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SENHOR DIRETOR DO DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DE SANTA

CATARINA – DETRAN/SC

XXXXXXXXXX, brasileiro (a), empregado, solteiro, inscrito no CPF sob o nº XXXXXXXX, RG


nº ____________, CNH nº XXXXXXXX, residente e domiciliado na Rua XXXXX nº XXXXX, Bairro
XXXXXX, CEP: XXXXXXX, cidade de XXXXXX– SC, no ato representando por seu procurador,
que a esta subscreve, com endereço na Rua XXXXXX, nº XXXXX, Bairro XXXXX, XXXXXXX –
SC, endereço eletrô nico: XXXXXXXXX@gmail.com, vem mui respeitosamente pelo presente,
em conformidade com os arts. 280, 281 e 285 do CTB, Resoluçõ es 299/08 e 404/12 do
CONTRAN, da Lei Federal 9.784/99, e CRFB/88, interpor DEFESA PRÉVIA à Notificaçã o de
Autuaçã o por Infraçã o de Trâ nsito anexa, buscando a plena observâ ncia dos princípios do
contraditó rio e da ampla defesa, no que passa a expor:
I. DO VEÍCULO E DA INFRAÇÃO

O veículo do proprietá rio possui as seguintes características: VW/XXXX, Placa: MLXXX2,


Renavam: XXXXXXXX.
A presente defesa prévia é relacionada aos Autos nº XXXXXXX, lavrado pelo DETRAN-SC em
XX/XX/XXXX, à s 00:00, na Rua XXXXXX, Centro, em frente ao numeral XXX, na cidade de
XXXXX - SC, enquadrada no art. 165, do Có digo de Trâ nsito Brasileiro.
II. DOS FATOS

O Defendente foi autuado enquanto trafegava no XXXXXX – SC, quando foi autuado pela
autoridade competente à alegaçã o de dirigir sob a influência de substâ ncias que alterem a
capacidade psicomotora, o que, consoante será provado adiante, nã o foi o ocorrido.
Foi lavrado o Auto de Infraçã o nº XXXXXXX, com enquadramento no art. 165, do CTB,
contendo a seguinte redaçã o:
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses.
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto
no § 4º do art. 270 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do Código de Trânsito Brasileiro.
No entanto, em que pese o enquadramento da conduta, serã o demonstrados
veementemente que houve, de fato, inú meros equívocos na lavratura da presente
notificaçã o, os quais prejudicam a sua validade e culminam em sua nulidade total.
III. DO DIREITO
a. DA IRREGULARIDADE E INCONSISTÊ NCIA DO AUTO DE INFRAÇÃ O
O Có digo de Trâ nsito Brasileiro elenca os casos em que o auto de infraçã o será arquivado
por ser nulo de pleno direito, nos termos seguintes:
Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da competência estabelecida neste Código e dentro de sua
circunscrição, julgará a consistência do auto de infração e aplicará a penalidade cabível.
Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e seu registro julgado insubsistente:
I - se considerado inconsistente ou irregular;
II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a notificação da autuação.

Veja-se que, na situaçã o em comento, o auto de infraçã o é inexoravelmente inconsistente e


irregular, pois nã o observou as formalidades mínimas exigidas pela legislaçã o legal e
infralegal, conforme será visto adiante.
Cumpre informar que o Có digo de Trâ nsito Brasileiro, por seu art. 280, traça os requisitos
para que haja a consistência do auto de infraçã o, sendo que a ausência ou descumprimento
de qualquer um deles impõ e seja arquivado, senã o vejamos:
Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação de trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do qual constará:
I - tipificação da infração;
II - local, data e hora do cometimento da infração;
III - caracteres da placa de identificação do veículo, sua marca e espécie, e outros elementos julgados necessários à
sua identificação;
IV - o prontuário do condutor, sempre que possível;
V - identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou agente autuador ou equipamento que comprovar a
infração;
VI - assinatura do infrator, sempre que possível, valendo esta como notificação do cometimento da infração.

