06/04/2021
PROVAS
PROCESSO CIVIL –
PROCEDIMENTO COMUM
Aula -5.1 – PROVAS (Parte 1)
Graduação em Direito – UNIVALI
PROF. MSC. JEFFERSON CUSTÓDIO PRÓSPERO
E-mail: jprospero@univali.br
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PROVAS
O vocábulo prova, no processo civil, pode
significar tanto a atividade que os sujeitos
do processo realizam para demonstrar a
existência dos fatos formadores de seus
direitos que haverão de basear a convicção
do julgador, quanto ao instrumento por
meio do qual essa verificação se faz.
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No primeiro sentido designa, por
exemplo, a série de atividades para
trazer ao processo um fato que
depende de conhecimento técnico
especial – prova pericial; no outro o
fato provado por aquele meio.
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PROVAS
 Em regra todo direito surge como consequência de Demonstrar:
um fato ou de um conjunto de fatos.  Existência;
 Assim, por exemplo, o direito à indenização
decorre da existência de danos que foram
 Veracidade: demonstração da verdade (formal e
provocados por alguém.
material);
 Na ação em que se busca a indenização, a vítima
dos danos deve expor os fatos constitutivos de seu
direito (CPC art. 319, III).  Convencimento do Estado-Juiz.
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PROVAS PROVAS
 De acordo com o Código de Processo Juiz:
 Reconstrução dos fatos, não do direito(norma);
Civil em seu artigo 369, a prova “é todo  Distância e isenção;
meio legal, bem como, os meios  Utilização dos meios necessários e disponíveis a
moralmente legítimos, que tem a averiguação da verdade;
 Análise da licitude da pretensão;
finalidade de provar a verdade dos  Fato como algo a ser investigado e reconstruído no
fatos, seja na propositura da ação pelo processo;
autor, seja na defesa pelo réu”.  Adequação do fato ao direito (Art. 42/140-141).
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PROVAS PROVAS
 As provas, portanto, se destinam FASES:
exatamente à comprovação dos fatos.  Toda prova de um fato tem de ser idônea e
juridicamente possível. A afirmação dos fatos
 Assim a prova tem: no processo exige um método próprio, a prova
terá que produzir-se com respeito aos
 Um objeto (os fatos da causa), princípios e normas processuais. Há, assim, um
processo probatório que se exterioriza por um
 Uma finalidade (formação da convicção procedimento probatório, disciplinado pelo
direito, os quais são de quatro fases:
do julgador) proposição, admissão, produção da prova e
 Um destinatário (o juiz).
valoração da prova.
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Art. 369. As partes têm o direito
de empregar todos os meios
legais, bem como os moralmente
legítimos, ainda que não
especificados neste Código, para
provar a verdade dos fatos em que
se funda o pedido ou a defesa e
influir eficazmente na convicção
do juiz.
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PROVAS
Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício
ou a requerimento da parte,
determinar as provas necessárias ao
julgamento do mérito.
Parágrafo único. O juiz indeferirá,
em decisão fundamentada, as
diligências inúteis ou meramente
protelatórias.
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PROVAS
Art. 371. O juiz apreciará a
prova constante dos autos,
independentemente do sujeito
que a tiver promovido, e
indicará na decisão as razões
da formação de seu
convencimento.
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PROVAS
Art. 372. O juiz poderá admitir
a utilização de prova produzida
em outro processo, atribuindo-
lhe o valor que considerar
adequado, observado o 
contraditório.
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PROVAS
Antes considerada como Prova Atípica pelo
Código de Processo Civil de 1973, na nova
Legislação que entrará em vigor em 2016, a
Prova Emprestada, passou a ser considerada
como Prova Típica, passando a ter previsão
e descrição em Lei, conforme já
mencionado.
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Prova emprestada é aquela que,
não obstante ter sido produzida em
outro processo, é deste transferida
para demanda distinta, a fim de
produzir nesta os efeitos de onde
não é originária.
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Verifica-se pelo dispositivo acima, que o Novo CPC,

