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TEMA 1 de 3
Todos nós temos nossas opiniões sobre assuntos diversos, não é mesmo? Sobre música, cinema,
teatro, economia, política, moda etc. Você já parou para pensar que muitas das opiniões que temos
podem estar sendo manipuladas? E mais, que essa manipulação pode ocorrer quando utilizamos as
redes sociais?
Quando acessamos os espaços virtuais para nos conectarmos com pessoas, grupos e/ ou
instituições, normalmente partilhamos textos, imagens e vídeos, não é mesmo? Você já refletiu sobre
o conteúdo dessas informações? Quem produziu? Com qual objetivo? Quais as fontes que foram
utilizadas?
Infelizmente, muitas pessoas não se atentam à intencionalidade que está por trás desses conteúdos
e, consequentemente, não percebem que estão sendo manipuladas, moldadas. Quando isso ocorre,
os envolvidos na criação da manipulação constroem uma falsa realidade, com o objetivo de induzir
pessoas a pensarem de uma forma determinada. Esse tipo de manipulação de pensamento não é
algo novo, mas tem ganhado força com a utilização das redes sociais, afinal, elas atingem milhões de
pessoas de todos os lugares do mundo, numa velocidade nunca vista.
A ideia por trás da manipulação é convencer o outro do seu ponto de vista, isto é, fazer com que o
outro pense como você, acredite no que você diz e, ainda, passe a agir da forma que você espera, ou
seja, a ideia é influenciar o outro para que ele atenda aos seus desejos. Por exemplo, a chamada
manipulação psicológica busca exercer influência sobre o comportamento ou percepção de uma
pessoa.
No mundo virtual, diversas são as estratégias utilizadas, como, por exemplo, inserir comentários de
pessoas conhecidas (mesmo que falsos) para “validação” das informações, propagandas e ideologias
que estão sendo transmitidas. Os conteúdos (blogs, memes, sites de notícias falsas etc.) são fabricados
e, na maioria das vezes, são falsos e espalhados por perfis falsos, robôs e por pessoas reais, pagas
para essa função, agentes da desinformação.
Com certeza você já deve ter recebido um conteúdo com “teorias de conspiração”, com reportagens
falsas, com pesquisas manipuladas, não é mesmo? Os objetivos são claros, utilizar estratégias
desonestas para o convencimento, que geram opiniões extremistas e, ainda, levantam discussões
sem importância, para a distração de eventos reais importantes. Milhões são gastos para que os
objetivos sejam alcançados.
Por exemplo, você já ouviu falar em guerra híbrida? Pois bem, esse conceito tem sido utilizado para
falar sobre ataques cibernéticos, explosões subaquáticas e, também, campanhas online. A
Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a União Europeia estão preocupadas em
combater esse tipo de guerra, pois reconhecem que pode ser absolutamente perigosa, pois pode
acabar com as democracias e manipular os chamados espaços de informação, na medida que
atacam a infraestrutura crítica. Por esse motivo, criaram o Hybrid CoE, na Finlândia, com analistas e
especialistas de vários países que buscam combater a guerra híbrida.
Vários são os exemplos da chamada guerra híbrida, um deles ocorreu recentemente, em setembro
de 2022, quando explosões subaquáticas no Mar Báltico abriram buracos enormes nos gasodutos
Nord Stream, entre as costas dinamarquesa e sueca. Algumas autoridades de países ocidentais
suspeitaram que se tratava de um plano para sabotar o suprimento de energia do Ocidente. O motivo
seria o apoio ocidental à Ucrânia, após a invasão russa em fevereiro do ano passado.
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Ao mesmo tempo, no artigo intitulado “O obscuro uso do Facebook e do Twitter como armas de
manipulação política: as manobras nas redes se tornam uma ameaça que os governos querem
controlar”, Javier Salas discorre sobre temas relevantes no cenário mundial.
Leitura
O Obscuro Uso do Facebook e do Twitter Como Armas de Manipulação
Política: As Manobras nas Redes se Tornam uma Ameaça que os Governos
Querem Controlar.
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Por exemplo, já em 2010, o Facebook foi responsável pelo aumento dos eleitores nas eleições
legislativas dos Estados Unidos, e o co-fundador do Twitter, Ev Williams, pediu desculpas pelo papel
determinante que a plataforma desempenhou na eleição de Donald Trump.
A internet e as redes sociais tornaram-se ferramentas políticas, pois conseguem alcançar usuários
específicos, utilizando mensagens personalizadas, na medida que milhões de dólares são
disponibilizados para o alcance dos objetivos políticos, mesmo que com informações falsas. De
acordo com pesquisadores, os algoritmos são otimizados para favorecer a difusão da publicidade e,
algumas vezes, acabam por propagar a desinformação.
Você deve estar pensando, como posso me proteger? Como não ser manipulado? Como não cair em
golpes?
Em primeiro lugar, leia! Pesquise em sites confiáveis, acadêmicos, científicos, sérios e responsáveis.
Não compartilhe nada sem ler a totalidade da informação e sem checar a veracidade. Sabe aquela
informação que você recebeu no WhatsApp? Então, vá pesquisar, verifique se não foi retirada do
contexto correto, ou seja, se não foi manipulada ou até mesmo inventada. Observe a data, a autoria,
as fontes utilizadas, a redação. Utilize um site de busca para checar a origem, a reputação da pessoa
ou do veículo que divulgou, preste atenção aos detalhes da URL e da interface da página e, claro,
utilize o bom senso! Questione!
