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Escola: Data:

Ano: Turma:

Atividade: “Desafio Fake News, Isto é confiável?”

1. Analise as manchetes a seguir e, utilizando seus celulares, determinem se são


confiáveis ou não. Em seguida, justifiquem quais estratégias foram utilizadas
(determinar a fonte, buscar as palavras-chave ou o título no google, buscar alguma
organização ou personagem mencionado no texto).
a)
b)

“cidade canadense pede desculpas por água cor-de-rosa”


c)
d)
Atividade 2:
Texto 1: “Fake News: o que são”
Já ouviu falar em fake news? Esse é um termo inglês que quer dizer simplesmente
notícia falsa. Não há consenso exatamente sobre o que seriam essas notícias. Passam desde o
bom e velho boato, que circula como uma fofoca, até notícias fabricadas propositalmente
para atingir um objetivo. E abrange, ainda, o conceito de pós-verdade.
Em 2016, o dicionário Oxford definiu "pós-verdade" como sendo a palavra do ano. O
termo foi utilizado pela primeira vez em 1992, mas ganhou outra dimensão com a expansão
da internet. Hoje, uma notícia se espalha em poucos minutos e ganha status de verdade
apenas por ter sido compartilhada em uma rede social ou através de um aplicativo de
mensagem.
Segundo o dicionário Oxford, os fatos objetivos têm menos influência que os apelos
às emoções e às crenças pessoais para moldar a opinião pública. E é utilizando essa
característica que são criadas e divulgadas notícias com intenção de obter vantagens
econômicas ou políticas. As já citadas fake news.
Em seminário promovido pelo Conselho de Comunicação Social do Congresso
Nacional, Marcelo Vitorino, professor de marketing político e digital da Escola Superior de
Propaganda e Marketing, destacou que é importante definir o que é exatamente fake news e
como agem os replicadores.
Segundo Vitorino, é preciso separar aqueles que criam e divulgam as notícias com o
objetivo de causar danos de um mero replicador, que é a pessoa que não teve o trabalho de
checar um fato e que simplesmente compartilhou.

Marcelo Vitorino: "Antigamente, tínhamos a parte de impressos que eram os panfletos


apócrifos, distribuídos em eleições, geralmente na sexta ou no sábado à noite antes da
eleição, e aquilo mudava o resultado eleitoral, porque havia carros de som, rádios
piratas e o boca a boca. Com a guerrilha e a fake news, nós entramos em outro
universo. Há blog, rede social, e-mail, mensagem instantânea e também os
agregadores multimídia, coisa que eu não vi muita gente falando. O YouTube é um
agregador multimídia. O YouTube é também uma plataforma de hospedagem de fake
news, sim."

Marcelo Vitorino divide o que ele chama de guerrilha para distribuição de notícias
falsas em quatro elementos principais. O criador, que pode ser uma agência ou profissionais
contratados, cidadãos comuns, ativistas e militantes ideológicos. Os hospedeiros são
profissionais especializados em hospedar os conteúdos sem deixar rastros. Os
disseminadores, na maioria das vezes, são cidadãos comuns, mas podem ser ativistas
também. E há o motivador, que é quem paga a conta. Vitorino explica como é esse
funcionamento, a partir de quando um criador recebe uma demanda.

Marcelo Vitorino: "Ele adquire equipamentos no mercado paralelo de forma que não
se consegue rastrear o código do aparelho. Ele abre contas em ferramentas e em
plataformas. Depois disso, ele pesquisa públicos e canais e desenvolve conteúdos, e
desenvolve um ambiente de hospedagem, que é onde, efetivamente, vai colocar a
notícia falsa. Ele tem que ter uma casinha, tem que ter um site. Aí há o hospedeiro que
vai lá e simplesmente deixa esse conteúdo todo ativo. Ele passa a não ter contato mais
com o criador... Isso é como se fosse uma quadrilha. Eu estou deixando isto claro para
vocês: isso é uma quadrilha. É como quando os sequestradores passaram a terceirizar
quem sequestra, quem mantém no cativeiro. Isso é fake news hoje. Esse é o tipo de fake
news que bagunça uma eleição. Não é a do usuário comum. Depois disso, há o
disseminador, que é aquele que dissemina o conteúdo usando perfis falsos. Ele
impulsiona usando cartão de crédito pré-pago. E ele envia o conteúdo pelo serviço de
e-mail e WhatsApp."

