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Roteiro de Episódios

Alunos: Ian Carlos Lima Tavares, Matheus Eduardo Dias da Silva e


André Batista Silvestre
Formato: Documentário
Nome do documentário: O condomínio das redes sociais

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Roteiro Episódio 1

Nome do episódio: Os Prédios do conhecimento

Tema do episódio: A construção do conhecimento nas redes sociais

Ferramenta digital utilizada: ChatGPT

1 - OLIVEIRA, Kainã. Uso excessivo das redes sociais pode levar a uma realidade
ficcional. Jornal da USP, 13 de Jan. 2021. Disponível em: . Acesso em: 09 de Jun. de 2023.

2 - MATUZAKI, Thais. Vantagens e riscos das redes sociais em condomínios. Síndconet,


2019. Disponível em: . Acesso em: 09 de Jun. de 2023.

Organização do episódio

André: As redes sociais presentes na cultura digital têm se tornado uma ferramenta
muito utilizada principalmente pelos jovens. Elas funcionam como um condomínio, onde
vários proprietários ou usuários podem se relacionar tendo a defesa de sua segurança e
privacidade. Desse modo, desejamos boas-vindas ao condomínio das redes sociais.

(Intro)

André: Neste condomínio das redes sociais, buscamos compreender algumas questões
sociais presentes nesse local, assim como a forma em que elas estão relacionadas em dois
mundos distintos, um mundo físico e um mundo digital. Para compreender melhor e
auxiliar na análise dessas questões, utilizaremos ferramentas da cultura digital que
permitem facilitar as explicações ou ajudar na construção do conhecimento. Além disso,
priorizamos fazer com que vocês, nossos digníssimos usuários do condomínio das redes
sociais, consigam por si só pensar sobre as questões sociais. Sem mais delongas,
analisaremos o bloco 1 deste condomínio, o local onde possui vários prédios do
conhecimento.

(Vinheta – Apenas cenas)

Ian: Para começar, imaginamos que os condomínios das redes sociais podem ser
divididos em duas partes, um mundo físico e outro mundo digital que estão interligados.
O mundo físico nada mais é que o mundo que estamos presentes fisicamente, enquanto o
mundo digital é o local onde estamos presentes apenas através da internet. Além disso,
como já dito, esses mundos estão ligados, de modo que os acontecimentos do mundo
físico podem influenciar nos acontecimentos do mundo digital, e assim vice-versa.

Desse modo, entendemos que as questões sociais presentes no mundo físico estão ou
podem influenciar questões ou acontecimentos presentes no mundo digital. Logo, as
temáticas e questões sociais que serão faladas ao longo do documentário estarão
presentes tanto no mundo físico quanto no mundo digital.

No nosso condomínio das redes sociais, os prédios do conhecimento são um local cheio de
aprendizado baseado na construção de ideias e teorias. Os moradores desses prédios são
aqueles usuários que buscam aprender com as redes sociais, assim como usá-las para um
bem maior. Com base nisso, veremos quais benefícios e malefícios que esses moradores
percebem nas redes sociais e quais caminhos eles usam para construir essa moradia de
aprendizado.

(Vinheta)

André: Primeiramente, eles acreditam que o avanço da tecnologia e a existência da


cultura digital facilitou que seus usuários possam aprender e compartilhar o
conhecimento, ou seja, aquilo que antes era bem restrito, agora se tornou algo mais
prático e acessível. Além disso, a cultura digital tem a capacidade de fazer com que os
indivíduos se relacionem a longas distâncias, seja para colocar o papo em dia ou para
fazer atendimentos médicos.

Já os malefícios desse meio digital, percebe-se que pode causar vício em seus usuários,
visto que o algoritmo é programado e instalado nas redes sociais, possuindo a função de
aprender os gostos e interesses dos indivíduos que os utilizam.

Além disso, a comparação gerada por meio da visualização dos corpos pertencentes aos
usuários de determinada rede são os principais responsáveis por iniciar ou mesmo
potencializar problemas de baixa autoestima, ansiedade, depressão, solidão, baixa
qualidade de sono e até mesmo dificuldade de relacionamento fora das redes sociais,
afetando diretamente na saúde mental e na vida social do jovem, de modo que esse
mundo digital seja capaz de influenciar o mundo físico do indivíduo.