Analisando perfunctoriamente o dispositivo supracitado, resta indiscutível a inobservâ ncia


ao inciso V, porquanto não existem na notificação lavrada quaisquer informações
acerca do equipamento, sua origem, modo de funcionamento e aferiçã o.
Extrai-se da Resoluçã o nº 432/13 do CONTRAN os requisitos para a verificaçã o da
alteraçã o da capacidade psicomotora em razã o do uso de substâ ncias psicoativas, quais
sejam:
Art. 3º A confirmação da alteração da capacidade psicomotora em razão da influência de álcool ou de outra
substância psicoativa que determine dependência dar-se-á por meio de, pelo menos, um dos seguintes
procedimentos a serem realizados no condutor de veículo automotor:
I – exame de sangue;
II – exames realizados por laboratórios especializados, indicados pelo órgão ou entidade de trânsito competente
ou pela Polícia Judiciária, em caso de consumo de outras substâncias psicoativas que determinem dependência;
III – teste em aparelho destinado à medição do teor alcoólico no ar alveolar (etilômetro);
IV – verificação dos sinais que indiquem a alteração da capacidade psicomotora do condutor.
§ 1º Além do disposto nos incisos deste artigo, também poderão ser utilizados prova testemunhal, imagem, vídeo
ou qualquer outro meio de prova em direito admitido.
§ 2º Nos procedimentos de fiscalização deve-se priorizar a utilização do teste com etilômetro.
§ 3º Se o condutor apresentar sinais de alteração da capacidade psicomotora na forma do art. 5º ou haja
comprovação dessa situação por meio do teste de etilômetro e houver encaminhamento do condutor para a
realização do exame de sangue ou exame clínico, não será necessário aguardar o resultado desses exames para
fins de autuação administrativa.

Em primeiro lugar, para configurar a infraçã o de Trâ nsito do Art. 165 do CTB, o condutor
precisa estar necessariamente “influenciado” pela ingestã o de bebida alcó olica ou de
qualquer outra substâ ncia que determine dependência.
Em outras palavras, nã o basta o condutor ter ingerido bebida alcoó lica, mas, precisa
demostrar que o ato de dirigir seja seguido de alguma alteraçã o na sua capacidade
psicomotora para que a infraçã o realmente ocorra.
Há de se destacar que o requisito essencial para aplicaçã o da penalidade é dirigir sob a
INFLUÊ NCIA de á lcool ou outra substâ ncia psicoativa, ou seja, o motorista deve apresentar
claros sinais desta influência.
A alteraçã o da capacidade psicomotora é um destes requisitos e sinais que devem ser
levados em consideraçã o no momento da autuaçã o, caso contrário não pode o condutor
ser penalizado, uma vez que esta alteração é essencial para que o agente de trânsito
possa autuar o cidadão.
Foram elencadas no teor do “Auto de Constataçã o de Sinais de Alteraçã o da Capacidade
Psicomotora” as seguintes respostas aos quesitos pertinentes, concluindo o agente pú blico
pela NÃO CONSTATAÇÃO DE ALTERAÇÃO NA CAPACIDADE PSICOMOTORA DO
CONDUTOR:
1. Aparência do condutor: olhos vermelhos;
2. Atitude do condutor: não informado;
3. Orientação: Sabe onde está, sabe data e hora,
4. Memória: sabe seu endereço, lembra-se dos atos que cometeu;
5. Capacidade Motora Verbal: Sem dificuldades no equilíbrio, sem fala alterada;
CONCLUSÃO: “de acordo com as características acima descritas, constatei que o condutor acima qualificado, do
veículo já descrito, não está com a capacidade psicomotora alterada (art. 165, c/c 306, do CTB).