condiciona a prova emprestada ao princípio do contraditório,
ou seja, as partes devem ser ouvidas, devem ter o direito de se
manifestar sobre a prova emprestada.
 A parte prejudicada pela prova deve ser ouvida também, a fim
de que verifique a sua concordância com a utilização ou não
desta.
Segundo o entendimento do STJ, as partes de ambos
processos, tanto o da origem como o de destino da prova
emprestada, não precisam ser necessariamente as mesmas,
para a sua utilização.
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 "A prova emprestada utilizada sem o devido contraditório,
encartada nos acórdãos que deram origem à condenação
do extraditando na Itália, no afã de agravar a sua situação
jurídica, é vedada pelo art. 5º, LV e LVI, da Constituição,
na medida em que, além de estar a matéria abrangida pela
preclusão, isto importaria verdadeira utilização de prova
emprestada sem a observância do contraditório,
traduzindo-se em prova ilícita". (STF, Rcl n. 11243, Rel.
Min. Gilmar Mendes, 08.06.2011, Tribunal Pleno).
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PROVAS
 Laudo pericial realizado em outro processo e
anexado por cópia na fase recursal constitui
prova emprestada, qualificada como prova
ilícita, porque produzida com inobservância
dos princípios do contraditório e do devido
processo legal, não se prestando para embasar
sentença de pronúncia". (STJ, HC n. 14216/ RS,
Rel. Min. Vicente Leal, 16.10.2001, Sexta
Turma).
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 Agravo de instrumento n. 2057552-
93.2017.8.26.0000.
 "Agravo de instrumento. Deferimento do exame pericial para aferição do
valor locativo de imóvel. Decisão agravada que admitiu o uso de prova
emprestada para a definição do valor locativo do escritório comercial situado
no sétimo pavimento. Prova emprestada que se refere a escritório comercial
situado no décimo sexto pavimento do mesmo edifício. Valor pertinente as
unidades autônomas de um mesmo edifício que não é uniforme, ainda que
possuam a mesma planta, há variação em razão do pavimento em que está
situado e de sua posição geográfica no andar. Admissível a contraprova
deferida, sobretudo porque o art. 372 do CPC determina que a admissão de
prova emprestada deve observar o contraditório. Útil e necessária a perícia a
bem da observância da ampla defesa e do contraditório. Agravo desprovido."
(g.n.)
 O art. 357, III, do CPC/2015 estabelece que a dinamização
Art. 373. O ônus da prova incumbe: deve ser feita na decisão de saneamento e de organização do
processo, no entanto, pode ocorrer de tal alteração ocorrer
apenas em momento posterior. O que sempre deve ser
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu preservado é a possibilidade de a parte poder atuar de forma
direito; a se desincumbir desse ônus.
(REGRA DE DISTRIBUIÇÃO ESTÁTICA)
 Um detalhe que não pode ser ignorado é que a dinamização
II - ao réu, quanto à existência de fato opera sobre fatos específicos. Ao dinamizar a prova, o juiz
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito deve indicar quais provas serão atingidas pela modificação
do autor. dos encargos probatórios.

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São cinco as regras na utilização da prova
emprestada:
1)A prova emprestada guarda a eficácia do processo
em que foi colhida, na conformidade do poder de
convencimento que trouxer consigo;
2) A eficácia e o aproveitamento da prova emprestada
estão na efetiva possibilidade de seu aproveitamento
e a sua reprodução;
Art. 373. O ônus da prova incumbe:
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades
da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva
dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à
maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário,
poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso,
desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que
deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus
que lhe foi atribuído.
 INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
 Do ponto de vista material, é possível extrair do § 1º do art.
373 a possibilidade de dinamização quando uma das partes,
acentuadamente em relação à outra detenha:
 (a) conhecimentos técnicos ou;
 (b) informações específicas sobre os fatos ou;
 (c) maior facilidade em sua demonstração.
 Isso desde que somado com a excessiva dificuldade de
produção probatória pela parte adversa.
 Esses requisitos devem ser classificados como conceitos
jurídicos indeterminados e serão preenchidos
paulatinamente pela atuação jurisprudencial e doutrinária.

