Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Objeto da Prova
Artigo 410.º, 591./1/f), 596.º do CPC
A prova constituenda é aquela que se constitui no processo pendente; é a hipótese, por Mera Justificação - A mera justificação basta-se com a
exemplo, da prova testemunhal. Procedimento igual excepto: –Avaliação da prova; a prova constituenda demonstração de que o facto é verosímil. Ela só exige
é livremente apreciada pelo tribunal (art. 607.º, n.º 5 do CPC art. 389.º, 391.º e 396.º CC). que o tribunal forme uma convicção sobre a aparência
de verdade do facto.
Simples e complexa: Nota (MTS): O que distingue a prova stricto sensu da mera
justificação é a sua referência: A prova stricto sensu toma como
A prova pode incidir sobre o facto probando ou sobre um facto probatório do qual se retira referência a verdade do facto; ela pode servir-se de uma
probabilidade para estabelecer essa verdade, mas exige-se que o
o facto probando. Este é o critério de distinção entre prova simples e complexa.
tribunal forme a convicção sobre a verdade do facto. Assim a
verosimilhança não deve ser confundida com a probabilidade.
Simples: Se o meio de prova se refere ao próprio facto probando, há apenas uma relação entre o
meio de prova e o facto probando: nesta hipótese, a prova é simples. Ex: documento escrito para provar A mera justificação, porque é um grau de prova menos
a celebração do contrato de arrendamento; exigente do que a prova stricto sensu, só é suficiente nas
situações previstas na lei. É o que acontece, atendendo à
Complexa: Se o meio de prova respeita a um facto probatório, há uma relação entre o meio de celeridade exigida para o seu decretamento e ao seu
prova e o facto probatório e uma carácter provisório, nas providências cautelares, que
– outra
. relação entre o facto probatório e o facto probando. Ex:
exigem apenas uma verosimilhança da existência do
Presunções Legais. Estrutura das Presunções Legais: i) facto que serve de base à presunção (pode
ser um meio de prova qualquer, por ex. um documento) + nexo lógico que se estabelece pelo direito.
legislador = facto presumido (facto probando).
Princípio de Prova – hipótese. O princípio de prova é
Provas por Presunção: base legal – artigo 349.º do CC: o menor grau de prova: ele vale apenas como factor
corroborante para a prova de um facto. Esta convicção
Presunções Legais: 350.º do CC não é relevante enquanto não for confirmada por outras
- Ilidível faz prova plena, logo só por ser afastada com prova em contrário (347.º do CC). Atenção! Aqui o provas, ou seja, o princípio de prova não tem nenhum
que se “afasta” é o facto probando/facto presumido. Porque o facto base da presunção (que é obtido através valor probatório próprio.
de um meio de prova qualquer) esse pode ser afastado ou com contraprova – 346.º do CC, (se por exemplo o
meio de prova fizer prova bastante), ou se o facto base for através de documento particular autenticado e fizer
prova plena, então aí o facto probatório/facto base só pode ser afastado com prova em contrário (317.º do
CC).
- Inilidível – o facto probando/presumido faz prova pleníssima, portanto não admite a prova em contrário.
(art. 350/2.º parte final). No entanto o facto base por ser “afastado”, mais uma vez depende do meio de prova
que estiver por base do facto probatório/facto base.
ii) Prova Plena – cede perante prova em contrário II ) A prova dos factos impeditivos, modificativos ou
extintivos do direito invocado (ou seja, a prova das
excepções peremptórias) compete àquele contra quem a
A prova plena é aquela que só cede perante a prova do contrário, que consiste na invocação do direito é feita (art. 342.º, n.º 2, CC), isto é, ao réu
prova do facto contrário do facto provado e, por isso, na negação interna de um (normalmente), por isso é que se costuma dizer que o réu quando alega
enunciado (artigo 347.º do CC). exceções perentórias é autor, porque é ele que as tem de provar.
Meios de Prova
Noção: Os meios de prova são as fontes de convicção do tribunal sobre a veracidade (ou a verosimilhança) de um facto controvertido.
O enunciado dos meios de prova encontra-se nos art. 341.º a 396.º CC: esta localização decorre da circunstância de a enumeração dos meios de prova
admissíveis integrar o direito probatório material.
Presunções – Prova por confissão Prova documental Prova pericial Prova por Prova testemunhal
artigo 349.º a das partes – artigo (art. 362.º a 387.º (art. 388.º e inspecção (art. 392.º a 396.º
352.º a 361.º do CC (art. 390.º e 391.º
351.º do CC CC) 389.º CC) CC)
CC)
A este propósito, da
confissão prova, que é A perícia pode ser As testemunhas são
Presunções Procedimento: em
requerida pelas
Artigo 490.º do
uma figura diferente da relação ao tribunal CPC. designadas pelas partes,
Legais – artigo confissão do pedido, partes (art. 467.º, n.º
436.º do CPC numa peça chamada rol de
350.º do CC prevista no art. 277.º, al. 1 do CPC)
testemunhas,. O rol deve
O resultado da
d), e regulada nos art. ser apresentado com os
Em relação às partes Ou pode ser inspecção é livremente
287.º a 291.º como forma
Presunções de extinção da instância. 423.º do CPC +552/2.º determinada pelo apreciado pelo articulados (art. 552.º, n.º
tribunal (art. 391.º CC; 2, 572.º, al. d), e 588.º, n.º
Judiciais – artigo juiz (art. 467.º, n.º 1,
art. 607.º, n.º 5 do
351.º do CC Art. 355..º do CC: 477.º e 487º, n.º 2 do CPC.)