O jornalista Rodrigo Flores, diretor de conteúdo do UOL, frisa que fake news não é
boato. Para ele, a palavra boato passa a ideia de alguma coisa despretensiosa. Enquanto que,
as notícias falsas são estruturadas e pensadas para atingir um objetivo.

Rodrigo Flores: "Fake news, para mim, é um conteúdo deliberadamente falso. Ou seja,
não é erro; ninguém errou ali; não foi sem querer. A imprensa erra – erra mais do que
deveria, inclusive –, mas é erro. Nós corrigimos os nossos erros: nós temos páginas de
errata, nós temos o "erramos". A gente vê com maus olhos o erro; a gente luta para
não errar. Esse conteúdo, não. Ele é fabricado para ser errado. Ele é deliberadamente
falso. Ele mimetiza a notícia. Então, não estamos falando de veículos estabelecidos.
Estamos falando de uma página de internet, ou de uma página de celular, que parece
notícia. Só parece; só tem o leiaute; tem o mesmo tipo de letra, fundo branco, e é isso
aí. Não é notícia."

Rodrigo Flores acrescentou que só é possível distribuir conteúdo falso porque existe
um canal para que ele escolha, através das redes sociais. Para ele, qualquer discussão sobre
fake news necessariamente tem que passar pelas redes sociais.
Já a jornalista Bia Barbosa, Secretária-Geral do Fórum Nacional pela Democratização
da Comunicação, alerta que o fenômeno das chamadas fake news não se restringe à internet.

Bia Barbosa: "A internet é uma plataforma que, claro, concordando com os que me
antecederam, potencializa, aumenta brutalmente a velocidade e o alcance desses
conteúdos, mas ela é um ambiente onde esses conteúdos se desenvolvem e não é o
único ambiente em que esses conteúdos se desenvolvem. É fundamental a gente
lembrar, se a gente está tão preocupado com esse debate porque estamos às vésperas
de um processo eleitoral, a gente precisa lembrar também o quanto os meios
tradicionais também, historicamente, incidiram em processos eleitorais no Brasil."

Segundo Bia Barbosa, artifícios como manipulação de notícias, desinformação,


descontextualização e uma cobertura enviesada dos meios de comunicação sempre existiram,
e têm que ser combatidos assim como a propagação das notícias falsas.

Reportagem - Mônica Thaty


Edição - Mauro Ceccherini
Produção - Daniela Rubstem
Trabalhos Técnicos - Milton Santos
https://www.camara.leg.br/radio/programas/537058-fake-news-o-que-sao/

Texto 2:(podcast) “ Fake news: por que se espalham e como evitar?”


O maior estudo sobre o tema mostrou o papel das pessoas em fazer crescer a
replicação de notícias falsas.
Um novo estudo, conduzido por pesquisadores do MIT, concluiu que as notícias falsas
se espalham na internet seis vezes mais rapidamente que as notícias verdadeiras. E esse
resultado de nada tem a ver com a ação de robôs: é fruto do comportamento das pessoas. Para
chegar a essa conclusão, os cientistas estudaram um conjunto de cascata de rumores no
Twitter, entre 2006 e 2017.
As notícias falsas se espalharam entre 1 mil e 100 mil pessoas, enquanto que a
verdade raramente chegou a mais de 1 mil usuários. A difusão de fake news teve mais
alcance, velocidade, profundidade e abrangência do que as notícias verdadeiras. E os efeitos
foram mais significativos para falsas notícias políticas do que para falsas notícias sobre
terrorismo, desastres naturais, ciência ou informações financeiras.
Para separar o que é notícia verdadeira do que é notícia falsa, o estudo usou
informações de seis organizações independentes de checagem, que concordaram de 95 a 98%
sobre as classificações.
Como identificar fake news?
A responsabilidade por passar adiante os boatos é das pessoas. Separamos algumas
dicas para te ajudar a não cair na armadilha de compartilhar conteúdos falsos.
1 - Verifique se o site é verdadeiro
2 - A notícia tem data? É recente mesmo?
3 - A notícia é assinada? Por quem?
4- Desconfie de notícias bombásticas;
5- Não confie em links compartilhados nas redes sociais. Vá à página oficial do site, clique na
área de “pesquisar no site” e digite palavras-chaves da notícia.

https://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2018/03/14/interna_tecnologia,944119/fake-n
ews-por-que-se-espalham-e-como-evitar.shtml

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