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 Com a possibilidade de INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA,
3) A eficácia da prova emprestada equivale à da o CPC 2015 consagrou a TEORIA DA DISTRIBUIÇÃO Art. 373. O ônus da prova incumbe:
produzida mediante precatória; DINÂMICA DO ÔNUS de provar.
 Por meio dessa teoria da dinamização:
§ 2º A decisão prevista no § 1º deste
4) No processo para o qual será ela transportada, terão  Permanece, como regra geral, a distribuição estática. Assim, artigo não pode gerar situação em que a
as partes iniciam o processo tendo conhecimento de quais
de ser observadas as normas atinentes à prova
fatos devem provar.
desincumbência do encargo pela parte
documental;
 No entanto, sendo verificada grande dificuldade probatória seja impossível ou excessivamente
de uma das partes, somada com a facilidade da outra, poderia difícil.
5) É imprescindível que a parte contra a qual vai ser haver a dinamização do ônus da prova, que pode atuar do
usada esta prova tenha sido parte no primeiro processo. autor para o réu e do réu para o autor – uma via de mão
dupla.

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 Sendo assim, é importante salientar
que prova diabólica é uma expressão
utilizada nas hipóteses em que a prova
da veracidade da alegação a respeito de
um fato é extremamente difícil de ser
produzida, ou seja, nenhum meio de
prova possível é capaz de permitir tal
demonstração.
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PROVAS
 § 3º A distribuição diversa do ônus da prova também
pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando:
 I - recair sobre direito indisponível da parte;
 II - tornar excessivamente difícil a uma parte o
exercício do direito.
 § 4º A convenção de que trata o § 3º
celebrada antes ou durante o processo.
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 Art. 374. Não dependem de prova
fatos:
 I – notórios: aquele de conhecimento
todas as pessoas da região em que
instaurou o conflito.
 Tal definição consagra a corrente
limitação territorial.
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 As presunções podem ser classificadas em duas
 Art. 374. Não dependem de prova os fatos: modalidades: LEGAIS e as SIMPLES ou HOMINIS.
 LEGAIS: são aquelas onde a própria lei deduz de um
fato.
 II
- afirmados por uma parte e confessados
 Dividem-se em:
pela parte contrária: aquele fato em que se
estabeleceu uma verdade por ação, uma vez  Absolutas.
que uma das partes assumiu como  Intermédias.
verdadeiro algo que lhe é prejudicial.  Condicionais.
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 Art. 374. Não dependem de prova os Absolutas ou “juris et jure”, não é admitida prova em
contrário.
fatos:
A presunção legal absoluta é "a conclusão que a lei
 III - admitidos no processo como impõe ao julgador, para valer definitivamente como
incontroversos: aquele sobre o qual se verdade, desde que se verifiquem as premissas
supostas na lei“.
estabeleceu uma verdade pela falta de
Exemplo: Fraude à Execução Fiscal, Estupro de
pode ser impugnação específica(ônus da defesa Vulnerável, Dispensa por justa causa por condenação
especificada). criminal.
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os  Art. 374. Não dependem de prova os Já para as condicionais, ou “juris
fatos: tantum”, são válidas enquanto não
de  IV - em cujo favor milita presunção legal for produzida prova em contrário.
se de existência ou de veracidade: aquele Exemplos: Paternidade do suposto
fato em que o legislador presume sua
pai, Revelia, B.O. no acidente de
veracidade, dispensando, por isso, a
da Trânsito, Filiação (Art.1597 CC).
produção de provas quando alegado.
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 Por fim, as intermédias somente admitem a prova em
contrário em condições especificamente determinadas.
 Detém uma força probatória superior às presunções
legais relativas propriamente ditas, pois a lei restringe
as pessoas e/ou os meios de se produzir a prova em
contrário.
 Exemplo:
 Art. 1.576. A separação judicial põe termo aos deveres
de coabitação e fidelidade recíproca e ao regime de
bens.
Art. 375. O juiz aplicará as regras de Art. 377. A carta precatória, a carta rogatória e o auxílio
direto suspenderão o julgamento da causa no caso
experiência comum subministradas previsto no art. 313, inciso V, alínea “b”,(PROVA EM
pela observação do que OUTRO JUÍZO) quando, tendo sido requeridos antes
da decisão de saneamento, a prova neles solicitada for
ordinariamente acontece e, ainda, as imprescindível.
regras de experiência técnica, Parágrafo único. A carta precatória e a carta rogatória
não devolvidas no prazo ou concedidas sem efeito
ressalvado, quanto a estas, o exame suspensivo poderão ser juntadas aos autos a qualquer
pericial. momento.

