sociais impostas.
O mais simples dos três são os atos amorais, pois o indivíduo não possui ciência
alguma da existência de normas e regras vigentes da sociedade. Por exemplo, um
determinado indivíduo chega a um novo país e tem comportamentos proibidos para
aquele determinado território sem ter compreensão disso.
Segundo Adolfo Sanchez Velásquez (2017, p. 80), o ato moral é ligado a um sujeito real
que pertence a uma determinada comunidade humana historicamente determinada
com normas ou regras, como a citação abaixo:
O ato moral como ato de um sujeito real que pertence a uma
comunidade humana, historicamente determinada, não pode ser
quali cado senão em relação com o código moral que nela vigora. Mas
seja, qual for o contexto normativo e histórico-social no qual o situamos,
o ato moral se apresenta como uma totalidade de elementos – motivo,
intenção ou m, decisão pessoal, emprego de meios adequados,
resultados e consequências – numa unidade indissolúvel.
Assim, podemos dizer que o ato será moral quando estiver de acordo com as regras
estabelecidas pela sociedade vigente.
Desejo e vontade
Após compreender que a Moral é um conjunto de regras que norteiam e orientam as
pessoas, devemos acrescentar que isso só funciona se ocorrer a aceitação dessas
normas, mesmo elas sendo exteriores ao indivíduo. Vale ressaltar que o ser humano
evolui com o tempo, cresce em “graça” e estatura, pois a palavra graça, aqui, quer
dizer a maturidade. Quando o homem abandona a infantilidade e passa a ter uma
maior consciência de seus atos, passa a tomar decisões que fazem parte de seu ser,
como os desejos e vontades.
Você já parou para pensar na diferença entre desejos e vontades? Como saber agir
contra os desejos?
Você precisa saber distinguir a diferença entre desejo e vontade, pois a rmo que será
impossível dominar nosso corpo de emoções implícitas ou explícitas e ter um ótimo
controle sobre nossa vida. Vale ressaltar que a de nição de desejo consiste nas
necessidades do corpo, o chamado “tesão” sem controle, um instinto humano. Já a
vontade consiste em quando você decide algo, uma ação pela qual você deixou a
mente vencer corpo, as situações que a mente domina, como, por exemplo, a vontade
de comer chocolate, ou seja, ela é mais calma e tranquila, enquanto o desejo envolve
compulsão. Importante salientar ainda que o desejo pode estar atrelado a sonhos e
fantasias, enquanto a vontade está ligada à ânsia. Desejo são relacionados também a
sentimentos e emoções, enquanto a vontade está ligada à lógica e à razão.
SAIBA MAIS
Para agir contra os desejos, precisamos nos lembrar de tudo que foi estudado sobre a
moral e praticá-la rotineiramente. Será que conseguimos entender a relação entre
desejos e vontades e suas diferenças? Para exempli car melhor a diferença observe o
quadro abaixo:
Quadro 2 - Diferenças entre Desejo e Vontade
DESEJO VONTADE
* Provêm de estímulos
* Provêm do pensamento e da razão.
dos sentidos
* Satisfaz caprichos e
* Satisfaz necessidades na luta pela vida.
fantasias.
* Prevalecem as forças do
* Prevalecem as forças da razão e da lógica.
instinto.
* Utiliza artifícios e
* Vai direta ao alvo.
artimanhas.
* É impulsivo e de difícil
* É racional, controlada pelo pensamento.
controle.
* É aleatório, inconstante,
* Ajusta-se às circunstâncias e objetivos.
variável.
* É quase sempre
* É persistente e exige paciência.
imediatista.
Claro que, quando somos livres para decidir e fazer nossas escolhas, nos tornamos
responsáveis por nossas ações, ou seja, assumimos as ações dos atos
conscientemente, respondendo pelas consequências praticadas. Vale ressaltar que o
comportamento moral é livre e responsável, além de obrigatório dentro da sociedade
vigente, criando em você, em mim e em nós o que chamamos de dever.
Desse modo, quando somos responsáveis e cumprimos nosso dever, somos livres,
cumprindo nosso dever moral. É importante destacar que, assim, o dever moral não
vem de uma causa externa, mas, sim, através da norma livremente assumida. Ainda
podemos a rmar que essa responsabilidade não deve ser interpretada como defesa
de um relativismo, onde todas as formas de conduta podem ser aceitas livremente.
Os direitos do homem, tais como em geral têm sido enunciados a partir
do século XVIII, estipulam condições mínimas do exercício da
moralidade. Por certo cada um não deixará de aferrar-se à sua moral;
deve, entretanto, aprender a conviver com outras, reconhecer a
unilateralidade de seu ponto de vista. E com isso está obedecendo à sua
própria moral de uma maneira especialíssima, tomando os imperativos
categóricos dela como um momento particular do exercício humano de
julgar moralmente. Desse modo, a moral do bandido e a do ladrão
tornam-se repreensíveis d ponto de vista da moralidade pública, pois
violam o princípio da tolerância e atingem direitos humanos
fundamentais (GIANOTTI, 1992, p. 245).
REFLITA
Na sua obra a República, Platão relata a lenda sobre um anel que tornaria
invisível quem conseguisse virar o engaste para dentro. Foi o que teria
acontecido ao pastor Giges, que vivia a serviço do rei da Lídia. Após ter se
salvado de um terremoto, ele retirou de um cadáver o referido anel. Ao
perceber que podia car invisível sempre que quisesse, entrou no
castelo, seduziu a rainha, tramou com ela a morte do rei e obteve o
poder.
Esse mito nos faz pensar sobre os motivos que estimulam ou coíbem
uma ação. Se pudesse car invisível em uma loja, você roubaria um
celular, por exemplo? Ou o que seria determinante para que, mesmo
invisível, você roubasse?
Livro
Filme
Filme
Filme
Web
Teorias morais
AUTORIA
Cleber Henrique Sanitá Kojo
Guilherme França Fusco
Sumário
Introdução
6 - A Ética de Espinosa
Considerações Finais
Introdução
Seja muito bem-vindo(a)!
Olá, caro(a) amigo(a)! Vamos continuar nossa viagem losó ca sobre ética e Moral.
