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Bene Eugénio Machapule

Ética e Moral

Tema Transversal IV

Docente: Mestre Rodrigues Chiziane

Universidade Pedagógica

Maputo, 4 de Dezembro de 2021


Bene Eugénio Machapule

Ética e Moral

Tema Transversal IV

O trabalho destina-se a investigação sobre ética e


Moral de Tema Transversal 1V, a ser entregue ser
enviado na Plataforma sob orientação do professor de
especialidade Mestre Rodrigues Chiziane.

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Índice
INRODUÇÃO .......................................................................................................... 4

1. MORAL E ÉTICA ....................................................................................... 5

1.1. ÉTICA ........................................................................................................... 5

1.2. MORAL......................................................................................................... 6

2. ÉTICA INDIVIDUAL E ÉTICA SOCIAL ................................................ 7

2.1. ÉTICA INDIVIDUAL ................................................................................. 7

2.2. ÉTICA SOCIAL ........................................................................................... 7

3. AS CONDIÇÕES TRANSCENDENTAIS DE AGIR MORAL .............. 8

3.1. A CONSCIÊNCIA MORAL ....................................................................... 8

3.2. LIBERDADE MORAL ................................................................................ 9

3.2.1. Características do agir moral .................................................................. 9

3.3. NORMA MORAL ...................................................................................... 11

3.4. RESPONSABILIDADE MORAL ............................................................ 11

4. DIVISÕES DA ÉTICA .............................................................................. 12

4.1. ÉTICA NORMATIVA ............................................................................... 12

4.2. META-ÉTICA ............................................................................................ 13

4.3. ÉTICA APLICADA ................................................................................... 13

5. QUESTÕES CENTRAIS DA ÉTICA ...................................................... 13

5.1. PROBLEMA DA VIRTUDE..................................................................... 13

5.2. O PROBLEMA DA FELICIDADE (BEM AVENTURANÇA) ............. 14

5.3. O PROBLEMA DA LIBERDADE ........................................................... 15

5.4. O PROBLEMA DO BEM E DO MAL..................................................... 15

CONCLUSÃO ........................................................................................................ 17

Bibliografia ............................................................................................................. 18

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INRODUÇÃO
O presente trabalho visa fazer abordagem da ética e moral, o mesmo traz consigo
diferentes abordagens concernentes ao tem em epigrafe.

Neste contexto, olha se para a moral como a diferenciação de intenções, decisões e


acções entre aquelas que são distinguidas como próprias e as que são improprias, por
outro lado, a ética remete nos para questão dos hábitos, costumes, usos e regras, o que
se materializa na assimilação social dos valores.

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1. MORAL E ÉTICA
1.1.ÉTICA

A palavra "ética” vem do grego ethos e significa aquilo que pertence ao “bom costume”,
“costume superior”, ou “portador de carácter". Princípios universais, acções que
acreditamos e não mudam independentemente do lugar onde estamos.

Diferencia-se da moral pois, enquanto esta se fundamenta na obediência a costumes e


hábitos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar as acções morais
exclusivamente pela razão.

Na filosofia clássica, a ética não se resumia à moral (entendida como “costume”, ou


“hábito”, do latim mos, mores), mas buscava a fundamentação teórica para encontrar o
melhor modo de viver e conviver, isto é, a busca do melhor estilo de vida, tanto na vida
privada quanto em público. A ética incluía a maioria dos campos de conhecimento que
não eram abrangidos na física, metafísica, estética, na lógica, na dialéctica e nem na
retórica. Assim, a ética abrangia os campos que actualmente são denominados
antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia, às vezes política, e até
mesmo educação física e dietética, em suma, campos directa ou indirectamente ligados
ao que influi na maneira de viver ou estilo de vida. Um exemplo desta visão clássica da
ética pode ser encontrado na obra Ética, de Spinoza.

