Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ana Cabaça
Jan-23
Objetivos:
Este manual inclui oito capítulos com diversos textos e questões de consolidação, mas
também, sempre que aplicável, indica exercícios práticos para aplicação dos conhecimentos
adquiridos. Neste último caso, os referidos casos práticos estarão precedidos da expressão
“exercício”.
Conteúdo programático:
1. Princípios da fiscalidade
2. Noção de imposto
4. Tipos de imposto
4.1. IRS
4.2. IRC
4.3. IVA
4.5. IMI
Carga horária
25 horas
1. Princípios da Fiscalidade
i. Princípio da legalidade,
Princípio da legalidade
Todavia, o princípio da legalidade não pode ser levado ao extremo, sob pena de total
impraticabilidade. O seu objetivo é, somente, que os elementos essenciais sejam definidos por
lei.
Daí ser necessário conjugar com o princípio da praticabilidade, de modo a que administração
fiscal goze de alguma discricionariedade ao nível da luta contra a evasão fiscal.
A título de exemplo:
O CIRS permite à DGCI corrigir o valor de mercado dos bens atribuído pelo empresário
individual aquando da sua afectação à empresa ou da sua transferência para o seu
património individual. Neste caso, não é necessária uma lei da AR, havendo uma
autonomia da administração fiscal.
Segurança jurídica
Prevê um sistema jurídico estável e previsível, de modo a que o cidadão saiba a todo o
momento quais as regras jurídicas que determinam a sua vida quotidiana.
Princípio da igualdade
Implica, assim, igual imposto para os que dispõem de igual capacidade contributiva
(igualdade horizontal) e diferente imposto para os que dispõem de diferente capacidade
contributiva, na proporção desta diferença (igualdade vertical).
Mas princípio da igualdade também se expressa na obrigação da imposição de medidas
diferenciadoras, de modo a obter uma igualdade de oportunidades necessária à igualdade real
entre cidadãos.
Este objetivo está consagrado nos artigos 67.º e 104.º da CRP e no artigo 6.º da Lei Geral
Tributária:
Pelos princípios do Estado de bem-estar social, todo o indivíduo tem direito, desde seu
nascimento até sua morte, a um conjunto de bens e serviços, que deveriam ter o seu
fornecimento garantido, seja diretamente através do Estado, ou indiretamente mediante o seu
poder de regulamentação sobre a sociedade civil.
De acordo com o artigo 54.º da LGT, o procedimento tributário identifica-se como toda a
sucessão de atos dirigida à declaração de direitos tributários, designadamente:
• As ações preparatórias ou complementares de informação e fiscalização tributária;
• A cobrança das obrigações tributárias, na parte que não tiver natureza judicial.
b. princípio da confidencialidade;
d. princípio do inquisitório;
e. princípio da colaboração;
f. princípio da participação.
O artigo 57.º estipula que o procedimento tributário deve estar concluído em seis meses,
devendo os atos do procedimento administrativo ser praticados no período de dez dias
O artigo 75.º da LGT estabelece, até que se prove o contrário, a presunção da verdade das
declarações dos contribuintes, formulando assim o princípio pelo respeito pelas declarações
dos contribuintes.
Princípio do inquisitório
Princípio da colaboração
g) O acesso, a título pessoal ou mediante representante, aos seus processos individuais ou, nos
termos da lei, àqueles em que tenham interesse directo, pessoal e legítimo;
i) A publicação, nos termos da lei, dos benefícios ou outras vantagens fiscais salvo quando a
sua concessão não comporte qualquer margem de livre apreciação da administração tributária;
Direito à informação
Todas estas informações, quando requeridas por escrito, devem ser prestadas no prazo de 10
dias.
Neste caso, o parecer emitido pela administração tributária vincula a mesma, não podendo
esta posteriormente proceder de modo contrário à informação prestada.
Princípio da participação
O princípio da participação (artigo 60.º da LGT) visa garantir a participação dos contribuintes
nas decisões que lhe digam respeito, mediante o exercício do direito de audição, que pode ser
requerido nas seguintes situações:
- Direito de audição antes da liquidação, exceto se esta se efetuar com base nas declarações
dos contribuintes;
- Direito de audição antes da decisão de aplicação de métodos indiretos, quando não haja
lugar a relatório de inspeção;
Direito de audição
2. NOÇÃO DE IMPOSTO
O imposto é um tributo, mas diferente de outros tributos, como as taxas, porque é um tributo
não vinculado: é devido pelo contribuinte independentemente de qualquer contra prestação
por parte do Estado.
O imposto é:
O imposto mantém sempre a sua característica de não pessoalidade. O que conta é aquilo que
se presta, não quem presta.
Mas, dois contribuintes com o mesmo rendimento e em idêntica situação familiar podem
pagar de IRS montantes completamente distintos, bastando para tanto que um deles seja, p.
ex., portador de uma deficiência grave.
Dizer-se que o imposto tem carácter não pessoal significa apenas que, uma vez determinado o
montante de imposto a pagar, quem efetivamente cumpre a obrigação fiscal não conta.