Espero que tenha ocorrido em você um despertar sobre o tema com a unidade
anterior, te deixando ansioso pelo nosso próximo encontro e/ou nosso próximo
capítulo. Acredito que o fascínio apresentado no início da unidade anterior tenha sido
atingido com excelência e despertado uma nova forma de se pensar. Venho, então,
propor uma continuidade do assunto desta disciplina, sugerindo uma viagem ainda
maior, pois, a partir de agora, conheceremos as teorias de alguns lósofos que
permearam a formação moral e ética de muitas sociedades, tanto no passado quanto
no presente, passando, ainda, a transportar conhecimentos discutidos por grandes
pensadores atuais em todos os ambientes sociais, seja nas instituições de ensino
superior, até nas rodas cotidianas, sem falar do meio virtual, como em canais de
vídeos, debates e até mesmo em redes sociais, fazendo com que suas teorias sejam
entendidas e absorvidas por várias sociedades..
Devemos, então, continuar essa viagem pelo conceito de natureza humana proposta
por Rousseau e a moral da razão prática de Immanuel Kant. Vale ressaltar que
passaremos também pela perspectiva hegeliana e de Bérgson de cultura e de dever
humano. Também é válido destacar que essa viagem passará, ainda, pela visão ética e
liberdade proposta por Espinosa.
Plano de Estudo:
1. A Filoso a moral de Sócrates e de Aristóteles;
2. A ideia de dever e de intenção do cristianismo;
3. A Natureza humana de Rousseau;
4. As leis da razão Kantiana;
5. A Perspectiva hegeliana e de Bérgson de cultura e de dever;
6. A Ética de Espinosa;
7. A Concepção contemporânea de virtude e Racionalismo ético.
Objetivos de Aprendizagem:
1. Conhecer a Filoso a moral de Sócrates e de Aristóteles;
2. Entender a ideia de dever e de intenção do cristianismo;
3. Compreender a Natureza humana de Rousseau;
4. Conhecer a moral da razão prática proposta por Kant;
5. Entender Perspectiva hegeliana e de Bérgson de cultura e de dever;
6. Conhecer a Ética de Espinosa;
7. Conhecer e comparar a concepção contemporânea de virtude e o Racionalismo
ético.
A Filoso a Moral de Sócrates e
Aristóteles
Por que estudar as diferentes correntes teóricas sobre a Ética? Por que começarmos
por Sócrates e Aristóteles? Talvez você se pergunte: o que pode me acrescentar essas
teorias?
Podemos, então, começar nossas re exões sobre o mundo grego, que é considerado
o berço da civilização atual e onde podemos buscar a compreensão moral humana,
pois, se zermos uma viagem além do proposto no título do capítulo, podemos
começar a rmando a importância de Sócrates para loso a, pois a loso a é dividida
no momento histórico como antes e depois de Sócrates, ou seja, temos lósofos pré-
socráticos e pós-socráticos. Parece confuso, mas não é: os lósofos pré-socráticos
embasaram seus estudos no princípio de tudo, a origem das coisas, a cosmologia, ou
seja, Tales de Mileto, por exemplo, dizia que o princípio de tudo era a água, quanto
Anaximandro nos dá a de nição Arché e Apeíron, onde o princípio de tudo seria o
indeterminado; já Anaxímenes a rma que o princípio de tudo era o ar, ou seja, os
lósofos pré-socráticos não se preocuparam com o homem em si, mas com o
princípio de tudo. Vale ressaltar que a partir de Sócrates passamos a ter a análise do
ser, do homem e assim nascem os conceitos de ética e moral.
Vamos começar conhecendo um
pouco de Sócrates , que era lho de
um escultor e de uma parteira,
herança essa que o leva a “esculpir”,
ou seja, fazer uma representação
autêntica do homem, pois uma das
críticas ferrenhas de Sócrates seriam
os so stas – termo traduzido como
“sábios”. É importante destacar que
Sócrates não gostava dos So stas,
a rmando que eles não se
interessavam pela autenticidade
humana, ou seja, ele intitulava os
so stas como mercenários do saber,
defensores apenas do que lhes
interessava, começando, assim, a
desvendar o que posteriormente
seria intitulado de moral e ética.
@ ickr
Um grande ponto a ser destacado é que Sócrates saía nas Ágoras, (praças públicas)
conversando com as pessoas e dando demonstrações de que era preciso unir o saber
e o fazer, a consciência intelectual à consciência prática, ou seja, a moral em si. Assim,
Sócrates entra em uma das principais críticas aos so stas, a questão da consciência
moral, a rmando que o autoconhecimento é o ponto necessário para a ação humana
e a moral, originando a célebre frase inscrita no oráculo de Delfos: “Conhece-te a ti
mesmo”. Sócrates tendia, ainda, a um diálogo crítico, também chamado de dialética,
criando, assim, duas ideias básicas que nortearam seus pensamentos, a chamada de
Ironia e Maiêutica.
Para exempli car melhor, podemos apresentar as ideias de ética e moral para o
Sócrates. Vamos começar então pelo conceito de moral de Sócrates, pois ele foi o
fundador da ciência moral e da ideia da racionalidade humana, identi cando assim a
ação racional que vai nortear a moral humana. Já a Ética socrática a rmava que o
homem deveria obedecer às leis impostas, pois só assim ele seria identi cado como
ser humano, pois, para Sócrates, essa obediência era o divisor de águas entre o que
chamamos de civilizatório e de barbárie. Para ele, devemos respeitar as leis, atingindo,
assim, o ápice que é a coletividade. Vale ressaltar que Sócrates, para valorizar seu
pensamento sobre moral e ética, não dava importância à questão social, buscando o
autoconhecimento, o que contrariava a sociedade na época e resultou em sua
acusação por “corruptor da juventude”, sendo injusto com os deuses da cidade.
Assim, Sócrates foi condenado pelos gregos a beber cicuta – veneno feito com a
planta de mesmo nome. Entretanto, mesmo condenado, ele não negou suas ideias,
apresentando uma força moral de quem não teme algo por ser ético.