5) e pode ser alterado ou
Confissão Judicial – a que CPC. aditado até 20 dias antes da
é feita em juízo (355/2.º data da realização da
do CC). A força probatória da audiência final (art. 598.º,
Confissão Extrajudicial: perícia é apreciada
livremente (art. 389.º
n.º 2 do CPC
355/4.º do CC
CC; art. 489.º CPC-
Prova Documental
• Documentos exarados, com as formalidades legais, pelas autoridades públicas nos limites da sua competência; são os documentos autênticos oficiais;
• Documentos exarados, com as formalidades legais, dentro do círculo de actividade que lhe é atribuído, pelo notário ou outro oficial público provido
de fé pública; são os documentos autênticos extra-oficiais ou notariais.
Força Probatória: Os documentos autênticos fazem prova plena dos factos que referem como praticados pela autoridade ou oficial público respectivo, assim
como dos factos que neles são atestados com base nas percepções da entidade documentadora (art. 371.º, n.º 1 1.ª parte, CC).
Ex: Se A declara numa escritura pública que pagou € 10.000 a B e este que os recebeu, a escritura pública só faz prova plena da declaração (a qual pode ser uma confissão de B e fazer
prova plena como tal), a não ser que o pagamento haja sido efectuado ante o no-tário; nessa altura, o próprio facto do pagamento é autenticamente atestado.
ii) Particulares (autenticados, com reconhecimento notarial presencial ou por semelhança e simples) (art. 363.º, n.º 1, CC).
• Documentos autenticados, que são os documentos confirmados pelas partes, perante notário, nos termos prescritos nas leis notariais (art. 363.º, n.º 3,
CC), ou seja, são os documentos objecto de autenticação (art. 150.º, n.º 1, CNot)
Força Probatória: Os documentos particulares autenticados nos termos da lei notarial têm a força probatória dos documentos autênticos (art. 377.º CC). Isto
significa que fazem prova plena dos factos que referem como praticados pela autoridade ou oficial público respectivo, assim como dos factos que neles são
atestados com base nas percepções da entidade documentadora (art. 371.º, n.º 1 1.ª parte, CC).
• Documentos com reconhecimento notarial, que são os documentos particulares cuja letra e assinatura, ou cuja assinatura, se mostrem reconhecidas
por notário (art. 51.º, n.º 4, CNot);
• Documentos simples, que são os documentos escritos ou assinados por qualquer pessoa, sem intervenção alguma de funcionário público ou notário.
Força Probatória:
Documentos não assinados pelo seu autor; estes documentos são livremente apreciados pelo julgador, com excepção dos registos e outros escritos onde
habitualmente alguém tome nota dos pagamentos que lhe são efectuados (art. 380.º, n.º 1, CC), da nota escrita pelo credor, ou por outrem segundo instruções
dele, em seguimento, à margem ou no verso do documento que ficou em poder do credor (art. 381.º, n.º 1, CC) e dos livros de escrituração comercial (art. 44.º
CCom);
Documentos assinados pelo seu autor; estes documentos, quando genuínos, fazem prova plena quanto às declarações atribuídas ao seu autor (art. 374.º, n.º
1, e 376.º, n.º 1, CC).
Descarregado por Pinto Pereira (pintopereira1993@gmail.com)
lOMoARcPSD|32827993
Noção: O art. 352.º CC define confissão como o reconhecimento que a parte faz da realidade de um facto que lhe é desfavorável
e favorece a parte contrária.
a) A confissão judicial espontânea é, nos termos do art. 356.º, n.º 1, CC, a que é feita no processo por iniciativa do próprio
confitente (art. 356.º, n.º 1, CC).
b) A confissão judicial é provocada é, segundo o disposto no art. 356.º, n.º 2, CC, aquela que é feita em depoimento de parte,
requerido pela contraparte ou ordenado (art. 452.º, n.º 1 do CPC), ou na sequência da prestação de informações ou de
esclarecimentos ao tribunal nos termos do art. 7.º, n.º 2.
Nota: O Depoimento de Parte é diferente do pedido de esclarecimento de informações (7.º/2 do CPC). O pedido de esclarecimento de
informações só vale como depoimento de parte se levar à confissão, mas não é esse o intuito principal do regime do artigo 7/2.º do CPC.
– MTS)
a) Confissão simples é aquela em que o facto desfavorável é reconhecido sem qualquer reserva ou condição ou sem a
invocação de qualquer facto susceptível de afectar o seu efeito.
b) Confissão qualificada é aquela em que o facto é reconhecido com outra qualificação ou eficácia jurídica (por exemplo: a
parte reconhece que recebeu a quantia pretendida pelo autor, mas como doação, e não como mútuo).
c) Confissão complexa é aquela em que, conjuntamente com o reconhecimento do facto desfavorável, a parte alega um
outro que destrói o efeito da confissão.
Admissibilidade:
a) Quando seja declarada insuficiente por lei ou recaia sobre facto cujo reconhecimento ou investigação a lei proíba (art.
354.º, al. a), CC), como sucede, por exemplo, quando a lei exija, como forma da declaração negocial, documento autêntico,
autenticado ou particular (art. 364.º, n.º 1, CC);
b) Quando recaia sobre factos relativos a direitos indisponíveis (art. 354.º, al. b), CC), como são, por exemplo, aqueles que
se referem ao estado das pessoas.
c) Quando incida sobre factos impossíveis ou notoriamente inexistentes (art. 354.º, al. c), CC).
Força Probatória:
A confissão extrajudicial segue a regra segundo a qual a confissão tem o valor probatório do meio pelo qual é comunicada ao
tribunal. Assim, se for comunicada ao tribunal por documento autêntico ou autenticado, faz prova plena contra o confitente (art.