Para o sujeito ativo tudo o que releva é a efetiva arrecadação dos valores em dívida.
Se estes deram entrada nos cofres da fazenda nacional, a obrigação fiscal está bem cumprida
(cf., a este propósito, o art. 41º, n.º 1 da LGT).
b) Coativo
O imposto é uma prestação coativa, porque na sua génese não está um ato de vontade. A
obrigação de imposto tem a sua fonte na lei e o seu nascimento prescinde da vontade de quem
está vinculado ao seu cumprimento. A obrigação de imposto “impõe-se” ao sujeito passivo,
mesmo contra a sua vontade.
c) Definitivo
O imposto é uma prestação definitiva, porque aquilo que é pago a título de imposto
legalmente devido não mais é restituído ao sujeito passivo.
Claro está que esta noção de definitividade não exclui a eventual restituição do imposto que
não era legalmente devido.
d) Unilateral
A prestação de imposto não dá lugar a nenhuma contrapartida que quem paga o imposto possa
exigir em troca do que pagou. É verdade que com a receita dos impostos o Estado vai
construir estradas, escolas, hospitais e vai prestar serviços de que o contribuinte pode
eventualmente usufruir e beneficiar. Simplesmente, nem aquilo que, porventura, o
contribuinte recebe é a medida daquilo que pagou, nem o facto de pagar lhe confere o direito
de exigir nada em troca. O imposto é, pois, estritamente unilateral.
É a unilateralidade do imposto que o distingue desse outro tributo essencial que é a taxa.
A criação de impostos está sujeita ao princípio da legalidade. Os impostos são criados por lei,
valendo aqui as considerações que abaixo se tecerão a propósito do mencionado princípio da
legalidade.
Não seria de todo incorreto referir como finalidade do imposto a arrecadação de receitas para
a realização de despesas públicas. Mas o imposto não tem apenas por fim a arrecadação de
receitas. A política fiscal constitui hoje um importante instrumento de política
macroeconómica e, depois da criação do euro, o instrumento por excelência de política
macroeconómica de cada Estado da zona euro.
ii. Impostos Diretos - impostos sobre o rendimento (IRS, IRC) ou o património (IMI).
ii. Impostos não Estaduais - quando o sujeito ativo não é o Estado, mas outra pessoa
coletiva de direito público, como por ex. a Autarquia (IMI).
ii. Impostos de Obrigação única - quando os fatos ou situações não se repetem com carácter
de periodicidade, mas ocasional ou esporadicamente (IMT).
i. Impostos Proporcionais - quando a taxa é sempre a mesma, qualquer que seja a matéria
coletável (IVA);
ii. Impostos Progressivos - quando a taxa do imposto aumenta com o aumento da matéria
coletável (IRS);
Sobre estes ganhos é calculada a taxa aplicada para, na altura da entrega anual da declaração
dos rendimentos, o contribuinte saber se tem algo a pagar, a receber ou nenhuma das duas
opções.
Talvez o mais aproximado conhecimento do IRS que as pessoas tenham tem a ver com a taxa
que incide sobre os salário recebido mensalmente.
Este imposto diz respeito às empresas. Todos os lucros que as mesmas possam gerar são alvo
de tributação por meio deste imposto direto.
Embora tenha a denominação de taxa, não deixa por isso de ser um imposto que incide
diretamente sobre os rendimentos dos trabalhadores.
Trata-se de uma percentagem que é descontada do salário, com vista a contribuir para a
sustentabilidade financeira da segurança social, garantindo que mais tarde o contribuinte
tenha acesso ao gozo da sua reforma.
Quem tem uma habitação própria e permanente já está familiarizado com o pagamento deste
imposto direto. É determinado e aplicado por cada autarquia e município em Portugal, cujo
valor a cobrar incide diretamente sobre o valor do imóvel.
Impostos Indiretos
Outra grande contribuição fiscal dos cidadãos provém da aplicação dos chamados impostos
indiretos.
Estes são em maior número e são pagos de forma indireta através de produtos ou serviços.
Este será dos impostos indiretos, o mais conhecido da maioria das famílias portuguesas.
Encontra-se praticamente em todos os produtos, bens e serviços variando apenas a taxa
aplicada consoante a sua função e grau de importância. Em Portugal existem três taxas de
IVA: reduzida (6%); intermédia (13%) e a normal e genericamente aplicada (23%).
Imposto de Selo
O Imposto de Selo é um imposto indireto que está representado em diversas operações
bancárias. De sigla IS, este imposto indireto destina-se a cobrir os gastos com contratos,
papéis ou outros materiais e trabalhos respeitantes a determinada operação. Geralmente,
quando se aplica o IS não se aplica IVA.
Este imposto indireto também faz parte do dia a dia de quem usa o carro para fins
profissionais e pessoais, já que é o imposto que tributa os combustíveis.
Estes são os impostos diretos e indiretos mais comumente aplicados e discutidos. Importante
mesmo é ter conhecimento que tanto por via direta como por via indireta, o Estado constrói a
sua receita fiscal com base na tributação destes impostos; tudo em prol do equilíbrio das
finanças gerais.
