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Poder Vinculado
• É aquele que a lei determina os elementos e requisitos necessários para sua formalização
pela Administração Pública.
• Nestes atos o Direito Positivo enumera minuciosamente os requisitos de sua essência, ou
seja, expressamente determina os pormenores com que tal ato deve ser praticado.
Poder Discricionário
• É o concedido, de modo explícito ou implícito, a Administração para a prática de atos
administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo.
• O poder discricionário difere do poder vinculado por existir maior liberdade de ação para a
Administração, isto é, a autoridade pública é livre para a prática do ato nos limites que a lei
lhe conceder, enquanto que no ato vinculado tal faculdade inexiste, sendo o agente obrigado
a cumprir objetivamente o constante na lei.
• A discricionariedade é sempre relativa e parcial, posto que também deve observância à
competência, à forma e à finalidade do ato, como ocorre para os atos vinculados, e acaso
não sejam respeitados tais requisitos, o ato é ilegítimo e nulo.
• Em síntese, pode-se afirmar que o ato somente será perfeito se obedecer fielmente os
elementos discriminados na lei (vinculadamente) e os aspectos em que se admite a opção
(discricionariamente).
• A justificativa para a discricionariedade reside no fato de que é impossível para o legislador
elencar nas normas jurídicas, gerais e abstratas, todos os atos administrativos possíveis,
posto que a dinâmica da sociedade é grande.
• Os conceitos de conveniência e oportunidade, na maioria das vezes, são somente
vislumbrados pelos órgãos executivos, os quais estão mais próximos da realidade e possuem
condições de avaliar o que convém e o que não convém ao interesse público.
• O ato discricionário deve obediência ainda aos Princípios gerais do Direito e as regras da
boa administração (moralidade administrativa).
• Daí poder-se dizer que a atividade discricionária fica sujeita a um duplo condicionamento:
externo (obediência ao ordenamento jurídico) e interno (pelas exigências do bem comum e
da moralidade da instituição administrativa).
• Poder discricionário não pode ser confundido com poder arbitrário. O primeiro se traduz
pela liberdade de ação administrativa dentro dos limites permitidos na lei, enquanto que a
arbitrariedade é ação contrária ou excedente da lei.
• O Poder Judiciário pode apreciar a legalidade do ato discricionário (obediência á lei) e os
limites de opção do agente administrativo, mas não pode substituir o discricionarismo do
administrador pelo do Juiz, ou seja, em sendo legal a opção discricionária firmada pelo agente
não pode o Judiciário invalidá-la ou substituí-la.
Poder Hierárquico
• É aquele que a Administração possui para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos,
ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os
servidores do seu quadro de pessoal.
• Hierarquia é a relação de subordinação existente entre os vários órgãos e agentes do
Executivo, com a distribuição de funções e a gradação da autoridade de cada um. Incluem-se,
obviamente, as funções administrativas exercidas pelos Poderes Legislativo e Judiciário.
Pode Disciplinar
Poder Regulamentar
• É a faculdade de que dispõem os Chefes de Executivo (Presidente, Governadores e
Prefeitos) de explicar a lei para sua correta execução (decreto regulamentar), ou de expedir
decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada por lei.
• É um poder inerente e privativo do Chefe do Executivo (CF/88, art. 84, IV) e, por este motivo,
não pode ser delegado a um subordinado.
• Não se pode, contudo, expedir regulamentos que invadam as chamadas “reservas legais”,
ou seja, as matérias que somente podem ser reguladas por lei (segundo Hely Lopes Meirelles
estas, em princípio, são aquelas que afetam as garantias e os direitos individuais
assegurados pela CF/88 em seu art. 5°).
• O regulamento não pode ser confundido com a lei em sentido estrito, posto que
regulamento é ato administrativo geral e normativo, expedido privativamente pelo Chefe do
Executivo para explicitar o modo e a forma de execução da lei (regulamento de execução),
ou atender situações não disciplinadas em lei (regulamento autônomo ou independente).
• Nem toda lei depende de regulamento para ser executada, mas toda e qualquer lei pode
ser regulamentada se o Executivo julgar necessário.
• Mas, em sendo o regulamento hierarquicamente inferior à lei, não a pode contrariar, nem
restringir ou ampliar suas disposições.
• Só lhe cabe explicitar a lei, dentro dos limites por ela traçados ou ainda complementa-la
fixando os critérios técnicos necessários para sua aplicação.
• Se a lei for omissa, o regulamento supre a lacuna, até que o legislador complete os claros
da legislação. Enquanto a lacuna existir vige o regulamento, desde que não seja invadida
matéria reservada a lei.
• O Congresso Nacional tem competência para sustar atos normativos do Executivo que
exorbitem o poder regulamentar (CF/88, art. 49, V).