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DIREITO DE PROCESSO FISCAL E

ADUANEIRO

knowledge
“is
Power”

“If you think education is expensive, try ignorance”


Derek Bok
1
DIREITO
Direito é um sistema de normas de
conduta social.(imperatividade,
violabilidade, generalidade e abstracção e
coercibilidade);
Regula as relações que se estabelecem
entre os homens;
Relação jurídica: relação da vida social
regulada pelo direito, atribuindo direitos
subjectivos e os correspondentes deveres.

Danilo Liasse 2
PROCESSO
Palavra deriva da expressão latina pro
cedere, que significa avançar, progredir.

Todos os actos sucessivamente praticados


pelas partes e pelo tribunal desde a
propositura da acção até a decisão judicial
que aprecie, com força de caso julgado.

Danilo Liasse 3
Contencioso Aduaneiro

Conjunto de litígios emergentes da


actividade administrativa aduaneira do
Estado, cujo conhecimento e da
Competência dos tribunais aduaneiros, com
recurso à aplicação do direito aduaneiro.
(pág.21, Eunice Mangujo, Contencioso
Aduaneiro).

Danilo Liasse 4
Contencioso Fiscal

Significa que determinado contribuinte, sujeito


passivo está em litígio ou discordância com a
cujo conhecimento é da
administração fiscal.
competência dos Tribunais Fiscais, com
recurso à aplicação do direito fiscal.

Danilo Liasse 5
INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS

INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA
Segundo os teóricos e como veremos na lei, devido aos
receios de instabilidade jurídica e como forma de
fortalecer as garantias dos contribuintes, é proibida, de
acordo com o princípio da legalidade tributária- vide o
n.º 6 do artigo 5 da Lei n.º 15/2002, de 26 de Junho.
 

6
CONT.

INTEGRAÇÃO DE LACUNAS

 Não é possível fazer a integração de lacunas com


recurso a analogia, segundo o preceituado no n.º 5 do
artigo 10 da Lei Geral Tributária - LGT, aprovada
pela Lei n.º 2/2006, de 22 de Março, conjugado com
o n.º 5 do artigo 5 da Lei de Bases do Sistema
Tributário, aprovado pela Lei n.º 15/2002, de 26 de
Junho, as lacunas resultantes da aplicação das normas
tributárias não são susceptíveis da integração
analógica.

7
CONT.
Há uma limitação ou reserva da lei, de acordo com
o estabelecido no n.º 1 do artigo 10 e o com o n. 1
do artigo 4, ambos da LGT acima citada. Segundo o
qual na determinação do sentido das normas
tributárias e na qualificação dos factos a que as
mesmas se aplicam são observadas as regras e
princípios gerais de interpretação e aplicação das
leis.

 
Pelo que, não é possível aplicar a regra da analogia,
porque esta fere o princípio da legalidade.
8
Esta limitação é essencial para a preservação das liberdades
individuais;

Em observância do artigo 60 da CRM e o n.º 2 do artigo 3 da Lei


n.º15/2002, de 26 de Junho. Relativamente as normas fiscais
sancionatórias, está vedada a integração de lacunas.

Doutrinas da interpretação fiscal- in dubio contra fiscum, in dubio


pro fisco.
Convenções internacionais – n.º 1 e 2, do artigo 18 da CRM.
Convenções bilaterais para evitar a dupla tributação - devem ser
ratificadas pela AR, n.º 2 do artigo 179 da CRM.

9
CONT.
In dúbio contra fiscum – é uma orientação doutrinária que
vem do direito romano segundo o qual, na dúvida, a norma
fiscal deveria interpretar-se contra o fisco, isto é, em termos
favoráveis ao contribuinte.