Porém, com a crescente profissionalização e especialização do conhecimento que se


seguiu à revolução industrial, a maioria dos campos que eram objecto de estudo da
filosofia, particularmente da ética, foram estabelecidos como disciplinas científicas
independentes. Assim, é comum que actualmente a ética seja definida como “a área da
filosofia que se ocupa do estudo das normas morais nas sociedades humanas” e busca
explicar e justificar os costumes de um determinado agrupamento humano, bem como
fornecer subsídios para a solução de seus dilemas mais comuns. Neste sentido, ética
pode ser definida como a ciência que estuda a conduta humana e a moral é a qualidade
desta conduta, quando julga-se do ponto de vista do Bem e do Mal.

A ética também não deve ser confundida com a lei, embora com certa frequência a lei
tenha como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum
indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as

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normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; por outro lado, a
lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas no escopo da ética

1.2.MORAL

Moral (do latim moralis “maneira, carácter, comportamento próprio”) é a diferenciação


de intenções, decisões e acções entre aquelas que são distinguidas como próprias e as
que são impróprias. Seria importante referir, ainda, quanto à etimologia da palavra
“moral”, que esta se originou a partir do intento dos romanos traduzirem a palavra grega
êthica.

Moral refere-se ao conjunto de regras, padrões e normas adquiridos em uma sociedade


por meio da cultura, educação, quotidiano e costumes adquiridos no âmbito social e
familiar.

E assim, a palavra moral não traduz por completo, a palavra grega originária. É que
êthica possuía, para os gregos, dois sentidos complementares: o primeiro derivava de
êthos e significava, numa palavra, a interioridade do ato humano, ou seja, aquilo que
gera uma acção genuinamente humana e que brota a partir de dentro do sujeito moral,
ou seja, êthos remete-nos para o âmago do agir, para a intenção. Por outro lado, êthica
significava também éthos, remetendo-nos para a questão dos hábitos, costumes, usos e
regras, o que se materializa na assimilação social dos valores.

A tradução latina do termo êthica para mores “esqueceu” o sentido de êthos (a dimensão
pessoal do ato humano), privilegiando o sentido comunitário da atitude valorativa.
Dessa tradução incompleta resulta a confusão que muitos, hoje, fazem entre os termos
ética e moral.

A ética pode encontrar-se com a moral pois a suporta, na medida em que não existem
costumes ou hábitos sociais completamente separados de uma ética individual. Da ética
individual se passa a um valor social, e deste, quando devidamente enraizado numa
sociedade, se passa à lei. Assim, pode-se afirmar, seguindo este raciocínio, que não
existe lei sem uma ética que lhe sirva de alicerce.

Segundo José Ferrater Mora, os termos 'ética' e 'moral' são usados, por vezes,
indistintamente. Contudo, o termo moral tem usualmente uma significação mais ampla
que o vocábulo 'ética'. A moral é aquilo que se submete a um valor. Hegel distingue a

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moral subjectiva (cumprimento do dever, pelo ato de vontade) da moral objectiva
(obediência à lei moral enquanto fixada pelas normas, leis e costumes da sociedade, a
qual representa ao mesmo tempo o espírito objectivo). Hegel considera que seja
insuficiente a mera boa vontade subjectiva. É preciso que a boa vontade subjectiva não
se perca em si mesma ou se mantenha simplesmente como aspiração ao bem, dentro de
um subjectivismo meramente abstracto. Para que se torne concreto, é preciso que se
integre com o objectivo, que se manifesta moralmente como moral objectiva. É a
racionalidade da moral universal concreta que pode dar um conteúdo à moral subjectiva
da mera consciência moral.

Alguns dicionários definem moral como “conjunto de regras de conduta consideradas


como válidas, éticas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para
grupos ou pessoa determinada” (Aurélio Buarque de Hollanda), ou seja, regras
estabelecidas e aceitas pelas comunidades humanas durante determinados períodos de
tempo.

2. ÉTICA INDIVIDUAL E ÉTICA SOCIAL


2.1.ÉTICA INDIVIDUAL

Ética pessoal, que diz respeito à acção individual. Ter ética é ter consciência ou
carácter. É ter seus valores e princípios fundamentados nas suas convicções e
particularidades. Ética Pública (ou social), que diz respeito à responsabilidade da s
Os aspectos da ética individual representam as formas de coexistência com os outros,
a saber: Amor, Indiferença, Ódio e Sentimentos. (lat. Amor: afeição, simpatia) é a
tendência da sensibilidade susceptível a transportar-nos para um ser ou um objecto
reconhecido ou sentido como bom.

