Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Pública
São instrumentos de trabalho que o administrador utiliza para exercer
o bem comum, inerentes a Administração da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos municípios.
Também pode ser conceituado como o conjunto de prerrogativas de
direito público que a ordem jurídica confere aos agentes
administrativos para o fim de o Estado alcance seus fins.
Podem ser usados de forma individual ou coletiva.
Estão atrelados a deveres (poder-dever).
Espécies de Poderes
Poder Regulamentar/ Normativo;
Poder Disciplinar;
Poder Hierárquico;
Poder Discricionário;
Poder Vinculado;
Poder de Polícia.
Abuso de Poder
O uso do poder deve ser empregado segundo as normas legais, a
moral da instituição, a finalidade do ato e as exigências do interesse
público.
O ato praticado com abuso de poder deve ser invalidado, pois é ilegal,
podendo ser omissivo ou comissivo.
A invalidação pode ser realizada pela própria Administração Pública,
por força do princípio da autotutela, não sendo necessário sua
realização apenas por via judicial.
ABUSO DE PODER
Poder Regulamentar
É o poder do Executivo de editar atos normativos (não são leis,
pois a lei deriva de processo legislativo) gerais e abstratos para
complementar as leis e permitir a sua efetiva aplicação. Ex: o poder
do Presidente da República de editar decretos e regulamentos.
Seu alcance é apenas de norma complementar à lei. A
administração Pública não pode alterá-la com finalidade de estar
regulamentando-a, se assim fizer, estará cometendo abuso de poder
regulamentar, o que invade a competência do Poder Legislativo.
OBS: é de natureza derivada ou secundário, somente é exercido à
luz de lei já existente
A formalização do poder regulamentar se dá por meio de decretos.
Há três espécies de regulamentos, são elas:
REGULAMENTO OU DECRETO DE EXECUÇÃO: é o
editado em função da lei (deve existir uma lei antes dele, o
que o faz ser um ato secundário), possibilitando a sua fiel
execução. OBS:completa a lei;
Ex: Lei que obriga um contribuinte a pagar uma determinada
quantia. Como ele irá pagar¿ Através de qual meio¿ Em qual
banco¿ São esses os detalhes que o decreto de execução se
preocupa.
Esse decreto não pode ir além da lei ou será sustado
(suspenso) pelo Congresso Nacional (art. 49, V/CF).
Poder Disciplinar
A finalidade do poder disciplinar é apurar infrações funcionais e
aplicar as penalidades aos servidores e demais pessoas sujeitas à
disciplina administrativa (inclusive o MP no aspecto funcional da
relação de trabalho). Pune também as infrações administrativas
cometidas por particulares à Administração Pública ligados mediante
algum vínculo jurídico específico.
O ato disciplinar deve ser motivado sempre, devendo conter o
fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.
OBS: A Administração Pública não pode escolher entre punir ou não
punir tendo conhecimento da falta do servidor, sob pena de cometer o
crime previsto no artigo 320 do Código Penal e praticar ato de
improbidade administrativa. (É UM ATO VINCULADO, caso haja a
infração, a Administração Pública é obrigada a punir).
Em regra, é discricionário, de forma limitada, pois outorga-se à
Administração a possibilidade de avaliar, no momento da aplicação da
pena, qual será a sanção correta, assegurado o contraditório e a ampla
defesa, e qual será a sanção. Isso significa que a lei dá opções ao
administrador público, ou seja, certa margem de liberdade de decisão
Exemplos de punições: multas, suspensões, interdições de
estabelecimentos, demolições de construções, etc.
Poder Hierárquico
Está relacionado à estrutura e organização da Administração Pública.
Hierarquia é a relação de coordenação e subordinação existente entre
os diversos órgãos e agentes da Administração Pública. É um poder
interno e permanente, exercido pelos chefes de repartições nas
atribuições de comando, chefia e direção.
Em razão dessa hierarquia, surge para o superior hierárquico os
poderes de delegar, disciplinar, ordenar, normatizar, controlar, etc.
OBS: Essa relação hierárquica é acessória da organização
administrativa, já que também existem órgãos paritários.
A hierarquia se dá no âmbito interno, pois não há hierarquia entre
órgãos e pessoas jurídicas diferentes.
Os subordinados tem sempre o dever de acatar e cumprir as ordens de
seus superiores hierárquicos, salvo quando estas ordens forem
manifestamente ilegais, nesse caso, o subordinado tem o dever de
representar.
Efeitos do poder hierárquico:
Comando;
Dever de obediência;
Fiscalização;
Revisão;
Delegação: é a transferência de atribuições de um órgão para
outro aparelho administrativo, do superior para o subalterno.