Nã o fosse o suficiente para anular o respectivo auto de infraçã o, veja-se que nã o há mençã o
ao aparelho utilizado, tampouco de sua condiçã o de uso. Ora, como é possível instituir
puniçã o a alguém por meio de instrumentos inadequados e irregulares, à guisa de ilaçõ es e
de maneira desenfreada? Inexiste qualquer divergência exegética no art. 280, § 2º, quando
tal dispositivo expressamente assinala que a infração deverá ser comprovada pelos
meios adequados. Trata-se, pois, de um dever, e nã o de mera discricionariedade.
Outro fator descumprido pela autoridade autuante é no que tange ao procedimento
previsto na Instruçã o Normativa nº 03/2009 e Manual de Procedimentos Operacionais nº
007, Anexo II (p. 01-15), que exige, para a subscriçã o do Termo de Constataçã o de Sinais de
Alteraçõ es Psicomotoras, no mínimo 02 (duas) testemunhas. No caso em comento, vê-se
que somente uma delas de fato o fez, culminando na nulidade destes autos.
De mais a mais, cabe discorrer acerca da suposta infraçã o, bem como de sua etiologia e
teleologia legal.
A norma extraída do artigo em debate visa proteger o cidadã o e o pró prio motorista contra
acidentes que gerem transtornos e/ou acidentes. Para tanto, é necessá rio que haja
combinaçã o de determinados elementos para que seja configurada a infraçã o.
Nã o é razoá vel punir o condutor/recorrente se, apó s a verificaçã o pessoal do agente de
trâ nsito, restar comprovado que o condutor nã o apresenta sinais de ter utilizado bebida
alcoó lica.
É cediço que a interpretaçã o literal, aplicada isoladamente, é insuficiente para atingir o
“espírito da Lei”.
Pelo princípio da universalidade do direito ao trâ nsito seguro, previsto no art. 1º, § 2º, CTB
c/c art. 144, § 10, I, II, da Constituiçã o Federal, o agente autuador, através da fiscalizaçã o,
um dos tripés que norteiam este ramo do Direito (educaçã o – engenharia – fiscalizaçã o),
deve trabalhar para que haja a preservaçã o da ordem pú blica e da incolumidade das
pessoas e do seu patrimô nio. Todavia, nã o se pode chegar ao exagero de punir quem nã o
oferece nenhum risco, como no caso em tela.
Apesar de a autuaçã o constituir um ato administrativo vinculado, é necessá rio que seja
observado o caso concreto para determinar a presença ou nã o do risco que o condutor
ofereça naquele determinado momento.
A jurisprudência já se pronunciou no sentido de que o uso de substâ ncia entorpecente
quando incapaz de atingir a capacidade psicomotora do indivíduo nã o devem ser punidas.
Neste sentido:
[...] Desse modo, nã o sendo constatado formalmente que o cidadã o conduzia veículo
automotor sob sinais externos de á lcool ou substâ ncia psicoativa, nã o há infraçã o de
trâ nsito.
[...]
A propó sito, trago à baila trechos do Parecer nº 328/2017 do CETRAN - SC, exarado em
24/01/2017, por meio de Consulta formulada pelo Delegado da Polícia Civil de
Caçador – SC, a respeito da aplicaçã o do artigo 165-A do CTB:
“No âmbito deste Cetran, há muito impera o consenso de que a mera recusa do condutor em se submeter aos
exames de alcoolemia, sem que haja suspeita pautada em elementos plausíveis para desconstituir a presunção
de inocência de que milita a seu favor, não é suficiente para sustentar a punição prevista no art. 165 do CTB,
mesmo com fulcro no § 3º do art. 277 do mesmo diploma legal (Parecer nº 120/2011/ CETRAN/SC). Desde então,
a legislação ordinária sofreu várias modificações, notadamente, no que afeta o tema em pauta, com as Leis
12.760/12 e 13.281/16, estimulando opositores da linha de raciocínio acima externada a defenderem a lisura da
autuação baseada na mera recusa ao teste. Todavia, nenhuma dessas alterações logrou êxito em elucidar as
controvéis que o assunto fomenta, especialmente quando se realiza uma análise sistemática do CTB, levando em
conta pressupostos de ordem Constitucional e os princípios gerais do Direito envolvidos no problema, fatores que
permanecem incólumes e inalterados, justificando a persistência desta Casa em defender os mesmos valores
consagrados nos pareces pretéritos que, apesar do tempo, permanecem atuais.