Algum de vós poderia talvez altercar-me: "Sócrates, não te envergonhas
de haveres exercido tal atividade, que agora coloca em risco tua vida? Eu
responderia a este: "Não falas bem se pensa que alguém tendo
capacidade de fazer algum bem, mesmo sendo pequeno, deva calcular
os riscos de vida ou de morte e não deva olhar o injusto e se pratica as
ações de homem honesto e corajoso ou de infame e mau. Estás
enganado, se pensas que um homem de bem deve car pesando, ao
praticar seus atos, sobre as possibilidades de vida ou de morte. O
homem de valor moral deve considerar apenas, em seus atos, se eles são
justos ou injustos, corajosos ou covardes." (PLATÃO, 2008, p. 80).
Assim como Sócrates e seu discípulo Platão, temos Aristóteles, que sofreu tantos com
os so stas quanto por não ser grego. Talvez você se pergunte: Como assim?
Aristóteles foi aluno de Platão, discípulo direto de Sócrates, não assumindo, por ser
macedônico, a academia losó ca no lugar de Platão, tendo que abandonar a Grécia,
retornando no período de dominação macedônica sobre os gregos. Aristóteles foi
mentor direto de Alexandre Magno (Alexandre o Grande), tornando-se respeitado e
podendo fundar sua própria escola, o chamado “Liceu”.
Podemos a rmar que Aristóteles tem grandes obras a serem estudadas. No entanto,
precisamos saber que ele era lho de um médico chamado Nicômaco e uma de suas
principais obras foi em homenagem a seu pai, ou seja, Ética a Nicômaco, através da
qual Aristóteles aprofunda a discussão sobre as questões éticas do mundo, dizendo
que a Ética é a parte do estudo losó co que nos ajuda diretamente a re etir sobre as
práticas humanas, a rmando também que tudo o que fazemos deve alcançar o bem
ou o que pareça o bem naquele momento, ou seja, devemos alcançar a loso a
moral chamada por ele de “Eudamonia”, termo grego de vida feliz, vida boa. Dessa
forma, segundo ele, o homem pode atingir a “Felicidade e a Virtude”, isso utilizando-
se da razão. Tais a rmações também estão em sua obra intitulada de meta sica.
Para concluir a felicidade tão importante para ética de Aristóteles, iremos citar um
pequeno trecho do Journal of Ancient Philosophy Vol. II 2008 Issue 2, que diz o
seguinte sobre a virtude e a felicidade em Aristóteles:
Para iniciar esse debate losó co, vamos resgatar o contexto do surgimento dessa
religião no mundo, pois, historicamente, o homem sempre teve sua vida ligada ao
misticismo e, na maioria das vezes, essas religiões tinham um caráter político, com
uma dominação nacional e territorial. Vale ressaltar que o cristianismo nasce
aproximadamente no século I, digo aproximadamente porque estudiosos a rmam
que o calendário gregoriano cristão possui um erro de alguns anos. En m, o
cristianismo nasce com os ensinamentos deixados por Jesus Cristo e se espalha pelo
mundo através de seus seguidores que a rmavam a existência de um único Deus,
contrariando as religiões existentes até o momento, com exceção do Judaísmo, que
também acredita em um único Deus. Se, na antiguidade, a religião era ligada a um
território ou a uma comunidade social, no cristianismo era ligada às pessoas que
possuem “fé”, nos que creem. Isso pode ser explicado quando a rmamos que a vida, a
ética e a moral do cristão não são de nidas por sua relação com a sociedade, mas,
sim, na sua única e íntima relação com Deus.
A religião cristã se espalha pelo mundo através dos discípulos de Jesus, que passam a
contar seus legados para o mundo, dentre eles Paulo e João. Paulo era lho de um
tecelão e de alta posição no império romano, pois adquiriu sua cidadania romana e
passou a ter uma visão cruel em relação aos cristãos, ou seja, perseguia os seus
seguidores. Após sua conversão, Paulo andou por vários e vastos territórios
espalhando os conceitos básicos do cristianismo, até sua morte.
Com base nessas a rmações, vamos abordar aqui o que chamamos de “Filoso a
Patrística”, ou seja, trabalharemos uma corrente losó ca cristã que resultou do
esforço feito pelos dois apóstolos intelectuais (Paulo e João) e pelos primeiros Padres
da Igreja, pois essa loso a recebeu tal nome devido aos primeiros teólogos do
cristianismo, os Padres da igreja, que traduzido signi ca “Pais da Igreja” (Padre = Pai).
O cristianismo com a loso a
patrística ganhou uma forma de
conciliação entre o pensamento
losó co dos gregos e romanos e,
com essa conciliação, ocorreu uma
adesão dos pagãos e essa religião.
@freepik
A partir desse desa o, nos é proposto que a ética cristã vai tomar um lugar
importante na sociedade, pois vamos encontrar o lado espiritual através da fé e o lado
humano através da caridade cristã. É importante salientar que a obediência à palavra
revelada vai formar, no campo da moral, a ideia de dever, uma norma de conduta
moral e ética. Você consegue reconhecer um cristão através de sua conduta ética?
Talvez nessa sociedade atual com tantas manipulações seja um pouco difícil, mas não
deveria, pois o verdadeiro cristão segue essa ideia losó ca e deveria ser fácil
reconhecer, pois o seu seguidor tem um dever a cumprir. Já quando se fala do interior
humano, da interioridade falamos de intenção, que deve ser julgada eticamente, pois
Deus é onipotente, onipresente e onisciente e conhece sua intenção ética e moral.
Dessa forma, podemos veri car na fala de Marilena Chauí abaixo que o primeiro
contato ético se estabelece através dessa relação com Deus
A primeira relação ética, portanto, se estabelece entre o coração do
indivíduo e Deus, entre a alma invisível e a divindade. Como
consequência, passou-se a considerar como submetido ao julgamento
ético tudo quanto, invisível aos olhos humanos, é visível ao espírito de
Deus, portanto, tudo quanto acontece em nosso interior. O dever não se
refere apenas às ações visíveis, mas também às intenções invisíveis, que
passam a ser julgadas eticamente. Eis por que um cristão, quando se
confessa, obriga-se a confessar pecados cometidos por atos, palavras e
intenções. Sua alma, invisível, tem o testemunho do olhar de Deus, que a
julga (CHAUÍ, 2003, p. 37).