2.2.ÉTICA SOCIAL

É um conjunto de regras ou directrizes, baseadas em torno de escolhas e valores éticos,


aos quais a sociedade adere. Muitas dessas regras geralmente não são ditas e, em vez
disso, devem ser seguidas.

A ética social não deve ser uma lista detalhada de regras a serem aplicadas em qualquer
situação. Eles devem servir de guia, estabelecendo as regras básicas para o que a
sociedade julgar aceitável. O bem-estar da sociedade como um todo é colocado à frente

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dos interesses de qualquer indivíduo, e isso ajuda a garantir que todos sejam
responsabilizados uns pelos outros.

3. AS CONDIÇÕES TRANSCENDENTAIS DE AGIR MORAL


3.1.A CONSCIÊNCIA MORAL

A consciência moral é uma competência avaliadora dos actos pessoais e dos alheios, a
capacidade de discriminar entre o que é o bem e o que é o mal.
Qual a NATUREZA desta capacidade cuja manifestação no ser humano o eleva à
dignidade de um ser moral?

 A consciência moral tem uma base racional. Todos os actos humanos são
julgados e avaliados pela razão, em função de valores livre e racionalmente
escolhidos. Não é, pois, “às cegas” que concebemos e realizamos a acção. É com
a intervenção do pensamento que tomamos consciência dos problemas, que os
compreendemos e que equaciona-mos soluções que nos parecem possíveis. A
racionalidade permite-nos analisar criticamente aquilo com que nos deparamos,
avaliar as acções pessoais e as dos outros, confrontando o que queremos fazer
com aquilo que julgamos que devemos fazer.

 A consciência moral tem um elemento afectivo. As relações interpessoais


manifestam na consciência uma componente emocional tão forte que é capaz de
dinamizar a acção humana do mesmo modo que a razão. Por vezes, junta-se à
razão, colaborando e reforçando o seu papel, ou, então, opondo-se-lhe e
entrando em conflito com ela. Assim, quer os sentimentos positivos de amor,
amizade, simpatia e fraternidade quer os seus contrários manifestam uma
“lógica” própria que interfere de modo significativo na acção.

 A consciência moral tem uma componente social. É interagindo com os outros e


através do processo de educação que a consciência moral se vai formando. O seu
desenvolvimento passa pela interiorização de um “dever-ser” que lhe vai sendo
apresentado pelos diferentes agentes (família, escola, media, grupo de pares,
etc.) no decorrer do processo de socialização.

A expressão “voz da consciência” torna-se significativa para se compreenderem as


principais FUNÇÕES / PAPÉIS da consciência moral. Ela é, antes de mais, uma voz

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que chama, uma voz que julga, uma voz que coage e uma voz que sanciona. Neste
sentido, a consciência moral desempenha as funções/papéis de ordem:

 Apelativa, a consciência moral chama-nos para indicar que há valores, normas e


deveres a que não podemos renunciar, isto é, orienta as nossas acções;

 Imperativa, obriga-nos a agir de acordo com a hierarquia de valores que


assumimos como nossos;

 Judicativa, julga-nos de acordo com o que fazemos, tendo em conta os


ideais/valores que seleccionamos para orientar a nossa vida;

 Punitiva, sanciona-nos levando-nos a viver de “consciência pesada”, ou seja, a


natureza dos actos praticados determina o aparecimento de sentimentos
incomodativos de culpa, arrependimento, vergonha, remorso, etc

3.2.LIBERDADE MORAL

A liberdade moral é um conceito filosófico que define a capacidade de um ser humano


para fazer o que quiser, mas para fazer o que é moralmente certo. Não é a ausência de
capacidade de restringir acções pessoais, mas a capacidade de aderir ao que é
moralmente certo para todo homem.

Como o que é considerado certo ou não moralmente pode ser predefinido por uma
religião específica, o conceito de liberdade moral está ligado à religião. Por exemplo,
em uma religião é considerado moralmente correto comer carne de porco e em outra
não.