371.º, n.º 1, CC); se por testemunhas, por exemplo, não faz prova plena (art. 358.º, n.º 2, CC).
Fazer sempre a distinção entre Depoimento de Parte vs. Declarações de Parte: As partes podem requerer, até ao início das
alegações orais em 1.ª instância, a prestação de declarações sobre factos em que tenham intervindo pessoalmente ou de que tenham
conhecimento directo (art. 466.º, n.º 1 do CPC).
Prova Testemunhal
Noção: A prova testemunhal é a que resulta da transmissão ao tribunal, por certa pessoa, de informações de facto que interessam
à decisão da causa, e que foram pela mesma pessoa adquiridas sem que para isso tenha sido encarregada pelo tribunal.
Admissibilidade:
A prova testemunhal é admissível em todos os casos em que não seja directa ou indirectamente afastada (art. 392.º CC).
a) Contra ou em substituição do conteúdo de documento autêntico ou particular, isto é, para prova de convenções
contrárias ou adicionais ao conteúdo desses documentos (art. 394.º, n.º 1, CC); exceptua-se a hipótese de haver um
documento que constitua um princípio de prova e a prova testemunhal se destinar a completar este começo de prova
ou de a prova ser realizada por terceiros (art. 394.º, n.º 3, CC);
b) Contra meio de prova com força probatória plena, isto é, para prova do contrário de facto plenamente provado por
documento ou por outro meio de prova (art. 393.º, n.º 2, CC). A prova testemunhal não é admissível para provar uma declaração
contrária àquela que está coberta pela força probatória plena decorrente do reconhecimento ou não impugnação da letra ou da assinatura pela
parte contra quem o documento é apresentado (art. 376.º, n.º 1, CC)
c) Contra documento exigido pela lei ad probationem ou ad substantiam (art. 393.º, n.º 1, CC; art. 364.º CC), excepto
se a prova testemunhal for utilizada quanto à interpretação do documento (art. 393.º, n.º 3, CC);
d) Para prova dos contratos extintivos da relação obrigacional – como a novação (cf. art. 857.º CC) e a remissão (art.
863.º, n.º 1, CC) – e dos factos extintivos da obrigação –como o cumprimento (cf. art. 762.º, n.º 1, CC) e a compensação
(cf. art. 847.º, n.º 1, CC), se a declaração negocial houver de ser ou estiver reduzida a escrito ou se o facto estiver
plenamente provado por documento (art. 395.º CC).
Força Probatória:
A força probatória dos depoimentos das testemunhas é apreciada livremente pelo tribunal (art. 396.º CC). A livre apreciação
da prova testemunhal é uma consequência das patologias que podem afectar o valor do depoimento da testemunha (MTS).
Petição Inicial: o processo inicia-se com a apresentação da petição inicial (pi) , considerando
a ação proposta logo que o ato é ou se tem por praticado nos termos do artigo 259.º, n.º1 do
CPC. Constitui-se assim a instância , como relação jurídica entre o autor (pessoa que solicita
tutela jurisdicional) e o tribunal (a quem a solicitação é dirigida).
Esta iniciativa processual (intentar uma ação no tribunal – pedindo uma determinada tutela)
é insubstituível, pois só a ele cabe solicitar a tutela jurisdicional , que não pode ser
oficiosamente concedida (artigo 3/1.º do CPC). Assim o autor quando intenta uma ação
define um objeto processual:
Objeto do Processo
Elementos
Formas do Pedido
Regra Geral: o pedido é específico, determinado ou líquido; referente a prestação vencida;
relativo a todo o direito; único e certo ou fixo.
É o art. 556.º, n.º 1, que define em que casos é permitido formular pedidos genéricos. Um desses
casos é aquele em que o objecto mediato da acção é uma universalidade, de facto ou de direito
(art. 556.º, n.º 1, al. a)), ex. herança.
Fora do art. 556.º, há um caso em que a lei permite a formulação de um pedido genérico. O pedido
de prestações vincendas, no caso do art. 557.º, n.º 1, pode também apresentar se como pedido
genérico – condenação em todas as prestações que se vencerem.
O juiz deve fazer uso do pedir que é conferido pelo artigo 590/2/al.b) e n.3 do CPC: e convidar
o autor a concretizar o pedido. Se o autor não fizer, não estando a pi em condições de ser recebida,
o réu deve ser absolvido na instância com base numa exceção dilatória inominada.
Admissibilidade: art. 557/1.º do CPC (se o autor provar que existe interesse processual).
Na condenação in futurum o que acontece é que o autor apresenta o direito como exigível , mas
o réu na contestação defende-se por exceção perentória modificativa temporária, cuja consequência é a
condenação in futurum do réu no pagamento da dívida por exemplo.
c) Pedidos Parciais - Neste pedido, o autor não esgota na pretensão processual tudo o que
decorre da pretensão material.
A formulação do pedido parcial permite poupar em custas processuais e noutras despesas, mas a
sua valoração exige, antes do mais, a distinção entre o pedido parcial “aberto” e “oculto”.
O pedido oculto pode ser utilizado para defraudar a competência em função do valor e pode
mesmo indiciar uma litigância de má-fé nos termos do artigo 542/2/al.d) do CPC.
O pedido aberto é quando o autor formula um pedido parcial se forma clara. O autor pode
reservar-se no direito de vir a pedir outra indemnização por danos posteriores, noutro momento,
ou noutra ação, artigo 569.º do CC.