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Art. 614. Se a obra constar de partes distintas, ou for de
natureza das que se determinam por medida, o empreiteiro
terá direito a que também se verifique por medida, ou
segundo as partes em que se dividir, podendo exigir o
pagamento na proporção da obra executada.
§ 1º Tudo o que se pagou presume-se verificado.
§ 2º O que se mediu presume-se verificado se, em trinta
dias, a contar da medição, não forem denunciados os vícios ou
defeitos pelo dono da obra ou por quem estiver incumbido da
sua fiscalização.
A utilização da experiência comum do magistrado é um assunto
 Art. 378. Ninguém se exime do dever de colaborar com o
ainda controverso na seara jurídica.
Poder Judiciário para o descobrimento da verdade.
Embora uma parcela da doutrina entenda ser plausível o uso da
livre convicção do juiz no momento da instrução probatória, outra
 Art. 379. Preservado o direito de não produzir prova contra si
parte entende ser inadmissível, pois fere certos preceitos, tais
como, a imparcialidade e os princípios gerais do direito. própria, incumbe à parte:
 I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for
Tais controvérsias vêm impulsionando divergências com as
propostas do modelo de Estado Democrático de Direito, o qual interrogado;
preza pela vinculação da jurisdição constitucional com o devido  II - colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial
processo legal. que for considerada necessária;
Sugiro ler: https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/54329/o-novo-cpc-e-aplicao-das-regras-de-experincia-comum-do-juiz-divergncias-  III - praticar o ato que lhe for determinado.
com-a-proposta-do-estado-democrtico-de-direito
 Dever de colaboração das partes.

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Presunções Legais: Art. 380. Incumbe ao terceiro, em relação a qualquer


 Boa-Fé.
Art. 376. A parte que alegar 
causa:
 Confissão – de forma expressa ou como consequência direito municipal, estadual,  I - informar ao juiz os fatos e as circunstâncias de que

de recusa a depoimento pessoal. tenha conhecimento;

 Revelia.
estrangeiro ou consuetudinário  II - exibir coisa ou documento que esteja em seu poder.

 Alienação Fraudulenta quando se é devedor. provar-lhe-á o teor e a vigência,  Parágrafo único. Poderá o juiz, em caso de
descumprimento, determinar, além da imposição de
 Filiação: “Art. 1.597. Presumem-se concebidos na
constância do casamento os filhos”.
se assim o juiz determinar. multa, outras medidas indutivas, coercitivas,
mandamentais ou sub-rogatórias.
 Recibo da última parcela de um débito.

