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Noções de Direito

Administrativo
Professora: Alessandra
Poderes administrativos
• Os poderes administrativos são verdadeiros instrumentos que
a Administração possui para melhor atender ao interesse
público. São chamados por parte da doutrina como
“prerrogativas instrumentais”. As prerrogativas são as
garantias ou privilégios que a Administração Pública possui
em relação aos administrados. Estas são concedidas aos
agentes públicos que no desempenho de suas funções as
utilizam para atender ao interesse público.
Poder-dever de Agir
• São verdadeiros deveres, ou seja, são
irrenunciáveis e devem ser obrigatoriamente
exercidos.
• Em outras palavras, é vedada a inércia da
administração, uma vez que o exercício dos
poderes administrativos é imposto ao titular.
Abuso de Poder
• Excesso de poder: Nestes casos, o
administrador viola os limites da sua
competência administrativa, atuando de
maneira excessiva, invadindo atribuições
elencadas à outros agentes públicos ou
exercendo atividade que a lei não lhe atribuiu.
Abuso de Poder
• Desvio de poder: Mesmo estando dentro da sua
competência, o administrador nestas hipóteses
desvia-se do interesse público e busca alcançar fim
diverso. Tal abuso é inclusive elencado na Lei de
ação popular, como desvio de finalidade (art. 2º,
parágrafo único, alínea “c”, da Lei 4.717/65).
Modalidades dos poderes
administrativos
• - Poder Vinculado
• Nestes atos, a lei em sentido estrito, ou seja, o direito posto, o texto
normativo, confere à administração requisitos intrínsecos para a sua
realização e formalização. Na prática, tais atos elencados na lei, são
vinculados porque amarram o administrador ao enunciado do texto
legal em todas as suas especificações.
Poder Discricionário
Seu fundamento encontra alicerce na ideia de que a lei,
não pode reger e traçar todas as condutas do agente
público. Por causa disto, a lei elenca possibilidades,
abrindo o comando normativo para interpretações, por
parte do agente administrativo, de conveniência e
oportunidade na aplicação no caso concreto de
determinada conduta.
Poder Hierárquico
• O poder hierárquico tem por objetivo ordenar, coordenar,
controlar e corrigir as atividades administrativas, no âmbito
interno da Administração Pública. Ordena as atividades da
Administração, repartindo e escalonando as funções entre os
agentes do Poder, de modo que cada um possa exercer
eficientemente seu encargo; coordena, entrosando as funções
no sentido de obter o funcionamento harmônico de todos os
serviços a cargo do mesmo órgão
Poder Regulamentar ou
Normativo
• Diz respeito à faculdade que os Chefes do Poder Executivo
(Presidente da República, governadores e prefeitos) têm de
regulamentar certa lei para poder explicar sua correta
execução.
• CF/1988 - Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da
República: IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis,
bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel
execução;
Poder Disciplinar
• Trata-se do poder que possui a administração pública de apurar
infrações e aplicar penas aos servidores públicos ou demais
pessoas que se sujeitem à disciplina administrativa.
• A principal característica do poder disciplinar é que a sua
utilização é de caráter especial, ou seja, entre Administrador-
Agente público, Administrador – usuário de serviço público
Poder de Polícia
• O poder de polícia representa uma expressão da supremacia
do interesse público sobre o privado e permite à
Administração Pública restringir ou limitar direitos ou
interesses individuais no que tange à liberdade e a
propriedade.
• Em sentido amplo, poder de polícia significa toda e qualquer
ação restritiva do Estado em relação aos direitos individuais.
São atributos do Poder de
Polícia:
• a) a discricionariedade, segundo a qual o
administrador público poderá escolher,
dentro de um juízo de conveniência e
oportunidade, a alternativa mais adequada
dentre as várias sanções previstas na norma;
São atributos do Poder de
Polícia:
• b) a autoexecutoriedade das medidas, não sendo
necessária a intervenção do Poder Judiciário para a
execução dos atos materiais de polícia, a exemplo da
interdição de estabelecimento. Ressalte-se que na
cobrança de multas, não há a característica de
autoexecutoriedade do poder de polícia.
Deveres da Administração

• Dever de probidade
É o dever que rege toda à administração, espera-se
que esta atue de forma proba, honesta e de maneira à
atender os bons costumes e se reger pelos princípios
da moralidade, tanto em face dos administrados como
da própria administração.
Dever de prestar contas
• Como a administração pública se encarrega de velar
pelo interesse público e gerir os bens da comunidade,
faz-se necessário que esta preste contas aos
administrados. Este dever se espalha por todo o
círculo da gestão administrativa, mas se acentua na
utilização do dinheiro público.
Dever de eficiência
• Para melhorar a qualidade da atividade administrativa,
exige-se dos administradores o dever de eficiência,
valendo-se da perfeição, da coordenação e da celeridade
para melhor desempenhar seus objetivos. Trazido pela
EC n. 19/98, acrescenta-se ao artigo 37 da CF/1988 o
princípio da eficiência que deverá nortear toda à atividade
administrativa.

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