Assim, as redes sociais e a cultura digital alteraram a forma como lidamos com o
conhecimento, e cabe a nós aprendermos a utilizá-la da maneira correta, para que
possamos promover a difusão de informações verdadeiras que construam o
conhecimento.

(Vinheta)

Matheus: Agora que compreendemos um pouco mais sobre os benefícios e malefícios


que podem ajudar ou impedir que o conhecimento seja construído, iremos ver como
podemos utilizar as redes sociais para construir esses prédios do conhecimento em nosso
condomínio. Para isso utilizaremos nossa primeira ferramenta digital, chamada Chat
GPT, uma plataforma no qual permite que os usuários conversem através de um site
com uma inteligência artificial.

Iremos fazer uma simples pergunta para o ChatGPT, como conduzir e criar o
conhecimento nas redes sociais?

De acordo com o ChatGPT, podemos construir o conhecimento nesses condomínios das


redes sociais através do compartilhamento de informações relevantes e participações de
discussões ou comunidades construtivas. Além disso, podemos buscar fontes e
especialistas sobre o assunto que sejam confiáveis, assim como verificar a veracidade das
informações e conteúdo que consumimos. Também podemos utilizar as redes sociais
para ensinar ou espalhar o conhecimento através de vídeos e post que facilitam um
aprendizado mais rápido.

Devemos ressaltar que a própria inteligência artificial, como o ChatGPT, muitas vezes é
utilizada para impedir que o conhecimento seja construído, de modo que muitos
usuários a utilizam com o objetivo de pegar informações que estejam em suas provas ou
atividades, evitando que o conhecimento seja adquirido.

(Vinheta)

André: Dessa forma, se quisermos construir os prédios do conhecimento em nossas


vidas, assim como aproveitar deles é necessário entender as dificuldades, riscos e até
mesmo benefícios que as redes sociais possuem. Porém, será que existe mais alguma
coisa que impede o conhecimento na cultura digital ou que influencia ele?

Bem, só podemos saber se alguns moradores desse maravilhoso condomínio fictício


contaram para nós.

(Fim do primeiro episódio)

Roteiro Episódio 2

Nome do episódio: Os Agrupamentos de moradores

Tema do episódio: As classes sociais presentes no mundo físico e mundo digital


Ferramenta utilizada: DeepFake e Voice mod

Fontes:

1. ARBEX, Gabriela. Comportamento nas redes x classe social, realme no Brasil e mais.
Forbes, 13 de Jan. de 2021. Disponível em: . Acesso em: 09 de Jun. de 2023.

2. LADEIRA, Francisco. A mídia realmente tem o poder de manipular as pessoas?.


Projor, 14 de abr. de 2015. Disponível em: . Acesso em: 09 de Jun. de 2023.

3. LEITE, Adriano. Goiânia é 10ª mais desigual no mundo. SECOM, [s.d]. Disponível em: .
Acesso em: 09 de Jun. de 2023.

4. LAMARINO, Atila. Como a inteligência artificial já manipula sua vida. YouTube, 16 de


mai. de 2023. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ZNEG4Ed9Jjs>. Acesso
em: 18 de jun. de 2023.

Organização do episódio

André: As redes sociais presentes na cultura digital funcionam como um condomínio,


onde vários proprietários ou usuários podem se relacionar tendo a defesa de sua
segurança e privacidade. Desse modo, desejamos boas-vindas ao condomínio das redes
sociais.

(Intro)

André: Neste condomínio das redes sociais, buscamos compreender algumas questões
sociais presentes nesse local, assim como a forma em que elas estão relacionadas em dois
mundos distintos, um mundo físico e um mundo digital. Priorizamos nesse condomínio,
fazendo com que vocês, nossos digníssimos moradores consigam pensar por isso só sobre
os assuntos levantados durante os blocos do condomínio.

Anteriormente, vimos alguns benefícios e malefícios da cultura digital, assim como


podemos construir prédios do conhecimento com ela. Agora, iremos caminhar por
diferentes casas do condomínio, analisando os diversos agrupamentos de moradores, ou
melhor dizendo, as diversas classes sociais.