Assim, podemos demonstrar a formação ética absorvida pela relação com Deus,
apontando toda questão do sobrenatural que forma a origem de nossas atitudes e
práticas na sociedade, ou seja, tudo que nos torna um ser ético na sociedade.
SAIBA MAIS
Você conhece alguma de suas frases? Que tal essa: “A medida do amor é
amar sem medidas”? Santo Agostinho.
Um ponto importante em relação ao homem destacado por Rousseau é que ele deve
valorizar a liberdade, pois ela não é só um direito adquirido, mas, sim, um dever da
natureza humana que deve promover a convivência harmoniosa da sociedade, pois a
natureza do homem, quando pura e sem interferência da sociedade, pode promover
uma sociedade comum e sem individualismos. Você já parou para pensar nas pessoas
que cam paradas em sinais de trânsito pedindo alguma ajuda? Pensou em pessoas
que passam fome e matam, roubam, sequestram, entre outros? Vale apontar que, se
você e eu voltássemos à natureza humana, ao primeiro amor, ao estado natural
primitivo, resgataríamos a essência natural humana.
Nós estamos presos a uma sociedade egoísta e individualista que nos exclui uns dos
outros. Você conseguiu entender a ideia proposta por Rousseau? Esse pensador
acredita na bondade humana e que a sociedade afasta o homem de sua verdade,
promovendo sentimentos que os destroem, uma vez que, com o processo de
socialização, o homem cria o senso moral, desnecessário no mundo natural. Rousseau
acredita, ainda, que a razão leva o homem para fora de si, de sua natureza, por isso ele
propõe um contrato social para que ocorra uma vontade geral da sociedade,
apresentando todos as falhas do homem que foge de sua natureza. Assim, a proposta
é que tudo seja harmonioso.
REFLITA
Tais dúvidas são constantes na vida de algumas pessoas, ao passo que são totalmente
desnecessárias para outras. Porém, existiu um lósofo que se preocupou em buscar
soluções para dúvidas parecidas com essas: esse lósofo era chamado de Emanuel
Kant, um lósofo alemão, professor universitário, considerado por vários pensadores
como um dos lósofos mais in uentes dos tempos modernos. Sua loso a tem uma
grande crítica na relação entre racionalismo e empirismo e, com suas propostas,
procura superar esse tema destacando a Razão através da crítica pura para saber seus
limites. Superando a ideia na capacidade plena da razão, sem analisá-la ou criticá-la,
podemos a rmar ainda que Kant faz a crítica ao chamado dogmatismo, que é
quando a razão acredita em algo sem discutir, sem debater, acreditando e pronto,
como, por exemplo, alguns dogmas da igreja católica, nos quais aquilo não se discute,
ou seja, o dogmatismo pode ser considerado um limite para razão pura, um
conhecimento conveniente.
Kant escreveu duas obras importantes: a chamada “Crítica da Razão Pura e Crítica a
Razão Prática”, na qual ele nos aponta uma razão teórica e uma prática que se
complementam como diz Höffe (2005, p. 187):
[...] a razão prática não é nenhuma outra que a razão teórica; só há uma
razão, que é exercida ou prática ou teoricamente. De modo geral a razão
signi ca a faculdade de ultrapassar o âmbito dos sentidos, da natureza.
A ultrapassagem dos sentidos pelo conhecimento é o uso teórico da
razão, na ação é o uso prático da razão.
A razão pura também é chamada por Kant de loso a transcendental, aquela que
ocorre quando temos conceitos, de nições puras que atingimos através de análises
da própria razão. Já a razão prática procura nos apontar um princípio para a
moralidade, pois, para ele, a moral não vem da experiência, o que tornaria a moral
fraca e sem sentido.
CONCEITUANDO
Para prosseguir o raciocínio, responda a pergunta a seguir para você mesmo: você se
acha livre? Você pode ser livre e ético ao mesmo tempo? Assim que responder a si
mesmo, poderemos prosseguir com a ideia de Kant, pois, para ele, a razão prática diz
que somos livres e essa razão que tomamos e utilizamos nos dá o conceito real para
decidirmos entre ser moral ou imoral. Vale ressaltar que a razão prática nos dá
autonomia em relação à liberdade, ao agir, determinando nossas ações concretas.
A moral proposta por Kant nos leva a de nir o chamado dever, que, por sua vez, não
diz respeito a um indivíduo ou a outro, mas, sim, a todos os seres humanos, pois
temos a partir daí uma razão moral com princípios racionais, uma vez que o próprio
Kant (2008) dizia que a “virtude é a força da máxima do homem em sua obediência
ao dever”.
Faz isso, mas na verdade quer fazer aquilo. Faz isso e pronto.
Cumpra tudo o a rma, ou o que prometeu, isso se você quer Cumpra tudo o a rma, ou o que
receber olhares de aprovação na sociedade. prometeu.
Fonte: O Autor.
Para explicar melhor a proposta kantiana e a tabela acima, devemos a rmar que o
imperativo hipotético visa um m direto, te condiciona a esse m. Já o chamado de
imperativo categórico é uma imposição, um dever imposto pela razão.
Assim, podemos ter noções morais utilizando a razão e abandonando o que está
pronto e acabado, ou seja, não acreditamos em tudo. Um exemplo clássico dessa
a rmação seria utilizarmos a razão e, assim, jamais compartilhar as chamadas “fake
news” nas redes sociais, uma vez que procuraremos analisá-las racionalmente, não
acreditaremos no pronto e acabado.
A Perspectiva Hegeliana e de
Bérgson de Cultura e de Dever
Nos itens anteriores, estudamos a loso a kantiana e também as ideias de Rousseau,
que, por sua vez, buscaram a conciliação sobre o dever humano e a natureza humana,
isso relacionado à moral. No entanto, não deixam claro a relação de ética, cultura e
dever. Hegel vem investigando essa problemática e a rma que temos que superar as
propostas de Rousseau e Kant, pois ambos analisaram somente o homem e a
natureza humana, se esquecendo de olhar com calma para relação homem e cultura,
sem falar das relações pessoais entre os indivíduos, como entre as famílias, por
exemplo. É importante frisar que essas relações pessoais entre os indivíduos
determinam a moral e a ética dessas pessoas: imagine você que, desde pequeno,
ouviu de seus pais “devolva esse lápis. Não é seu.”, ou seja, ouviu seus responsáveis
ensinando-o o certo e o errado, o correto e o incorreto, o justo e o injusto. Como
desprezar essa relação familiar e pessoal no exercício da vida ética?