É REGRA GERAL E DEVE SER PARCIAL,
TEMPORÁRIA, PORÉM, NÃO É ABSOLUTA;
Exceções à delegação: edição de atos normativos, decisão de
recursos administrativos e matérias de competência
exclusiva.
Avocação: o chefe superior pode substituir-se ao subalterno
chamando para si (avocando), ou seja, as competências do
subalterno passam a ser do superior; É EXCEÇÃO, somente
pode acontecer caso haja motivo relevante.
Ex: quando o superior pede para que o subalterno faça
consulta ou parecer sobre determinado assunto, que pedem a
opinião própria de quem o exerce, no caso o superior, aqui, o
pensamento do subalterno não precisa ser igual ao do
superior. É como se fosse um estágio em um escritório de
advocacia, onde o estagiário realiza atribuições do advogado.
O SUBALTERNO, AQUI, NÃO PRECISA SEGUIR AS
ORDENS DO CHEFE, ALÉM DE QUANDO A ORDEM É
ILEGAL.
A subordinação tem caráter interno e se estabelece entre órgãos de
uma mesma pessoa administrativa como fator decorrente da
hierarquia. Já a vinculação, possui caráter externo e resulta do controle
que pessoas federativas exercem sobre as pessoas pertencentes à
Administração Pública.
Poder Discricionário
Dá à Administração Púbica uma maior liberdade de atuação,
possuindo, para tanto, liberdade de exame de mérito da situação, irá
julgar a conveniência, oportunidade, justiça e equidade de agir de uma
determinada forma.
OBS: Essa liberdade não é absoluta, pois, de qualquer forma, a
Administração sempre deverá observar a lei (princípio da legalidade).
Entende-se como cabível o amplo controle do Poder Judiciário sobre o
poder discricionário, exceto quanto ao mérito do ato administrativo,
sob pena de violação da tripartição dos poderes.
O poder judiciário anula o ato e analisa se há exercício regular do
poder discricionário ou abuso, fazendo controle de legalidade e não de
mérito administrativo.
Poder Vinculado
Está ligado à atuação da Administração Pública, se materializa através
de um ato vinculado que a Administração pratica.
Nesse poder, a Administração fica adstrita aos ditames da lei, sendo
vinculada a uma ação.
Ex: aposentadoria, a administração não aposenta a pessoa por
conveniência. pois se a pessoa estiver com toda a documentação
necessária, irá se aposentar, não tendo a Administração outra opção. A
licença para construir também é um exemplo.
Poder de Polícia
É a atividade estatal consistente em limitar o exercício dos direitos
individuais em benefício do interesse público.
Segundo o art. 78, do Código Tributário Nacional, “considera-se
poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção
e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou
ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Tem como fundamento o princípio da supremacia do interesse público
sobre o particular.
Pode ser preventivo ou repressivo.
OBJETO: atividades que possam afetar os interesses da coletividade.
COMPETÊNCIA: todas as entidades federativas.
A diferença entre o poder de polícia e o disciplinar é que o último atua
sobre os agentes públicos e pessoas vinculadas à Administração, já o
primeiro tem aplicação ampla, aplicável a qualquer pessoa externa a
Administração Pública (particulares).
ATRIBUTOS OU CARACTERÍSTICAS DO PODER DE POLÍCIA
Discricionariedade: nem sempre será discricionário, apenas quando a
lei deixar para a Administração Pública a liberdade de apreciação. (O
ESTADO PODE ESCOLHER AQUILO QUE ELE VAI
FISCALIZAR BEM COMO A FORMA DE PUNIR);
Autoexecutoriedade: trata-se da possibilidade da Administração
Pública impor seus atos sem precisar de ordem judicial; O que não
impede o particular de recorrer ao Judiciário, caso entenda que a
punição foi ilegal;
Dessa forma, só existe quando houver previsão legal, ou quando, não
previsto em lei, for urgente para assegurar a segurança da
coletividade.
Coercibilidade: possibilidade da Administração impor seus atos,
independentemente do consentimento do administrado, pode,
inclusive, se valer da força.
Impõe limites à liberdade e propriedade;
Caráter liberatório (ex: licenças, autorizações, permissões, etc.);
Cria obrigações de não fazer;
Não gera indenização;
É indelegável, o que não impede que o Estado delegue a
administração, por exemplo, de um presídio a uma empresa particular,
pois não se trata de delegação do poder de polícia e sim da
administração, por meio de contrato. (OBS: A FGV AFIRMA QUE
ISSO NÃO É POSSÍVEL).