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REDES SOCIAIS E INTOLERÂNCIA: O USO DAS REDES SOCIAIS PARA

EXPRESSAR O ÓDIO

A nova sociedade cresce com os olhos no celular, tablet, rede sociais e na


opinião alheia está, muitas vezes desviando o olhar do amor. Essa nova maneira de
opinar e não aceitar a opinião do outro criou um novo fenômeno que vem crescendo
sem freio nas redes sociais: o ódio.
Vivemos em um tempo que a maioria das pessoas vivem ligados o tempo
inteiro na internet, somos conectados o tempo inteiro com o mundo através de
aparelhos com internet, sabendo o que estar acontecendo do outro lado do mundo na
mesma hora. Vivemos na era digital.
Onde podemos descobrir tudo através da tela. Mas nesse artigo
especificamente vamos falar de redes sociais? Você sabe o que é isso? O termo rede
social é uma aplicação da web cuja finalidade é relacionar as pessoas. Assim, as
pessoas que integram uma rede social podem conectar-se entre si e criar vínculos.
Elas permitem a criação de um perfil com limitações em sua acessibilidade
que pode ser compartilhado ou não com quem solicite. As redes sociais tem mostrado
um grande desenvolvimento nos últimos cinco anos, somando cada vez mais usuários
e gerando constantemente serviços tangenciais que as tornam uma fonte de valor
social como econômico. Começaram a desenvolver-se exemplos como MySpace,
Linkedin, Facebook, Hi5 e Netlog. No ano de 2006 surgiu o twitter e nesta mesma
época o Facebook se tornou um fenômeno e que teve ofertas multimilionárias para
sua aquisição.
Desde então, o fenômeno das redes sócias se torna cada vez mais massivo
e o Google decide integrar o desafio do Google+; esta plataforma consegue integrar
diversos serviços que vão desde e-mail, chat, sites de hospedagem de arquivos, etc.
Nesse artigo vamos falar sobre duas redes sociais especificas: Facebook
e Instagram e o seu lado negativo para a vida dos usuários.