In dúbio pro fisco – é uma doutrina baseada na convenção


de que o poder não se exerce arbitrariamente, nem
violentamente, e nem em beneficio de um só individuo, ou de
um só grupo social, que o imposto é consentido, ou até
voluntariamente prestado, pelos contribuintes. Entendem os
teóricos desta, que prevalece o interesse geral – a
tributação, pelo que as normas fiscais devem ser
interpretadas favoravelmente ao fisco.
DANILO LIASSE 10
CONT.
Interpretação literal, económica e da interpretação funcional -
sempre tendo em conta os aspectos políticos, económico, jurídicos e
técnicos das normas fiscais, ao fim de revelar a sua função.

As normas fiscais e aduaneiras - são interpretadas de acordo com os


princípios gerais da hermenêutica jurídica, salvo quando se trate de
normas de incidência, taxas e garantias dos contribuintes, benefícios
fiscais, bem como as normas fiscais e aduaneiras sancionatórias.

Vide o n.º 1 do artigo 10 da LGT.

Critérios gerais - art. 9 do CC.

CRM, Lei n.º 15/2002, de 26 de Junho e a Lei n. º 2/2006, de 22 de


Março.
 
DANILO LIASSE 11
APLICAÇÃO DAS LEIS FISCAIS E
ADUANEIRAS
Trata: da entrada em vigor das normas fiscais e
aduaneiras, a cessação da vigência e a sucessão das
mesmas normas no tempo.

Princípio da retroactividade - n.º 5 do artigo 127 da


CRM.

A irretroactividade encontra fundamento nos princípios


da legalidade, da justiça, da segurança jurídica e da
boa Fé, de acordo com o n.º 1 do art. 60 da CRM e o
artigo 57. 12
Espaço

Territorialidade do imposto resulta da delimitação de


aplicação no espaço das normas fiscais e
aduaneiras(elemento objectivo e subjectivo).

DANILO LIASSE 13
PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO
É toda a sucessão ordenada de actos e formalidades da administração
tributária, relativos a liquidação e cobrança, voluntária e coerciva, de
tributos. art. 49 a 170 da LGT.

Integram os procedimentos tributários, as acções preparatórias ou


competências de informação e fiscalização tributária e a emissão ou
revogação de quaisquer actos da administração tributária.

Vigora neste – o Princípio de exaustão dos meios


administrativos graciosos. Art. 52 da LGT.

e são definitivos os actos praticados por autoridade tributária


competente. Art. 51 da LGT DANILO LIASSE 14
Constitui Procedimento Tributário: art. 49 da LGT
 A avaliação directa ou indirecta dos rendimentos ou valores
patrimoniais;
 O reconhecimento ou revogação de benefícios fiscais;

 A liquidação dos tributos quando efectuados pela


administração tributária;
 A cobrança da obrigação tributaria, na parte que não tiver
natureza judicial;
 A reclamação e o recurso hierárquico dos actos da
administração tributária;
 A revisão, oficiosa por iniciativa dos interessados dos actos
tributários.
DANILO LIASSE 15
MEIOS PROCESSUAIS FISCAIS E ADUANEIROS

A todo o direito ou interesse legalmente protegido corresponde um meio


processual próprio destinada a sua tutela jurisdicional efectiva.

ART. 177 DA LGT.

MEIOS PROCESSUAIS FISCAIS: recurso, acção, intimação,


produção antecipada da prova, etc.

DANILO LIASSE 16
GARANTIAS DO SUJEITO PASSIVO
 
Garantia geral – ART. 50 LGT
O procedimento tributário pode desenvolver-se de forma anormal,
violando direitos e interesses legalmente protegidos dos particulares.

EX: não pagar tributos – CRM, informação tributária, recurso


contencioso, etc.

De forma a evitar ou sancionar tais violações, a nossa legislação


consagra um conjuntos de garantias, que podem ser agrupadas em dois
grandes grupos: IMPUGNATÓRIAS E NÃO IMPUGNATÓRIAS.

DANILO LIASSE 17
GARANTIAS IMPUGNATÓRIAS
São os meios através dos quais um sujeito põe em crise
a conformidade de um determinado acto da
administração tributária com o ordenamento jurídico e
tem como objectivo proceder a sindicância ou controle
desse acto.

