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AULA- ÉTICA E CÓDIGO DE ÉTICA

DO NUTRICIONISTA

DISCIPLINA: FORMAÇÃO PROFISISONAL EM


NUTRIÇÃO

Profª Ariane Pinheiro


Especialista em Educação e Meio Ambiente- IFAL/MARECHAL
Mestre em Nutrição Humana - UFAL
ariane.pinheiro@estacio.br
ÉTICA E MORAL
• A palavra moral tem origem no latim morus
significando usos e costumes.

Segundo Vázquez (2005), se por moral entendemos


um conjunto de normas e regras destinadas a
regular as relações dos indivíduos numa
comunidade social
FILOSOFIA- ÉTICA E MORAL

Discussão acerca de ética e moral vem desde a


época de Aristóteles , Socrates, dentre outros
filósofos:
- Entendimento de ética de diferentes formas
- Aristóteles: Comportamento humano
baseado na justa medida (sem excessos)
FILOSOFIA- ÉTICA E MORAL
- Aristóteles: Comportamento humano baseado na justa
medida (sem excessos)
- Ética aristotélica: Sem exageros nas relações que você quer
ter.

- Imanuel Kant: Visão imperativo categórico e imperativo


hipotético:
- O que movimenta nossa comportamento? Fazemos
porque queremos fazer ou porque esperamos algo em troca
ÉTICA
• Passando por diversos filósofos, até os dias de hoje:
– A palavra ética tem sido um dos temas mais trabalhados
nos últimos tempos
– Dificuldade do homem em saber o que é correto ou errado
MORAL ÉTICA

• Normativa; • Teórica;
• Segmentos das regras • Busca explicar e justificar
– Ordens os costumes ;
– Regulamentos • Reflexão do individuo
(acerca da moralidade)
• Reflexão individual que
O que é esperado venhamos a ter sobre a
socialmente do individuo moralidade presente em
um sociedade.
ÉTICA X MORAL
MORAL: regra e quem não cumpre é imoral. Ex: “VALORIZAR A
VIDA. NÃO MATARAS”
Individuo ético: tende a cumprir as regras do grupo que ele se
encontra. Ex: Leis que existem sobre crime, homicídios. Placa:
“não fume”.
ÉTICA E MORAL= servem para estabelecer bom convívio social.

Os atos imorais são aqueles que se opõem as normas, crenças e


valores estabelecidos no código moral que rege a conduta de um
grupo social particular. Eles são baseados no que é chamado de
antivalores ; isto é, o oposto do valor moral aceito.
IMORALIDADE

• Por exemplo, quando o marido trai sua


mulher, este está cometendo um ato imoral,
mas que não é considerado ilegal, isto é, não é
um crime perante a lei.
• Agora, se uma pessoa pratica um esquema
fraudulento que prejudica terceiros, ela estará
agindo imoralmente e ilegalmente.
ÉTICA X MORAL
• Em Filosofia, o comportamento ético é aquele que é
considerado bom, e, sobre a bondade, os antigos
diziam que: “o que é bom para a leoa, não pode ser
bom à gazela.

• E, o que é bom à gazela, fatalmente não será bom à


leoa”. Este é um dilema ético típico.
AMORALIDADE

• AMORALIDADE= individuo não entende as regras, do


que se trata ou não sabe como funciona

• Exemplo: Consideramos algumas comunidades


indígenas amorais, porque desconhecem nosso
senso de moralidade. Esta arte amoral pode chocar
os mais sensíveis
ÉTICA
“Nenhum homem é uma ilha”. filósofo inglês Thomas Morus

Compreender que a
vida humana é
convívio

PRATICAR A ÉTICA É FAZER


CRÍTICA
ÉTICA
• Para o ser humano viver é
conviver. É justamente na
convivência, na vida social e
comunitária, que o ser humano
se descobre e se realiza
enquanto um ser moral e ético.
É na relação com o outro que
surgem os problemas e as
indagações morais: o que devo
fazer? Como agir em
determinada situação?
ÉTICA
• O homem vive em sociedade, convive
com outros homens e, portanto, cabe-
lhe pensar e responder à seguinte
pergunta: “Como devo agir perante os
outros?”. Trata-se de uma pergunta
fácil de ser formulada, mas difícil de
ser respondida. Ora, esta é a questão
central da Moral e da Ética. Enfim, a
ética é julgamento do caráter moral de
uma determinada pessoa.
(MAXIMIANO, 1974, p 28)
EXEMPLOS ANTIÉTICOS EM EMPRESAS

– Difundir mentir ou difamar algum colega;