Nã o obstante, mesmo examinando apenas as disposiçõ es dos artigos 277 e 165-A do CTB,
fica evidente que o objetivo da reprimenda nã o é punir quem, sem externar nenhuma sinal
ou sintoma de que esteja sob a influência de á lcool ou outra substâ ncia psicoativa, se recuse
a se submeter aos testes e exames para apuraçã o da alcoolemia. O pró prio tipo infracional
descrito no art. 165-A evidencia isso, senã o vejamos. [...]
Se nã o há suspeita, nã o há o que ser certificado, tornando-se arbitrá ria a submissã o do
condutor ao teste e, portanto, incabível a imputaçã o pela infraçã o do art. 165-A do CTB.
[...]
Por essa razão, quando optar por fazê-lo é imperioso que se esclareça o porquê da medida, sob pena dessa
providência se tornar arbitrária, discriminatória, parcial, tendenciosa e ilegal.
[...]
Conclusão:
Sob essa perspectiva, mesmo sob a égide da Lei nº 13.281/2016, ratifica-se o entendimento sedimentado neste
Conselho de que a mera recusa do condutor em se submeter aos exames de alcoolemia, sem que haja suspeita
pautada em elementos plausíveis para desconstituir a presunção de inocência que milita a seu favor, não é
suficiente para sustentar a punição prevista no art. 165-A do CTB”.
(TJ-RS - Recurso Cível: 71007695166 RS, Relator: Thais Coutinho de Oliveira, Data de Julgamento: 30/07/2018,
Turma Recursal da Fazenda Pública, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 17/08/2018)

Importante a observaçã o de que a nã o autoincriminaçã o está prevista no Pacto de Sã o José


da Costa Rica, que possui status de supralegalidade, devendo prevalecer sobre legislaçã o
ordiná ria que o contrarie.
Oportuna a mençã o de que o Manual Brasileiro de Fiscalizaçã o de Trâ nsito determina que
no campo de observaçõ es deve ser pormenorizada a situaçã o, com os elementos que
demonstrem o verdadeiro estado que em que se encontrava o condutor: se apresentava
sinais de embriaguez na fala, ao andar, de consciência, bem como outros elementos que
conduzam ao entendimento de que a capacidade psicomotora se encontrava atingida, o que
nã o ocorreu no caso em tela.
Nã o é outro o entendimento da Resoluçã o 432/13 do CONTRAN, da maneira alhures
mencionada.
A bem da verdade, pode-se extrair do termo de constataçã o correspondente ao auto que
em nenhuma dos questionamentos acerca do comportamento, capacidade, orientaçã o e
demais aspectos do condutor resultaram positivos, de modo que o CONDUTOR ESTAVA
PLENAMENTE CAPAZ E DILIGENTE na sua direçã o.
Portanto, com a lavratura do presente auto de infraçã o foram feridos sobremaneira
inú meros dispositivos e princípios constitucionais, tais como a ampla defesa, o
contraditó rio, o devido processo legal, a presunçã o de inocência, a eficiência e a legalidade.
Requer, portanto, o arquivamento da notificaçã o da infraçã o.
b. DA INCOMPETÊ NCIA DA AUTORIDADE PARA ATOS DESTA NATUREZA
A autoridade autuadora, no que se discute em pauta, por regra nã o pode aplicar
penalidades registradas sob o Có digo 516-9, pois tal atribuiçã o demonstra
inequivocamente ser de competência exclusiva do Estado, consoante a tabela estabelecida
pela Resoluçã o 66/98, do CONTRAN.
516 - 9
Dirigir sob a influência de álcool, em nível superior a seis decigramas por litro de sangue, ou de qualquer
substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica.
ESTADO
Fonte: Resolução 66/98, do CONTRAN.

Nã o fosse o bastante, a Polícia Militar somente poderia realizar a fiscalizaçã o de trâ nsito
quando demonstrada irretocavelmente a existência de convênio firmado entre a instituiçã o
e os respectivos ó rgã os competentes, nos termos do art. 23, III, do CTB.
Art. 23. Compete às Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal
III - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme convênio firmado, como agente do órgão ou entidade
executivos de trânsito ou executivos rodoviários, concomitantemente com os demais agentes credenciados.

Assim sendo, por violar a legislaçã o de trâ nsito, suas resoluçõ es e decretos, requer seja
ARQUIVADO o auto, por ser irregular, nos termos do art. 281, deste mesmo có dex regente.