3.2.1. Características do agir moral


 É considerado oposto à liberdade total

Embora a liberdade moral tenha sido um tipo de liberdade, o conceito original de


liberdade indica que não há obrigação de agir de uma maneira específica.

No entanto, a liberdade moral faz com que o indivíduo seja governado pelos princípios
de seu próprio modo de pensar.

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Essa limitação de ter uma pessoa agindo com base em um objectivo (falando em termos
religiosos, poderia ser alcançar o céu) faz com que o conceito seja diferente da ideia
original de liberdade. É uma liberdade com características pessoais.

 É necessário para responsabilidades morais

Liberdade moral é um conceito que, segundo autores como Plantinga, é necessário para
a existência de moralidade nas sociedades.

De acordo com esse conceito, a liberdade moral é considerada boa, porque faz o ser
humano agir de maneira socialmente correta.

Em termos religiosos, Deus libertou o ser humano da acção, para que ele pudesse
distinguir entre o bem e o mal por si mesmo. Portanto, o conceito permite que os seres
humanos alcancem a bondade moral.

 É controverso

As implicações de ser moralmente livre são tão complexas e difíceis de definir que o
próprio conceito muitas vezes traz discordâncias nas discussões sobre liberdade.

 É governado por normas sociais

As regras que regem a liberdade moral são geralmente pessoais. Cada pessoa interpreta
de maneira diferente o que é bom e o que é ruim, embora a percepção de cada sociedade
em particular seja igualmente importante.

Se um ser humano é criado em uma sociedade onde a homossexualidade não é


percebida negativamente, o fato de ser homossexual não será percebido negativamente
pelo referido ser humano.

Isso gera uma aceitação moral do conceito; Acontece que é visto como uma coisa boa,
mas como uma consequência da sociedade em que o indivíduo foi criado.

 É religioso por natureza

A liberdade moral, embora seja antónimo da liberdade total, é um conceito ligado à


religião. A existência de religiões em todo o mundo mudou o pensamento moral dos
seres humanos.

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As percepções do que é bom e do que é ruim começaram a girar em torno da religião
desde o surgimento das primeiras crenças.

Por sua vez, é um conceito que gera conflitos entre filósofos. Isso ocorre porque muitos
textos religiosos (particularmente cristãos) definem os seres humanos como seres
imperfeitos, que Deus criou à sua imagem e semelhança, concedendo-lhes livre arbítrio.

Esse livre arbítrio é o que cria discórdia entre os especialistas. Eles argumentam que
Deus deu aos humanos a capacidade de agir livremente; No entanto, isso deve estar
associado à sua capacidade de agir de acordo com o que é certo.

A definição do que é certo ou não é o que define a liberdade moral. Agir livremente de
maneira livre é o que caracteriza a liberdade moral.

3.3.NORMA MORAL

As normas morais são regras de convivência social ou guias de acção, porque nos dizem
o que devemos ou não fazer e como o fazer. As normas morais obedecem sempre a três
princípios. Primeiro que tudo é sempre caracterizado por uma auto-obrigação, ou seja,
vale por si mesma independentemente do exterior, é essencial do ponto de vista de cada
um.

Também é universal, porque válida para toda a Humanidade, ninguém está fora dela e
todos são abrangidos por ela.

Por último, as normas morais são também incondicionais, visto que não estão sujeitas a
prémios ou penalizações, são praticadas sem outra intenção, finalidade. Mesmo que não
sejam cumpridas, as normas morais existem sempre, na medida em que o homem é um
ser em sociedade e nas suas decisões tenta fazer o bem e não o mal;

3.4.RESPONSABILIDADE MORAL

A palavra responsabilidade, provém do latim “responder”, que significa, responder


pelos seus actos, ou seja, reconhecer-se como autor ou dono dos seus actos”.

Segundo Viegas & Chihulume (2011:15) responsabilidade moral é a obrigação de


prestar contas dos nossos próprios actos.

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Em ética, responsabilidade moral é tudo relacionado á responsabilidade que se
relaciona com as acções e suas consequências nas relações sociais.