Descarregado por Pinto Pereira (pintopereira1993@gmail.com)
lOMoARcPSD|32827993
Enquadramento:
Por impugnação – aqui o réu contradiz os factos
articulados pelo autor ou nega que deles possa decorrer o
efeito jurídico pretendido por esta parte (art. 571.º, n.º 2 1.ª
parte); Aqui não há factos novos. Simplesmente o que
acontece é que o autor alega que x é verdadeiro, o réu alega
que este mesmo x é falso. O facto x fica controvertido, mas
O réu não há direito de resposta nos termos do artigo 3.º/4 por
pode se parte do autor.
defender
Por Exceção Dilatória (que se for procedente dá lugar à
absolvição do réu da instância).
Noção: A defesa por excepção peremptória consiste na invocação pelo réu de um facto que obsta à
produção dos efeitos decorrentes do objecto definido pelo autor e determina a absolvição, total ou
parcial, do pedido (art. 576.º, n.º 3, e 571.º, n.º 2 in fine).
Por isso é que há direito de resposta por parte do autor nos termos do artigo 3.º/4 do CPC (Não se
esqueçam que a réplica não serve para responder às exceções alegadas pelo réu, mas sim e tão só para
responder à reconvenção).
Modalidades
As excepções podem ter eficácia
1.
Cumulação Simples – Artigo 555.º do CPC
2 pedidos
A mesma parte
A mesma parte
1 Réu
1 Autor
+
- Compatibilidade Processual
Art. 555.º/1/2.ªparte + art. 37.º/1 a 3 do CPC;
Se o tribunal for absolutamente incompetente: exceção dilatória nominada: artigos 96.º, 99.º, 278.º, al.a),
576/2.º, 577/a), ex vi art. 37.º do CPC.
Aos pedidos cumulados têm de corresponder formas de processo compatíveis, se não estamos perante
uma exceção dilatória inominada que se for procedente dá azo à absolvição do réu da instância. No entanto
se não seguirem uma tramitação manifestamente incompatível (art. 37.º, n.º 2); a cumulação apenas é autorizada pelo
juiz se nela houver interesse relevante ou se a apreciação conjunta das pretensões for indispensável
para a justa composição do litígio (art. 37.º, n.º 2).
2.
Cumulação Alternativa – Artigo 553.º do CPC
2 pedidos
A mesma parte A mesma parte
1 Autor ou 1 Réu
Os pedidos alternativos não são aqueles em que se dá ao tribunal a possibilidade de escolha: não é
admissível que o autor peça ao tribunal que lhe atribua uma indemnização pela violação do seu interesse
contratual positivo (na hipótese de o tribunal reconhecer o incumprimento do contrato celebrado com o
réu) ou pela violação do seu interesse contratual negativo (no caso de o tribunal reconhecer que não foi
celebrado nenhum contrato entre as partes).
- Compatibilidade Processual
Art. 555/1/2.ªparte + art. 37.º/1 a 3 do CPC; - que aqui segundo o MTS se aplica por analogia.
Se o tribunal for absolutamente incompetente: exceção dilatória nominada: artigos 96.º, 99.º, 278.º, al.a),
576/2.º, 577/a), ex vi art. 37.º do CPC.
Aos pedidos cumulados têm de corresponder formas de processo compatíveis, se não estamos perante
uma exceção dilatória inominada que se for procedente dá azo à absolvição do réu da instância. No entanto
se não seguirem uma tramitação manifestamente incompatível (art. 37.º, n.º 2); a cumulação apenas é autorizada pelo
juiz se nela houver interesse relevante ou se a apreciação conjunta das pretensões for indispensável
para a justa composição do litígio (art. 37.º, n.º 2).
3.
Cumulação Subsidiária – Artigo 554.º do CPC
2 pedidos
A mesma parte A mesma parte
1 Autor + 1 Réu
Se o primeiro não for procedente
– Então o segundo!
- Compatibilidade Processual
Art. 554/2.º + art. 37.º/1 a 3 do CPC; - que aqui segundo o MTS se aplica por analogia.
Se o tribunal for absolutamente incompetente: exceção dilatória nominada: artigos 96.º, 99.º, 278.º, al.a),
576/2.º, 577/a), ex vi art. 37.º do CPC.
Aos pedidos cumulados têm de corresponder formas de processo compatíveis, se não estamos perante
uma exceção dilatória inominada que se for procedente dá azo à absolvição do réu da instância. No entanto
se não seguirem uma tramitação manifestamente incompatível (art. 37.º, n.º 2); a cumulação apenas é autorizada pelo
juiz se nela houver interesse relevante ou se a apreciação conjunta das pretensões for indispensável
para a justa composição do litígio (art. 37.º, n.º 2).
- Conexão Objetiva? O MTS diz que não, mas crítica iure condendo, porque só o valor do pedido
principal é relevante para determinar o valor da causa – artigo 297/3.º do CPC.
Cumulação Subsidiária Imprópria, que segue o regime do artigo 555.º do CPC: se o primeiro pedido
for procedente, então quero o outro pedido. (se x for procedente, então y).