– Ofender alguém a respeito de sua religião, gênero,
cor, etnia ou orientação sexual;
– Não honrar contratos, pagamentos e entregas com
clientes ou fornecedores;
– Trocar influência por favores sexuais ou financeiros;
– Procrastinar (adiar ou deixar para outro dia) na
realização de alguma tarefa;
EXEMPLOS ANTIÉTICOS EM EMPRESAS
– Furtar dinheiro ou qualquer outro bem material
da empresa;
– Vestir-se de maneira inadequada para aquele
ambiente;
– Debochar de alguém por sua aparência;
– Violar mercadorias
– Adulterar mercadorias, preços e prazos de
validade sem ordem superior;
EXEMPLOS ANTIÉTICOS EM EMPRESAS
– Fazer propaganda enganosa da empresa;
– Cobrar por algum serviço sem necessidade;
– Jogar lixo em local inapropriado e não contribuir para a
manutenção da limpeza do ambiente;
– Chegar atrasado e pedir para alguém bater o ponto para
você;
– Sonegar impostos, fraudar documentos ou qualquer
outro mecanismo que infrinja a lei
ÉTICA E LEI

• A ética também não deve ser confundida com a lei,


embora com certa frequência a lei tenha como base
princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a
lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo
Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as normas
éticas, nem sofrer qualquer sanção pela
desobediência a estas. Por outro lado, a lei pode ser
omissa quanto a questões abrangidas no escopo da
ética
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL

A maioria das profissões possui o seu próprio código de ética


profissional, que é um conjunto de normas de cumprimento
obrigatório, derivados da ética, frequentemente incorporados à lei
pública.

Nesses casos, os princípios éticos passam a ter força de lei; nota-


se que, mesmo nos casos em que esses códigos não estão
incorporados à lei, seu estudo tem alta probabilidade de exercer
influência
Introdução ao código de ética do nutricionista

O presente Código de Ética e de Conduta do


Nutricionista é um instrumento delineador da
nossa atuação profissional.

Seus princípios, responsabilidades, direitos e


deveres devem ser reconhecidos como o cerne da
prática diária em todas as áreas da Nutrição. Esta
edição substitui o Código publicado em 2004, com
inovações que consideram os avanços e as novas
nuances da prática profissional do século XXI
Introdução ao código de ética do
nutricionista
Introdução ao código de ética do nutricionista
RELAÇÕES INTERPESSOAIS

• As relações que ocorrem durante o exercício


profissional entre nutricionistas, entre nutricionistas
e outros profissionais (de saúde ou não), pacientes,
clientes, usuários, estudantes, empregadores,
empregados, representantes de entidades de classe
e demais sujeitos obedecerão ao que segue:
RELAÇÕES INTERPESSOAIS

• Art. 27 É direito do nutricionista denunciar, nas


instâncias competentes, atos que caracterizem
agressão, assédio, humilhação, discriminação,
intimidação, perseguição ou exclusão por qualquer
motivo, contra si ou qualquer pessoa.
RELAÇÕES INTERPESSOAIS

• Art. 28 É dever do nutricionista fazer uso do poder ou posição


hierárquica de forma justa, respeitosa, evitando atitudes
opressoras e conflitos nas relações, não se fazendo valer da
posição em benefício próprio ou de terceiros.

• Art. 29 É vedado ao nutricionista praticar atos que


caracterizem agressão, assédio, humilhação, discriminação,
intimidação ou perseguição por qualquer motivo contra
qualquer pessoa
RELAÇÕES INTERPESSOAIS

• . Art. 30 É vedado ao nutricionista manifestar


publica- mente posições depreciativas ou
difamatórias sobre a con- duta ou atuação de
nutricionistas ou de outros profissionais.
MEIOS DE COMUNICAÇÃO

• O uso de estratégias para comunicação e informação ao


público e para divulgação das atividades profissionais do
nutricionista, utilizando quaisquer meios, tais como televisão,
rádio, jornais, revistas, panfletos virtuais ou impressos,
embalagens, mídias e redes sociais, aplicativos, palestras,
eventos, dentre outros para os mesmos fins, obedecerá ao
que segue:
MEIOS DE COMUNICAÇÃO

• Art. 53 É direito do nutricionista utilizar os meios de


comunicação e informação, pautado nos princípios fun-
damentais, nos valores essenciais e nos artigos previstos
neste Código, assumindo integral responsabilidade pelas
informações emitidas.
MEIOS DE COMUNICAÇÃO