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 Coercitivas: Assim é que, em casos de obrigações de
fazer ou não fazer infungíveis, ou quando se revela
mais adequado, conveniente e mais célere, a princípio,
a satisfação da decisão pelo próprio devedor, poderá o
juiz adotar medidas coercitivas para pressionar o
obrigado à satisfação de sua obrigação.
 Exemplos: Multas Cominatórias (Astreintes) (Art. 537
CPC), Prisão do Devedor de Alimentos (Art.528 CPC),
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PROVAS
 Indutivas: busca oferecer ao obrigado uma vantagem,
um “prêmio”, como incentivo ao cumprimento da
decisão judicial (sanção premial).
 Busca-se, com essas medidas, provocar, incentivar, a
prática do ato de forma mais atraente, ainda que que
com sacrifício à situação jurídica [mais favorável] de
outrem.
 Exemplos: Art. 827, § 1.º, que prevê a redução dos
honorários advocatícios devidos pelo devedor caso o
executado por título extrajudicial efetue o pagamento
da dívida no prazo de três dias
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PROVAS
 Exemplos: Art. 827, § 1.º, que prevê a redução dos honorários advocatícios
devidos pelo devedor caso o executado por título extrajudicial efetue o
pagamento da dívida no prazo de três dias.
 Art. 1.040, § 2.º, do novo CPC premia o autor da demanda, com a dispensa das
custas e dos honorários de sucumbência, se ele desistir da demanda após o
julgamento de recurso repetitivo em feito que cuida da mesma questão
jurídica, desde que antes da contestação.
 O § 3.º do art. 90 do CPC, que dispensa o pagamento das custas processuais
remanescentes se as partes transacionarem antes da sentença.
 O § 1.º do art. 701 do CPC, que prevê a isenção das custas se o devedor
cumprir o mandado monitório no prazo de 15 dias após sua citação.
 Art. 916 do CPC, que oferece ao devedor a possibilidade de parcelar o
pagamento desde que reconheça a correção das contas do credor e efetue o
depósito de, pelo menos, 30% (trinta por cento) de sua dívida.
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PROVAS
 Mandamentais: trata-se de ordem de
cumprimento imediato, especialmente
utilizada e a ser cumprida pelo Agente
Público, sob pena de DEOSBEDIÊNCIA e
ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE
DA JUSTIÇA, com efetiva aplicação nas
obrigações de fazer ou não fazer de
natureza infungível.
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PROVAS
 Exemplos: Ordem de cumprimento, em relação à
elaboração de políticas públicas, os atos de abstenção por
parte da Administração e a realização de obras públicas,
compra de medicamentos.
 No âmbito privado: A inclusão em folha de pagamento
das prestações de trato sucessivo, que, embora a ordem
não seja propriamente de pagar, ela serve como
instrumento de satisfação da prestação pecuniária.
 A ordem para que o devedor indique onde estão seus bens
penhoráveis, para exibição de coisa ou documentos etc.
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PROVAS
 Sub-rogatórias: Medidas sub-rogatórias, assim, são
as atividades desenvolvidas pelo juiz ou, à sua
ordem, efetivadas por seus auxiliares ou por
terceiros, com o intuito de obter o resultado
idêntico àquele que deveria ter sido concretizado
pelo sujeito obrigado ou o resultado prático
equivalente.
 Exemplos: Busca e Apreensão, Imissão de Posse,
Alvará Judicial, Alienação Judicial.
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PROVAS:PRODUÇÃO ANTECIPADA
Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos
casos em que:
I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível
ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da
ação;
II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a
autocomposição ou outro meio adequado de solução de
conflito;
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou
evitar o ajuizamento de ação.
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PROVAS:PRODUÇÃO ANTECIPADA
§ 1º O arrolamento de bens observará o disposto nesta
Seção quando tiver por finalidade apenas a realização
de documentação e não a prática de atos de apreensão.
§ 2º A produção antecipada da prova é da competência
do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do
foro de domicílio do réu.
§ 3º A produção antecipada da prova não previne a
competência do juízo para a ação que venha a ser
proposta.
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PROVAS:PRODUÇÃO ANTECIPADA
§ 4º O juízo estadual tem competência para produção
antecipada de prova requerida em face da União, de entidade
autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, não
houver vara federal.
§ 5º Aplica-se o disposto nesta Seção àquele que pretender
justificar a existência de algum fato ou relação jurídica para
simples documento e sem caráter contencioso, que exporá, em
petição circunstanciada, a sua intenção.
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PROVAS:PRODUÇÃO ANTECIPADA
 O arrolamento de bens é cabível quando se
pretende obter informações acerca de uma
universalidade.
 Investigam-se fatos relacionados aos bens que se
pretende arrolar.
 As regras inerentes à antecipação de prova serão
aplicáveis ao arrolamento quando tiver apenas
finalidade de documentação, e não a prática de atos
de apreensão (CPC/15, art. 381, § 1º).
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PROVAS:PRODUÇÃO ANTECIPADA
A justificação, por sua vez, é uma medida probatória não