Estas garantais podem ser administrativas ou judiciais,


consoante a sindicância ou o controle do acto e
solicitado junto de órgãos administrativos ou juntos de
órgãos judiciais.
DANILO LIASSE 18
GARANTIAS NÃO IMPUGNATORIAS-

O legislador consagrou um conjunto de garantias não litigiosas dos particulares


nomeadamente- o direito a informação sobre a sua concreta situação tributaria e a
informações vinculativas, alínea d do artigo 50 e artigo 101 da LGT,

 Direito ao esclarecimento acerca da interpretação das leis tributarias e do modo mas


comodo e seguro de as cumprir alínea c do artigo 50 e artigo 99 e 100 da LGT,
 Direito a notificação e fundamentação dos actos do procedimento tributário que
interferiram com direitos legalmente protegidos artigo 53 da LGT,
 Direito a audição previa artigo 58 da LGT,
 Direito a caducidade da liquidação, artigo 86 da LGT,
 Direito a prescrição da divida tributaria artigo 48 da LGT,
 Direito ao reembolso de prestações indevidas artigo 167 da LGT, direito a juros
indemnizatórios artigo 170 da LGT.

DANILO LIASSE 19
Impugnatórias administrativas ou graciosas

Na lei fiscal são - reclamação e o recurso hierárquico.

Reclamação graciosa – consiste no pedido de reapreciação de um determinado acto de


natureza administrativa junto da própria entidade que o praticou e caracteriza-se por analisar
motivos respeitantes a legalidades do acto sindicato.

Art.126 da LGT, n. 4 do artigo 125 da LGT.

Prazo- artigo 128 LGT – 60 dias

1 Ano – se o fundamento persistir em preterição de formalidades essenciais.

Decisão – n. 3 do artigo 132 - 60 dias.

N. 2 do artigo 127 - não pode ser deduzida reclamação graciosa quando tiver sido
apresentado recurso contencioso sobre a mesma matéria.

Artigo 129 da LGT - em regra a reclamação graciosa não tem efeito suspensivo, isto e, não
suspende a execução do acto objecto de reclamação, salvo se for prestada garantia adequada.

O n. 4 do artigo 161 da LGT - a garantia pode ser bancaria, caução, seguro-caução ou


qualquer outro meio susceptível de assegurar as dividas.

Artigo 130 e 131-cumulacao de pedidos.

DANILO LIASSE 20
RECURSO HIERÁRQUICO
Traduz-se na possibilidade de impugnação do acto junto
do superior hierárquico do agente que praticou o acto.

N. º 1 do artigo 138 da LGT- fundamentos;


139 da LGT – prazo – 90 dias;
n.º 3 do artigo 140 da LGT, decisão – 60 dias.
 
n.º 2 e 3 do artigo 138 da LGT conjugado com o artigo
129, o recurso hierárquico tem efeito devolutivo, não
suspende a execução do acto objecto de recurso, salvo
se for prestada garantia adequada. N.º 4 do artigo
141. DANILO LIASSE 21
Garantias Impugnatórias Contenciosas

Tutela jurisdicional
Art,. 62 e 69 da CRM – consagrou a tutela jurisdicional, isto é, contra
os actos violadores de direitos estabelecidos na constituição e demais
leis.

Existência de tribunais específicos em matérias de impostos, os


tribunais fiscais – art. 167, n.º 2 e 223 da CRM.

Diploma Ministerial n.º 783, 18 de Abril de 1942- Regulamento do


Contencioso das Contribuições e Impostos.

DANILO LIASSE 22
Conceito de Garantias Contenciosas

Abrangem todos os meios processuais que tem por objectivo autorizar ou fiscalizar a actuação
administrativa tributaria, nomeadamente- a impugnação judicial, o recurso contencioso, as
acções e outros meios processuais- providencias acautelares judiciais.

Em sentido restrito abrange apenas a impugnação judicial ou seja o recurso de um acto que
resulta de uma actuação administrativa, por isso se fala em recurso contencioso.