(Vinheta)

André: Percebemos que a desigualdade social não está presente só no condomínio das
redes sociais, como também existe em nosso mundo físico. De acordo com um relatório
de 2008 feito para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), em que foram analisadas
138 cidades de 63 países em desenvolvimento, a cidade brasileira de Goiânia ficou em
10º lugar como a mais desigual no mundo inteiro.

O alto índice de desigualdade não só em Goiânia, mas como em todo Brasil, mostra que
a desigualdade social permeia nossa realidade, de modo que em nosso meio social
existem diferentes classes ou agrupamentos de moradores. Porém, quando olhamos por
fora, não imaginamos que esses agrupamentos são tão desiguais, e muito menos
imaginamos que o lugar onde moramos possa ter índices tão altos de uma problemática
social.

André (apresentador): Mas como isso exatamente ocorre? E como as classes sociais no
mundo físico influenciam os usuários no mundo digital?

(Vinheta)

Ian: Bem, para entender um pouco melhor, podemos utilizar uma pesquisa feita pela
plataforma de compras e vendas on-line OLX, que foi respondida por 1906 pessoas em
2020, tal pesquisa mostra que quase metade das pessoas costumam não mudar a senha
de suas redes sociais. Com os resultados da pesquisa, percebe-se que 25% dos moradores
do grupo de classe mais alta do nosso condomínio, que moram em casas chiques e
possuem qualidade de vida muito boa, pertencendo ao agrupamento A, não possuem a
frequência de trocar as senhas de suas redes sociais. Logo, 25% desses moradores
correm o risco de serem enganados ou manipulados na cultura digital.

Já para o agrupamento B, grupo de moradores que não moram em casas tão chiques,
mas ainda assim possuem qualidade de vida boas, possuem o aumento desse número
para 31%, ou seja, 6% a mais do que o agrupamento A.

Para o agrupamento C, que possui moradores da classe mais mediana, esse número
aumenta para 50%, ou seja, 19% a mais do agrupamento B e o dobro do de moradores
do agrupamento A.

Por último, os moradores do agrupamento D e E, classes mais baixas, que possuem o


aumento de 4% comparado ao agrupamento C.

O fato do número duplicar do agrupamento A para o agrupamento C, mostra uma


grande desigualdade social, principalmente, porque percebemos que grande parte das
pessoas de nosso condomínio e de nosso mundo físico pertencem às classes mais baixas.

Além disso, percebe-se com esses números que as classes sociais dos indivíduos no
mundo físico são capazes de influenciar seu comportamento e os riscos que eles correm
nas redes sociais. De modo, que aqueles que possuem uma classe mais alta, possuem
mais acessibilidade a informações, de como usar e enfrentar os problemas na cultura
digital.

(Vinheta)
Ian: Os riscos que os agrupamentos de moradores podem enfrentar no condomínio das
redes sociais são inúmeros. Muitos desses perigos ocorrem diretamente ou
indiretamente.

Para entender um pouco melhor sobre esses problemas que as classes sociais enfrentam
por suas diversidades, buscamos compreender algumas ferramentas que os interesseiros
da internet utilizam para enganar suas vítimas.

Matheus: Existem diversas ferramentas que podem ser usadas, que estão presentes nas
redes sociais ou no nosso mundo digital. Algumas delas, nem imaginamos que podem ser
usadas de maneira errada. Primeiramente, citamos os aplicativos modificadores de voz,
aplicativos ou plataformas capazes de mudar o tom ou a voz do usuário para que ele não
seja percebido.

Essa ferramenta permite que os usuários possam aplicar golpes facilmente, utilizando a
estratégia do vishing, um golpe cibernético com o objetivo de conseguir informações de
outros usuários utilizando a voz. Normalmente fazem isso através de ligações, se
passando por empresas, bancos ou instituições governamentais.

Além disso, ressaltamos também os aplicativos ou plataformas capazes de modificar o


rosto das pessoas, como o deepfake, no qual a ferramenta utiliza a inteligência artificial
para trocar o rosto das pessoas. Ela também é utilizada para fazer golpes ou para
auxiliar no compartilhamento de informações falsas.

As inteligências artificiais ou essas plataformas digitais, por mais que sejam positivas,
devem ser usadas com cuidado, pois são capazes de impedir que o conhecimento seja
construído, assim como auxiliam na formação de vítimas, como os moradores dos
agrupamentos mais baixos.