A responsabilidade designa uma certa maturidade psicológica, a faculdade de julgar


bem, de tomar decisões razoáveis e prudentes;

A responsabilidade em referência diferente de cargo, ou seja, uma tarefa que se assume


ou se aceita assumir e que remete para a capacidade de tomada de decisões em
determinado domínio.

A responsabilidade moral classifica-se em:

 Responsabilidade retrospectiva - é destinada a reparar o mal praticado; está


voltada, portanto, para o passado;

 Responsabilidade prospectiva - voltada para o futuro destina-se a promover o


bem;

Em suma, responsabilidade moral refere-se ao principio do querer o que e bom em si


mesmo, ou seja, a causa livre e susceptível de ser determinada a não por si mesma.
Portanto, a responsabilidade moral remete-nos a constatação da livre subjectividade do
agente;

E o dever de arcar com as consequências do seu próprio comportamento.

4. DIVISÕES DA ÉTICA

A ética divide-se em três campos: meta-ética, ética normativa e ética aplicada.

4.1.ÉTICA NORMATIVA

A ética normativa pretende responder a perguntas tais como “O que devemos fazer?” ou
de forma mais ampla “Qual a melhor forma de viver bem?”. As respostas a estas
questões são dadas, seja através da determinação da acção ou regra correta, seja através
da determinação mais ampla de um carácter moral.

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4.2.META-ÉTICA

A meta-ética, diferentemente da ética normativa, não pretende determinar o que


devemos fazer, mas investiga a natureza dos princípios e teorias morais. Eles são
objectivos? São absolutos? Fazem parte daquilo que podemos conhecer? Podem ser
verdadeiros num mundo sem Deus?

4.3.ÉTICA APLICADA

A chamada ética aplicada é a aplicação de princípios retirados da ética


normativa para resolver problemas éticos quotidianos. Ela procura resolver problemas
práticos de acordo com princípios da ética normativa. Usualmente, as correntes de ética
aplicada têm-se detido, não apenas em princípios de uma corrente, mas apresentam
centralmente princípios da ética utilitarista, tais como a consideração das consequências,
conjugados com princípios da ética deontológica, tais como a consideração da dignidade
da pessoa e respeito pela sua livre decisão.

Um dos desenvolvimentos da ética aplicada deu-se principalmente para resolver os


problemas relacionados à vida, recebendo o nome específico de bioética. A bioética
trata de assuntos tais como aborto e eutanásia, relações entre médico e pacientes,
pesquisa com seres humanos, manipulação genética etc. Além disso, a ética aplicada
ocupa-se com problemas relativos ao meio ambiente, aos direitos dos animais e às
questões morais nas trocas comerciais.

5. QUESTÕES CENTRAIS DA ÉTICA


5.1.PROBLEMA DA VIRTUDE

Entende-se por virtude a disposição reflectiva e voluntário e tem em vista praticar o bem
e evitando o mal, virtude é pois, a capacidade ou habilidade de dominar situações da
vida e os problemas que provem da acção.

A virtude é adquirida na prática da vida, constituem virtudes a: justiça, coragem,


prudência e temperança.

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Para Platão, a virtude é o conjunto de disposições que continuem para uma vida boa e
para ele, a virtude é mesmo que sabedoria, só existe uma virtude ‟a sabedoria” e os
restantes são derivados.

A virtude sem sabedoria é acessível a todos, daí o postulado segundo o qual, quem
conhece o bem, fará o bem, o vício é uma forma de ignorância, a virtude segundo Platão
não se enuncia, ela é descoberta pela reflexão.

5.2.O PROBLEMA DA FELICIDADE (BEM AVENTURANÇA)

O conceito de felicidade desempenha na ética um papel preponderante como o princípio


de bem-aventurança, entendendo o bem-aventurado a perfeição última do ser
intelectual, a felicidade espiritual do homem.

Por natureza o homem aspira a felicidade, daí surgem as seguintes questões:

 Será que o homem deve aspirar a felicidade?

 Em que consiste a felicidade?