contenciosa, que se destina a justificar um fato ou uma
relação jurídica, que devem ser especificadas na petição
inicial (CPC/15, art. 381, § 5º).
 O resultado da justificação servirá como simples
documento ou como prova em processo judicial ou
administrativo.
 Tal medida probatória é empregada, por exemplo, para se
apurar a vida funcional de uma pessoa, seja servidor
público ou pessoa comum, para fins previdenciários.
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PROVAS:PRODUÇÃO ANTECIPADA
 Art. 382. Na petição, o requerente apresentará
as razões que justificam a necessidade de
antecipação da prova e mencionará com
precisão os fatos sobre os quais a prova há de
recair.
 § 1º O juiz determinará, de ofício ou a
requerimento da parte, a citação de
interessados na produção da prova ou no fato a
ser provado, salvo se inexistente caráter
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PROVAS:PRODUÇÃO ANTECIPADA
Art. 382. (...)
§ 2º O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a
inocorrência do fato, nem sobre as respectivas consequências
jurídicas.
§ 3º Os interessados poderão requerer a produção de qualquer
prova no mesmo procedimento, desde que relacionada ao mesmo
fato, salvo se a sua produção conjunta acarretar excessiva demora.
§ 4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso,
salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da
prova pleiteada pelo requerente originário.
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PROVAS:PRODUÇÃO ANTECIPADA
Art. 383. Os autos permanecerão em
cartório durante 1 (um) mês para extração
de cópias e certidões pelos interessados.
Parágrafo único. Findo o prazo, os autos
serão entregues ao promovente da medida.
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PROVAS:ATA NOTARIAL
Art. 384. A existência e o modo de existir de
algum fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do interessado,
mediante ata lavrada por tabelião.
Parágrafo único. Dados representados por
imagem ou som gravados em arquivos
eletrônicos poderão constar da ata notarial.
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PROVAS:DEPOIMENTO PESSOAL
Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento
pessoal da outra parte, a fim de que esta seja
interrogada na audiência de instrução e julgamento,
sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de
ofício.
§ 1º Se a parte, pessoalmente intimada para prestar
depoimento pessoal e advertida da pena de
confesso, não comparecer ou, comparecendo, se
recusar a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena.
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PROVAS:DEPOIMENTO PESSOAL
Art. 385. (...)
§ 2º É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da
outra parte.
§ 3º O depoimento pessoal da parte que residir em comarca, seção
ou subseção judiciária diversa daquela onde tramita o processo
poderá ser colhido por meio de videoconferência ou outro recurso
tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, o que
poderá ocorrer, inclusive, durante a realização da audiência de
instrução e julgamento.
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PROVAS:DEPOIMENTO PESSOAL
Art. 386. Quando a parte, sem motivo justificado, deixar de
responder ao que lhe for perguntado ou empregar evasivas, o juiz,
apreciando as demais circunstâncias e os elementos de prova,
declarará, na sentença, se houve recusa de depor.
Art. 387. A parte responderá pessoalmente sobre os fatos
articulados, não podendo servir-se de escritos anteriormente
preparados, permitindo-lhe o juiz, todavia, a consulta a notas
breves, desde que objetivem completar esclarecimentos.
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PROVAS:DEPOIMENTO PESSOAL PROVAS:CONFISSÃO PROVAS:CONFISSÃO

 Art. 388. A parte não é obrigada a depor sobre fatos:
 I - criminosos ou torpes que lhe forem imputados;
 II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo;
 III - acerca dos quais não possa responder sem desonra própria,
de seu cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau
sucessível;
 IV - que coloquem em perigo a vida do depoente ou das
pessoas referidas no inciso III.
 Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de
estado e de família.
 Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o
confitente, não prejudicando, todavia, os litisconsortes.
 Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens
imóveis ou direitos reais sobre imóveis alheios, a
confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá
sem a do outro, salvo se o regime de casamento for o de
separação absoluta de bens.
 Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode
ser anulada se decorreu de erro de fato ou de
coação.
 Parágrafo único. A legitimidade para a ação
prevista no caput é exclusiva do confitente e
pode ser transferida a seus herdeiros se ele
falecer após a propositura.

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PROVAS:CONFISSÃO PROVAS:CONFISSÃO PROVAS:CONFISSÃO

Art. 389. Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a  Direitos Reais sobre coisas alheias: Art. 394. A confissão

parte admite a verdade de fato contrário ao seu interesse e
favorável ao do adversário.  Art. 1.225 do CC - a propriedade, a superfície,

 Art. 390. A confissão judicial pode ser espontânea ou as servidões, o usufruto, o uso, a habitação, o extrajudicial, quando feita
provocada. direito do promitente comprador do imóvel, o oralmente, só terá eficácia nos
 § 1º A confissão espontânea pode ser feita pela própria penhor, a hipoteca, a anticrese, a concessão de
parte ou por representante com poder especial. uso especial para fins de moradia, a concessão casos em que a lei não exija
§ 2º A confissão provocada constará do termo de

depoimento pessoal.
de direito real de uso e a laje. prova literal.

