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Questões
1. Recurso administrativo protocolado intempestivamente tem o condão de
suspender a exigibilidade do crédito tributário? Fundamentar sua decisão
observando o que dispõe o art. 35 do Decreto Federal n. 70.235/72: “Art.
35. O recurso, mesmo perempto, será encaminhado ao órgão de segunda
instância, que julgará a perempção.”
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CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário: linguagem e método. 7ª ed. São Paulo: Noeses, 2018,
Capítulo 5 da segunda parte.
Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário
Publicação: 06/06/2014
NORMAS PROCESSUAIS. PROVA DOCUMENTAL. MOMENTO
APRESENTAÇÃO. APÓS RECURSO VOLUNTÁRIO.
Tanto o princípio da verdade material como o princípio da
preclusão são princípios aplicáveis ao processo administrativo fiscal.
Os princípios, em específico, não estão submetidos, tão-
somente, a um juízo de validade, mas especialmente a uma
ponderação, a um balanceamento; não se declara válido ou não
válido um princípio, não há uma norma de exceção. A solução é
diversa: as circunstâncias concretas motivadoras da aplicação
dos princípios conflitantes devem ser analisadas, observando-se
qual o princípio prevalecerá no caso concreto, uma vez que eles
têm peso diferente. Na escolha do princípio a incidir deverá ser
utilizada a máxima da proporcionalidade.
Não há verdadeira hierarquia entre os princípios, uma vez que
ora poderá prevalecer um ora outro, deve ser feito o teste de
proporcionalidade, para decidir qual regerá o caso concreto. Há,
pois, uma hierarquização em função do caso concreto.
É abusiva a juntada da prova após o trintídio do recurso voluntário,
que se referia à cópia de cheques de emissão do recorrente, buscando
comprovar que os débitos nas contas auditadas tinham favorecido
pessoa jurídica, já que a infração estava associada aos créditos na conta
corrente, os quais não tiveram suas origens comprovadas, e não a
eventuais débitos, o que acarreta a restrição prevista no art. 16, § 4º, do
Decreto n° 70.235/72. (Grifo nosso)
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. Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato, contrato,
ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará em conta as
orientações gerais da época, sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral, se
declarem inválidas situações plenamente constituídas.
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. Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de
dolo ou erro grosseiro.
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Cumpre elucidar também o que dispõe o § 4º do art. 9º do Decreto nº 70.235, de 1972, vejamos:
não impugnada. A cisão levada a efeito diz respeito a parcela dos juros
moratórios, cuja incidência foi mantida em parte no julgamento do
CARF, sendo que a parte cuja cobrança foi afastada pelo CARF (juros
calculados antes do trânsito em julgado da ação rescisória que deu
fundamento à autuação) encontra-se pendente de recurso
administrativo interposto pela Fazenda Nacional junto à Câmara
Superior de Recursos Fiscais - CSRF. Dispõe o art. 42 do Decreto n°
70.235/73". 4. O art. 42, parágrafo único, do Decreto 70.235/1972, que
reza sobre o Procedimento Administrativo Fiscal, é claro ao dispor:
"Serão também definitivas as decisões de primeira instância na parte
que não for objeto de recurso voluntário ou não estiver sujeita a recurso
de ofício". 5. O TRF, no julgamento dos Embargos de Declaração,
esclareceu que a empresa saiu perdedora, no procedimento
administrativo, quanto aos juros de um determinado período. Para
reverter a situação, interpôs recurso, contudo a impugnação teve o seu
conhecimento barrado pelo CARF, o que a tornou definitiva. 6. O
acórdão recorrido destacou que a decisão administrativa do CARF
poderá ser cindida, conforme expresso no comando legal, porque não
existe situação de prejudicialidade entre os seus dispositivos. 7. Sendo
assim, a parte da decisão que transitou em julgado
administrativamente não poderá suspender a exigibilidade do
crédito tributário, podendo, dessa forma, ser objeto de imediata
inscrição e cobrança, pela singela razão de que tais valores não
estão mais sujeitos à modificação, ao menos na esfera
administrativa. 8. Recurso Especial conhecido parcialmente e, nessa
parte, não provido. (grifo nosso)
Anexo I
CARF - Acórdão n. 9202-002.626
Publicação: 06/06/2014
NORMAS PROCESSUAIS. PROVA DOCUMENTAL. MOMENTO
APRESENTAÇÃO. APÓS RECURSO VOLUNTÁRIO.