A acção

Refere-se àqueles casos em que o sujeito recorre, por assim dizer, isto e, independentemente
de qualquer actuação administrativa anterior que queira sindicar. A acção para
reconhecimento de um direito ou interesse legalmente protegido em matéria tributaria.

Na impugnação judicial e no recurso contencioso estamos diante daqueles casos em que o


sujeito recorre a tribunal com o intuito de colocar em crise um acto praticado pela
administração tributaria.

DANILO LIASSE 23
Direito de recurso contencioso - sendo este uma garantia típica dos particulares contra a
actuação da administração, perante o exercício ilegal do poder administrativo.

RECURSO CONTECIOSO – visa a anulação total ou parcial dos actos tributários. Além da
anulação, o recurso visa a obtenção da declaração de nulidade ou declaração de inexistência
do acto tributário.

Trata-se, em geral, da mesma finalidade que preside a reclamação graciosa, só que neste caso
a apreciação e feita não por órgãos administrativos mas sim por um órgão judicial.

Prazo para interposição de recurso contencioso - 30 dias após a notificação- n. 7 do artigo 128
e n. 2 do artigo 127 da LGT.

Na legislação processual, o RCCI, aprovado pelo diploma legislativo n. 783, de 18 d Abril de


1942, a impugnação e o recurso judicial correspondem a duas formas diferentes de processo,
nomeadamente o processo de reclamação contenciosa e o processo de julgamento das
transgressões.

DANILO LIASSE 24
ACÇÕES – ART. 177 DA LGT
Âmbito- as omissões lesivas da administração tributária
diferentemente dos recursos que são as acções lesivas.

Acção para intimação de um comportamento - prestação de


informações, passagem de certidões, consulta de processos
etc.

Este meio só pode ser utilizado se for demostrado que é o


mais adequado para assegurar a tutela do direito ou interesse
legalmente protegido.

DANILO LIASSE 25
PRINCIPIOS DO CONTECIOSO FISCAL

NA LGT ‘ foram estabelecidos os princípios e normas gerais do ordenamento jurídico tributário


contencioso.

Igualmente os princípios e normas do procedimento e também do processo.

Aqui os tribunais fiscais aplicavam duas leis processuais a Lei n.º 2/2006, de 22 de Marco e o
RCCI, aprovado pelo Diploma Ministerial n.º 783 de 18 de Abril de 1942.

Os princípios são –

Tutela jurisdicional, art.62 –

Acesso aos tribunais, art. 69 –

Direito de impugnação, art,70

direito de recorrer aos tribunais e n.º 3 do artigo 253 da CRM.- que prescrevem o direito do
cidadão recorrer ao tribunal – recorrer contenciosamente- contra os actos que violem os
seus direitos e interesses.

Análise do artigo 7 da Lei n.º 2/2004, de 21 de junho e art. 52 da LGT, n. 1 do artigo 171 da
LGT, ART. 51 DA LGT EM CONTRA POSICAO do artigo 56 da CRM, 253.

DANILO LIASSE 26
PRINCÍPIO DO INQUISITORIO E VERDADE MATERIAL. N. 1 e 2 do artigo 175

Impõe que o juiz não se limite as alegacões e provas acarreadas pelas partes, quando não
conheça imediatamente do pedido, deve realizar ou ordenar todas as diligências necessárias
ao apuramento da verdade relativamente aos factos alegados ou de que oficiosamente deva
conhecer. Aqui e utilizado para fazer face a desigualdade entre a administração e o sujeito
passivo.

PRINCÍPIO DA CELERIDADE – 173 DA LGT. Corolário da tutela jurisdicional efectiva.

Dispõe que o direito de recorrer contenciosamente implica o direito de obter, em prazo a


regulamentar, uma decisão que aprecie, com forca e caso julgado.