4. TIPOS DE IMPOSTO
4.1. IRS
1 - O imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) incide sobre o valor anual dos
rendimentos das categorias seguintes, depois de efetuadas as correspondentes deduções e
abatimentos:
Categoria H - Pensões.
Rendimentos da categoria A
1 - Consideram-se rendimentos do trabalho dependente:
a) As remunerações dos membros dos órgãos estatutários das empresas, exceto os que
participem como revisores oficiais de contas;
i) Com seguros e operações do ramo «Vida», contribuições para fundos de pensões, fundos de
poupança-reforma ou quaisquer regimes complementares de segurança social, desde que
constituam direitos adquiridos e individualizados dos respetivos beneficiários;
ii) Para os fins previstos na subalínea anterior e que, não constituindo direitos adquiridos e
individualizados dos beneficiários, sejam por estes objeto de resgate, adiantamento ou
qualquer outra forma de antecipação;
7) Os ganhos derivados de planos de subscrição sobre valores mobiliários, ainda que criados
em benefício de trabalhadores, incluindo os resultantes da alienação ou liquidação financeira
dos direitos;
f) A quota-parte, acrescida dos descontos para a segurança social que constituam encargos do
beneficiário, devida a título de participação nas companhas de pesca aos pescadores que
limitem a sua atuação à prestação de trabalho;
Rendimentos da categoria B
Rendimentos da categoria E
e) Os juros e outras formas de remuneração devidos pelo facto de os sócios não levantarem os
lucros ou remunerações colocados à sua disposição;
o) Os juros que não se incluam em outras alíneas deste artigo lançados em quaisquer contas
correntes;
Rendimentos da categoria F
Rendimentos da categoria G
Mais-valias
i) Afetação de quaisquer bens do património particular, com exceção dos bens imóveis, a
atividade empresarial e profissional exercida em nome individual pelo seu proprietário.
b) Pela importância recebida pelo cedente, deduzida do preço por que eventualmente tenha
obtido os direitos e bens objeto de cessão, no caso previsto na alínea d) do n.º 1;
c) Pelos rendimentos líquidos, apurados em cada ano, provenientes das operações referidas
nas alíneas e) e g) do n.º 1;
d) Pelos rendimentos líquidos, apurados em cada ano, provenientes das operações referidas na
alínea f) do n.º 1.
b) Nos demais casos, o adquirente não requeira a inscrição na matriz do imóvel ou das
alterações decorridos 48 meses desde a data da realização, devendo afetar o imóvel à sua
habitação ou do seu agregado até ao fim do quinto ano seguinte ao da realização;
d) Os imóveis que tenham beneficiado de apoio não reembolsável concedido pelo Estado para
a aquisição, construção, reconstrução ou realização de obras de conservação de valor superior
a 30 % do valor patrimonial tributário do imóvel para efeitos de IMI, sejam vendidos antes de
decorridos 10 anos sobre a data da sua aquisição, da assinatura da declaração comprovativa da
receção da obra ou do pagamento da última despesa relativa ao apoio público não
reembolsável que, nos termos legais ou regulamentares, não estejam sujeitos a ónus ou
regimes especiais que limitem ou condicionem a respetiva alienação.
d) Sendo o investimento realizado por aquisição dos contratos referidos em c), estes visem,
exclusivamente, proporcionar ao adquirente/cônjuge/unido de facto uma prestação regular
periódica durante um período igual ou superior a 10 anos, de montante máximo anual igual a
7,5 % do valor investido;
14 - Os sujeitos passivos devem declarar a alienação onerosa das ações, bem como a data das
respetivas aquisições.
Rendimentos da categoria H
1 - Consideram-se pensões:
a) Os filhos, adotados e enteados, menores não emancipados, bem como os menores sob
tutela;
b) Os filhos, adotados e enteados, maiores, que não tenham mais de 25 anos nem aufiram
anualmente rendimentos superiores ao valor da retribuição mínima mensal garantida;
c) Os filhos, adotados, enteados e os sujeitos a tutela, maiores, inaptos para o trabalho e para
angariar meios de subsistência;
d) Os afilhados civis.
a) (euro) 4 104;
b) As indemnizações pagas pelo trabalhador à sua entidade patronal por rescisão unilateral do
contrato individual de trabalho sem aviso prévio em resultado de sentença judicial ou de
acordo judicialmente homologado ou, nos restantes casos, a indemnização de valor não
superior à remuneração de base correspondente ao aviso prévio;
4 - A dedução prevista na alínea a) do n.º 1 pode ser elevada até 75 % de 12 vezes o valor do
IAS desde que a diferença resulte de quotizações para ordens profissionais suportadas pelo
próprio sujeito passivo e indispensáveis ao exercício da respetiva atividade desenvolvida
exclusivamente por conta de outrem.
2 - Ficam abrangidos pelo regime simplificado os sujeitos passivos que, no exercício da sua
atividade, não tenham ultrapassado no período de tributação imediatamente anterior um
montante anual ilíquido de rendimentos desta categoria de (euro) 200 000.