Percebemos que as novas tecnologias e as inteligências artificiais estão tomando rumos


que nós precisamos ficar de olho, como por exemplo a criação de amigos “imaginários”
ou a criação de imagens falsas, por exemplo.

Desse modo, assim como já dito por Atila Iamarino, as tecnologias funcionam como o
Radium (elemento da tabela periódica que causa a radiação) que no início era usado
para fazer muitas coisas e também era utilizado em comidas, mas que depois anos
acarretou em vários problemas, como deformações em humanos e mortes lentas.

Além disso, a inteligência artificial está se desenvolvendo de forma muito abrupta, de


maneira que em 2020 era possível reconhecer imagens artificiais e alguns meses após
isso, já não era mais possível fazer essa distinção, já que a I.A tinha evoluindo tanto que
não era possível fazer a distinção.

(Vinheta)

André: Excelente, isso também afeta na percepção das pessoas sobre o real, e
principalmente a percepção daqueles que só vivem no “real” da internet, causando o
impedimento da construção do conhecimento. Mas será que existe algum outro desafio
que os agrupamentos de moradores ou os usuários do condomínio das redes sociais
enfrentam para construir o conhecimento!

Na verdade, acho que estou começando a entender um padrão para morar nesse
condomínio. E você?

Roteiro Episódio 3

Nome do episódio: O padrão de se morar

Tema do episódio: A padronização nas redes sociais e a influência do algoritmo

Ferramenta utilizada: Youper

Fontes:

A pressão por perfeição causada pelas redes sociais pode afetar a qualidade de vida das
pessoas. ABM+SAÚDE, 2021. Disponível em: . Acesso em: 09 de Jun. de 2023.

CAVALCANTI, Naiara. O que são e como os algoritmos são usados nas redes sociais?.
EIXO DIGITAL. Disponível em: . Acesso em: 09 de Jun. de 2023.

LAMARINO, Atila. Como o Instagram distorce a realidade. YouTube, 16 de jan. de 2021.


Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=WzQCW5TO3oM> . Acesso em: 18 de
jun. de 2023.

Organização do episódio
André: As redes sociais presentes na cultura digital funcionam como um condomínio,
onde vários proprietários ou usuários podem se relacionar tendo a defesa de sua
segurança e privacidade. Desse modo, desejamos boas-vindas ao condomínio das redes
sociais.

(Intro)

André: Neste condomínio das redes sociais, buscamos compreender algumas questões
sociais presentes nesse local, assim como a forma em que elas estão relacionadas em dois
mundos distintos, um mundo físico e um mundo digital. Priorizamos nesse condomínio,
fazendo com que vocês, nossos digníssimos moradores consigam pensar por si só sobre
os assuntos levantados durante os blocos do condomínio.
Anteriormente, vimos sobre os agrupamentos de moradores e suas relações com o meio
digital. Agora, iremos analisar a padronização que está se repetindo muito por aqui, até
porque os condomínios das redes sociais estão se tornando um padrão de se morar.

(Vinheta)

André: No condomínio das redes sociais, a padronização é uma imagem perfeita de algo,
seja de vida ou beleza. Essa imagem é tão valorizada que faz os usuários a utilizarem
como meta. Mas, essa meta acaba se tornando um padrão que causa vários problemas.

Além disso, quando falamos de padrão no condomínio das redes sociais, devemos ter em
mente que diferentes agrupamentos de moradores podem ser atingidos por eles. Porém,
percebemos que geralmente, o público mais afetado por essa ideia é o público jovem.

Ian: Primeiramente, através de uma pesquisa feita pela empresa de marketing “We Are
Social” divulgada em 2022 sobre o uso da internet, percebemos que os moradores do
condomínio das redes sociais no Brasil gastam em média 3 horas por dia na cultura
digital. Revelando assim, que a internet pode causar vícios graves em seus usuários.

Além disso, outra pesquisa feita pela ONG inglesa “Girlguiding” com mais de mil
garotas com idade de 11 a 21 anos, mostrou que uma a cada três jovens disse que se
preocupavam em comparar sua vida nas redes sociais com a de outras pessoas.

André: Os altos índices de uso excessivo e comparação na internet mostram que os


moradores desse condomínio acabam sofrendo um padrão. Esses usuários ficam tão
fascinados com a vida digital que tentam reproduzi-la a ponto de impedir que o
conhecimento seja construído.

