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21/09/2023

 A AP esta obrigada a prosseguir o interesse público. Todos os atos deverão ser


ponderados de forma imparcial. Isto advém do artigo 266º da CRP. Deste artigo advém
ainda, o princípio da boa-fé que tem se vindo a perder, a ideia de confiança
praticamente cega na boa colaboração com o Estado. Há uma logica no papel da
atuação entre particular e AP. A AP só pode praticar atos se houver um comando
normativo para o efeito. Já o particular pode fazer tudo o que não seja proibido por lei,
o que implica responsabilização.
 A LGT regula as relações jurídico tributarias. No artigo 55º da LGT existe o leque de
princípios que não são taxativos, existem mais princípios que adstrita a AT. O artigo 58,
princípio inquisitório terá bastante importância.
 Serão estes princípios que por um lado vão estar sempre presente em todo o
procedimento que o vão regular.
 O procedimento tributário corre dentro da AT, pode ser de iniciativa desta ou do
contribuinte, mas sempre dentro da AT. Já no processo judicial tributário corre no
tribunal. É no procedimento tributário que se aplicam os princípios da CRP, CPA e LGT.
No processo, aplicar-se-á outros princípios, os princípios do processo como o do
contraditório, o processo do dispositivo mitigado, o princípio do inquisitório do juiz,
entre outros. Em suma, o procedimento e o processo tributário são completamente
diferentes que possuem os seus princípios próprios.
 O procedimento administrativo está presente no artigo 1º nº1 do CPA, é a sucessão de
atos e formalidades que vão conduzir a formação, manifestação e execução da
manifestação da vontade pública. Em função da matéria sobre qual vai incidir a
vontade da AP depois terá procedimentos próprios regulados em legislação especifica.
Já o procedimento tributário está previsto no artigo 54º, compreende toda a sucessão
de atos dirigida a declaração de direitos tributários.
 Não se pode confundir o processo judicial administrativo com conceito de processo
administrativo. O processo administrativo, por si só, esta consagrado no artigo 1 e 2 do
CPA, são conjunto de comentos devidamente organizados que traduzem atos e
formalidades adotados pela administração. O artigo 64º nº4 reitera que todos os
documentos devem estar ordenados de forma organizada, tal acontece para que a
remissão seja mais fácil e ainda para desincentivar de que outro extravie esses
documentos.
 Dentro do Procedimento administrativo tributário existe um DL, o DL 135/99 que por
vezes é útil para questões mais práticas.
 Auto declarativo
o Autoliquidação
 IVA
 IVA
o Declaração- Aqui é a AT que liquida
 IRS
 Ele vai fazer esta inspeção para controlo fiscal e para assegurar a igualdade no sentido
em que contribuintes com a mesma capacidade contributiva paguem da mesma forma.
Mas a AT não inspeciona todos os contribuintes, há critérios que vem definidos da lei.
Há o plano nacional da atividade inspetiva. Há determinados setores que estão sujeitos
a inspeções regulares em negócios ou atividades onde o pagamento seja em dinheiro
em mão. Na sequência da inspeção podem resultar correções, ou seja, vai corrigir o
que o contribuinte declarou na declaração. Dessas correções vai resultar uma
liquidação adicional por parte da AT. A AT pode fazer uma liquidação oficiosa. Importa
referir que o relatório não se impugna pois não se trata de nenhum ato, reclama-se no
ato de liquidação adicional impugnando-o sendo certo que esse ato é fundamentado
pelo relatório. O procedimento da inspeção tributaria esta regulado no regime
completar do procedimento de inspeção tributaria. Este processo dever ser cuidadoso
pois lida com informação do contribuinte. No decurso da inspeção tributaria a AT pode
ter a necessidade de pedir documentos e contratos ao contribuinte, contudo esses
podem conter segredos comerciais, ou outros, sendo que assim, a AT só pode pedir
elementos que se mostrem indispensáveis a verdade tributária. Na inspeção tributaria
a AT pode ir a sede de empresa e consultar a contabilidade, verificar as instalações da
empresa, sendo que esta inspeção pode ser determinante.