3 - Os sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificado podem optar pela determinação
dos rendimentos com base na contabilidade.
Regime simplificado
b) 0,75 aos rendimentos das atividades profissionais especificamente previstas na tabela a que
se refere o artigo 151.º;
c) 0,35 aos rendimentos de prestações de serviços não previstos nas alíneas anteriores;
d) 0,95 aos rendimentos provenientes de contratos que tenham por objeto a cessão ou
utilização temporária da propriedade intelectual ou industrial ou a prestação de informações
respeitantes a uma experiência adquirida no setor industrial, comercial ou científico, aos
rendimentos de capitais imputáveis a atividades geradoras de rendimentos empresariais e
profissionais, ao resultado positivo de rendimentos prediais, ao saldo positivo das mais e
menos-valias e aos restantes incrementos patrimoniais;
i) Sociedades abrangidas pelo regime da transparência fiscal, nos termos da alínea b) do n.º 1
do artigo 6.º do Código do IRC, de que o sujeito passivo seja sócio; ou
ii) Sociedades nas quais, durante mais de 183 dias do período de tributação:
1) O sujeito passivo detenha, direta ou indiretamente, pelo menos 5 % das respetivas partes de
capital ou direitos de voto;
5 - Quando o sujeito passivo afete à sua atividade empresarial e profissional parte do imóvel
destinado à sua habitação, os encargos dedutíveis com ela conexos referentes a amortizações
ou rendas, energia, água e telefone fixo não podem ultrapassar 25 % das respetivas despesas
devidamente comprovadas.
Declaração de rendimentos
a) Rendimentos tributados pelas taxas previstas no artigo 71.º e não optem, quando
legalmente permitido, pelo seu englobamento;
1 - A declaração a que se refere o n.º 1 do artigo 57.º é entregue, por transmissão eletrónica de
dados, de 1 de abril a 30 de junho, independentemente de este dia ser útil ou não útil.
Taxas gerais
Rendimento coletável (€) Taxas (%) Normal (A) Média (B)
a) uma, igual ao limite do maior dos escalões que nele couber, à qual se aplica a taxa da
coluna B correspondente a esse escalão;
Mínimo de existência
1 - Da aplicação das taxas estabelecidas no artigo 68.º não pode resultar, para os titulares de
rendimentos predominantemente originados em trabalho dependente, em atividades previstas
na tabela aprovada no anexo à Portaria n.º 1011/2001, de 21 de agosto, com exceção do
código 15, ou em pensões, a disponibilidade de um rendimento líquido de imposto inferior a
1,5 x 14 x (valor do IAS).
Taxas liberatórias
c) As pensões;
c) As pensões;
Taxas especiais
a) As mais-valias previstas nas alíneas a) e d) do n.º 1 do artigo 10.º auferidas por não
residentes em território português que não sejam imputáveis a estabelecimento estável nele
situado;
b) Outros rendimentos auferidos por não residentes em território português que não sejam
imputáveis a estabelecimento estável nele situado e que não sejam sujeitos a retenção na fonte
às taxas liberatórias;
c) O saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias, resultante das operações previstas nas
alíneas b), c), e), f), g) e h) do n.º 1 do artigo 10.º;
d) Os rendimentos de capitais, tal como são definidos no artigo 5.º, quando não sujeitos a
retenção na fonte, nos termos do artigo anterior;
c) O saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias, resultante das operações previstas nas
alíneas b), c), e), f), g) e h) do n.º 1 do artigo 10.º;
d) Os rendimentos de capitais, tal como são definidos no artigo 5.º, quando não sujeitos a
retenção na fonte, nos termos do artigo anterior;
e) Os rendimentos prediais, incluindo os referidos na alínea b) do n.º 5 do artigo 8.º
a) Os rendimentos auferidos por não residentes em território português que sejam imputáveis
a estabelecimento estável aí situado; e
a) Os rendimentos de capitais, tal como são definidos no artigo 5.º e mencionados nas alíneas
a) e b) do n.º 1 do artigo anterior, devidos por entidades não residentes sem estabelecimento
estável em território português, que sejam domiciliadas em país, território ou região sujeitos a
um regime fiscal claramente mais favorável, constante de lista aprovada por portaria do
membro do Governo responsável pela área das finanças, quando não sujeitos a retenção na
fonte nos termos da alínea b) do n.º 12 do artigo anterior;
d) As mais-valias previstas na alínea a) do n.º 1 do artigo 10.º auferidas por entidades não
residentes sem estabelecimento estável em território português, que sejam domiciliadas em
país, território ou região sujeitos a um regime fiscal claramente mais favorável,
Prazo da liquidação
1- A liquidação do IRS deve ser efetuada no ano imediato àquele a que os rendimentos
respeitam, nos seguintes prazos:
a) Até 31 de julho, com base na declaração apresentada nos prazos referidos no n.º 1 do artigo
60.º;
1 - À coleta são efetuadas, nos termos dos artigos subsequentes, as seguintes deduções
relativas:
g) À exigência de fatura;
7 - A soma das deduções à coleta não pode exceder, por agregado familiar, os limites
constantes das seguintes alíneas:
a) Para contribuintes que tenham um rendimento coletável igual ou inferior ao valor do 1.º
escalão do n.º 1 artigo 68.º, sem limite;
b) Para contribuintes que tenham um rendimento coletável superior ao valor do 1.º escalão e
igual ou inferior ao valor do último escalão do n.º 1 do artigo 68.º, o limite resultante da
aplicação da seguinte fórmula:
c) Para contribuintes que tenham um rendimento coletável superior ao valor do último escalão
do n.º 1 do artigo 68.º, o montante de € 1 000.