(Vinheta)

Ian: Em nosso condomínio das redes sociais, conseguimos identificar esses padrões. Os
usuários tentam repeti-los e isso podemos ver claramente na forma como eles se
comportam.

André: Isso é um ponto muito importante. Inclusive, de acordo com Atila Iamarino, um
grande divulgador científico, nós vemos a nós mesmos de maneira errada, seja no
espelho ou em outras redes sociais. De modo que digitalmente, as lentes e por
consequência as imagens que nelas são tiradas, ficam distorcidas.

Ian: Exato, e esse padrão não vai apenas em relação à beleza, por exemplo se você acha
que alguém é mais bem-sucedido que você, que ela é mais rica e etc. Quando esses
padrões são valorizados, eles se tornam populares, facilitando que o ciclo continue
novamente.

André: Outro ponto importante é a homogeneidade. Quando os padrões criam uma


imagem perfeita que todos querem seguir, a diversidade acaba diminuindo, fazendo com
que o mundo em teoria se torne um lugar totalmente igual.
Ian: Sim, a criação da homogeneidade e valorização dos padrões também cria uma
relação de poder. Vemos em nosso condomínio das redes sociais que os agrupamentos
mais elevados hierarquicamente muitas vezes possuem esse poder porque valorizam seus
padrões. Logo, a padronização também se torna um poder para atingir o auge das redes
sociais.

André: Mas como esse padrão se espalha? Existe algum elemento x que faz isso?

(Vinheta)

Matheus: Bem, existe sim um elemento X, e ele se chama algoritmo. Os algoritmos são
basicamente regrinhas que se diferenciam em cada rede social e que são levadas em
conta na hora de recomendar um certo conteúdo para algum tipo de usuário, a partir de
uma ranqueamento, levando em conta os gostos dos usuários.

André: E como esse algoritmo funciona no instagram?

Matheus: No instagram, o algoritmo funciona a partir de 3 premissas: a temporalidade


das postagens; o engajamento com as postagens; o relacionamento com as contas, ou
seja, ele analisa quando aquela postagem foi feita, quantas curtidas teve e a interação do
usuário com a conta.

André: E no youtube?

Matheus: Já o youtube, tem um algoritmo que se baseia em um loop de feedback em


tempo real selecionada para cada um individualmente, em que ele te recomenda vídeos
com base no seu feedback e reenvia sempre vídeos parecidos, afim de te manter em um
eterno loop, e os vídeos ainda podem ser recomendados a partir de meta ou dados que
melhor se encaixam para você, assim como o engajamento do vídeo.

André (apresentador): E o twi...

Matheus: O twitter tem outro tipo de algoritmo que age de acordo com os tweets
ranqueados para o usuário e a relevância deles para o usuário; “caso você tenha
perdido” que são tweets que podem te interessar e que você ainda não viu e a timeline do
twitter, que segue uma ordem cronológica para os tweets, assim como em ordem de
anúncios e contas sugeridas.

André: Acho que compreendi. Esses algoritmos são elementos X que levam conteúdos
que os usuários gostam ou procuram, o que facilita que a padronização seja espalhada
ou valorizada. Mas existe alguma forma de lutar contra esses padrões ou conviver com
eles!

(Vinheta)

Matheus: No condomínio das redes sociais, é bem difícil lutar contra a padronização,
visto que ela é muito valorizada. Porém, existem meios que podemos utilizar para
conviver ou combater os padrões.
Primeiramente, o primeiro passo para lutar contra os padrões é entender que a internet
nem sempre mostra a realidade. Desse modo, a comparação que é criada a partir dessa
ideia pode ser combatida compreendendo que as vidas dos usuários podem ser
valorizadas.

André: Mas como eles podem fazer isso?

Matheus: Bem, a vida pode ser romantizada. Por mais que querendo ou não, as vidas de
todos os usuários são complicadas, devemos buscar romantizar os momentos positivos
de nossas próprias vidas. Além disso, existem ferramentas da cultura digital que
auxiliam nesse processo.

Um exemplo é o aplicativo Youper, criado inclusive por brasileiros, que permite que os
usuários conversem e desabafem com uma inteligência artificial.

