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1 – DOS FATOS
De acordo com a mencionada notificação, transitava eu pela Av. Tenente Coronel Duarte esquina com
a Av. XV de Novembro, Lado Direito, no dia 11/01/2016, por volta da 09:30:04, no veículo de minha
propriedade, acima citado, no momento que, em tese, vim a AVANÇAR O SINAL VERMELHO DO
SEMÁFORO – FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA. Dessa forma, em tese, apontou-se violação ao
Artigo 208 do Código de Trânsito Brasileiro.
Entretanto, como se verifica das preliminares de minha defesa demonstrarei que não cabe tal
infração por vários motivos que abaixo os delinearei, vejamos.
2 – DA DEFESA
Por razões claras e legítimas venho requerer a anulação do auto de infração, pela irregularidade
apontada como FALTA DE AFERIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS PELO INMETRO.
Com efeito, os equipamentos eletrônicos necessitam estar com a sua calibração específica, para que
emitam detecção exata, medindo com precisão os eventos, de forma que sirva de prova dentro dos
autos certificado do INMETRO de estar devidamente aferido por aquele Instituto, não basta a simples
afirmação da Empresa de gerenciamento de trânsito, pois deve haver certificação por aquele
Instituto, como exige o Artigo 2º da Resolução 165 que está em conformidade com o Art. 280 § 2 que
ainda teve na deliberação 38 do Denatran sua regulamentação, vejamos:
Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação de trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do qual
constará:
I – ter sua conformidade avaliada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial – Inmetro, ou entidade por ele acreditada; Deliberação CONTRAN nº 38 de 11/07/2003 que
Dispõe sobre requisitos técnicos mínimos para a fiscalização da velocidade, de avanço de sinal
vermelho e da parada sobre a faixa de pedestres de veículos automotores, reboques e semi-
reboques, conforme o Código de Trânsito Brasileiro Art. 2º...
III - ser verificado pelo INMETRO ou entidade por ele delegada, obrigatoriamente com periodicidade
máxima de 12 (doze) meses e, eventualmente, conforme determina a legislação metrológica em
vigência.
Diante desse fato e embasados na notificação da autuação de trânsito enviada a mim e anexada a
esta defesa, onde a mesma no item dito da data de aferição do aparelho que tem sua data no dia
24/06/2013, ou seja, mais de 12 meses da data que veio a tirar a foto que redundou nessa autuação e
isso já em desconformidade com a lei, resolução e deliberação de trânsito, pois a data da autuação foi
no dia 11/01/2016, 2 anos e 7 meses depois da última aferição, fato este inadmissível para uma
empresa que gerencia o trânsito ou órgão que administra o trânsito.
Dessa forma, a decisão imposta pelo agente da autoridade de trânsito deve ser cancelada, eis que
desprovida de fundamentos válidos. O § único do artigo 281, e seu inciso I, do CTB estabelece: “O
auto de infração será arquivado e seu registro julgado insubsistente: se, considerado inconsistente ou
irregular”.
Com tais considerações, requer a nulidade do Auto de Infração objeto desta defesa, com
consequente, invalidade de eventual multa e penalidade no prontuário do condutor.
3 - DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer o arquivamento deste AIT por estar o aparelho de medição a mais de 12
meses sem aferição conforme consta na própria autuação, protestando ainda pela produção de
provas por todos os meios admitidos em direito e cabíveis à espécie, em especial a pericial e
testemunhal.
cxxxxxxxx
Requerente