A formação ética vai além de nossas vontades, ou seja, essas instituições apontam
para além de nossa vontade individual, criando a ideia que chamamos de dever.
Outro ponto a ser destacado é que não devemos cometer anacronismos, pois apesar
de formarmos nossa moralidade na cultura de uma sociedade, essa sociedade pode
ter novas partes culturais com o passar do tempo, ou seja, as normas morais da época
dos seus avós podem não ser as mesmas propostas a você. Por isso, Hegel
considerava que, cumprindo o dever imposto pela sociedade em que vivemos,
podemos ser livres e seguir as normas morais da sociedade, respeitando toda sua
in uência.
Outra a rmação importante destacada por Hegel é que, utilizando a razão, podemos
perceber essa mudança de uma sociedade para outra e até mesmo dentro de uma
sociedade. Isso ocorre quando começamos a transgredir as regras morais vigentes.
Você já deve ter ouvido seus avós ou
seus pais dizendo “na minha época,
só de meu pai olhar, eu já sabia que
depois tinha uma surra” .
Já Hegel,
Assim, podemos a rmar que tanto Hegel quanto Bergson nos aproximam ainda mais
do ser moral com suas críticas e seus complementos.
A Ética de Espinosa
SAIBA MAIS
Para Espinosa, todos os seres têm uma ligação com o ser divino e ele dá a essa
ligação o nome de Conatus, ou seja, uma força vital que expressa o corpo e a alma
juntos. Parece loucura esse início de conteúdo, mas não é. Para ele, há as paixões
alegres e paixões tristes, que não se separam e que crescem de acordo com cada
uma, como, por exemplo, os desejos e vontades, que surgem mais das alegres do que
das tristes. Se você ainda não entendeu, vamos começar explicando como elas
nascem.
“[...] (inveja, ódio, medo, orgulho, ciúme, vingança) são mais fracos por que impedem o
crescimento, corrompem as relações e as orientam para as formas de exploração e
destruição” (ARANHA, 2013, p. 194).
[...] (amor, amizade, generosidade, benevolência, gratidão) são mais fortes porque
aumentam nossa capacidade de agir e de pensar, permitem o desenvolvimento
humano, facilitam o encontro de pessoas (ARANHA, 2013, p. 194).
Espinosa foi excomungado de sua religião e, a partir daí, começou a desenvolver suas
teses, nas quais ele valoriza a felicidade humana, descartando a tradição cristã que,
para ele, faz com que o homem se torne fraco e sem valor. O autor a rma que
ninguém é totalmente livre e sempre é ligado a algo na vida, não podendo agir como
quer ou como bem entender, pois sua ética a rma que o homem acaba tornando-se
escravo das paixões.
Para Espinosa (2017), Deus é uma força, um ser, grande e poderoso que não tem
tempo para voltar o olhar aos insigni cantes humanos, ou seja, Deus, para ele, não é
responsável pelo que acontece com você, pois você é fruto das suas próprias escolhas.
Absorvendo a Ética de Espinosa, o homem tem paz, pois passa acreditar que sua
salvação nasce do conhecimento próprio.
SAIBA MAIS
Adaptando o que diz Solomon (2006), a vida corporativa para pro ssão, e, por m seu
sucesso, vai depender do caráter e da personalidade do pro ssional. Vale ressaltar
que as virtudes pro ssionais vão depender do local e da cultura onde se aplicam, pois
os valores adquiridos pelo pro ssional vão nortear toda a instituição representada por
ele.
Ainda de acordo com Solomon (2006), Aristóteles considera que as virtudes são
de nidas com a prática humana na sociedade e do próprio ser humano em questão.
Assim, a soma das virtudes do indivíduo e da instituição que ele exerce sua pro ssão
satisfaz as necessidades da sociedade, pois contempla todos os desejos humanos e as
relações interpessoais.
Podemos a rmar que, até o momento, conhecemos diversas teorias sobre ética, nas
quais algumas se completam e outras se diferem, mas podemos chegar à conclusão
de que ela, bem como suas virtudes, é extremamente necessária para que ocorra
uma ótima convivência em sociedade.
Toda pro ssão e instituição precisam de indivíduos com virtudes capazes de somar,
contemplando a missão proposta por ambas. Pergunto, então, a você: quais as
virtudes você tem ou pode adquirir para se somar a sua pro ssão e/ou para
instituição em que vai oferecer e/ou exercer seu trabalho? Pense e re ita na
importância da sua virtude, pois, na contemporaneidade, temos muitos desa os para
sua virtude – desde o consumo do álcool até mesmo as redes sociais podem
demonstrar a virtude humana desenfreada. A partir daí você pode utilizar a Razão, ou
o racionalismo ético, isso em todas suas vertentes, pois temos de nições diferentes
de razão também, que se completam.
Acesse: http://www.ufrgs.br/museupsi/dicotomia.htm
Mesmo com tantas de nições acima, você pode entender o racionalismo ético,
mesmo que super cialmente, associando-se à virtude contemporânea debatida em
vários momentos e compreender que você precisa se encontrar na sociedade,
fazendo suas escolhas para ser um pro ssional de excelência.
Livro
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Livro
Filme
Filme
Filme
Ética, esportes e educação
física
AUTORIA
Cleber Henrique Sanitá Kojo
Guilherme França Fusco
Sumário
Introdução
6 - Ética e Docência
Considerações Finais
Introdução
Seja muito bem-vindo (a)!
Caro (a) aluno (a), que atento, pois identi caremos juntos as transformações que
podemos proporcionar a sociedade através do que será abordado nesta disciplina.
Estudando, lendo e analisando os conteúdos das unidades III e IV construiremos uma
base para triunfar sobre os instrumentos propostos. Meu objetivo é que consigamos
construir uma sapiência sobre a Ética na Educação Física, fazendo com que se
esclareça o comportamento pro ssional do professor em suas áreas de atuação.