21/09/2023

 O ato em matéria tributaria e um ato de liquidação de imposto. A obrigação de pagar


imposto nasce ilíquida, a norma tributaria devera conter todos os elementos qual a
aplicação fiscal de tal ato. Dai não se aplicar por analogia nem por retroatividade. O ato
de liquidação acaba por ser um procedimento pois se trata de um conjunto de atos,
como a liquidação do IMI. A matéria coletável é o valor sobre qual vai incidir a taxa
para determinar o montante líquido.
 O sujeito passivo é tributado pelo que tem e não em indícios dai que surgem as
declarações ou apuramentos caso seja a AT a fazer as tais diligencias. Há exceções.

12/10/2023

 A declaração contribuinte goza de uma presunção de veracidade, mas se o contribuinte


não cumprir com as regras fiscais, essa presunção cessa. Para isso basta a AT provar
que o contribuinte não cumpriu com essas regras para se dar como satisfeito o ónus da
prova.
 O contribuinte pode invocar o facto cuja posse é da AT.
 O princípio do inquisitório, “independentemente” do ónus da prova a AT tem sempre
de observar este princípio. No fundo, apesar da existência das regras do ónus da prova,
sendo que é o contribuinte que possui este ónus, significa que mesmo neste caso em
que é o contribuinte que esta com o ónus da prova a AT não se pode exibir a cumprir
com o princípio do inquisitório. Mesmo que o ónus da prova não recaia na AT não a
isenta de fazer cumprir o princípio do inquisitório, deve sempre investigar, artigo 58 da
LGT. Este decorre do princípio da imparcialidade, pois neste a AT tem de observar
respeitar todos os interesses envolvidos.
 Artigo 6º do RCPITA fala expressamente do princípio da verdade material. Desde logo,
é importante referir que existe a verdade material e a verdade processual. No DT é a
verdade material que importa, sendo que esta está ligada a um aspeto fundamental do
DT, a substância económica dos factos com relevância monetária. É um princípio de
interpretação e de aplicação do DT.
 Princípio da participação, neste principio a logica é de que o particular possa participar
na decisão que esta a ser tomada pela AT, ou sja, antes da AT praticar o ato deve ser
conferida ao particular a possibilidade de participar na formação da decisão pois, os
factos tributários que estão a ser inspecionados pela AT foram praticados pelo
contribuinte, foi ele o particular que praticou esses atos. É o contribuinte que tem um
conhecimento mais aprofundado dos factos. Daí que se exija que a AT antes de praticar
a decisão definitiva seja obrigada a chamar o contribuinte para ele se pronunciar do
projeto. Artigo 60º da LGT e 60º do RCPITA. Antes do relatório deve o contribuinte ser
notificado para exercer o direito de audição sobre o projeto. Reclamação graciosa, a AT
antes de notificar o contribuinte sobre a decisão desta deve NOTIFICAR o contribuinte
do projeto de decisão para ele se pronunciar sobre o projeto, exercer o seu direito de
audição.
 Quanto ao direito da audição, no caso de inobservância, se não for observado o
exercício deste direito, se a AT não notificar o particular, incorre num vicio formal,
pretere-se uma formalidade. A jurisprudência tem vindo a decidir que tal é anulável. O
ato anulável no caso é a decisão do RG, depois se discute são os efeitos da anulação, aí
devemos atender ao artigo 163º nº5 c) do CPA. A logica aqui é que o ato deixa de ser
anulado se se demostrar que a formalidade tivesse sido observada o ato seria
praticado exatamente nos mesmos moldes, não se anula um ato se sem o vicio e se o
direito de audição tivesse sido pelo contribuinte, se o ato fosse de diferimento,
mantem-se o ato.
 Quanto ao dever de fundamentação previsto no artigo 268º nº3, 277º do LGT. A
fundamentação tem de ser expressa e acessível, aqui utiliza-se o destinatário normal, a
AT, não pode ser prolixa não pode exagerar a escrever ao ponta de confundir o
contribuinte. Tal é importante no relatório de inspeção. Por outro lado, a
fundamentação que for insuficiente obscura ou contraditória equivale a falta de
fundamentação. O vicio será a de anulabilidade quando tal acontece. É importante
atender ao artigo 152º do CPA. Suponhamos que a AT está a fundamentar em termos
de direito, é admissível a fundamentação por remissão. Ela está a explicar o que
aplicou e como aplicou uma norma, essa explicação pode ser feita por remissão para
um acórdão de um tribunal.
 Quanto ao relatório de inspeção tributaria, a AT produz o relatório com base nas
contas que eles fazem, sendo que esta constitui em regra geral um ato preparatório da
liquidação, constitui a fundamentação do mesmo. Não se contesta o relatório, mas sim
o ato de liquidação que de seguida podemos impugnar. De seguida a AT apresenta a
sua contestação a impugnação do contribuinte. A contestação não pode aduzir
fundamentos novos que não tenham sido produzidos no relatório, isto é
fundamentação sucessiva, ou a posteriori. A fundamentação deve ser atual/contextual
a prática do ato. Tal não significa eu na contestação não possam ser
aperfeiçoadas/aprimorados os argumentos invocados no relatório.