2. DESENVOLVIMENTO
2.1 SOBRE REDES SOCIAIS
Vamos falar um pouco sobre o que alguns sociólogos falam sobre redes
sociais.
O primeiro sociólogo que vamos falar é sobre Emile Durkheim. O autor fala
solidariedade social. As relações que ligam todos em uma sociedade tendem,
absolutamente, de acordo com o conhecimento coletivo de todos. Esse conhecimento,
para o autor, é responsável por valores morais e sentimentos sociais, mais ainda:
apresenta aquilo que precisamos como certo ou errado. A expressão aumentada das
redes sociais força essa dualidade entre sim e não. O negativo, mais do que nunca,
vem como algo ruim, inferior, capaz de destruir valores. Claramente que algumas
mentiras terminam em processos na justiça, mas muita coisa continua impune.
A internet, com a variedade de veículos sociais que envolve, é o meio ideal
para a maioria de princípios, ideias e valores. O problema reside na incapacidade que
precisamos de compreender os efeitos e manter a razão. Afinal, a perfeição é uma
avaliação inatingível para o ser humano.
O segundo sociólogo que vamos falar é sobre Manuel Castells. O autor
Segundo Manuel Castells, sociólogo espanhol, na sua obra "Sociedade em rede", a
internet se apresenta como principal agente de impactos sociais pelo seu forte papel
influente.
Nesse contexto, busca-se entender o crescimento das chamadas "Fake-
News" - notícias falsas - viralizadas nas redes sociais devido a negligência dos
indivíduos em difundirem informações sem bases confiáveis, ferindo a integridade de
muitos, contribuindo para os crimes cibernéticos. Desse modo, nota-se a forte atuação
desses boatos na contemporaniedade.
Em primeira análise, o avanço da tecnologia e a globalização são
determinantes na rápida disseminação de informações, que, quando produzidas com
perversidade, como calúnias e mentiras, afetam a integridade da vítima. Dessa
maneira, retomando as ideias de Castells, as notícias se espalham pela rede, fazendo
com que a vítima seja difamada e desprezada pela sociedade. Com isso, destaca-se
que, pela falta de conhecimento, os usuários de rede tem sido verdadeiras
"marionetes".
Ainda nesse contexto, nota-se o rápido giro das informações, sendo
efêmeras e líquidas. Dessa forma, isso por ser embasado segundo a obra
"Modernidade Líquida" do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, no qual retrata o
mundo líquido moderno, onde tudo se esvai tão rapidamente. Nesse sentido, esse
ideal de Bauman dá consistência no aumento das "Fake News" a partir de que os
indivíduos não buscam informações mais sólidas e concretas.
Logo, enfatiza-se a negligência da própria população na proliferação das
mentiras na rede, sendo necessário medidas para resolver os entraves. Assim, urge
que o Estado, nos âmbitos legislativo e executivo, reforce as leis vigentes quanto aos
crimes cibernéticos, aumentando as punições aos propagadores das falsas
mensagens. Ademais, poderia criar, através de investimentos da Receita Federal, um
órgão exclusivo para controlar os falsos boatos. Com isso, seriam enxutos os perigos
propiciados pela Fake News.
O terceiro sociólogo Zygmunt Bauman, que analisou o mundo
contemporâneo de uma forma rígida. Um dos temas que ocupou seus pensamentos
mais recentes é a Internet e as redes sociais. Ele não vê grandes virtudes nessas
coisas. Pelo contrário, as define como armadilhas contemporâneas, nas quais as
pessoas caem e se sentem satisfeitas. “O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg,
ganhou bilhões com sua empresa focando nosso medo da solidão. Isso é o
Facebook”. Na verdade, não se refere apenas ao Facebook, mas a todas as redes
sociais.
O sociólogo enfatizou que o grande mérito de Mark Zuckerberg foi perceber
até onde chega o desejo humano de não estar sozinho. Em uma rede social, a solidão
aparentemente não existe. Nas 24 horas do dia e nos 7 dias por semana há alguém
“lá”, disposto a ler qualquer uma das nossas preocupações e a reforçar o fato de
compartilhá-la, dar um “like” solitário.
As pessoas agora parecem dispostas a fazer parte de conversas totalmente
inconsequentes, tudo para ficarem “conectadas”. Já não passam mais os dias
acompanhadas por pessoas. Em seu dia a dia, o parceiro é um computador ou um
smartphone. Para ele, são forças devastadoras às quais quase ninguém pode resistir.
Têm um impressionante poder de congregação. Nunca antes na história havia existido
algo assim.
No entanto, Zygmunt Bauman pensa que antes também não havia tanta
comunicação que não conduzia a diálogo, que não dava frutos. Zygmunt Bauman diz
que, no Facebook e redes sociais similares, o que as pessoas fazem é uma espécie
de eco. Ouve-se apenas o que se quer ouvir. Fala-se apenas para aqueles que
pensam o mesmo. As redes, então, são como uma imensa casa de espelhos.
Permitem encontro, mas não diálogo. As redes sociais convidam você a se expor, a
mostrar e demonstrar. Claro, escolhemos apenas os momentos mais apresentáveis
para mostrar. Somos pequenos ditadores no reino da nossa conta. Nós decidimos
quem está e quem não está.
As ausências e as presenças não acabam nos afetando completamente.
O “eu” ocupa um lugar decisivo nas redes sociais. Sem percebermos, nos tornamos
dependentes dessa exposição pública nas redes. Queremos ser identificados e
reconhecidos de uma certa maneira, e até podemos ficar frustrados se não
conseguirmos. Zygmunt Bauman vê nas redes sociais uma armadilha para o ser
humano. Ele acha que esse tipo de espaço tem um impacto decisivo no que ele chama
de “cultura líquida“. Nela prevalecem os vínculos humanos precários.
Amores sem rosto e sem compromisso. Ondas de sentimentos e ideias de
hoje que amanhã desaparecem. Pessoas que continuam entretidas, enquanto o
poder, político e econômico, as controla cada vez mais e melhor.