Plano de Estudo:
1. Valores Éticos e Morais no Sistema CONFEF/CREFs (Conselho Federal e Regional
de Educação Física);
2. Código de Ética Pro ssional e exercício pro ssional;
3. Ética e vida pro ssional;
4. Identi cando Valores para o Estudo do Esporte;
5. Esporte, Ética e Intervenção no campo da Educação Física;
6. Ética e docência;
7. Ética no esporte, ética pro ssional, fair play e olimpismo;
8. Ética do Pro ssional de Educação Física: do dever-ser ao dever-fazer.
Objetivos de Aprendizagem:
1. Conhecer e apontar quais são os Valores Éticos e Morais no Sistema
CONFEF/CREFs (Conselho Federal e Regional de Educação Física);
2. Entender o Código de Ética Pro ssional e exercício pro ssional;
3. Compreender Ética e vida pro ssional;
4. Identi car os Valores para o Estudo do Esporte;
5. Contextualizar o Esporte, Ética e Intervenção no campo da Educação Física;
6. Conhecer sobre Ética e docência;
7. Compreender a Ética no esporte, ética pro ssional, fair play e olimpismo;
8. Entender a Ética do Pro ssional de Educação Física: do dever-ser ao dever fazer.
Valores Éticos e Morais no
Sistema CONFEF/CREFs
(Conselho Federal e Regional de
Educação Física)
Na década de 90, próximo ao ano 2000, mais exatamente em 1° de setembro de 1998,
entrou em vigor a Lei n° 9.696, que dispõe sobre a regulamentação da pro ssão de
Educação Física e cria os respectivos Conselho Federal e Conselhos Regionais de
Educação Física. Este conselho, dentro de seu estatuto, cria uma Comissão de Ética
Pro ssional, a qual lhe dá a competência de, entre outras atribuições, zelar pela
observância dos princípios do Código de Ética do Pro ssional de Educação Física,
trazendo em sua Resolução n° 307/2015 o Código de Ética dos Pro ssionais de
Educação Física registrados no Sistema CONFEF/CREFs, buscando como ideal da
pro ssão a prestação de um atendimento melhor e mais quali cado a um número
cada vez maior de pessoas, tendo ainda como referencial um conjunto de princípios,
normas e valores éticos livremente assumidos, individual e coletivamente, pelos
pro ssionais de Educação Física.
A construção do Código de Ética para a Pro ssão de Educação Física foi
desenvolvida através do estudo da historicidade da sua existência, da
experiência de um grupo de pro ssionais brasileiros da área e da
resposta da comunidade especí ca de pro ssionais que atuam com esse
conhecimento em nosso país.
Tendo esses itens como norteadores, foram classi cados alguns princípios aos quais
se pauta o Pro ssional de Educação Física no Art. 4° da resolução citada, tais como: o
respeito à vida e à dignidade, à integridade e aos direitos do indivíduo, a
responsabilidade social, ausência de discriminação ou preconceito de qualquer
natureza, o respeito a ética nas diversas atividades pro ssionais, a valorização da
identidade pro ssional no campo das atividades físicas, esportivas e similares, a
sustentabilidade do meio ambiente, prestação, sempre, do melhor serviço a um
número cada vez maior de pessoas, com competência, responsabilidade e
honestidade e atuação dentro das especi cidades do seu campo e área do
conhecimento, no sentido da educação e do desenvolvimento das potencialidades
humanas, daqueles aos quais prestam serviços.
Por m, quando o pro ssional efetua seu registro no CONFEF/CREFs, seja para
licenciatura ou bacharelado, implica em total aceitação e submissão às normas e
princípios contidos neste código.
SAIBA MAIS
REFLITA
d) Respeito às diferenças;
A sociedade é produto de ações individuais e coletivas. Cada pro ssional deve ter,
desde a sua formação, a capacidade de questionar e revisar suas ações
constantemente. Os códigos deontológicos que fazem parte da formação de cada
pro ssão devem ser como bússola que orienta preceitos morais e não ter caráter
corporativista de proteção aos pro ssionais (KIPPER, 2003).
O pro ssional de Educação Física, por sua vez, tem uma abrangência de atuação, a
qual sua formação permite explorar inúmeros segmentos das manifestações da
atividade física além dos esportes, com suas características especí cas. De acordo
com o Art. 9 do Estatuto do Conselho Federal de Educação Física – CONFEF de 2010,
são elas:
Contudo, esse leque de possibilidades exige uma gama de habilidades que precisam
ser desenvolvidas ao longo da carreira pro ssional. Para tal, é preciso que tenhamos a
mente aberta para compreender a dimensão da ética e sua dinâmica no mundo e
com as pessoas de diferentes culturas, sendo necessário considerar que “uma ética da
complexidade, da cumplicidade e da (com) paixão, requer que repensemos as ideias
de prudência, temperança e desprendimento” (ALMEIDA, 1998).
Identi cando Valores para o
Estudo do Esporte
Todos os conteúdos de educação física possuem valores éticos e morais. No entanto,
nesse momento, vamos nos prender ao esporte, pois ele é um dos grandes aliados da
educação de crianças e adolescentes. Por meio dele, valores éticos e morais, como a
socialização, a cooperação, a solidariedade, a disciplina, o espírito de equipe e tantos
outros, fundamentais para a formação integral de uma pessoa, podem ser
trabalhados e desenvolvidos (UNESCO, 2013).
Já Bracht, 1989, refere-se ao esporte como uma atividade corporal de movimento com
caráter competitivo que surgiu no âmbito da cultura européia por volta do século
XVIII e se expandiu por todos os cantos do planeta. Em seu desenvolvimento, ele
assumiu as seguintes características básicas: competição, rendimento físico-técnico,
record, racionalização e cienti cação do treinamento.
O esporte também é importante no lado social social, pois o mesmo se apresenta em
três dimensões, seja ela no esporte escolar, através do trabalho de inclusão,
relacionamento saudável, tolerância, cooperativismo.
REFLITA
No Código de Ética dos Pro ssionais de Educação Física (CEPEF), de 2003, (os
capítulos de I a V) encontramos um conjunto de princípios, normas, direitos,
responsabilidades, infrações e punições que regem o trabalho dos pro ssionais dessa
área.