André: Além disso, o youper é uma ferramenta completamente acessível que utiliza da
terapia cognitiva-comportamental para cuidar da saúde mental dos usuários. Devemos
mencionar que às vezes é difícil conversar com alguém sobre o que está sentido. Logo,
essa ferramenta ajuda contra problemas como a timidez.

(Vinheta)

André: Assim, podemos entender que conseguimos utilizar alguns métodos para
conviver com a padronização e desse modo fazer com que ela não impeça que o
conhecimento seja construído.

Porém, existem mais alguns obstáculos para isso, visto que até mesmo no condomínio
das redes sociais, é possível cancelar algumas coisas.

Roteiro Episódio 4

Nome do episódio: O cancelamento de dois gumes

Tema do episódio: A cultura do cancelamento e o limite da liberdade de expressão

Ferramenta utilizada: -----

Fontes:

POLAKIEWICZ, Rafael. A cultura do cancelamento e as repercussões à saúde mental.


PORTAL DA PEBMED, 2021. Disponível em: . Acesso em: 09 de Jun. de 2023.

ZINN, Larissa. A cultura do cancelamento e o processo penal. CONSULTOR JURÍDICO,


2022. Disponível em: . Acesso em: 09 de Jun. de 2023.
Organização do episódio

André (Apresentador): As redes sociais presentes na cultura digital funcionam como um


condomínio, onde vários proprietários ou usuários podem se relacionar tendo a defesa
de sua segurança e privacidade. Desse modo, desejamos boas-vindas ao condomínio das
redes sociais.

(Intro)

André: Neste condomínio das redes sociais, buscamos compreender algumas questões
sociais presentes nesse local, assim como a forma em que elas estão relacionadas em dois
mundos distintos, um mundo físico e um mundo digital. Priorizamos nesse condomínio,
fazendo com que vocês, nossos digníssimos moradores consigam pensar por si só sobre
os assuntos levantados durante os blocos do condomínio.

Anteriormente, vimos sobre o padrão a se morar no condomínio. Agora, iremos analisar


o cancelamento de dois gumes, já que atualmente, muitos moradores enfrentam
problemas com sua liberdade de expressão.

(Vinheta)

Ian: O cancelamento de dois gumes pode ser entendido como uma caneta com duas
pontas, cada uma possui sua própria visão e sentido, mas ambas estão relacionadas. Um
dos lados dessa caneta está o limite da liberdade de expressão e do outro está o limite de
um cancelamento.

André: E qual seria o limite dessas pontas?

Ian: Primeiramente, o limite da liberdade de expressão basicamente se fundamenta em


questões legais e éticas. Assim, o usuário pode e deve se expressar, visto que isso é o seu
direito, porém, quando sua expressão ou opinião tem o intuito de ofender alguém
violando leis garantidas na Constituição Federal e questões éticas asseguradas pelos
Direitos Humanos, podemos afirmar que ela ultrapassou a ponta dessa caneta.

André: Interessante, acredito que esse limite no condomínio das redes sociais é violado
porque muitos acreditam que é um lugar seguro para falar suas opiniões sem ser
punido.

Ian: Exatamente, na cultura digital, muitos donos de condomínios acabam não punindo
os usuários que violam essas questões, facilitando que a ideia de total liberdade de
expressão sem limites realmente existe, e quando não existe, se trata de uma censura.

(Vinheta)
André: E o outro lado da caneta? Como funcionaria esse cancelamento?

Ian: Para começar, o cancelamento é dado de diversas formas, assim ele pode ser justo
ou não. Em alguns casos, os usuários realmente ultrapassam o limite da liberdade de
expressão e são cancelados. Porém, em outros casos, os usuários são cancelados
injustamente por coisas bobas.

Geralmente, o segundo caso ocorre porque existe uma massa de indivíduos que se opõem
a opinião de tal usuários, e para isso, acabam cancelado ele, pois não concordam com
sua opinião. Além disso, os moradores que estão no poder possuem mais facilidade de
organizar e manipular essas massas, como dito sobre os agrupamentos das redes sociais.

Ou seja, muitas vezes, quando acontece um cancelamento injusto percebemos que a


massa realmente censura o usuário porque suas opiniões são distintas.

André: E qual é o limite do cancelamento?