3.3 DO EFEITO SUSPENSIVO


Enquanto pendente de defesa o processo administrativo de imposiçã o de multa, medida
potestativa é a concessã o de efeito suspensivo à presente infraçã o, somente podendo ela
ser reivindicada e cobrada em eventual indeferimento de todos os recursos cabíveis.
A disposiçã o legal encontra-se prevista no art. 285, do Có digo de Trâ nsito Brasileiro, nos
termos seguintes:
Art. 285. O recurso previsto no art. 283 será interposto perante a autoridade que impôs a penalidade, a qual
remetê-lo-á à JARI, que deverá julgá-lo em até trinta dias.
§ 1º O recurso não terá efeito suspensivo.
§ 2º A autoridade que impôs a penalidade remeterá o recurso ao órgão julgador, dentro dos dez dias úteis
subsequentes à sua apresentação, e, se o entender intempestivo, assinalará o fato no despacho de
encaminhamento
§ 3º Se, por motivo de força maior, o recurso não for julgado dentro do prazo previsto neste artigo, a autoridade
que impôs a penalidade, de ofício, ou por solicitação do recorrente, poderá conceder-lhe efeito suspensivo.

Nesta senda, preconiza o Có digo de Trâ nsito Brasileiro, em seu art. 284, § 3º que não
incidirá cobrança moratória e não poderá ser aplicada qualquer restrição, inclusive
para fins de licenciamento e transferência, enquanto não for encerrada a instância
administrativa de julgamento de infraçõ es e penalidades.
Apregoa o art. 24, da Resoluçã o CONTRAN nº 182/05, no mesmo sentido acima perquirido
que:
Art. 24. No curso do processo administrativo de que trata esta Resolução não incidirá nenhuma restrição no
prontuário do infrator, inclusive para fins de mudança de categoria da CNH, renovação e transferência para outra
unidade da Federação, até a notificação para a entrega da CNH, de que trata o art. 19.

Ademais, os dispositivos enunciados acima sã o corolá rios do princípio constitucional da


presunçã o de inocência e do devido processo legal, estabelecidos, respectivamente, no art.
5º, LIV e LVII, ambos da Constituiçã o Federal de 1988.
Por conseguinte, requer seja concedido o efeito suspensivo ao julgamento da infração,
abstendo-se o ó rgã o competente de efetuar a imposiçã o de qualquer penalidade dela
advinda.
IV. DOS PEDIDOS
Nobres julgadores, diante de todo o exposto requer o Defendente:
a) Que seja recebida a presente Defesa, porquanto preenchidos todos os requisitos de sua
admissibilidade, com có pia de documentos do Defendente ou seu procurador, de acordo
com a Res. 299/08 do CONTRAN;
b) A concessão do efeito suspensivo à imposiçã o de penalidade pela infraçã o de trâ nsito,
em respeito ao art. 285 e seus incisos, do CTB, bem como do art. 5º, LIV e LVII, da
Constituiçã o Federal de 1988 e da Lei Federal nº 9.784/99, que regulamenta o Processo
Administrativo, no Pará grafo ú nico do art. 61.
c) Que seja julgado o AUTO INSUBSISTENTE E IRREGULAR, sendo DEFERIDA a presente
Defesa, e por via de consequência, o cancelamento da multa imposta, conforme preceitua
o art. 281, I, do CTB;
d) que seja mantida a CNH do Recorrente até que se esgotem todas as possibilidades dele
exercer seu amplo direito de defesa, conforme dicçã o do artigo 265 do CTB c/c artigo 5º,
inciso LV, da Constituiçã o Federal;
e) De acordo com o artigo 37 da Constituiçã o Federal e Lei 9.784/00, a administraçã o
direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uniã o dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios devem obedecer aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade, motivação e eficiência. Por via consequencial, caso nã o seja acatado o
pedido, solicita-se um parecer por escrito do responsá vel com decisã o motivada e
fundamentada sob pena de nulidade de todo este processo administrativo;
Nestes termos, pede deferimento.
Rio dos Cedros, 22 de agosto de 2018.
___________________________
XXXXXX
CPF: XXXXXXXXX
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