8 - Nos agregados com três ou mais dependentes a seu cargo, os limites previstos no número
anterior são majorados em 5 % por cada dependente ou afilhado civil que não seja sujeito
passivo do IRS.
9 - Sempre que o mesmo dependente ou ascendente conste de mais do que uma declaração de
rendimentos, o valor das deduções à coleta previstas no presente Código por referência a
dependentes ou ascendentes é reduzido para metade, por sujeito passivo.
1 - São dedutíveis à coleta por cada sujeito passivo com deficiência uma importância
correspondente a quatro vezes o valor do IAS e por cada dependente com deficiência, bem
como por cada ascendente com deficiência, uma importância igual a 2,5 vezes o valor do IAS.
2 - São ainda dedutíveis à coleta 30 % da totalidade das despesas efetuadas com a educação e
a reabilitação do sujeito passivo ou dependentes com deficiência, bem como 25 % da
totalidade dos prémios de seguros de vida ou contribuições pagas a associações mutualistas
que garantam exclusivamente os riscos de morte, invalidez ou reforma por velhice.
7 - Por cada sujeito passivo com deficiência das Forças Armadas é, ainda, dedutível à coleta
uma importância igual ao valor do IAS.
Limites mínimos
Pagamento do imposto
1 - O IRS deve ser pago no ano seguinte àquele a que respeitam os rendimentos nos seguintes
prazos:
a) Até 31 de agosto, quando a liquidação seja efetuada no prazo previsto na alínea a) do artigo
77.º;
Retenção na fonte
2 - A totalidade dos pagamentos por conta é igual a 76,5 % do montante calculado com base
na seguinte fórmula:
15 até 31 de Março: Caso não concorde com os valores das deduções à coleta relativas às
despesas gerais familiares e ao benefício pela exigência de fatura apurados pela AT, pode
apresentar uma reclamação.
O imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas (IRC) incide sobre os rendimentos
obtidos, mesmo quando provenientes de atos ilícitos, no período de tributação, pelos
respetivos sujeitos passivos, nos termos do CIRC - Código do Imposto sobre o Rendimento
das Pessoas Coletivas.
O lucro das sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, das cooperativas e das
empresas públicas e o das demais pessoas coletivas.
2 — As pessoas coletivas e outras entidades que não tenham sede nem direção efetiva em
território português ficam sujeitas a IRC apenas quanto aos rendimentos nele obtidos.
c) Rendimentos a seguir mencionados cujo devedor tenha residência, sede ou direção efetiva
em território português ou cujo pagamento seja imputável a um estabelecimento estável nele
situado:
3) Partes representativas do capital e outros valores mobiliários cuja entidade emitente tenha
sede ou direção efetiva em território português;
5) Direitos de crédito sobre entidades com residência, sede ou direção efetiva em território
português;
6) Partes representativas do capital de sociedades que não tenham sede ou direção efetiva em
território português e cujo ativo seja predominantemente constituído por direitos reais sobre
imóveis situados no referido território.
1) Prejuízos fiscais;
1) Gastos comuns e outros imputáveis aos rendimentos sujeitos a imposto e não isentos, nos
termos do artigo 54.º;
Contratos de construção
Gastos e perdas
1 - Para a determinação do lucro tributável, são dedutíveis todos os gastos e perdas incorridos
ou suportados pelo sujeito passivo para obter ou garantir os rendimentos sujeitos a IRC.
g) Depreciações e amortizações;
k) Perdas por reduções de justo valor em ativos biológicos consumíveis que não sejam
explorações silvícolas plurianuais;
l) Menos-valias realizadas;
f) Os impostos, taxas e outros tributos que incidam sobre terceiros que o sujeito passivo não
esteja legalmente obrigado a suportar;
j) Os encargos com combustíveis na parte em que o sujeito passivo não faça prova de que os
mesmos respeitam a bens pertencentes ao seu ativo ou por ele utilizados em regime de
locação e de que não são ultrapassados os consumos normais;
o) Sem prejuízo do disposto na alínea anterior, os gastos relativos à participação nos lucros
por membros de órgãos sociais, quando os beneficiários sejam titulares, direta ou
indiretamente, de partes representativas de, pelo menos, 1 % do capital social, na parte em
que exceda o dobro da remuneração mensal auferida no período de tributação a que respeita o
resultado em que participam;
1 - Podem ser deduzidas para efeitos fiscais as seguintes perdas por imparidade, quando
contabilizadas no mesmo período de tributação ou em períodos de tributação anteriores:
Projetos de desenvolvimento
1 — As despesas com projetos de desenvolvimento podem ser consideradas como gasto fiscal
no período de tributação em que sejam suportadas, ainda que os elementos deles resultantes
venham a ser reconhecidos como ativos intangíveis nas demonstrações financeiras dos
sujeitos passivos.
