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DIREITO ADMINISTRATIVO

Lei 9.784/99 – Processo Administrativo – Princípios II


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LEI 9.784/99 – PROCESSO ADMINISTRATIVO – PRINCÍPIOS II

Art. 2º (continuação)
XI – proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;

Obs.: Princípio da gratuidade (implícito), a regra é a gratuidade das despesas processuais.


Contudo, é possível efetuar a cobrança diante de previsão legal (casos previstos em lei).

Os recursos independem de caução, salvo disposição de lei em sentido contrário.


Exigir caução, depósito ou garantia como admissibilidade de recurso administrativo é
medida inconstitucional - súmula do STF

Obs.: É preciso observar se a questão da prova se refere à letra da lei ou à jurisprudência. De


acordo com a jurisprudência, não cabe exigência de caução, mas a lei prevê essa ressalva.

XII – impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados;

Obs.: Princípio do impulso oficial (implícito), também denominado princípio da oficialidade


– o processo pode ter impulsão de ofício pela administração pública. Não é neces-
sário aguardar o administrado. A administração pode praticar atos de ofício (art. 15),
produzir provas.
5m

XIII – interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento


do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

Obs.: Princípio da segurança jurídica – quando a administração interpretar uma lei, deve
fazê-lo “para frente”, sem retroagir, com eficácia “ex nunc”.

Por exemplo, servidor que acumula dois cargos acumuláveis tem direito ao vale-trans-
porte (4 vales por dia). Em nova interpretação, a administração aponta que em vez de 4 pas-
sagens, o servidor tem direito a apenas 3. Dessa decisão em diante, a administração passa
a pagar 3 passagens. No entanto, dessa nova interpretação não decorre obrigação de res-
tituição pela passagem paga a mais. Obs.: se for ato ilegal (anulado), a anulação tem efeito
ex tunc (para trás).
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Segundo a súmula 249 do TCU – em razão da presunção de legalidade dos atos adminis-
trativos, quando houver interpretação escusável e errônea de uma lei, o particular de boa-fé
não precisa devolver os valores. “Diante de erro escusável de interpretação de lei, não se
exige a devolução dos valores percebidos, diante da presunção de legitimidade do ato admi-
nistrativo e da natureza alimentar dos pagamentos.”
10m

CAPÍTULO XII
DA MOTIVAÇÃO

Obs.: Motivação – indicação dos fatos e fundamentos jurídicos (dispositivos legais) que
justificaram a prática do ato. Por exemplo, no ato de demissão deve haver justifica-
ção (fundamentação)

Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:

Obs.: A motivação não é discricionária. O ato deve ser motivado.


Obs.: É importante memorizar esses incisos

I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

Obs.: A doutrina defende que a regra é a motivação dos atos. Somente em casos excep-
cionais a motivação será dispensada.
15m

II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;


III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

Obs.: Antes, o cespe não justificava o gabarito. Porém, esse procedimento foi alterado em
razão da motivação.

IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;


V – decidam recursos administrativos;

Obs.: A decisão de recurso (reforma ou manutenção) deve ser motivada


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VI – decorram de reexame de ofício;

Obs.: O reexame de ofício somente se aplica quando expressamente previsto em lei

VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de parece-


res, laudos, propostas e relatórios oficiais;

Obs.: Candidato aprovado dentro das vagas tem direito à nomeação. Se a comissão não
seguir essa jurisprudência ela deverá justificar.
Obs.: Decisão que discorda do parecer deve ser motivada.

VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

Obs.: Convalidar é corrigir vício


20m

§ 1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração


de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou pro-
postas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.

Obs.: Essa motivação é muito usada. Por exemplo, a portaria de demissão segue a moti-
vação do parecer da AGU.

É a motivação aliunde, “per relatione”, por referência.

Obs.: Esse ponto é muito cobrado em prova

§ 2º Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico
que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia
dos interessados.

Obs.: Vários assuntos da mesma natureza (casos idênticos) – é possível fazer uso da mes-
ma motivação.

§ 3º A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais


constará da respectiva ata ou de termo escrito.
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Princípio da verdade material/real: as provas constantes no processo é que devem ser


consideradas. É um princípio implícito.
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Mnemônico: SERA FACIL PRO MO MO
Segurança jurídica
Eficiência
RAzoabilidade
Finalidade pública
Ampla defesa
Contraditório
Interesse público
Legalidade
PROporcionalidade
MOralidade
MOtivação

Obs.: No art. 2º não consta expresso o princípio da transparência, e sim da publicidade.


Publicidade é divulgação. Transparência é clareza na informação.
30m

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino da Silva.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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