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IPOG

DISCIPLINA: E-COMMERCE

PROFESSORA: NEIVA MARÓSTICA

ALUNA: BARBARA NOENNY CALANDRINI DE AZEVEDO

RESENHA DO DOCUMENTÁRIO: “O DILEMA DAS REDES”

O documentário “O dilema das redes” nos traz uma reflexão muito importante sobre o
impacto positivo e negativo da influência das redes em nossas vidas. Para fundamentar a
discussão, nos trazem engenheiros, CEO’s, especialistas em comportamento humano e etc que
trazem pontos pertinentes no que diz respeito a importância destas conexões para os dias
atuais, no impacto positivo como proximidade, reencontros, facilidade de encontrar
informações e interesses gerais das pessoas. Em contrapartida, temos o fato deste mesmo elo
que traz benefícios as gerações atuais, nos alertam ao grande impacto manipulatório destes
meios em nossas vidas.

Por um período, através de muitos estudos e a capacidade das redes como facebook a
atentar-se a detalhes da psicologia, gatilhos mentais para tornar a rede social mais atrativa,
percebeu-se que tais engenheiros passaram a usar disto para experimentos para o
desenvolvimento do formato ideal para manipulação. Atentaram-se que quanto mais atrativa
esta rede era, maior era o consumo, as indicações para seu uso e assim, mais pessoas as
consumiam.

Percebeu-se então que acontece uma exploração da vulnerabilidade do psicológico


humano, uma vez que através desse consumo, gera-se uma dependência das pessoas em
relação ao celular. Um ponto muito importante que é colocado no filme é o fato de que os
mesmos desenvolvedores desse sistema passaram a se sentir vítimas também.

Através do consumo de conteúdos, interesses e assuntos abordados, as pessoas são


colocadas em grupos semelhantes, são levadas ao interesse de suas procuras, o que nos leva
ao algoritmo. Este por sua vez, é responsável por entender seus consumos e direcioná-lo para
o que ele acha mais parecido. Verifica-se então esta manipulação dá-se a esse
direcionamento, a estas opiniões em bloco.

O documentário traz um ponto muito importante também sobre o aumento da


ansiedade e depressão nos anos de 2011 a 2013, além de um aumento nas admissões em
hospitais e tentativas de suicídio. Foi analisado também que as interações “físicas” diminuiu
assim como a capacidade das pessoas de correrem riscos necessários para o crescimento
intelectual e pessoal. Percebe-se comparações com aparências físicas, aumento nos casos de
cirurgia plásticas e procedimentos estéticos para que as pessoas fiquem mais parecida com a
realidade dos filtros.

Tais dados devem-se ao fato do celular ter ser tornado uma “chupeta social” onde
serve como consolo para que as pessoas não se sintam sozinhas de modo que as afastam ainda
mais da vida real.

O documentário também aborda sobre o grave fato da interferência destas


manipulações nas eleições. Apontam o fato de nunca na história ter havido tanta polarização
política como atualmente. É pautado o quanto a informação falsa vende mais que a
verdadeira. É colocado também que isso acontece bastante devido justamente a “bolha” que o
algoritmo coloca as pessoas. Quanto mais você consome determinado assunto, mais ele passa
a aparecer para você.

Hoje, uma das maiores batalhas do facebook é o combate as informações falsas e


discursos de ódio que levam pessoas a incitar a violência física contra diversos grupos. O
facebook consegue através da utilização de informações pagas direcionar o conteúdo que
queremos que chegue ao público escolhido. O robô não sabe o que é verdade e o que é
mentira e divulga a informação desejada para o grupo que se quer atingir

Os criadores refletem que eles criaram as ferramentas para que houvesse


desestabilização do tecido da sociedade e ataques a democracia, nas nações mais
desenvolvidas do mundo. Países que influenciam outros países através de anúncios. Colocam o
fato de os lados terem virado extremos e não conseguirem mais se ouvir devido à dificuldade
de diálogo.

O documentário finaliza que o vale do silício está criando um grande computador que
seria um cérebro gigante e os usuários seriam os neurônios e as sinapses, algo descartável e
programável. Trazem também o fato dessa ameaça existencial ser silenciosa e imperceptível.
Traz como reflexão a capacidade da tecnologia de despertar o pior da sociedade e o pior da
sociedade ser a ameaça existencial. Se a tecnologia causa em massa a dificuldade de crença no
outro, revolta, incivilidade, alienação isso passa a ser a sociedade e a mesma não consegue se
reestabelecer. O que mais os preocupam é a destruição da civilização. Colocam então a
dificuldade de regulamentação das redes sociais, uma vez que interfere na rentabilidade
também dessas empresas.

Por fim, colocam a importância de recriar este sistema, de enxergar o que acontece
como um problema real. Pontua-se a necessidade de uma pressão publica acerca dessa
regulamentação. Colocam a importância desse reconhecimento por parte das gigantes.

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