Ian: Em ambos os casos devemos ter em mente que existe um limite do cancelamento.
Por mais que ele possa fazer com que as pessoas aprendam com seus erros, é necessário
que o cancelamento tenha um limite, respeitando a opinião do próximo buscando
sempre utilizar argumentos educadamente.

Caso isso não aconteça, vemos que os usuários podem acabar sofrendo mentalmente e
psicologicamente.

(Vinheta)

André: Quando falamos de massas, precisamos citar um conceito, chamado “cultura do


cancelamento”. Essa ideia se tornou muito viral atualmente no condomínio das redes
sociais. Mas o que exatamente significa isso?

Ian: Cultura do cancelamento é um comportamento que acontece quando uma parcela


do condomínio das redes sociais julga e critica o posicionamento ou atitude de um
indivíduo ou grupo por considerar aquilo ilegal ou imoral. Porém, esse conceito também
envolve a ideia de que vivemos em um mundo onde o cancelamento se tornou uma
cultura, ou seja, que o cancelamento se tornou algo valorizado ou normalizado.

André: Caso os usuários realmente estivesse vivendo um mundo em que o cancelamento


se tornou cultura, como podemos nos expressar?

Ian: Podemos utilizar as ideias já faladas anteriormente. Primeiro, devemos respeitar o


próximo buscando sempre o diálogo em vez da violência. Assim, aos poucos podemos
diminuir a disseminação do ódio que apenas aumenta o cancelamento.

Além disso, para nos expressar só precisamos criar reflexões com nós mesmos. Buscando
sempre compreender se nossas opiniões realmente são legais e éticas. Inclusive, um
exercício muito importante nesse momento é se colocar no lugar do outro. Assim,
imaginamos se realmente estamos violando o limite da liberdade de expressão ou se
estamos apenas dando nossas opiniões.
André: É importante ressaltar que o cancelamento é capaz de impedir que o
conhecimento seja construído, visto que um ambiente violento e agressivo não é
produtivo para estabelecer e criar o nosso aprendizado.

Matheus: Vocês não vão fugir?

André: Fugir?

Matheus: A segurança do condomínio das redes sociais está em perigo.

Roteiro Episódio 5

Nome do episódio: Privando e Segurando

Tema do episódio: A privacidade e segurança nas redes sociais

Ferramenta utilizada: ----

Fontes:

BATISTELLA, Carla. Privacidade nas redes sociais: o que muda com o vigor da LGPD?.
CERTIFIQUEI, 2021. Disponível em: . Acesso em: 09 de Jun. de 2023.

SPAGNOL, Débora. Privacidade em tempos de redes sociais: (im) possibilidade.


JUSBRASIL, 2014. Disponível em: . Acesso em: 09 de Jun. de 2023.

VIEIRA, Alessandro. Projeto de Lei n° 2630, de 2020. SENADO FEDERAL, 2020.


Disponível em: . Acesso em: 09 de Jun. de 2023.

LAMARINO, Atila. Por que você DEVERIA se expor na Internet?. YouTube, 8 de nov. de
2019. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Ja6ZnJUQa_0> . Acesso em:
18/06/2023.

Organização do episódio

André: As redes sociais presentes na cultura digital funcionam como um condomínio,


onde vários proprietários ou usuários podem se relacionar tendo a defesa de sua
segurança e privacidade. Desse modo, desejamos boas-vindas ao condomínio das redes
sociais.

(Intro)

André: Neste condomínio das redes sociais, buscamos compreender algumas questões
sociais presentes nesse local, assim como a forma em que elas estão relacionadas em dois
mundos distintos, um mundo físico e um mundo digital. Priorizamos nesse condomínio,
fazer com que vocês, nossos digníssimos moradores consigam pensar por si só sobre os
assuntos levantados durante os blocos do condomínio.

Anteriormente, vimos sobre o cancelamento de dois gumes, um deles é o limite da


liberdade de expressão e o outro é o limite de um cancelamento. Agora iremos explorar
um novo lema do condomínio das redes sociais, como muitos moradores dizem
“Privando e segurando”.

(Vinheta)

André: Primeiramente, o lema que tem surgido atualmente se refere a privacidade e


segurança dos condomínios das redes sociais, que é uma temática que tem sido muito
debatida. Primeiramente, a segurança é algo protegido e presente na lei brasileira e nos
códigos civis, além de que se fundamente em uma base que todo ser humano tem como
direito.