Tanto o princípio da verdade material como o princípio da preclusão são princípios
aplicáveis ao processo administrativo fiscal.
Os princípios, em específico, não estão submetidos, tão-somente, a um juízo
de validade, mas especialmente a uma ponderação, a um balanceamento; não
se declara válido ou não válido um princípio, não há uma norma de exceção. A
solução é diversa: as circunstâncias concretas motivadoras da aplicação dos
princípios conflitantes devem ser analisadas, observando-se qual o princípio
prevalecerá no caso concreto, uma vez que eles têm peso diferente. Na escolha
do princípio a incidir deverá ser utilizada a máxima da proporcionalidade.
Não há verdadeira hierarquia entre os princípios, uma vez que ora poderá
prevalecer um ora outro, deve ser feito o teste de proporcionalidade, para decidir
qual regerá o caso concreto. Há, pois, uma hierarquização em função do caso
concreto.
É abusiva a juntada da prova após o trintídio do recurso voluntário, que se
referia à cópia de cheques de emissão do recorrente, buscando comprovar que os
débitos nas contas auditadas tinham favorecido pessoa jurídica, já que a infração
estava associada aos créditos na conta corrente, os quais não tiveram suas origens
comprovadas, e não a eventuais débitos, o que acarreta a restrição prevista no art.
16, § 4º, do Decreto n° 70.235/72.
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Anexo II
CARF - Acórdão n. 1201-000.820
Julgamento: 11/06/2013
Anexo III
CARF - Acórdão n. 1102-000.940
Julgamento: 08/10/2013
Anexo IV
Súmula n. 1 do CARF
“Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito
passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois
do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo
cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de
matéria distinta da constante do processo judicial.”
Anexo V
AI n. 358.785
DJ 01/10/2010
Anexo VI
Parecer Normativo Cosit n. 7/2014
Data 27/08/2014
CONCOMITÂNCIA ENTRE PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL E
PROCESSO JUDICIAL COM O MESMO OBJETO. PREVALÊNCIA DO
PROCESSO JUDICIAL. RENÚNCIA ÀS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS.
DESISTÊNCIA DO RECURSO ACASO INTERPOSTO. A propositura pelo
contribuinte de ação judicial de qualquer espécie contra a Fazenda Pública com o
mesmo objeto do processo administrativo fiscal implica renúncia às instâncias
administrativas, ou desistência de eventual recurso de qualquer espécie
interposto. Quando contenha objeto mais abrangente do que o judicial, o processo
administrativo fiscal deve ter seguimento em relação à parte que não esteja sendo
discutida judicialmente. A decisão judicial transitada em julgado, ainda que
posterior ao término do contencioso administrativo, prevalece sobre a decisão
administrativa, mesmo quando aquela tenha sido desfavorável ao contribuinte e
esta lhe tenha sido favorável. A renúncia tácita às instâncias administrativas não
impede que a Fazenda Pública dê prosseguimento normal a seus procedimentos,
devendo proferir decisão formal, declaratória da definitividade da exigência
discutida ou da decisão recorrida. É irrelevante que o processo judicial tenha sido
extinto sem resolução de mérito, na forma do art. 267 do CPC, pois a renúncia às
instâncias administrativas, em decorrência da opção pela via judicial, é
insuscetível de retratação. A definitividade da renúncia às instâncias
administrativas independe de o recurso administrativo ter sido interposto antes ou
após o ajuizamento da ação.
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Anexo VII
RE 601.314/SP
DJ 16/09/2016
Anexo VIII
ADI 2859
DJ 21/10/2016