O Pro ssional de Educação Física, pela natureza e características da pro ssão que
exerce, deve ser devidamente registrado no Sistema CONFEF/CREFs - Conselho
Federal/Conselhos Regionais de Educação Física, possuidor da Cédula de Identidade
Pro ssional, sendo interventor nas diferentes dimensões de seu campo de atuação
pro ssional, o que supõe pleno domínio do conhecimento da Educação Física
(conhecimento cientí co, técnico e pedagógico), comprometido com a produção,
difusão e socialização desse conhecimento a partir de uma atitude crítico-re exiva
(PARECER CNE/CES Nº 58, 2004).
O pro ssional de educação física precisa ter um per l ético que se relacione com os
demais professores da instituição em que trabalhe, pois assim o mesmo terá o apoio
de todos e será aparente que não trabalha só pelo salário e sim pelo bem maior que é
o aluno. Podemos a rmar que um pro ssional ético de educação física, deve ter e
seguir princípios básicos para convivência no dia a dia, como se atualizar, ser honesto,
competente em relação aos conteúdos entre outros.
Uma que questão importante que o pro ssional deve apresentar em seu trabalho é o
respeito às diferenças e limitações dos educandos, garantindo assim que todos seus
direitos sejam cumpridos. Vale destacar que o pro ssional encontrará em seu
cotidiano, vários alunos com de ciências, sejam físicas e cognitivas e o mesmo deve
respeitar suas limitações adaptando sua aula promovendo uma absorção e um
relacionamento direto entre todos os alunos. Destacando ainda que essa inclusão
deve ser promovida em todos os momentos e a todas as diferenças, desde as
questões de gênero até mesmo racial, evitando assim o preconceito.
O pro ssional de educação física deve ser exemplo aos seus alunos, promovendo
diálogos sobre comportamentos, higiene, sem apontar casos diretamente, ou seja,
promover a socialização em todos os âmbitos, promovendo assim o respeito a todos
os grupos minoritários de sua escola.
Um grande diferencial da área em questão é identi car problemas dentro da turma e
da instituição em que trabalha e tentar resolver, mas o principal é adaptar-se a sua
realidade com a dos alunos e escola, pois em seu cotidiano encontrará educandos em
situação vulnerabilidade social. Vale destacar que o mesmo deve sempre buscar o
apoio da equipe pedagógica relatando tudo que ocorre em suas aulas e se preciso
fazer intervenção até mesmo com o apoio do conselho tutelar.
SAIBA MAIS
Fonte: o autor.
Livro
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Filme
Filme
Conselhos de Classe e
Participação
AUTORIA
Cleber Henrique Sanitá Kojo
Guilherme França Fusco
Sumário
Introdução
1 - Gestão Democrática
2 - Conselho Escolar
3 - Conselho de Classe
5 - Estudo de Caso
Considerações Finais
Introdução
Olá, caro (a) aluno (a)! Tudo bem?
Para que isso ocorra, faremos uma re exão primária, buscando seus conhecimentos
prévios. No entanto, estudaremos o mais importante sobre algumas instâncias da
gestão escolar, a partir de uma perspectiva que privilegia a Gestão Democrática
dentro das instituições de ensino, onde ocorrerá uma garantia e uma ampla
participação de todos os agentes que compõe as escolas e a educação em si.
Faremos, então, uma exposição e um debate sobre Gestão Democrática e Conselho
Escolar, para que você possa conhecer, mesmo que brevemente, as estruturas dessas
instâncias.
Nosso principal foco, como você pode observar, são os Conselhos de Classe.
Destacando, ainda, que o Conselho de Classe é um dos momentos e/ou uma das
instâncias mais importantes das instituições escolares, pois têm um papel consultivo
e deliberativo sob diversas tomadas de decisões. Nesse sentido, compreender o seu
papel e seu funcionamento são fundamentais para que o educador consiga
desempenhar e ocupar o seu espaço nessa instituição entendendo a individualidade
do educando.
Para você que está se formando para trabalhar nas escolas, é fundamental fazer essa
re exão, na medida em que este órgão, essa instância – o Conselho de Classe – é
essencial na avaliação de todo processo de ensino-aprendizagem. Vale destacar que
constitui um espaço primordial para conhecer cada um dos alunos suas
necessidades, habilidades e competências.
Você irá compreender que esse espaço deve ser democrático e coletivo com objetivo
de avançar no desenvolvimento dos alunos e da própria escola, ele deve recuperar as
di culdades e as falhas durante o processo.
Será possível debater com você, aluno, que o Conselho de Classe se trata unicamente
de uma ferramenta que aprova ou retém os alunos, mas, antes de tudo, é uma
importante ferramenta de avaliação da própria instituição escolar. Por isso, conhecer
os mecanismos de seu funcionamento, através do PPP - Projeto Político Pedagógico
da escola onde você irá trabalhar e, mais do que tudo, participar ativamente desse
espaço, é fundamental para o processo de formação dos alunos, para que possam ser
agentes da transformação da realidade que nos cerca.
Muito obrigado!
Plano de Estudo:
1. A Gestão Democrática;
2. O Conselho Escolar;
3. O Conselho de Classe;
4. A Avaliação e o Acompanhamento Escolar através dos Conselhos de Classe;
5. A Legalidade dos Conselhos de Classe;
6. O Estudo de Caso.
Objetivos de Aprendizagem:
1. Compreender a importância da Gestão Democrática para o funcionamento das
escolas;
2. Analisar a composição do Conselho Escolar e seu funcionamento;
3. Debater a importância dos Conselhos de Classe e seu funcionamento;
4. Discutir as possibilidades e limitações dos Conselhos de Classe;
5. Desconstruir os mitos por trás dos Conselhos de Classe;
6. Conhecer a legislação e as normas dos Conselho de Classe;
7. Compreender a importância do Estudo de Caso e seu papel formador.
Gestão Democrática
Você já seperguntou qual o papel da direção de uma escola? Na escola em que você
estudou,a diretora concentrava todas as funções em suas mãos? Você percebeu a
presençados pais na escola? Em tempo, direção da escola em que você estuda ou
trabalhaouve e acata a opinião dos professores e funcionários da instituição? Se
vocêpercebeu alguns desses pontos, talvez entenda de uma maneira melhor o que é
agestão democrática de uma escola. Vale ressaltar que consideramos a escola
comoum espaço indiscutivelmente fundamental no processo de socialização
dosindivíduos e, por isso, um ambiente de relações sociais, organizado
entreindivíduos de diferentes origens, valores e crenças que re etem as relações
danossa sociedade.