Admissibilidade da Coligação =
Pressupostos Processuais:
- Compatibilidade processual;
i) Terem os pedidos a mesma e única causa de pedir (art. 36.º, n.º 1);
ii) Estarem os pedidos entre si numa relação de prejudicialidade ou de dependência
(art. 36.º, n.º 1);
iii) Depender a procedência dos pedidos principais essencialmente da apreciação dos
mesmos factos (art. 36.º, n.º 2);
iv) Depender a procedência dos pedidos principais essencialmente da interpretação
e aplicação das mesmas regras de direito (art. 36.º, n.º 2);
v) Depender a procedência dos pedidos principais essencialmente da interpretação
e aplicação de cláusulas de contratos perfeitamente análogas (art. 36.º, n.º 2);
vi) Basear-se um dos pedidos, deduzido contra um réu, na invocação da obrigação
cartular,
A falta de conexão objectiva é sanável nos termos do art. 38.º, n.º 1: o juiz notifica o autor
para indicar qual o pedido que pretende ver apreciado no processo; se o vício não for sanado,
o réu é absolvido da instância quanto a todos os pedidos (art. 38.º, n.º 1; art. 278.º, n.º 1, al.
e), e 577.º, al. f do CPC;
Aqui vale a regra geral para a cumulação simples: a falta de compatibilidade substantiva entre
os pedidos origina a ineptidão da petição inicial (art. 186.º, n.º 2, al. c)), de que resulta a
nulidade de todo o processo , que é uma exceção dilatória (art. 186.º, n.º 1, 278.º, n.º 1, al. b),
e 577.º, al. b)).
Aqui o réu torna-se autor do pedido reconvencional. E o autor torna-se réu deste pedido e
pode responder à reconvenção na réplica (artigo 584.º do CPC).
A reconvenção não é admissível quando a lei a proíba. Há neste ponto que tomar em conta
o art. 584.º, n.º 1: ao pedido reconvencional não pode o autor opor nova reconvenção.
A enumeração do art. 266.º, n.º 2, tem carácter taxativo e excepcional, dado que os casos
abrangidos constituem uma excepção à regra da estabilidade da instância (cf. art. 260.º).
ii) Adequação formal: a forma de processo apropriada para o pedido do autor tem
de ser adequada para o pedido reconvencional do réu (art. 266.º, n.º 3); ainda que
o não seja, o juiz pode autorizar a dedução do pedido reconvencional se houver
interesse relevante ou se tal for indispensável para a justa composição do litígio
(art. 266.º, n.º 3).
Provid•ncias Cautelares
Porque Ž que elas existem? Regime Jur’dico
Procedimentos Cautelares
MTS: A composi•‹o final de um lit’gio Ž algo que pode de- artigos 362.¼ a 409.¼ do CPC;
morar bastante tempo; Ž sempre necess‡rio deixar as partes
expor as suas raz›es, Ž frequentemente necess‡rio investigar os Caracter’sticas:
factos e Ž quase sempre necess‡rio decidir reclama•›es e recursos
(...). i) T•m como finalidade evitar o periculum in
mora, nos termos do artigo 365/1.¼ e 368/1.¼
Esta demora na satisfa•‹o judicial do interesse protegido cria o do CPC;
risco de um preju’zo ao seu titular (art. 362.¼, n.¼ 1, e 368.¼, n.¼ ii) Traduzem-se numa summaria cognitio, n‹o
1: periculum in mora). s— porque basta a mera justifica•‹o do direito
amea•ado (art. 365.¼, n.¼ 1, 388.¼, n.¼ 2, 392.¼,
Por esta raz‹o, a lei permite que, atravŽs de um processo mais n.¼ 2, e 405.¼, n.¼ 2), mas tambŽm porque o
simples e r‡pido (art. 365.¼, n.¼ 1 e 3: summaria cognitio) Ð mas, por procedimento cautelar Ž tramitado como um
incidente da inst‰ncia (art. 365.¼, n.¼ 3);
isso mesmo, menos seguro Ð, demonstrada a Òprobabilidade sŽria
da exist•ncia do direitoÓ amea•ado, nos termos do art. 368.¼, n.¼ iii) T•m como objecto um mero fumus boni
1: fumus boni iuris), o tribunal possa decretar uma tutela provis—ria iuris, dado que, para o decretamento da
que se destina a acautelar o efeito œtil da ac•‹o, nos termos do art. provid•ncia, basta a verosimilhan•a forte da
2.¼, n.¼ 2 in fine, isto Ž, a evitar que a composi•‹o definitiva seja exist•ncia do direito acautelado (art. 368.¼, n.¼
1);
inœtil.
iv) Provisoriedade da Provid•ncia Cautelar:
364/4.¼ do CPC : porque se a tutela definitiva
Interesse Processual: Como outra forma de tutela judici‡ria,
n‹o for concedida a tutela cautelar caduca
exigem o interesse processual do requerente. Como pressuposto (artigo 373/1/ al.c)), se a tutela definitiva for
processual da Provid•ncia Cautelar Ð tem de haver uma falta concedida ent‹o a tutela cautelar Ž substitu’da
de alternativa a essa provid•ncia. (caso t’pico: os alimentos provis—rios Ð 384.¼
do CPC passam a alimentos definitivos);
Finalidades
Modalidades
das Provid•ncias Cautelares
Arresto Arrolamento
Quando Ž que pode ser requerido? Quando o O que Ž e quando pode ser requerido? Aquele que tenha
credor tenha justo receio de perder a garantia direito a que lhe seja entregue um certo nœmero de bens,
patrimonial do seu crŽdito por dissipa•‹o ou pode requerer, havendo justo receio de extravio ou
oculta•‹o de bens por parte do devedor (art. dissipa•‹o deles, a sua descri•‹o, avalia•‹o e dep—sito: Ž o que
391.¼1/1 do CPC); se chama arrolamento (art. 403.¼, n.¼ 1 do CPC).
Objetivo: garantir o pagamento de d’vidas Ð MTS: o arrolamento pode recair sobre documentos (art.
rela•‹o entre credor e devedor (b arrolamento); 403.¼, n.¼ 1). Este arrolamento cumpre uma fun•‹o paralela
ˆ da realiza•‹o antecipada da prova (cf. art. 419.¼ e 420.¼),
Requisitos: Probabilidade da exist•ncia do distinguindo-se essas provid•ncias entre si pela circunst‰ncia
crŽdito + exist•ncia de justo receio de perda da de o arrolamento recair sobre provas prŽ-constitu’das e de
garantia patrimonial; a antecipa•‹o da prova incidir sobre provas constituendas.