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PROVAS:CONFISSÃO PROVAS:CONFISSÃO PROVAS:CONFISSÃO

 Duas formas:
 Espontânea: ao realizar o depoimento pessoal ou interrogatório a
parte acaba por trazer informações que, em regra, lhe são
desfavoráveis. Pode constituir procurador para essa finalidade.
 Provocada: ocorre a partir das perguntas feitas em depoimento
pessoal ou interrogatório em que o magistrado pode/tem a
possibilidade de concluir pela verdadeira situação da causa, que
eventualmente foi omitida pela parte.
 Art. 392. Não vale como confissão a admissão, em juízo,
de fatos relativos a direitos indisponíveis.
 § 1º A confissão será ineficaz se feita por quem não for
capaz de dispor do direito a que se referem os fatos
confessados (Incapaz).
 § 2º A confissão feita por um representante somente é
eficaz nos limites em que este pode vincular o
representado.
 Art. 395. A confissão é, em regra, indivisível,
não podendo a parte que a quiser invocar como
prova aceitá-la no tópico que a beneficiar e
rejeitá-la no que lhe for desfavorável, porém
cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir
fatos novos, capazes de constituir fundamento
de defesa de direito material ou de
reconvenção.

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PROVAS:EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
 Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exiba
documento ou coisa que se encontre em seu poder.
Art. 397. O pedido formulado pela parte conterá:

 I - a individuação, tão completa quanto possível, do
documento ou da coisa;
 II - a finalidade da prova, indicando os fatos que se
relacionam com o documento ou com a coisa;
 III - as circunstâncias em que se funda o requerente para
afirmar que o documento ou a coisa existe e se acha em
poder da parte contrária.
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PROVAS:EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
 Art.398. O requerido dará sua resposta nos 5
(cinco) dias subsequentes à sua intimação.
 Parágrafo
único. Se o requerido afirmar que
não possui o documento ou a coisa, o juiz
permitirá que o requerente prove, por
qualquer meio, que a declaração não
corresponde à verdade.
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PROVAS:EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
 Art. 399. O juiz não admitirá a recusa se:
 I - o requerido tiver obrigação legal de exibir;
 II - o requerido tiver aludido ao documento
ou à coisa, no processo, com o intuito de
constituir prova;
 III - o documento, por seu conteúdo, for
comum às partes.
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PROVAS:EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
 Obrigação legal: Ex: detentor do testamento cerrado;
depositário extrajudicial, Síndico do condomínio ou
da massa falida.
 Alusão: falar sobre ele.
 Conteúdo, for comum às partes:
 Exemplo: Contrato de que existe apenas uma cópia
em poder de uma das partes.
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PROVAS:EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
 Discute-se a licitude de se obrigar à parte contrária a
apresentar documento que favoreça à outra parte, por ser
pacífico o entendimento esposado no art. 373 do CPC de que
cabe ao autor provar os fatos constitutivos do seu direito e ao
réu os fatos impeditivos, modificativos e extintivos do direito
do autor.
 das partes e, se necessário, o de
 Cabe a cada litigante, cumprir sua parte naquilo que pretender
demonstrar nos autos apresentando as provas necessárias a
demonstrar o seu interesse na causa, a sua legitimidade e a
possibilidade jurídica, para que, obtenha sucesso na lide.
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PROVAS:EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
 Art. 400. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como
verdadeiros os fatos que, por meio do documento ou
da coisa, a parte pretendia provar se:
 I - o requerido não efetuar a exibição nem fizer
nenhuma declaração no prazo do art. 398;
 II - a recusa for havida por ilegítima.
 Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz pode adotar
medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-
rogatórias para que o documento seja exibido.
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PROVAS:EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
Art. 401. Quando o
documento ou a coisa estiver
em poder de terceiro, o juiz
ordenará sua citação para
responder no prazo de 15
(quinze) dias.
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PROVAS:EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
 Art.402. Se o terceiro negar a obrigação
de exibir ou a posse do documento ou da
coisa, o juiz designará audiência especial,
tomando-lhe o depoimento, bem como o
testemunhas, e em seguida proferirá
decisão.
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PROVAS:EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
 Art. 403. Se o terceiro, sem justo motivo, se recusar a efetuar a
exibição, o juiz ordenar-lhe-á que proceda ao respectivo
depósito em cartório ou em outro lugar designado, no prazo de
5 (cinco) dias, impondo ao requerente que o ressarça pelas
despesas que tiver.
 Parágrafo único. Se o terceiro descumprir a ordem, o juiz
expedirá mandado de apreensão, requisitando, se necessário,
força policial, sem prejuízo da responsabilidade por crime de
desobediência, pagamento de multa e outras medidas
indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias
necessárias para assegurar a efetivação da decisão.
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PROVAS:EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
 Art.404. A parte e o terceiro se escusam de
exibir, em juízo, o documento ou a coisa
se:
 Este inciso, continua tal como era no
Código de Processo Civil de 1973, mas sem
deixar claro que negócios são esses.
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PROVAS:EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
 O mais razoável que é se trate de algo que possa
revelar a intimidade do grupo familiar (direito à
intimidade), ou que possa, de alguma forma, gerar
conflitos entre os integrantes desse grupo.
 Em todo caso, somente diante de um caso concreto é
que o juiz poderá avaliar se os impactos na “vida da
família” serão intensos o suficiente para desobrigar
alguém de apresentar um determinado documento.
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PROVAS:EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
 II - sua apresentação puder violar dever
de honra;
 III - sua publicidade redundar em desonra
à parte ou ao terceiro, bem como a seus
parentes consanguíneos ou afins até o
terceiro grau, ou lhes representar perigo
de ação penal;
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PROVAS:EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
 É preciso expor ao juiz quais são
as repercussões que a exibição de
determinado documento vai
provocar, de modo que o juiz
possa avaliar se há mesmo alguma
hipótese de exclusão ou não.
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PROVAS:EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
 A honra é uma qualidade moral que leva o sujeito ao cumprir com
os deveres próprios relativamente a terceiros e para consigo mesmo.
 Trata-se de um conceito ideológico que justifica condutas e explica
relações sociais.
 Existem diversas regras partilhadas que se baseiam em ideais e que
constituem aquilo que é suposto ser uma conduta honorável no seio
de uma comunidade.
 Por exemplo: calotear ou chantagear os pais para conseguir dinheiro
não é um comportamento honorável. Uma atitude covarde, por
outro lado, atenta contra a honra de uma pessoa. Um caso
extraconjugal.
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PROVAS:EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
 IV - sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo
respeito, por estado ou profissão, devam guardar
segredo;
 O sigilo profissional a que se refere o inciso IV da
regra em tela abrange principalmente os profissionais
liberais, como os médicos e os advogados, mas não é
absoluto.
 Tal sigilo cede, por exemplo, quando o profissional
praticar atos criminosos envolvendo esses dados, ou
quando houver ordem judicial nesse sentido.
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PROVAS:EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
 Esse mesmo dispositivo legal inclui
também a exclusão do dever de exibir
quando um determinado “estado” estiver
presente, como no casamento, em que um
cônjuge tem o dever de guardar sigilo a
respeito das informações que possui a
respeito do outro.
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PROVAS:EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
 V - subsistirem outros motivos graves que, segundo o
prudente arbítrio do juiz, justifiquem a recusa da exibição;
 Aqui está uma regra geral de exclusão, permitindo ao juiz
avaliar se há outros “motivos graves” que, segundo o
“prudente arbítrio” dele, justifiquem a recusa da exibição”.
De certa forma, esta poderia ser a única regra, ou seja, bastaria

um único dispositivo que conferisse ao juiz tal poder e que
fizesse menção à honra e o sigilo profissional para termos a
plena tutela desses valores no âmbito da exibição de
documentos.
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PROVAS:EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
 VI - houver disposição legal que justifique
a recusa da exibição.
 Nesse cenário também soa desnecessária,
porque sua ausência não significaria que o
rol de hipóteses seria taxativo, raciocínio a
que se chega, aliás, pela simples leitura do
disposto no inciso anterior.
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PROVAS:EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA

 Art. 404. A parte e o terceiro se escusam de exibir,

em juízo, o documento ou a coisa se:

 Parágrafo único. Se os motivos de que tratam os

incisos I a VI do caput disserem respeito a apenas
uma parcela do documento, a parte ou o terceiro
exibirá a outra em cartório, para dela ser extraída
cópia reprográfica, de tudo sendo lavrado auto
circunstanciado.

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