Créditos incobráveis
Taxas
2 — No caso de sujeitos passivos que sejam qualificados como pequena ou média empresa (o
anexo ao Decreto-Lei n.º 372/2007), a taxa de IRC aplicável aos primeiros (euro) 15 000 de
matéria coletável é de 17%, aplicando-se a taxa prevista no número anterior ao excedente.
Derrama estadual
1— Sobre a parte do lucro tributável superior a (euro) 1 500 000, sujeito e não isento de
imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas apurado por sujeitos passivos residentes em
território português que exerçam, a título principal, uma atividade de natureza comercial,
industrial ou agrícola e por não residentes com estabelecimento estável em território
português, incidem as taxas adicionais constantes da tabela seguinte:
a) Quando superior a (euro) 7 500 000 e até (euro) 35 000 000, é dividido em duas partes:
uma, igual a (euro) 6 000 000, à qual se aplica a taxa de 3 %; outra, igual ao lucro tributável
que exceda (euro) 7 500 000, à qual se aplica a taxa de 5%;
b) Quando superior a € 35 000 000, é dividido em três partes: uma, igual a € 6 000 000, à qual
se aplica a taxa de 3 %; outra, igual a € 27 500 000, à qual se aplica a taxa de 5 %, e outra
igual ao lucro tributável que exceda € 35 000 000, à qual se aplica a taxa de 9 %.
2 — A taxa referida no número anterior é elevada para 70 % nos casos em que tais despesas
sejam efetuadas por sujeitos passivos total ou parcialmente isentos, ou que não exerçam, a
título principal, atividades de natureza comercial, industrial ou agrícola.
b) Viaturas automóveis relativamente às quais tenha sido celebrado o acordo previsto no n.º
9) da alínea b) do n.º 3 do artigo 2.º do Código do IRS.
18 - No caso de viaturas ligeiras de passageiros híbridas plug-in, cuja bateria possa ser
carregada através de ligação à rede elétrica e que tenham uma autonomia mínima, no modo
elétrico, de 50 km e emissões oficiais inferiores a 50 gCO2/km, as taxas referidas nas alíneas
a), b) e c) do n.º 3 são, respetivamente, de 5 %, 10 % e 17,5 %.
b) Fração do IRC, calculado antes da dedução, correspondente aos rendimentos que no país
em causa possam ser tributados, acrescidos da correção prevista no n.º 1 do artigo 68.º,
líquidos dos gastos direta ou indiretamente suportados para a sua obtenção.
2 — Quando existir convenção para eliminar a dupla tributação celebrada por Portugal, a
dedução a efetuar nos termos do número anterior não pode ultrapassar o imposto pago no
estrangeiro nos termos previstos pela convenção.
Regras de pagamento
Em três pagamentos por conta, com vencimento em Julho, Setembro e 15 de Dezembro.
O valor apurado na declaração for negativo, pela importância resultante da soma dos
pagamentos por conta;
4— Os sujeitos passivos são dispensados de efetuar pagamentos por conta quando o imposto
do período de tributação de referência para o respetivo cálculo for inferior a € 200.
1 — Os pagamentos por conta são calculados com base no imposto liquidado nos termos do
n.º 1 do artigo 90.º relativamente ao período de tributação imediatamente anterior àquele em
que se devam efetuar esses pagamentos, líquidos da dedução a que se refere a alínea e) do n.º
2 desse artigo.
2 - Os pagamentos por conta dos sujeitos passivos cujo volume de negócios do período de
tributação imediatamente anterior àquele em que se devam efetuar esses pagamentos seja
igual ou inferior a (euro) 500 000 correspondem a 80 % do montante do imposto referido no
número anterior, repartido por três montantes iguais, arredondados, por excesso, para euros.
3 - Os pagamentos por conta dos sujeitos passivos cujo volume de negócios do período de
tributação imediatamente anterior àquele em que se devam efetuar esses pagamentos seja
superior a (euro) 500 000 correspondem a 95 % do montante do imposto referido no n.º 1,
repartido por três montantes iguais, arredondados, por excesso, para euros.
Cálculo dos pagamento adicional por conta
1 — As entidades obrigadas a efetuar pagamentos por conta e pagamentos especiais por conta
devem efetuar o pagamento adicional por conta nos casos em que no período de tributação
anterior fosse devida derrama estadual nos termos referidos no artigo 87.º-A.
2 — O valor dos pagamentos adicionais por conta devidos nos termos da alínea a) do n.º 1 do
artigo 104.º-A é igual ao montante resultante da aplicação das taxas previstas na tabela
seguinte sobre a parte do lucro tributável superior a (euro) 1 500 000 relativo ao período de
tributação anterior:
3 - Ao montante apurado nos termos do número anterior deduzem-se os pagamentos por conta
calculados nos termos do artigo 105.º, efetuados no período de tributação anterior.