PRINCIPIO DA COOPERACAO – N. 3 E 4 DO ARTIGO 175 DA LGT. Vincula os particulares e todas


as autoridades ou repartições públicas, os quais estão obrigados a prestar colaboração,
informação ou remeter cópias de documentos solicitados pelo juiz com vista ao conhecimento
do objecto do processo.

Excepção n. 3 do artigo 254 do CPP, APLICAVEL EX VI DA AL. C DO ARTIGO 3 DO RGIT.

PRINCIPIO DA LEGALIDADE, IGUALDADE, PROPROCIONALIDADE, JUSTICA E IMPARCIALIDADE.

DANILO LIASSE 27
PROVA NO PROCEDIMENTO TRIBUTÁRIO – 114 da LGT, 119 LGT

Meios de prova – necessários ao apuramento correcto dos factos.

Ónus da Prova e de alegacão- princípio de investigação, inversão do


ónus da prova ou a sua alegacão. Art. 51 da Lei n.º 15/2002, de 22 de
Junho.

Valor probatório – informações prestadas pela inspecção tributaria


fazem fé quando fundamentadas.

ECPartido-Tomo Psco 28
NOTIFICAÇÃO – art. 28, 53, da Lei n.º 15/2002, de 26 de Junho e 53 e
seguintes da LGT
Os actos do procedimento tributário, que interfiram com direitos ou interesses
legalmente protegidos, devem ser sempre notificados ao sujeito passivo ou ao
seu representante legal, com respectiva fundamentação- prazo para o
exercício de 8 a 15 dias.

A eficácia das decisões da AT depende da notificação, porque só produzem


efeitos quando sejam validamente notificados.

A notificação deve conter – decisão e fundamentos, meios de defesa, prazo


para reagir, indicação da entidade que praticou o acto e se o fez por delegação
ou subdelegação.

DANILO LIASSE 29
Relação Jurídica Fiscal e Obrigação fiscal

A relação interprivada que o direito “regula


através da atribuição a um sujeito de um
direito e a imposição ao outro de um dever
ou sujeição”.

Castro Mendes: “num nexo de atribuição


recíproca de um direito e de uma
vinculação”

30
Com esta definição pretende-se encontrar os seguinte
elementos:

Relação jurídica fiscal – relação entre o sujeito activo e


sujeito passivo que tem por objecto um complexo de direitos
e deveres subjectivos de natureza fiscal, envolvendo a
relação de imposto e as diversas relações jurídicas
acessórias.

A obrigação fiscal respeita a principal obrigação do sujeito


passivo na relação j.f., ou seja, a obrigação de pagar o
imposto.

Sujeitos: passivo e activo;

Objecto;

Facto; e

Garantias.
DANILO LIASSE 31
Sujeito: artigo 161 da LGT, 865 do CPC.

Sujeito activo, titular do poder tributário, titula da competência


tributaria, sujeito passivo, contribuinte, substituto, responsável,
sucessor, sub-rogado, suportador económico do imposto, etc.

Objecto: direitos e vinculações de natureza fiscal, podendo ser uma


prestação pecuniária e ou prestação acessória(deveres acessórias ou
obrigações acessórias. Prestação do imposto.

Função de lançamento, liquidação e cobrança de imposto (competência


do sujeito activo),

Determinar a matéria colectável, o montante do imposto, entrega.

Natureza comunicativa, declarativa, contabilística.

Garantias- art. 161 da LGT, 601 E 817 do CC.

DANILO LIASSE 32
Regras gerais dos crimes tributários: art. 193, 194, 195 da
LGT.

Infracções tributárias: artigo 181 da LGT., Art. 41 do RJF.

Conceito: os factos típicos, ilícitos e culposos declarados


puníveis pelas leis tributárias.

Podem ser: crimes, contravenções ou transgressões.

Aplicação da lei no tempo e no espaço – artigo 182 e 183.

Crimes tributários não aduaneiros - artigo 199, 200, 201, 202


e 203, da LGT.