Em resposta a estas perguntas, os representantes da ética utilitarista, afirmam que a


aspiração do homem a felicidade é o sentido de toda a acção humana e a bem-
aventurança, constitui o mais alto princípio normativo de toda a acção humana.

Platão e Kant reconhecem a precedência e virtude à moralidade sobre a aspiração da


felicidade e subordinam a bem-aventurança ao princípio de dever.

Jhoston, explica que a felicidade é o único fim da acção humana, a promoção da


felicidade é o critério em que toda acção humana deve ser medida, mais afinal, o que é
felicidade do homem e em que consiste?

Muitos homens apontam como referência da felicidade, o dinheiro, a riqueza, o prazer, a


fama, alegrias espirituais, o gozo, mais Aristóteles entende que o prazer e o gozo, não
são virtudes ou felicidade no verdadeiro sentido da palavra.

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5.3.O PROBLEMA DA LIBERDADE

A ética Kantiana, aborda a problemática da liberdade e do determinismo partindo do


princípio de que o homem é um ser vivo racional, nisto, a natureza e a razão são 2 (dois)
aspectos que o integram. Como ser natural, o homem está como tal como qualquer ser
vivo sujeito as condições de espécie (psicológico, geográfico, biológico) que lhe
provam da sua auto-disposição, isto é, depende das determinações necessárias causais.

A determinação alheia existe quando o homem se deixa impor no seu querer e se


entrega a uma total dependência à factores não determinados por se, de certa forma não
é possível ao homem suprir as leis da natureza, determinantes da sua natureza sensorial.
Com tudo, é lhe muito bem possível reconhecer esses determinantes como tal e reagir
perante eles, ele pode a partir de uma distancia crítica decidir se aquilo que por força da
natureza deseja também pode desejar por força da razão, assim sendo, o homem
estabelece uma diferença na sua vontade, deixando-se determinar por factos externos ou
a de se determinar por se próprio.

Deverá o homem obedecer exclusivamente e cegamente as expressões da sua natureza e


as das relações em que vive? Por tanto, é necessário que haja o princípio que exige a
cada um a tomar em primeiro lugar contas em relação à satisfação dos seus desejos.

O homem emprega a sua liberdade moral na medida em que se livra das pressões das
forças externas e determinar por se o que deseja, assim o homem nem é absolutamente
livre no sentido em que não existe uma causa externa que determina a sua vontade e
nem é absolutamente determinado no sentido de que a sua vontade seja determinada
exclusivamente por factores externos.

5.4.O PROBLEMA DO BEM E DO MAL

Moralmente bom é algo que seja bem em se mesmo e não em função a algo deferente.

Como é que o homem na presença do bem pode escolher o mal?

Sempre se procura interpretar a origem do mal a partir das múltiplas formas em que se
manifesta como (criminalidade, crueldade, morte, opressão), assim as circunstâncias,
a sociedade ou diabo, tem sido o tomados como a fonte do mal, mais o autor do bem e
do mal é sempre o individuo que deseja o bem ou mal, mas o realiza como um bem para
ele. Por tanto, todos as estruturas que procuram transformar a humanidade através da

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eliminação das condições do mal, isto é, procurando as condições do mal fora do
homem, estão eticamente falhadas pós deve-se eliminar o mal a partir do elo humano e
podem inverter os princípios à condição do bem e do mal, é a liberdade do homem.

Então, uma mudança para um estado melhor só será possível através da educação moral
do homem.

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CONCLUSÃO
Chegado ao fim deste trabalho concluiu-se que moral refere-se ao conjunto de regras,
padrões e normas adquiridos em uma sociedade por meio da cultura, educação,
quotidiano e costumes adquiridos no âmbito social e familiar.

Foi possível concluir que ética individual diz respeito as acções individuais, a
consciência ou carácter.

Foi notável também que a ética é dividida em três grandes grupos: ética normativa,
meta-ética e ética aplicada.

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Bibliografia
https://www.significados.com.br/etica-e-moral/

https://www.diferenca.com/etica-e-moral/

https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica

https://sites.google.com/site/aloisiofritzen/Home/etica-
apresentacao/etica_conteudos/etica_individual_e_coletiva

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