Limite mínimo
Privilégios creditórios
Para pagamento do IRC relativo aos três últimos anos, a Fazenda Pública goza de
privilégio mobiliário geral e privilégio imobiliário sobre os bens existentes no património
do sujeito passivo à data da penhora ou outro acto equivalente.
A declaração deve ser enviada, por transmissão eletrónica de dados, até ao dia 15 de
Julho, independentemente de esse dia ser útil ou não útil.
b) As importações de bens;
c) As operações intra comunitárias efetuadas no território nacional, tal como são definidas e
reguladas no Regime do IVA nas Transações Intra comunitárias.
Isenções
10) As prestações de serviços que tenham por objeto a formação profissional, bem como as
transmissões de bens e prestações de serviços conexas, como sejam o fornecimento de
alojamento, alimentação e material didático, efetuadas por organismos de direito público ou
por entidades reconhecidas como tendo competência nos domínios da formação e reabilitação
profissionais pelos ministérios competentes;
11) As prestações de serviços que consistam em lições ministradas a título pessoal sobre
matérias do ensino escolar ou superior;
12) As locações de livros e outras publicações, partituras musicais, discos, bandas magnéticas
e outros suportes de cultura e, em geral, as prestações de serviços e transmissões de bens com
aquelas estreitamente conexas, desde que efectuadas por organismos sem finalidade lucrativa;
a) Por atores, chefes de orquestra, músicos e outros artistas, atuando quer individualmente
quer integrados em conjuntos, para a execução de espetáculos teatrais, cinematográficos,
coreográficos, musicais, de music-hall, de circo e outros, para a realização de filmes, e para a
edição de discos e de outros suportes de som ou imagem;
23) As prestações de serviços pelos serviços públicos postais, com exceção das
telecomunicações;
36) Os serviços de alimentação e bebidas fornecidos pelas entidades patronais aos seus
empregados;
37) As atividades das empresas públicas de rádio e televisão que não tenham carácter
comercial.
Isenções na importação
b) As importações das embarcações referidas na alínea f) do n.º 1 do artigo 14.º e dos objetos,
incluindo o equipamento de pesca, nelas incorporados ou que sejam utilizados para a sua
exploração;
c) As importações definitivas das aeronaves referidas na alínea g) do n.º 1 do artigo 14.º e dos
objetos nelas incorporados ou que sejam utilizados para a sua exploração;
Isenções na exportação
1 - Estão isentas do imposto as operações em que os bens a que se referem não se destinem a
utilização definitiva ou consumo final:
a) As importações de bens que se destinem a ser colocados em regime de entreposto não
aduaneiro;
Taxas do imposto
Açores e Madeira
Direito à dedução
e) O imposto pago pelo sujeito passivo à saída dos bens de um regime de entreposto não
aduaneiro.
a) Até ao dia 15 do 2.º mês seguinte àquele a que respeitam as operações, no caso de sujeitos
passivos abrangidos pela alínea a) do n.º 1 do artigo 41.º;
b) Até ao dia 20 do 2.º mês seguinte ao trimestre do ano civil a que respeitam as operações,
no caso de sujeitos passivos abrangidos pela alínea b) do n.º 1 do artigo 41.º
a) Até ao dia 10 do 2.º mês seguinte àquele a que respeitam as operações, no caso de sujeitos
passivos com um volume de negócios igual ou superior a (euro) 650 000 no ano civil anterior;
b) Até ao dia 15 do 2.º mês seguinte ao trimestre do ano civil a que respeitam as operações,
no caso de sujeitos passivos com um volume de negócios inferior a (euro) 650 000 no ano
civil anterior.
Regime de isenção
a) Com um volume de negócios superior a 10 000 €, mas inferior a 12.500€ (regime dos
pequenos retalhistas);
b) Que, não tendo atingido um volume de negócios superior a 12 500 € no ano civil anterior e
nos três anos civis precedentes, tenham cumprido as condições previstas no n.º 1.
6%
- Os retalhistas que sejam pessoas singulares, não possuam nem sejam obrigados a possuir
contabilidade organizada para efeitos do IRS e não tenham tido no ano civil anterior um
volume de compras superior a (euro) 50 000, para apurar o imposto devido ao Estado,
aplicam um coeficiente de 25 % ao valor do imposto suportado nas aquisições de bens
destinados a vendas sem transformação.
O imposto devido pelas transmissões de gasolina, gasóleo e petróleo carburante efetuadas por
revendedores é liquidado por estes com base na margem efectiva de vendas.
O valor tributável das transmissões abrangidas pelo presente regime corresponde à diferença,
verificada em cada período de tributação, entre o valor das transmissões de combustíveis
realizadas, IVA excluído, e o valor de aquisição dos mesmos combustíveis, IVA excluído.
b) O crédito esteja em mora há mais de seis meses, o valor do mesmo não seja superior a
(euro) 750, IVA incluído, e o devedor seja particular ou sujeito passivo que realize
exclusivamente operações isentas que não confiram direito à dedução.