Extinção da R.J.L(Art. 32/48 da Lei n.º 15/2002, de 26 de


Junho)_ pagamento, compensação, dação em cumprimento,
confusão, falência ou insolvência, prescrição, caducidade.
Art. 44 da LGT, 837 cc, 304, cc,,86 e 48 da LGT.
DANILO LIASSE 33
REGIME GERAL DAS INFRACÇÕES TRIBUTÁRIAS –
aprovado pelo Decreto n.º 46/2002, de 26 de Dezembro

Incide sobre os impostos: imposto sobre rendimentos das


pessoas singulares,, colectivas, IVA, os restantes impostos ou
prestações tributarias.

Prestação tributária – impostos taxas e demais tributos fiscais ou


parafiscais cuja cobrança caiba à administração tributária.

ART. 2 – acto, acção ou omissão do contribuinte, substituto,


responsável ou representante tributário, contraio as leis
tributárias.

Infracções tributárias: crimes e contra-ordenações, transgressões


ou contravenções.

Regulamento (procedimento da fiscalização tributaria)


aprovado pelo Decreto n.º 19/2005, de 22 de Junho.

DANILO LIASSE 34
Regras Gerais dos Crimes Tributários

Penas aplicáveis – 193 a 198 da LGT

Crimes tributários não aduaneiros:

Fraude fiscal;

Fraude fiscal qualificada;

Abuso de confiança fiscal – 199 a 203 da LGT.

DANILO LIASSE 35
Processo Jurisdicional Tributário

Acesso a justiça fiscal e aduaneira –

Direito ao recurso – art. 171 da LGT, art. 34 do diploma


legislativo.

172 LGT- irrenunciabilidade do direito ao recurso contencioso;

173 LGT- celeridade da justiça fiscal e aduaneira;

174 LGT- igualdade dos meios processuais;

Meios processuais fiscais aduaneiros – 177 LGT;

n. 2 do art.177 LGT- meios processuais fiscais .

DANILO LIASSE 36
CONTECIOSO ADUANEIRO

Contencioso Administrativo – é o conjunto dos litígios entra


a Administração Publica e os particulares, que tenham de ser
solucionadas pelos Tribunais Administrativos e por
aplicação do direito administrativo. Chambule.

Conjunto de litígios emergentes da actividade


administrativa do Estado, cujo conhecimento é da
competência dos tribunais aduaneiros, com recurso à
aplicação do Direito Aduaneiro (pág.. 21, Eunice Mangujo
Simbine, o contencioso aduaneiro – a garantas dos
particulares à luz da ordem jurídica moçambicana.

VIDE o art. 228 da CRM, 230, 16, n.º 2, 4 e 5 e 23, n.º 2 . Todos
da Lei n.º 10/2001, de 7 de Julho.

DANILO LIASSE 37
Garantias do particulares – são os meios previstos na
constituição e demais leis, que se destinam a assegurar
preventiva ou repressivamente a legalidade administrativa e, por
conseguinte, os direitos e interesses legalmente protegidos dos
cidadãos.

No contenciosos aduaneiro – como defende o Professor Diogo


Freitas de Amaral- é o conjunto de providências que asseguram a
realização dos direitos e interesses legítimos dos particulares, que
possam ser violados pela administração aduaneira no âmbito do
exercício das suas funções, por via dos tribunais aduaneiros.

Administração pública – justiça administrativa

DANILO LIASSE 38
Ilícito aduaneiro /Ilícito administrativo

Ilícito Aduaneiro (repreensivo) – surge da negação de um conjunto de


normas repressivas - é regra geral de natureza criminal, vide o artigo 1.º
do CFA e artigo 1.º do CP, e, ainda, artigos 36º e 42º do CFA, E 204 e 205
da Lei n.º 2/2006, de 22 de Março.

Exige a ilicitude e o animus fraudandi. Mas a mera ilegalidade do


facto, se enquadra às meras transgressões fiscais. Art. 51 da CFA.

Ilícito criminal aduaneiro - resultará da violação de um sistema de


normas que qualificam certos factos como crimes aduaneiros ou
transgressões. ART. 1º e 2º da CFA.