Por isso,entendemos que a escola deve cumprir um papel que vai além da aquisição
dosconteúdos sistematizados, além do mundo do trabalho. Podemos perceber isso
emBagnara e Fensterserifer (2019, p. 36), os quais consideram-na crucial
na“produção/construção/transmissão de conhecimentos e saberes”.
A escola também deve criar em seus alunos umencorajamento para que o educando
possa apresentar um desenvolvimento crítico,lhes fornecendo autonomia, como
a rmam Neira e Nunes (2009). Nesse sentido, éfundamental garantir ao aluno o
maior desenvolvendo possível; um ensino dequalidade que possa dar condições a
esse indivíduo de uma participaçãoconsciente, crítica e criativa na transformação da
sociedade.
Neste viés é que a gestão democrática no interior das escolas pode proporcionar aos
alunos uma efetiva formação para as tomadas de decisões e participação na vida
pública. Para que esse processo ocorra, é necessário que as escolas proporcionem
esses espaços de organização e debate, espaços estes que devem constar no Projeto
Político Pedagógico de cada escola.
Como você pode observar, a LDB informa que o processo de gestão democrática “é
objeto de regulamentação nas normas de cada sistema de ensino [...]. Os quais
tomam como referência a noção de participação como elemento emblemático da
democracia” (SOUZA; PIRES, 2018, p. 69).
É importante destacar que nossa
Constituição deixa bem claro que
todo o ensino deverá ser articulado
com base em vários princípios e
justamente um deles é a gestão
democrática apresentada no art. 206,
inciso VI, o que se amplia e/ou se
adapta nas Leis Estaduais e nas Leis
Orgânicas de todos os Municípios.
Destacamos, ainda, que a gestão
democrática é uma exigência
constitucional e, como foi
apresentado acima, a LDB (1996)
também apresenta, em seu artigo 3.º,
um dos princípios que norteiam a
educação escolar: “VIII - gestão
democrática do ensino público, na
forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino” .
@freepik
Link: https://www.youtube.com/watch?v=_a13nWelrbE
REFLITA
Vale ressaltar que a participação da comunidade deve ser conforme a citação abaixo:
SAIBA MAIS
Link: https://www.youtube.com/watch?v=gQM4NrMeBS4
REFLITA
Fonte: os autores.
Conselho de Classe
Observe a imagem abaixo:
Fonte: freepik
Com certeza você percebeu que a imagem mostra uma avaliação e, caso o aluno não
atinja seu objetivo, o que você deve fazer? Como agir na docência? Então, vamos
observar as a rmações abaixo para compreender melhor nosso papel, pois para você,
estudante de licenciatura, que um dia já foi aluno do ensino básico, essa instância é
bem conhecida.
Nesses espaços dos Conselhos de Classe, também será construída uma relação entre
os agentes que compõem esse órgão, a m de que possam se ajudar a alcançar os
objetivos traçados pelo grupo.
Segundo Grochoska (2014, pg. 12), apud Libâneo, os objetivos do Conselho de Classe
são:
Diagnosticar os problemas e di culdade da escola;
Coletar informações sobre o rendimento de cada aluno, facilitando,
assim, o encaminhamento das ações;
Buscar soluções para as situações, de maneira criativa e alternativa;
Elaborar programas ou projeto de recuperação e apoio a alunos
especí cos;
Retomar o plano de ensino e corrigir rumos quando necessário;
Identi car, por meio de registro de acompanhem-no, se houve ou
não avanços na vida escolar dos alunos.
Talvez você se pergunte: posso ter alguma atitude antes do Conselho de Classe? A
SEED, Secretaria de Educação do Estado do Paraná, a rma, em sua página (site) do
dia-a-dia-educação em 2020, que devemos realizar um pré-conselho, pois, para a
SEED, o Conselho de Classe pode ser organizado em três momentos:
SAIBA MAIS
REFLITA
Link: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1910/10-problemas-comuns-
no-conselho-de-classe-que-voce-precisa-evitar
As Possibilidades do Conselho de
Classe
Preste atenção no que diz Iavelberg (2011, p. 23) a respeito da função dos Conselhos de
Classe:
Você pode perceber através dessa a rmação que os Conselhos são muito maiores
que um julgamento dos alunos. Porém, muitas vezes você irá se deparar com esse
tipo de situação no ambiente escolar. Muitos pro ssionais encontram nesse espaço
um momento de desabafo das suas relações e condições de trabalho e, muitas vezes,
culpam exclusivamente o aluno e seus familiares pela frustração que possuem
relacionadas a essas condições de trabalho.
É preciso que você compreenda que os Conselhos de Classe, assim como todas as
instâncias colegiadas que você poderá participar quando for trabalhar na escola,
devem ser um espaço racional e não passional. Deve-se avaliar e não condenar. O
espaço para as lutas por melhorias nas condições de trabalho e de todo o sistema
educacional é nos sindicatos.
Diante do que foi exposto aqui, caro aluno, é importante que você re ita sobre o
funcionamento dos Conselhos de Classe, seus objetivos e orientações, levando
sempre em conta que essa instância, deve ser democrática e colegiada, assim como
deve pensar sempre no processo educacional de formação dos alunos para que estes
possam contribuir para as transformações necessárias da nossa sociedade.
Para nalizar nosso debate, quero deixar claro a você que existe uma grande
diferença entre o Conselho de Classe e o conselho escolar. Fique muito atento e
veri que, logo abaixo, uma de nição para que você identi que essa diferença:
Podemos destacar, ainda, que o estudo de caso tem uma grande vantagem em sua
metodologia de adotar uma abordagem simples e com orientação norteando a
resposta sem fornecê-la diretamente.
Livro
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Filme
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Conclusão
Prezado(a) aluno(a),
A partir de agora acreditamos que você já está preparado para seguir em frente,
desenvolvendo ainda mais suas habilidades éticas e morais para exercer sua
pro ssão criando cidadãos responsáveis com o corpo, saúde e responsabilidade.