Você está na página 1de 4

Faculdade São Luís de França

Graduação de Direito

HUGO VILLANOVA VALADARES

LETRAMENTO DIGITAL
MEDIDA DE EFICIÊNCIA II

Aracaju – SE
2020
HUGO VILLANOVA VALADARES
RESUMO O DILEMA DAS REDES

Resumo do documentário O Dilema das


Redes, disponibilizado no dia 23 de
novembro de 2020, através da plataforma
do Google Sala de Aula, pelo Prof. Marlon
Santos Prata, como medida de eficiência,
da segunda unidade, da disciplina de
Letramento Digital.

Aracaju – SE
2020
Não é raro pensarmos estamos sendo observados, manipulados, frustrados,
deprimidos e até mesmo isolados pelas redes sociais. Por exemplo, ao pesquisar por um
modelo específico de carro em um site de compras digitais e a partir de então qualquer
página que você visitar tem anúncios do carro, o qual você pesquisou, mesmo que apenas
uma vez. Ao entrar nas redes suas redes sociais para relaxar um pouco, se depara com a
incrível vida perfeita de todo mundo, isso parece surreal, não existe um defeito! E isso é
devastador, porque a vida real de ninguém é tão perfeita nem mesmo em seus melhores
sonhos. É quase impossível entendemos como algumas pessoas não compreendem algo
que nos parece óbvio. Eles não viram as notícias? E a resposta é não, mesmo! porque
vivemos em bolhas e cada um recebe um conteúdo personalizado na
sua timeline do Facebook, no feed do Instagram, Twitter e até mesmo no Youtube. Até aí
nenhuma grande novidade, é normal algumas destas sensações ou mesmo todas elas no
nosso dia a dia.

A grande novidade ou diferencial trazido pelo documentário é que ele reúne alguns
dos desenvolvedores dessas mídias, cientistas da computação, uma psicóloga, uma
psiquiatra e um especialista em investimentos para discutir sobre o tema. Com esse
material, o diretor Jeff Orlowski faz um trabalho incrível organizando essas ideias e
costurando a discussão com uma ficção ilustrativa que conta a história de uma família
comum e sua relação com as mídias sociais.

Se por um lado é cômodo e prático ter à sua disposição um conteúdo com


assuntos do seu interesse e anúncios de coisas pelas quais você realmente está
buscando, por outro lado, perder o controle e a chance de escolha do conteúdo que você
vai ver tem suas consequências. Os algoritmos são uma sequência de tarefas, uma
sequência de raciocínios, instruções ou operações para alcançar um objetivo. Neste
contexto, eles são desenvolvidos para capturar e tratar muitos dados gerando modelos
computacionais que predizem o seu comportamento por meio do aprendizado de máquina.
O que chamamos de inteligência artificial, e nos assombrava com uma possível rebelião
das máquinas em “O exterminador do futuro”, já começou! E não carrega armas de fogo
ou bombas. Está presente no nosso cotidiano, acessa
nossos smartphones, notebooks, tablets e computadores, sabe muito sobre nós, influencia
nossas escolhas e até mesmo o nosso voto.

Quando acessamos essas mídias, não pagamos nada por elas (além do plano de
internet, que já é uma facada!), quem paga para manter essas redes no ar são os
anunciantes, é assim que o Mark Zuckerberg acumula seus bilhões de dólares. Então,
como bem sabemos, não existe almoço grátis! O que é oferecido para os anunciantes é
você! São os seus dados e informações que estão sendo negociados. Quanto mais tempo
passamos nas redes sociais e mais engajados estamos com os conteúdos, mais anúncios
consumimos e maior é o lucro dessas companhias. Não é à toa que somos chamados de
usuários das redes sociais, ela é pensada e desenvolvida para nos escravizar
emocionalmente, criando uma dependência com mecanismos de persuasão e aprendizado
de máquina extremamente sofisticados.

Um outro problema, decorrente do uso das redes sociais, é que esse conteúdo
cada vez mais especializado, está nos separando ainda mais em grupos que não
dialogam, tornando a sociedade cada vez mais polarizada. Somado a isso as fake news, o
obscurantismo, a era da pós-verdade e a auto verdade comprometeram o diálogo, criando
um grande abismo social.

O documentário destaca também que no Twitter as fake news (notícias falsas) tem
uma taxa de divulgação seis vezes mais rápida que as notícias comuns. Provavelmente
porque tem apelo emocional, são alarmantes, e algumas vezes geram identificação em
quem as lê. E mesmo que não tenham muito sentido, são passadas adiante pelos mais
desavisados. Daí a prática fundamental de verificar a veracidade antes de passar uma
informação adiante. Existem sites especializados nesta checagem, mas de maneira geral
uma busca no Google trará mais informações sobre o assunto e você pode avaliar se
realmente é real ou não. Na dúvida não compartilhe.

As redes sociais não possuem ferramentas próprias de regulamentação para


separar notícias verdadeiras das mentirosas e assim a farsa rola solta e cresce livremente
nessas mídias. Recentemente o Facebook teve uma iniciativa neste sentido, mas ainda é
pouco eficiente para conter a disseminação de fake news. E por isso nosso trabalho de
divulgação científica se faz tão importante nesse momento. A imparcialidade nem sempre
é possível, algumas vezes vocês verão nossa opinião pessoal deslizar pelas linhas. No
entanto, existe uma imensa diferença entre ter um posicionamento e aceitar ou disseminar
informações que não representam a realidade. Garantimos e reafirmamos nosso
compromisso com a verdade e a divulgação científica. Usamos esse espaço para divulgar
como o mundo funciona e como as ciências permeiam tudo isso, sem justificar com
crenças, senso comum ou mitos.

Veja! A forma como nos comunicamos também é por meio das mídias sociais e
depende totalmente da internet. Também usamos a internet para estudar, conversar com
amigos, serviços de delivery, compras e transporte e trabalho. Portanto, é importante
entender os benefícios do mundo digital, mas também é preciso estar ciente das
armadilhas. Um dos participantes do documentário sugere que nossa única opção é
abandonar totalmente o uso das mídias sociais e com isso cobrar que leis de proteção de
dados mais rígidas sejam utilizadas. Outros sugerem alguns outros cuidados, como excluir
as notificações e evitar excessos.

Você também pode gostar