Ilícito administrativo – nasce da violação de um complexo de normas


essencialmente preventivas, pois, tais, como finalidade última
estabelecer uma rede de precauções, por forma a evitar a violação de
regras reguladores da actividade administrava.

DANILO LIASSE 39
Neste âmbito, existem meios e pressupostos processuais que o
particular pode e deve contar na defesa dos seus direitos e ou
interesses legalmente protegidos, no âmbito do Contencioso Fiscal
Aduaneiro.

Acção (omissão) – é o meio processual que visa solicitar ao Tribunal


uma 1.ª definição do direito aplicável a um determinado caso
concreto. CHAMBULE.

Recurso – é o meio processual através do qual se solicita ao tribunal


uma reapreciação de um acto da administração pública.
CHAMBULE.

Existência de um acto da administração tributária aduaneira.

Fundamento para o pronunciamento do tribunal de 1 instancia.

Sem o acto administrativo e definição do direito aplicável a situação


jurídica resultante desse acto não haverá recurso.

DANILO LIASSE 40
CFA – Recurso de agravo – 679.º CPC e art. 179.º CFA, 185.º, 149.º

Recurso ordinário dos acórdãos dos tribunais de 1.ª instância – art.


177.º CFA.

Recurso extraordinário – art. 178 CFA.

Recurso extraordinário – qualquer processo, onde não caiba ou tenha


sido admitido recurso de agravo e não haja r. obrigatório.

Recurso obrigatório – 180.º CFA.

Contestação - 141.º CFA.

DANILO LIASSE 41
Recurso de agravo – recurso ordinário das decisões do tribunal de 1.ª
instância, susceptíveis de recurso, mas de que não cabe apelação, isto é, no
geral, agrava-se de todas as decisões que não conheçam o mérito da
causa. 733.º CPC.

Casos de despacho de indiciação e de não indiciação, vide artigos


118.º, 176.º, 185.º(prazo), 179.º do CFA, 179º do CPC.

Recurso apelação – recurso ordinário que é interposto da sentença final ou


despacho saneador que conheçam o mérito da causa. 248.º e 252.º CPC.

Contestação
o Código de Contencioso Aduaneiro prevê, ao lado do Recurso, um outro
meio processual, a contestação. Art. 120 do CFA, esta Consistirá numa
exposição escrita e conscisa dos factos em que se baseia a exposição do
contestante ao despacho do contraditório.
Art. 140.º, 141.º.

DANILO LIASSE 42
Pressupostos Processuais

Como acontece em qualquer marcha processual, é preciso compreender quais são


as condições de processibilidade que se devem reunir, de forma cumulativa, para
que tribunal possa receber os autos e conhecer do mérito da causa.

Personalidade judiciária – O CFA , não faz alusão. Daí o art.12.º legislação


subsidiária – art.º 5 do CPC.(exequente, autor e recorrente).

Art. 57, 58 e 59. Lpca.-/ 185 CA.


Lei n.º 22/2007, de 1 de Agosto.

Capacidade Judiciária (quem pode ser parte)– silêncio do CFA , art.º 5 do


CPC.

Patrocínio Judiciário – Assistência técnica prestada ás partes os


profissionais de foro, a condução do processo no geral ou na realização de
certos actos em especial. Art. 62 da CRM, há obrigatoriedade de
constituição de advogado ou não? Uma efectiva tutela administrativa.

DANILO LIASSE 43
PAPEL DO MINISTÉRIO PÚBLICO- Lei n.º 22/2007, de 01 de Agosto

Representação, assistência e fiscalização.

Art. 236 da CRM – Funções.

Lei do P.C.A – 63 e 74.

Lei n.º 10/2001, de 7 de Julho.(art.º. 20), 12º e 53º do CFA, 2 n.º 3 da Lei
n.º 2/2006, de 22 de Março.

