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1 – DOS FATOS
De acordo com a mencionada notificação, transitava eu na faixa de transporte público coletivo de passageiros
da Av. Caxangá, sentido subúrbio no dia 23/11/2023, por volta das 14:27:15, no veículo que trabalho
atualmente como taxista auxiliar, no momento que, em tese, peguei a faixa da esquerda já que na minha frente
tinha coletivo que estava com a velocidade inferior à que eu me encontrava naquele momento já que o sinal
tinha aberto alguns instantes, após ultrapassa retornei em seguida voltei pra faixa do meio seguindo o meu
destino, dessa forma, em tese, apontou-se violação ao Artigo 184 Inc. III do Código de Trânsito Brasileiro.
Entretanto, como se verifica das preliminares de minha defesa demonstrarei que não cabe tal infração por
vários motivos que abaixo os delinearei, vejamos.
2 – DA DEFESA
Por razões claras e legítimas venho requerer a anulação do auto de infração, pela irregularidade apontada como
FALTA DE AFERIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS PELO INMETRO.
Com efeito, os equipamentos eletrônicos necessitam estar com a sua calibração específica, para que emitam
detecção exata, medindo com precisão os eventos, de forma que sirva de prova dentro dos autos certificado
do INMETRO de estar devidamente aferido por aquele Instituto, não basta a simples afirmação da Empresa
de gerenciamento de trânsito.
O Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação de trânsito, lavrar se a auto de infração, do qual constará:
I – Ter sua conformidade avaliada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
– Inmetro, ou entidade por ele acreditada; Deliberação CONTRAN nº 38 de 11/07/2003 que dispõe sobre
requisitos técnicos mínimos para a fiscalização.
III - ser verificado pelo INMETRO ou entidade por ele delegada, obrigatoriamente com periodicidade máxima
de 12 (doze) meses e, eventualmente, conforme determina a legislação metrológica em vigência.
Diante desse fato e embasados na notificação da autuação de trânsito enviada a mim e anexada a esta defesa,
onde a mesma no item dito da data de aferição do aparelho que tem sua data no dia 20/03/2015, ou seja, mais
de 12 meses da data que veio a tirar a foto que redundou nessa autuação e isso já em desconformidade com a
lei, resolução e deliberação de trânsito, pois a data da autuação foi no dia 23/11/2023, 7 anos e 8 meses depois
da última aferição, fato este inadmissível para uma empresa que gerencia o trânsito ou órgão que administra
o trânsito.
Dessa forma, a decisão imposta pelo agente da autoridade de trânsito deve ser cancelada, eis que desprovida
de fundamentos válidos. O § único do artigo 281, e seu inciso I, do CTB estabelece: O auto de infração será
arquivado e seu registro julgado insubsistente: se, considerado inconsistente ou irregular. O auto de infração
de trânsito de número FA005297968 está eivado de ilegalidade e irregularidades formais, pois não atende aos
requisitos de materialidade e formalidade necessários ao seu preenchimento, tendo em vista que já se passaram
mais de 12 meses da data da última aferição e isso deve ser levado em consideração por ser um vício material,
apto a anular o citado Auto de Inflação.
O auto de infração de trânsito de número FA005297968 está eivado de ilegalidade e irregularidades formais,
pois não atende aos requisitos de materialidade e formalidade necessários ao seu preenchimento, tendo em
vista que já se passaram mais de 12 meses da data da última aferição e isso deve ser levado em consideração
por ser um vício material, apto a anular o citado Auto de Inflação.
Com tais considerações, requer a nulidade do Auto de Infração objeto desta defesa, com consequente,
invalidade de eventual multa e penalidade no prontuário do condutor.
3 - DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer o arquivamento deste AIT por estar o aparelho de medição a mais de 12 meses sem
aferição conforme consta na própria autuação, protestando ainda pela produção de provas por todos os meios
admitidos em direito e cabíveis à espécie, em especial a pericial e testemunhal.