Ian: Na vida real, a privacidade e segurança são de extrema importância. Muitas


pessoas não ficam atentas em relação a suas informações ou coisas suspeitas que se
tornam um risco para sua privacidade. Porém, na cultura digital, essa questão se torna
menos importante.

André: De fato, porque muitos acreditam que as redes sociais ou o mundo digital é
seguro. Assim, os usuários se permitem a se libertar e desfazer a privacidade que lhe é
dada, e assim acabam compartilhando informações de localização ou dados que se
tornam grandes riscos para sua segurança e sua vida no mundo físico e real.

Ian: Vemos que no campo digital, os usuários postam e criam suas próprias vidas, que
por mais que possam ser mentiras possuem traços verdadeiros de suas vontades e gostos.
Para eles, as redes sociais é um local em que você deve mostrar sua vida para que as
pessoas o achem mais interessante. Mas essa ideia acaba indo muito mais longe,
interferindo leis ou se sobrepondo sobre elas.

(Vinheta)

Ian: Quando falamos de privacidade e segurança nas redes sociais, devemos citar os
termos de serviço defendidos pelas próprias empresas que controlam as redes. Tais
termos funcionam como um contrato que garante a segurança e privacidade de seus
moradores.
André: O grande problema é que muitos desses termos se sobressaem às leis de um país,
ou acham que são mais importantes do que as normas ou ordens do Estado. Um exemplo
disso que tem surgido atualmente é a PL número 2630.

Ian: Pera, o que? Que história é essa?

André: A PL 2630, popularmente conhecido como “Lei das Fake News”, possibilitam a
transparência dos métodos, processos, informações circulantes e perfis pertencentes a
uma determinada rede social, de forma que a regulação dessas ações seja feita para
evitar a disseminação de notícias faltas em massa, realizadas através de inteligências
artificiais programadas disfarçadas de perfis, bem como a exposição da maneira como a
empresa lida com as informações dos consumidores de seus serviços, garantindo por
meio da intervenção do Estado, uma maior segurança e proteção da privacidade dos
usuários no meio digital.

Ian: Mas isso é um malefício para os donos das redes sociais, já que eles buscam
gerenciar esse mundo digital em segredo, pois assim eles se beneficiam enganando mais
pessoas.

André: Exatamente, por isso, muito tem sido feito o debate de quem manda mais. Os
termos de serviço e os donos das redes sociais ou o Estado e o seu poder.

(Vinheta)

Ian: Outro fato que torna se um risco para a privacidade e segurança dos moradores é a
exposição. Por incrível que pareça a produção de conteúdo para a internet, faz os
usuários perderem parte de sua privacidade e também de seu anonimato, já que a
grande parte da sua vida vai estar exposta para quem quiser ver. Disponibilizando
informações importantes que atacam sua privacidade e segurança.

Matheus: Além disso, tudo que fazemos no meio digital cria um risco à nossa
privacidade. Através de apenas um google, várias informações nossas são enviadas para
os grandes veículos de informação através de cookies, de propagandas.

Ian: Devemos lembrar que a padronização auxilia nesse processo, de maneira que os
moradores do condomínio das redes sociais cada vez mais se expõem, facilitando que
suas informações sejam vazadas.

Matheus: Problemas como a padronização, o risco da privacidade e outras temáticas já


abordadas, fazem com que o conhecimento dificilmente seja construído. Porém, vamos
entender um pouco mais sobre como essas questões sociais no mundo físico podem
impactar no nosso mundo digital.

(Vinheta)

André: Todas essas questões apresentadas nos episódios influenciam na nossa


construção de conhecimento. Para impedir que elas nos afetem, devemos ter em mente
os riscos que enfrentamos diariamente. Além disso, devemos ressaltar que todas essas
questões sociais estão presentes tanto no mundo digital quanto no mundo físico.
Espero que vocês, nossos digníssimos moradores do condomínio das redes sociais,
tenham conseguido entender como o meio digital também pode ser perigoso, assim como
possam criar estratégias para vencer esses problemas. Nós esperamos vocês no futuro.
Um futuro em que as redes sociais possam estar mais seguras.

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