Alfândegas - assistente do MP- art. 21 da Lei n.º 10/2001, de 7 de Julho

n.º 2 do artigo 20 da Lei n.º 10/2001, de 7 de Julho.

Ordenar diligências, na fase preparatória, fiscalizar a legalidade, o


exercício da acção penal, a direcção da instrução preparatória dos
processos –crimes, controlar a legalidade e detenções.

Fases de intervenção no contencioso fiscal e aduaneiro: instrução


preparatória, acusação, julgamento, recursos e de execução da sentença.

DANILO LIASSE 44
TRÂNSITO EM JULGADO

Conceito: refere-se a uma decisão judicial insusceptível de recurso


ordinário ou de reclamação(artigo 677.º do CPC).

Artigo 116.º do CFA – O despacho de indiciação ou não indiciação,


adquire o efeito de julgamento definitivo.

Caso a decisão do tribunal de 1.ª instância não seja impugnada de


nenhuma das formas e dentro dos prazos previstos no CFA, ela torna-
se definitivamente valida, e por conseguinte, sanados todos os
eventuais vícios de que a mesma possa estar inquinada.

DANILO LIASSE 45
Notificação: art. 53 a 57 da LGT/ 71 DA CFA

Provas: 114 a 119 da LGT/onus da prova art. 51 da Lbst.

Prazos: prazo dilatório e peremptório

Dilatório: aquele que difere para certo momento a possibilidade


da realização de um acto ou inicio de contagem de um outro
prazo(dilação-180 .º CPC).

Peremptório- lapso do tempo dentro do qual um acto pode ser


praticado, sob pena de não mais poder ser feio.(145º e 146 do
CPC).

Constituição de Advogado: artigo 8 da Lei n.º 7/2014, de 28 de


Fevereiro.

Sentença: acto pelo qual o juiz decide a causa principal ou


incidente pondo termo ao dissidio entre as partes(artigo 156, n.º
2).

Acórdão: decisão do tribunal colegial, segundo a lei, põe fim a


causa (art. 156, n.º 2, 2.ª parte).
DANILO LIASSE 46
JURISDIÇÃO ADMINISTRATIVA – LEI N.º 7/2015, DE 6 DE
OUTUBRO QUE REPUBLICA A LEI N.º 24/2013, DE 1 DE
NOVEMBRO

Constituição: artigo 3 – TA, Taps e Fiscais e Aduaneiros.

Função jurisdicional: artigo 4

Limites jurisdicionais: art. 5

Alçada – art. 12

Natureza do recurso contencioso – art. 8

Competência – artigos 9 e 10

Direito subsidiário – art. 15

TA – art. 17

DANILO LIASSE 47
PLENÁRIO DO TA - Art. 26

CONTECIOSO FISCAL E ADUANEIRO – 2ª SECÇÃO DO TA(LEI


N.º 7/2015, DE 6 DE OUTUBRO)

Competências em razão da matéria- art. 30

Constituição da secção: art. 31

Exclusão de infracções criminais - art. 32

Tribunais Fiscais e Aduaneiros (art. 61) – Leis ordinárias

DANILO LIASSE 48
INFRACÇÕES TRIBUTÁRIAS

Definição 1.º - Lei n.º 15/2002, de 26 de Junho

Tipos de culpa: podem ser cometidos com dolo ou negligência (art.


42.º)

Crimes e contra-ordenações(art. 43.º)

Extinção: (art. 48.º)

Infracção fiscal – art. 1 do CFA.

Art. 2 do CFA – delitos fiscais e transgressões.

Responsabilidade fiscal de natureza criminal (art. 13 do CFA): delito


frutado, tentativa, cúmplices, encobridores), art. 16 do CFA.

Infracções fiscais eme especial: Contrabando e descaminho(art.36 e


42 CFA). DANILO LIASSE 49
NULIDADES

ART.62 CFA

DESPACHO DE INDICIAÇÃO E NÃO INDICIAÇÃO –


ART. 112.º CFA

DANILO LIASSE 50

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