12/10/2023

 Os atos de liquidação, são posteriores a atos de fixação da matéria coletável, trata-se


de uma mera fase de fixação. Quanto aos atos de liquidação:
o Importa o pagamento DO IMPOSTO a partir do início do prazo de pagamento
o Quando não importa o pagamento o prazo conta-se a partir da data que a
notificação se considera válida, a data de notificação, é quando se considera
feita nos termos da lei.
 No procedimento existe meios de reação no procedimento, meios administrativos, no
processo
 O procedimento administrativo por excelência é a reclamação graciosa. Nesta cabe
recurso hierárquico nunca é obrigatória nem o duplo grau de decisão. A legitimidade
para o recurso hierárquico é o contribuinte substitutos e responsáveis (subsidirarios e
solidários). Não é qualquer sujeito passivo pois o contribuinte indireto pois não
apresenta uma relação com a AT.
 A reclamação graciosa visa atacar o ato praticado pela AT justificando que esta tem um
vicio, normalmente, um vicio de ilegalidade. Muito embora a lei fale em ilegalidade,
fala-se ilegalidade em sentido amplo, todos os vícios são ilegalidades em sentido
amplo. A reclamação graciosa é dirigido para o órgão regional, sendo no caso a região
do porto. A ideia é que tal deva ser feita pelo sujeito passivo sem grandes formalidades
sem necessidade de mandato forense, sem custas estando subjacente o princípio de
conseguir defender-se sozinho, o que na prática não acontece dado a complexidade do
ato da reclamação. O prazo é de 120 dias, estes contam-se nos termos do código civil,
contam-se seguidos. O primeiro dia é dia seguinte ao termo do prazo do pagamento.
Se o último dia for um feriado ou dia de fim de semana o fim do prazo passa para o dia
seguinte.
 Tanto na reclamação graciosa podem ser acumulados pedidos, ou seja, por ordem de
subsidiariedade pode ser feito reclamação por vícios diferentes. Pode se cumular
liquidações diferentes, desde que se trate da mesma espécie de tributo. Quando as
liquidações surgem de um processo de inspeção.
 Há um prazo para decidir sobre a reclamação graciosa muito embora o sujeito passivo
tenha o direito dever uma decisão expressa, a verdade é que não tem de estar a espera
se não quiser. A decisão pode ser expressa ou tácita se for tácito o indeferimento tácito
é de 4 meses que pode acabar em fim de semana ou feriado. Ela presume-se
indeferida nos termos do artigo 106º do CPPT, não houve nenhuma decisão expressa. É
uma presunção iuris tantum sendo que o contribuinte pode exigir uma decisão
expressa. Ao fim de 60 dias presume-se indeferimento se não houver uma decisão.

