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Resenha crítica
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Em sendo percebida a necessidade de respostas imediatas na
sociedade atual e outras demandas pautadas na aparência e na venda de ideias
utópicas, de modo a afastar o indivíduo de algo próximo à verdade real, e leva-
lo próximo do desejo de ser igual ao outro enquanto consumidor, segundo o
autor, formou o devido espaço fértil para a propagação de fake News e, por
conseguinte, influenciar no exercício da cidadania enquanto cidadão.
A pesquisa realizada pelo autor suscitou questões como o exercício
de liberdade, direito à informação, regulamentação das redes, disseminação das
fake News, manipulação digital, ataque à soberania. Com efeito, constatou-se a
prejudicialidade oriunda da sociedade imediatista e pautada na ideia de parecer
e na emoção, a qual fica sujeita ao poder de persuasão e manipulação do
instrumento que os próprios optaram por utilizar: a rede social. Tal raciocínio
realizado pelo autor é conclusivo no sentido de expressar a realidade vivenciada
pelos cidadãos – especialmente os brasileiros, o fazendo de modo didático,
simples e brilhante.
Conforme narrado no capítulo “4.4.1 – Resultados das fake News nas
eleições do Brasil e dos Estados Unidos”, constatou-se a existência da
manipulação do eleitorado através das redes, sendo caracterizada como a
principal característica a rapidez com que as informações chegam ao indivíduo
– sob a ótica de serem equivocadas, que, devido ao seu grande alcance, tratam
por causar opiniões errôneas e pautadas em fatos inverídicos.
Ou seja, o autor identificou de modo bastante feliz, a vulnerabilidade
informacional existente na sociedade atual, através dos resultados obtidos pela
pesquisa.
A sensibilidade do tema fica ainda mais aparente quando da tentativa
de regulação das redes para que tal situação não mais ocorra, o que, contudo,
pode violar algumas garantias individuais dos cidadãos – aqui, no Brasil,
previstas em normas constitucionais.
Portanto, em face da efetiva percepção e constatação do prejuízo à
sociedade em geral, coloca-se em xeque a (des)necessidade de
regulamentação de alguns meios de informação, esbarrando em temas também
muito importantes àquele que se proclama cidadão: as garantias individuais.