1 - O adquirente dos bens ou serviços tributáveis não isento é solidariamente responsável com
o fornecedor pelo pagamento do imposto quando a fatura obrigatória não tenha sido passada,
contenha uma indicação inexata quanto ao nome ou endereço das partes intervenientes, à
natureza ou à quantidade dos bens transmitidos ou serviços fornecidos, ao preço ou ao
montante de imposto devido.
1 - O sujeito passivo, qualquer que seja o seu local de estabelecimento, que disponibilize uma
interface eletrónica, para permitir a terceiros colocarem bens à venda ou disponibilizarem
serviços, e não esteja abrangido pelo disposto nos n.os 9 e 10 do artigo 3.º ou pelo n.º 4 do
artigo 4.º, é solidariamente responsável pelo pagamento do imposto com o transmitente dos
bens ou o prestador dos serviços relativamente às operações efetuadas através da interface,
quando tenha ou deva ter conhecimento de que o transmitente dos bens ou o prestador dos
serviços não entrega o imposto correspondente nos cofres do Estado.
Garantias dos sujeitos passivos
1 - O imposto do selo incide sobre todos os atos, contratos, documentos, títulos, papéis e
outros factos ou situações jurídicas previstos na Tabela Geral, incluindo as transmissões
gratuitas de bens.
2 - Não são sujeitas a imposto as operações sujeitas a imposto sobre o valor acrescentado e
dele não isentas.
a) Notários, conservadores dos registos civil, comercial, predial e de outros bens sujeitos a
registo, outras entidades públicas, bem como todas as entidades ou profissionais que
autentiquem documentos particulares, com exceção dos celebrados perante notários relativos
a crédito e garantias concedidos por instituições de crédito;
p) As entidades que concedem os prémios do bingo, das rifas e do jogo do loto, bem como
quaisquer prémios de sorteios ou de concursos.
2 - Nas transmissões gratuitas, são sujeitos passivos do imposto as pessoas singulares para
quem se transmitam os bens, sem prejuízo de:
a) Nas sucessões por morte, o imposto é devido pela herança, representada pelo cabeça-de-
casal, e pelos legatários;
3 - Não obstante o disposto no n.º 1, são sujeitos passivos do imposto os adquirentes dos bens
imóveis.
Outras isenções
2 - Se o imposto for pago pela totalidade até ao fim do segundo mês seguinte ao da
notificação, haverá lugar a um desconto de 0,5% ao mês calculado sobre a importância de
cada uma das prestações em que o imposto tivesse de ser dividido, nos termos do número
seguinte, com exclusão da primeira.
https://info.portaldasfinancas.gov.pt/pt/informacao_fiscal/codigos_tributarios/selo/
Pages/ccod-selo-tabgiselo.aspx
1 - O imposto municipal sobre imóveis (IMI) incide sobre o valor patrimonial tributário dos
prédios rústicos e urbanos situados no território português, constituindo receita dos
municípios onde os mesmos se localizam.
Ficam isentos de imposto municipal sobre imóveis os prédios rústicos e o prédio urbano
destinado a habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar,
desde que o rendimento bruto total do agregado familiar não seja superior a 2,3 vezes o valor
anual do IAS e o valor patrimonial tributário global da totalidade dos prédios rústicos e
urbanos pertencentes ao agregado familiar não exceda 10 vezes o valor anual do IAS.
O sujeito passivo que, a 31 de dezembro do ano a que respeita o imposto, se encontre a residir
em lar de terceira idade, em instituição de saúde ou no domicílio fiscal de parentes até ao 4.º
grau, pode beneficiar da isenção prevista, efetuando até àquela data prova, junto da
Autoridade Tributária e Aduaneira, de que o prédio em causa antes constituía a sua habitação
própria e permanente.
Taxas
5 - Os municípios fixam a taxa a aplicar em cada ano, dentro dos intervalos previstos,
podendo esta ser fixada por freguesia.
9 - Os municípios podem majorar até ao dobro a taxa aplicável aos prédios rústicos com áreas
florestais que se encontrem em situação de abandono, não podendo resultar uma coleta de
imposto inferior a (euro) 20 por cada prédio abrangido.
1 - Os municípios podem fixar uma redução da taxa do imposto municipal sobre imóveis, a
aplicar ao prédio destinado a habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu
agregado familiar, atendendo ao número de dependentes, de acordo com a seguinte tabela:
1 20
2 40
3 ou mais 70
Prazo de pagamento
a) Em uma prestação, no mês de maio, quando o seu montante seja igual ou inferior a (euro)
100;
b) Em duas prestações, nos meses de maio e novembro, quando o seu montante seja superior
a (euro) 100 e igual ou inferior a (euro) 500;
c) Em três prestações, nos meses de maio, agosto e novembro, quando o seu montante seja
superior a (euro) 500.
Bibliografia
Sites consultados
Doutor Finanças