Invers‹o do Contencioso
Enquadramento: Regime:
As provid•ncias cautelares t•m como finalidade a preven•‹o do periculum
in mora, j‡ que visam obviar a que a decis‹o proferida na ac•‹o principal se Segundo o disposto no art. 369.¼, n.¼ 1 do CPC, em certos casos e
verificadas certas condi•›es, o requerente Ž dispensado do —nus de
torne inœtil. E as provid•ncias cautelares n‹o podem tambŽm assumir uma
propositura da ac•‹o principal, sendo atribu’do ao requerido que
outra fun•‹o: a de se substitu’rem ˆ pr—pria tutela definitiva, ou seja, pretenda evitar a consolida•‹o da provid•ncia decretada o —nus de
a de consumirem a necessidade da propositura de uma ac•‹o principal propor uma ac•‹o de impugna•‹o.
destinada a confirmar a tutela provis—ria obtida atravŽs de uma dessas
provid•ncias.
O autor (requerente) da provid•ncia cautelar à se o juiz atingir um
grau de certeza à se estivermos a falar de provid•ncias
Requisitos: antecipat—rias à se o autor/requerente pedir isso (p. dispositivo) =
Artigo 369.¼, n.¼ 1 do CPC: pode haver invers‹o do contencioso.
1. Mediante Requerimento (p. do dispositivo) por parte do
requerente da provid•ncia/autor da provid•ncia; Em que consiste a Invers‹o? que n‹o Ž nada mais nada menos do
que o nosso autor/requerente da provid•ncia cautelar ficar rŽu na
2. O juiz tem de formar convic•‹o segura da exist•ncia do a•‹o principal e o rŽu/requerido da provid•ncia cautelar fica o autor
direito acautelado: ou seja n‹o basta a mera justifica•‹o (395.¼, da a•‹o principal porque ele vai contrariar, intentando a a•‹o principal
388.¼/2, 392.¼/2 e 405/1.¼ do CPC) para haver invers‹o do aquilo que o autor/requerente disse na provid•ncia cautelar;
contencioso. Tem de haver prova stricto sensu;
Assim o autor/requerente da tutela cautelar deixa de ter o —nus
3. A provid•ncia decretada tem de poder substituir-se em tutela de propor a a•‹o principal (lembre-se da instrumentalidade da
definitiva se o rŽu/requerido da provid•ncia omitir o seu —nus tutela cautelar) .
de propor a a•‹o principal.
E se o requerido/rŽu da tutela cautelar n‹o intentar a a•‹o
principal quando Ž decretada a invers‹o do contencioso
(omiss‹o do rŽu)? Ent‹o a’ as provid•ncias consolidam-se como
Assim a invers‹o do contencioso s— Ž admiss’vel se a tutela cautelar tutela definitiva.
puder substituir a tutela definitiva que, se n‹o tivesse havido invers‹o
do contencioso, o requerente teria o —nus de requerer na subsequente Finalidade da Invers‹o: evitar uma duplica•‹o de alega•›es e de
ac•‹o principal. provas no procedimento cautelar e na subsequente a•‹o principal.
MTS Ð Ž uma express‹o da economia processual;
MTS: Por exemplo, n‹o tem sentido admitir a invers‹o do contencioso quanto ˆ
provid•ncia cautelar de arresto, pois que a garantia da garantia patrimonial que o credor
obtŽm atravŽs dessa provid•ncia n‹o resolve o lit’gio entre ele e o seu devedor (que respeita,
n‹o ˆ garantia do crŽdito, mas ao pr—prio crŽdito). Fundamento legal: 376/4.¼
CPC.
Efeitos da Decis‹o
Efeitos Processuais:
Efeitos Substantivos:
I ) A irrevogabilidade da decis‹o, decorrente do Irrevogabilidade da decis‹o
esgotamento do poder jurisdicional do juiz quanto ˆ Os efeitos substantivos podem ser a
matŽria decidida -art. 613.¼, n.¼ 1 do CPC;
vs. Caso Julgado
determina•‹o de pontos antes
indeterminados da situa•‹o jur’dica:
Excep•‹o: possibilidade da rectifica•‹o de erros materiais, do S‹o realidades distintas.
suprimento de nulidades e da reforma da decis‹o (art. 613.¼, n.¼ 2; cf. Exemplo: o conteœdo da presta•‹o devida pelo
art. 614.¼ a 617.¼); A irrevogabilidade da decis‹o rŽu (fixado, regra geral, por critŽrios de
decorre do esgotamento do poder equidade: art. 339.¼, n.¼ 2, 462.¼, 496.¼, n.¼ 3,
II) O caso julgado formal (art. 620.¼ e 628.¼) e jurisdicional do juiz sobre a matŽria 566.¼, n.¼ 3, 883.¼, n.¼ 1 2.» parte, 993.¼, n.¼ 1 2.»