19/10/2023

 Fundamentação do ato para que o autor possa ponderar e preparar a sua defesa.
Numa questão de igualdade de modo que as decisões estejam descritas, ou seja,
fundamentadas por escrito, de modo a evitar violações do princípio da igualdade.
 Ato de notificação deve trazer toda a fundamentação legalmente exigida como
também os meios de defesa do sujeito passivo.
 Ato tributário de liquidação adicional de imposto fundamentado no relatório da
inspeção. Para além deste, a AT tem de fundamentar o ato de liquidação dos juros. Os
juros tem 3 elementos:
o Capital
o Taxa
o Período da Contagem iniciam-se na data x terminado na y
 A AT quando notifica os juros tem que indicar estes 3 elementos obrigatoriamente
 A notificação é a condição de eficácia do ato.

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26/10/2023

 Juros
o A favor da AT:
 Juros Compensatórios 35º L.G.T.
 Juros Moratórios
o A favor do S.P
 Juros indemnizatórios 43 a 45º da L.G.T.
 Juros Moratórios 43º
 Juros moratórios a favor do contribuinte 45 são devidos em ação de execução de
julgados, e quando a AT não cumpre a sentença a qual estava obrigada.
 A avaliação indireta, ou seja, quantificar a matéria tributável pois é a matéria sujeita a
um imposto, ou seja, aplica-se uma taxa que determina o imposto. O rendimento
tributável pressupõe um rendimento económico, parte sempre deste conceito de
rendimento económico. Há duas formas 81º da L.G.T. Temos a forma para apurar o
rendimento económico direta que vai ao valor real dos bens, lucro real, valor mais
aproximado possível da capacidade contributiva do contribuinte de acordo com as
regras de cada tributo, sendo este em regra preferencial. É este que o contribuinte
utiliza quando faz a autoliquidação. A AT quando inspeciona o contribuinte deve utilizar
também um sistema de avaliação direta chamada correções meramente aritméticas.
Existe ainda outro sistema de avaliação sendo ele indireto, este tem natureza
SUBSIDIARIA, a AT só subsidiariamente é que pode lançar mão deste meio quando o
direto não seja possível ou, quando esteja prevista nos termos da lei. 87 métodos
indiretos e quando a AT esta impossibilitada de determinar quantificar a matéria
tributável. Essencialmente existe métodos indiretos, manifestações de fortuna e
acréscimos patrimoniais injustificados. São aplicadas avaliações indiretas quando os
erros da contabilidade são graves e extensas de forma que ponham em causa a
credibilidade da contabilidade. Quando tal acontece, quando a contabilidade não é
credível, então a AT vai lançar mão dos métodos indiretos. A logica aqui e que a
avaliação direta pressupõe a regra de cada tributo, mas se a contabilidade e os
elementos não tem suporte, ou a contabilidade tem erros de tal maneira grave e
expressivos a AT não pode fazer uma avaliação direta e então recorre a avaliação
indireta com métodos indiretos sendo que assim, a AT não vai quantificar com o valor
real pois tal não e possível determinar, vai sim recorrer a presunções. As presunções
vão estar a favor.
 Avaliação da Matéria Tributável, quantificar o valor tributável
o Direta, pretende-se o valor real sendo este a regra
 Direto
 Correções Aritméticas
o Indireta subsidiaria ou nos casos previstos na lei
 Métodos Indiretos
 Manifestações de fortuna
 Acréscimos patrimoniais injustificados

02/11/2023

 Existe um dever de fundamentação acrescido.


 A at quando vai inspecionar o contribuinte vai lançar mão da avaliação direta avaliando
cada tributo podendo promover as correções meramente aritméticas que vem
esclarecidos no relatório.
 A avaliação indireta a AT vai inspecionar o contribuinte e se reccorer aos métodos
indiretos o contribuinte será notificado do relatório, da decisão, e dessa já poderá
impugnar (91 do L.G.T), pede para rever o ato. Depois do pedido de revisão há uma
decisão do procedimento seguido de uma liquidação. Da liquidação poderá impugnar
por reclamação graciosa ou reclamação judicial. Quanto a Manifestação da fortuna
como por valores imobiliários resulta de uma decisão, sendo que o meio de defesa é
um recurso judicial. O contribuinte vai logo para tribunal. Desse recurso resulta de
uma decisão judicial e depois surge a liquidação que o contribuinte pode constestar.

Caso Prático 1

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