• Art. 54
É direito do nutricionista divulgar sua qualificação profissional,
técnicas, métodos, protocolos, diretrizes, benefícios de uma
alimentação para indivíduos ou coletividades saudáveis ou em
situações de agravos à saúde, bem como dados de pesquisa
fruto do seu trabalho, desde que autorizado por escrito pelos
pesquisados, respeitando o pudor, a privacidade e a intimidade
própria e de terceiros.
MEIOS DE COMUNICAÇÃO

• Art. 55
• É dever do nutricionista, ao compartilhar informações sobre
alimentação e nutrição nos diversos meios de comunicação e
informação, ter como objetivo principal a promoção da saúde
e a educação alimentar e nutricional, de forma crítica e
contextualizada e com respaldo técnico-científico.
MEIOS DE COMUNICAÇÃO

• Parágrafo único. Ao divulgar orientações e procedi-


mentos específicos para determinados indivíduos ou
coletividades, o nutricionista deve informar que os
resultados podem não ocorrer da mesma forma para
todos.
MEIOS DE COMUNICAÇÃO

• Art. 56
• É vedado ao nutricionista, na divulgação de informações ao
público, utilizar estratégias que possam gerar concorrência
desleal ou prejuízos à população, tais como promover suas
atividades profissionais com mensagens enganosas ou
sensacionalistas e alegar exclusividade ou garantia dos
resultados de produtos, serviços ou métodos terapêuticos
MEIOS DE COMUNICAÇÃO

• Art. 57
• É vedado ao nutricionista utilizar o valor de seus
honorários, promoções e sorteios de procedimen-
tos ou serviços como forma de publicidade e
propaganda para si ou para seu local de trabalho.
MEIOS DE COMUNICAÇÃO

• Art. 58
• É vedado ao nutricionista, mesmo com autorização
concedida por escrito, divulgar imagem corporal de si
ou de terceiros, atribuindo resultados a produtos,
equipamentos, técnicas, protocolos, pois podem não
apresentar o mesmo resultado para todos e oferecer
risco à saúde.
MEIOS DE COMUNICAÇÃO

• § 1º. A divulgação em eventos científicos ou em pu-


blicações técnico-científicas é permitida, desde que
autorizada previamente pelos indivíduos ou coleti-
vidades. § 2º. No caso de divulgação de pesquisa
científica o disposto no artigo 58 não se aplica.
Associação a Produtos, Marcas de Produtos,
Serviços, Empresas ou Indústrias

• As ações realizadas pelo nutricionista relativas à as-


sociação, divulgação, indicação ou venda de
produtos, de marcas de produtos, de serviços, de
empresas ou de indústrias específicas
Associação a Produtos, Marcas de Produtos,
Serviços, Empresas ou Indústrias

• Art. 59
• É direito do nutricionista fazer uso de embalagens para fins de
atividades de orientação, educação alimentar e nutricional e
em atividades de formação profissional, desde que utilize
mais de uma marca, em- presa ou indústria do mesmo tipo de
alimento, produto alimentício, suplemento nutricional e
fitoterápico e que não configure conflito de interesses.
Associação a Produtos, Marcas de Produtos,
Serviços, Empresas ou Indústrias

• Art. 60
• É vedado ao nutricionista prescrever, indicar, manifestar
preferência ou associar sua imagem intencionalmente para
divulgar marcas de produtos alimentícios, suplementos
nutricionais, fitoterápicos, utensílios, equipamentos, serviços,
laboratórios, farmácias, empresas ou indústrias ligadas às
atividades de alimentação e nutrição de modo a não
direcionar escolhas...
ESTUDO SOBRE O TEMA
ESTUDO SOBRE O TEMA
Objetivo: Conhecer os problemas éticos que se
expressam nas práticas de profissionais de saúde
em um hospital escola.

Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa,


realizada em unidades de internação de um
hospital universitário com trinta profissionais de
saúde. A coleta de dados se deu por entrevista
gravada, orientada por um roteiro semiestruturado,
que foi submetido à Análise Textual Discursiva
ESTUDO SOBRE O TEMA

• PROBLEMAS ÉTICOS:
– Exposição das informações do paciente;
– Atitudes discriminatórias;
– Trabalho interdisciplinar:
• Falta de coesão entre as ações e procedimentos da equipe de
profissionais,
• Ausência do conhecimento do papel do outro profissional ;
• Disputa de poder sobre o conhecimento técnico-científico:
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

• Penha, Manoela Pessanha da Exercício


profissional da nutrição / Manoela Pessanha
da Penha. Rio de Janeiro: SESES, 2016.
120 p. : il.
OBRIGADA!

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