III. Efeitos da decisão
material (art. 619.¼), decorrente do tr‰nsito em decidida (art. 613.¼, n.¼ 1). Portanto parte, e 1158.¼, n.¼ 2 do CC), o prazo da
julgado da decis‹o, que se 1. verifica quando esta n‹o
Generalidades dirige-se ao juiz Ð a decis‹o Ž presta•‹o (cf. art. 777.¼, n.¼ 2 e 3, CC) ou o
seja suscept’vel de recurso ordin‡rio ou de prazo para a reparti•‹o da heran•a ou do legado
inalter‡vel para o juiz.
reclama•‹o para rectificarAerrosdecisão dopara
materiais, tribunal
suprir produz efeitos muito importantes, quer ao
(art.nível
2182.¼, processo,
n.¼ 3, CC). quer no
uma nulidade ou para a reformar quanto a custas e a O caso efeitos
julgado são
significa que as apenas à decisão transitada
multa ou quantoplano a lapsosdo manifestos
direito substantivo.
do juiz (art. Alguns destes atribuídos
partes j‡ n‹o podem impugnar a
628.¼; cf. art. 613.¼, Efeitos Normativos:
emn.¼julgado,
2); ou seja, nos termos do art. 628.º,(art.
decis‹o insusceptível de recurso ordinário ou de reclama-
628.¼). Portanto
dirige-se ˆs partes. Depois de Quando a decis‹o produz um efeito
III) A extin•‹o da ção.rela•‹o jur’dica processual (artigo transitado em julgado as partes
277/al.a) do CPC; - s— a decis‹o final normativo Ð ou seja Ð quando integra
deixam de a poder impugnar a
(senten•a/despacho saneador-senten•a) produz a previs‹o de uma norma.
decis‹o.
este efeito;
V’cios da Decis‹o
O erro material pode ser objecto de O erro judicial pode ser Tramita•‹o: se s— for admiss’vel a
A decis‹o, ainda que n‹o
reclama•‹o, o juiz profere decis‹o
pade•a dos desvalores de rectifica•‹o, por iniciativa das impugnado atravŽs:
definitiva sobre a nulidade (artigo
inexist•ncia ou nulidade, partes ou do pr—prio juiz (art. 613.¼, 617/6/1»parte do CPC.
pode ser ineficaz. n.¼ 2, e 614.¼, n.¼ 1 do CPC). Reclama•‹o: se n‹o couber recurso
ordin‡rio (art. 616/n.¼ 1 e 2 do CPC. Se tiver sido interposto recurso,
Como se trata de uma rectifica•‹o, incumbe ao juiz apreciar a alegada
ƒ o caso da segunda decis‹o n‹o Ž permitido (como o permite a Recurso ordin‡rio: se couber, o nulidade no despacho em que
sobre a mesma pretens‹o (art. anula•‹o) alterar o que ficou decidido. recurso de apela•‹o , se for interposto aprecia a admissibilidade do recurso
625.¼, n.¼ 1 do CPC) ou sobre N‹o sendo interposto recurso, a da 1.» inst‰ncia para a Rela•‹o Ð artigo (617/1 + 641/1.¼ do CPC)
a mesma quest‹o concreta da rectifica•‹o pode ter lugar a todo o 644.¼/1 do CPC, ou de revista se for
Se o juiz n‹o suprir a nulidade,
rela•‹o processual (art. 625.¼, tempo (art. 614.¼, n.¼ 3), cabendo interposta da Rela•‹o para o STJ n‹o cabe recurso aut—nomo do
n.¼ 2). recurso, nos termos gerais, do (artigo 671.¼ 1 do CPC); indeferimento Ð 617.¼, n.¼1 parte
despacho de rectifica•‹o (art. 644.¼, final. (mant•m-se inalterado o recurso
n.¼ 2, al. g)) O erro na decis‹o secund‡ria sobre interposto).
custas e multa Ž atac‡vel pedindo a
Se o juiz suprir a nulidade: a magia do
reforma da decis‹o (art. 616.¼, n.¼ 1). artigo 617/2.¼ do CPC;
A nulidade da senten•a tem de ser invocada, n‹o Ž de conhecimento oficioso - art. 615.¼, n.¼ 4 do CPC. Assim, se a parte n‹o
invocar a nulidade no recurso interposto, o tribunal ad quem n‹o pode conhecer dela. H‡, no entanto, uma excep•‹o: se faltar a
fundamenta•‹o do julgamento da matŽria de facto, a Rela•‹o pode ordenar, mesmo oficiosamente, que o tribunal de 1.» inst‰ncia a
fundamente ( art. 662.¼, n.¼ 2, al. d)).
Caso Julgado
MTS: O caso julgado fornece certeza e confian•a e Ž um elemento essencial para o bom funcionamento da justi•a
Tr‰nsito em Julgado Ð
Decis‹o Final/Senten•a art. 628.¼ do CPC
Neste lapso temporal de 30 dias (art. 638.¼/1 do CPC) as partes podem
Artigo 613.¼ do CPC Ð fica interpor recurso (art. 627.¼, 629.¼), logo para as partes a decis‹o final CASO JULGADO
imediatamente esgotado o poder ainda n‹o tem car‡cter de imutabilidade, porque pode ser
jurisdicional do juiz. Ele n‹o se impugnada! Passado o momento em que tal
pode mais pronunciar. tipo de altera•‹o ainda Ž poss’vel
Neste lapso de tempo a senten•a tambŽm pode ser alterada atravŽs dos (OS 30 DIAS Ð 638.¼ do CPC)
Efeito da irrevogabilidade da mecanismos previstos no artigo 614.¼ a 617.¼ do CPC (artigo 613/2.¼ do diz-se que a senten•a transita em
decis‹o; CPC). julgado:
Caso Julgado Formal Ð art. 620.¼ do CPC Caso Julgado Material Ð art. 619.¼ do CPC
O caso julgado formal traduz a for•a obrigat—ria O caso julgado material Ž limitado ˆ decis‹o de mŽrito,
dentro do processo. Isto significa o qu•? isto Ž, ˆ decis‹o sobre a rela•‹o material controvertida (art.