2.2 SOBRE FACEBOOK

Segundo o Facebook (2018) em seu site de ajuda, eles respondem à


pergunta “O que o Facebook considera discurso de ódio?”:
Conteúdos que ataquem pessoas com base em sua raça, etnia,
nacionalidade, religião, sexo, gênero ou identidade de gênero, orientação sexual,
deficiência ou doença, sejam elas reais ou presumidas, não são permitidos. No
entanto, permitimos tentativas claras de piadas ou sátiras que não tenham caráter de
ameaças ou ataques. Isso inclui conteúdo que muitas pessoas possam considerar de
mau gosto (por exemplo, piadas, comédia stand-up, certas letras de músicas
populares etc.).
Em sua resposta a empresa deixa claro que é passível de punição em seus
serviços apenas discursos que contenham uma ofensa direta, explícita. Dificultando
assim a punição do discurso que é feito nas entrelinhas, inserido dentro de uma piada,
de uma charge ou em uma música.
Com o crescimento gradual do uso das redes sociais conectadas à
possibilitou-se novas formas e processos de comunicação. Neste contexto, algumas
práticas sociais afloraram no universo das redes on-line. Entre elas, a violência
simbólica que, nas palavras de Bourdieu, é uma “violência suave, insensível, invisível
a suas próprias vítimas, que se exerce essencialmente pelas vias puramente
simbólicas da comunicação e do conhecimento, ou, mais precisamente, do
desconhecimento, do reconhecimento ou, em última instância, do sentimento”.
Ao passo que, as redes sociais parece inofensivo para alguns usuários,
porém, a incitação à violência no Facebook – uma rede social que tem a possibilidade
de alcançar milhões de pessoas, pode ser capaz de transformar a realidade de
determinados indivíduos, algumas vezes, de forma irreversível, a construção de uma
cidadania e de uma sociedade igualitária e justa

2.3 SOBRE INSTAGRAM

A plataforma de vídeos curtos e fotos Instagram (2018) apresenta em seu


manual de condutas da comunidade:
Nós removemos conteúdos que contêm ameaças ou discurso de ódio,
visando atingir de forma a denegrir ou envergonhar alvos individuais[...]. Nós
geralmente permitimos mensagens mais agressivas sobre pessoas que aparecem nas
mídias ou tem uma grande audiência pública por causa de sua profissão ou atividades
escolhidas. Nunca é bom encorajar a violência ou atacar qualquer pessoa baseada
em sua raça, etnia, origem nacional, sexo, gênero, identidade de gênero, orientação
sexual, afiliação religiosa, deficiências ou doenças. Quando o discurso de ódio é
compartilhado para desafiá-lo ou para aumentar a conscientização, podemos permitir
isso. Nesses casos, pedimos que você expresse claramente sua intenção.
É possível notar que ela possui uma forma mais branda de política contra
o discurso de ódio, não dando ênfase a proteção de grupos considerados minorias e
permitindo que pessoas da mídia possam emitir mensagens que possam ser
consideradas mais agressivas.
3.1 O QUE É INTOLERÂNCIA

Denomina-se intolerância ao ato de depreciar uma pessoa por causas de


suas orientações políticas, religiosas, sexuais, etc. Esta ação não constitui
necessariamente um crime em todos os casos, embora certamente se aproxime desta
circunstância.
Ao longo da história da humanidade foram inúmeros os casos onde
uma atitude intolerante levou a verdadeiras tragédias.
A atitude intolerante pode ser identificada como uma deficiência, e neste
sentido, são poucos os que podem sentir-se isentos totalmente deste defeito. Isto não
significa coincidir com todas as crenças, atitudes ou ações de uma pessoa, mas
simplesmente evitar levar esta diferença a nível pessoal.
A intolerância, seja de qualquer espécie - raça, religião, opção sexual,
política ou cor - fere a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Por isso, todo tipo
de preconceito deve ser combatido para, no futuro, haver uma sociedade mais
igualitária e livre.

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