A BBC News Brasil apresenta comentários sobre o documentário “O Dilema das Redes”, para
apresentar questões de extrema importância na atualidade. Mesmo que você não tenha assistido ao
documentário, as questões apresentadas no vídeo levam à reflexão sobre temas cotidianos
fundamentais para nossa vida e que, muitas vezes, desconhecemos. Por exemplo, quando
acessamos nossas redes sociais, dificilmente pensamos nos interesses dos chamados “gigantes da
tecnologia” e, pior ainda, não pensamos como o vício nessas redes já nos atingiu e é proposital, afinal
existem duas indústrias que chamam seus clientes de “usuários”, a das drogas ilegais e a das
tecnologias.
No vídeo, entendemos que as estratégias utilizadas pelos gigantes das tecnologias buscam
manipular nossas emoções e mudar a forma como nos comportamos no cotidiano. Portanto, o
jornalista Ricardo Senra explica como a manipulação é realizada, quais são as ferramentas utilizadas,
como podemos nos proteger e combater o vício, a dependência. Afinal, nos tornamos “produtos” e,
consequentemente, auxiliamos no enriquecimento dessa indústria e dos anunciantes.
Nossas interações (cliques e curtidas) informam nossos gostos, nosso estilo de vida e auxiliam essa
indústria no conhecimento das pessoas. Claro, com o objetivo principal de venda de produtos
diversos. As ferramentas utilizadas pelos gigantes da tecnologia objetivam viciar e manipular e, por
esse motivo, muitos executivos que auxiliaram na criação das diferentes redes sociais não possuem
redes sociais, pois sabem do que elas são capazes.
A tecnologia é maravilhosa, mas deve ocupar a parte da nossa vida que permitimos e não invadir as
24 horas do nosso dia, com notificações, com curtidas que nos deixam curiosos e com a auto-estima
alta. Ao mesmo tempo, as redes sociais são responsáveis pelo aumento dos suicídios de crianças e
adolescentes no mundo todo, pois pode ter um impacto negativo na auto-estima das pessoas.
Para conhecer um pouco mais das estratégias utilizadas com o objetivo de vício e manipulação e
saber como podemos nos proteger, esse vídeo é muito interessante.
Leitura
10 Coisas Que Você Pode Fazer Para Não Ser Manipulado Pelas Redes
Sociais
Clique no botão para conferir o conteúdo.
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O artigo da revista Exame, baseado nas discussões sobre o documentário da Netflix "O Dilema das
Redes", apresenta sugestões de especialistas sobre como reduzir o uso de seu telefone e a
tecnologia viciante e, ainda, como se proteger.
Destaca o papel das empresas de tecnologia no processo de manipulação dos usuários, os efeitos da
internet, os algoritmos de recomendação, a economia lucrativa de atenção, entre outros.
No artigo, a Exame pega emprestado, do site americano Business Insider, dez “dicas” de como
podemos nos proteger dessa manipulação constante, que ocorre mesmo quando estamos com
nossos celulares desligados.
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Existem diferentes definições, desde as utilizadas pelos meios de comunicação até as diferentes
conceituações realizadas no mundo acadêmico por pesquisadores de diferentes áreas do
conhecimento.
Resumidamente, geração é quando pessoas são próximas, parecidas, mas não pela idade (faixa
etária) somente, e sim por similaridades de situações nos mesmos tempos históricos, isto é, por
compartilhar experiências, gostos, valores, sensibilidades, recordações etc. Portanto, uma geração
vivencia um momento social, define as características do processo de socialização, incorpora os
chamados “códigos culturais” de uma determinada época.
Assim, ser integrante de uma geração significa ter nascido e crescido em determinado período
histórico, com particularidades políticas, econômicas, culturais, sensibilidades e conflitos, por
exemplo, os Zoomers ou Geração Z, que são os nascidos em meados da década de 1990 até o início
dos anos 2000.
Essa geração já cresceu com a internet e várias novas tecnologias, assim como a chamada Geração
Alpha, que diz respeito às pessoas que nasceram a partir de 2010 e que ainda irão nascer até 2025,
isto é, estão acostumadas com a tecnologia e a rapidez proporcionada por ela, assim como com o
chamado mundo virtual, e dificilmente se interessam por processos lentos e tradicionais.
Para atender a essas novas gerações, pesquisas estão sendo realizadas em diferentes áreas do
conhecimento, para que possamos utilizar essas novidades no processo de aprendizagem, afinal, as
Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) permitem, hoje, ministrar aulas dinâmicas,
interativas e colaborativas.
Essas aliadas são úteis no ensino presencial e, principalmente, no ensino a distância, afinal:
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Para isso, apresentam os resultados de uma pesquisa de doutorado que objetivava identificar as TDIC
utilizadas pelos professores dos cursos de Serviço Social nos processos de ensino e aprendizagem,
além dos recursos que estão sendo utilizados na formação dos futuros assistentes sociais,
posicionando-os em relação aos níveis de certificação das competências pedagógicas em TDIC.
A pesquisa realizada pelos autores teve por base um questionário on-line aplicado a um conjunto de
professores vinculados a Instituições de Ensino Superior (IES) públicas que oferecem graduação em
Serviço Social no estado do Paraná.
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O Que é Guerra Híbrida? Por Dentro do Centro de Estudos que
Investiga Ameaça
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