619.¼, n.¼ 1). A decis‹o dada a certa quest‹o Ž vinculativa
Se o juiz no Despacho Saneador (595.¼ /1, al. a)/3.¼ do CPC) fora do processo; nenhum juiz se pode afastar dela se se
se pronunciar sobre uma exce•‹o dilat—ria, e fundamentar voltar a p™r em ju’zo quest‹o id•ntica objectiva Ð por
porque Ž que a exce•‹o Ž procedente ou improcedente, n‹o identidade de pedido e de causa de pedir Ð e subjectivamente
pode vir depois na senten•a contrariar o que decidiu no Ð por identidade das partes (art. 619.¼, n.¼ 1, 580.¼ e 581.¼).
despacho saneador, por causa do caso julgado formal!
O caso julgado material produz a vincula•‹o ao
Exemplo: Se o juiz no despacho saneador decidir que uma parte Ž conteœdo da decis‹o de mŽrito e realiza:
leg’tima e fundamentar porqu•, ent‹o n‹o pode na senten•a vir alegar que
essa mesma parte Ž ileg’tima.
A senten•a deve
corresponder ˆ situa•‹o
existente no momento do
encerramento da discuss‹o. Imaginem que depois do encerramento da discuss‹o e entre a decis‹o
final do juiz, acontece um facto novo. Este facto ainda integra o caso julgado,
se mudar radicalmente a decis‹o final? N‹o!
Ou seja: este facto novo, como n‹o integra o caso julgado (vamos supor que o rŽu
afinal cumpriu com a obriga•‹o que o autor alegou em ju’zo), pode ser alvo de uma
nova a•‹o.
Exce•›es Ð Limites Objetivos; O direito processual civil estabelece dois mecanismos de exclus‹o
de um terceiro do ‰mbito subjectivo do caso julgado:
MTS: o fundamento n‹o pode valer autonomizado da decis‹o
para efeitos de caso julgado, o que implica que a decis‹o tambŽm
n‹o pode valer autonomizada do seu fundamento. 3 Um deles resulta da imposi•‹o a uma das partes do —nus
de chamamento do terceiro, sob pena de o caso julgado da
A regra segundo a qual o caso julgado n‹o se estende aos fundamentos decis‹o n‹o lhe vir a ser opon’vel ( art. 320.¼); Ž o que
da decis‹o comporta algumas excep•›es. Estas s‹o justificadas por uma sucede, por exemplo, quanto a um poss’vel litisconsorte de qualquer das
especial conex‹o entre os objectos de duas ac•›es (artigo 91.¼/2 do CPC partes da ac•‹o (cf. art. 316.¼) e quanto a um eventual obrigado a um direito
Ð quanto ˆ compet•ncia absoluta do tribunal para esta exce•‹o poder de regresso (cf. art. 317.¼, n.¼ 1, e 323.¼, n.¼ 4);
operar).
3 O outro mecanismo Ž a faculdade de o terceiro impugnar
I) Rela•›es Sinalagm‡ticas; um caso julgado com base na simula•‹o processual
realizada pelas partes do processo no qual foi proferida a
Quando o rŽu invoca uma excep•‹o modificativa. Suponha-se, por decis‹o entretanto transitada (art. 696.¼, al. g).
exemplo, que o rŽu alega excep•‹o de n‹o cumprimento, art. 428.¼, n.¼ 1,
CC e que, na sequ•ncia dessa alega•‹o, aquele demandado Ž condenado a Conclus‹o quanto aos limites subjetivos:
cumprir a sua obriga•‹o perante o autor quando esta parte cumprir a sua
obriga•‹o perante o demandado; a exist•ncia deste dever de cumprimento I) A autoridade de caso julgado significa que as partes t•m de
do autor tambŽm fica abrangida pelo caso julgado material daquela aceitar, num processo posterior, a decis‹o transitada que foi
decis‹o condenat—ria. proferida num processo anterior. Por exemplo: se, numa primeira
ac•‹o, o tribunal considerou que o autor Ž o propriet‡rio do bem, n‹o pode
Por exemplo: se o vendedor intentar uma ac•‹o para obter o pagamento o mesmo demandado, na posterior ac•‹o de indemniza•‹o procurar
do pre•o em d’vida e a ac•‹o for considerada improcedente pela nulidade convencer o tribunal de que, afinal, Ž ele o propriet‡rio do im—vel.
do contrato celebrado entre as partes, esta nulidade n‹o pode deixar de
ser considerada na ac•‹o proposta pelo comprador contra o vendedor II) ƒ diferente a posi•‹o de um terceiro perante a autoridade do
para obter a entrega do bem comprado; de outro modo, ter-se-ia de caso julgado: o terceiro s— est‡ vinculado ˆ autoridade de caso
admitir que o vendedor pode n‹o receber o pre•o e ficar vinculado a julgado se n‹o for titular de uma situa•‹o incompat’vel com
entregar a coisa alienada. aquela que foi definida na senten•a transitada em julgado.
Ou seja quando n‹o tiver direito a ser ouvido em ju’zo para defesa daquela situa•‹o. Por
II) Rela•›es de prejudicialidade; exemplo: o reconhecimento de que o autor da ac•‹o Ž credor do demandado n‹o significa
III) Subsidiariedade Legal; que um terceiro n‹o possa procurar demonstrar que, afinal, Ž ele o credor do devedor
(podendo atŽ procurar faz•-lo na ac•‹o pendente atravŽs da interven•‹o como opoente:
IV) Absolvi•‹o tempor‡ria; cf. art. 333.¼, n.¼ 1), aqui a autoridade do caso julgado n‹o afeta este terceiro porque ele
tem legitimidade para agir em ju’zo.