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TRABALHO DE REDAÇÃO

ALUNAS: CAROLINA TURCIO E HELOÍSA PICCIRILLO

Depois da verdade: desinformação e o custo das fake News

“Depois da verdade: desinformação e o


custo das fake news”, é um documentário
norte-americano produzido pela HBO GO e
dirigido por Andrew Rossi.
A obra consiste em mostrar casos
envolvendo fake news nos Estados Unidos,
principalmente na época das eleições de
2016 no país, além de mostrar as
consequências da desinformação entre os
cidadãos comuns.

➛ Casos citados:
• Caso 01: Em 2015, o então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou
que uma base militar ( Jade Helm ) seria construída na cidade de Bastrop, Texas.
Rapidamente, várias pessoas, sem base alguma, começaram a espalhar boatos na internet
de que a base seria, na verdade, um centro de detenção para dissidentes políticos de
Obama.

• Caso 02: Em 2016, ano de eleição nos EUA, um rumor iniciado no Reddit afirmava que a
famosa pizzaria de Washington "Comet Ping-Pong" era a base de um esquema criminoso de
abuso infantil, que teria a então candidata a presidência, Hillary Clinton, como chefe.

• Caso 03: Também em 2016, Seth Rich, na época funcionário do DNC ( Comitê Nacional
do Partido Democrata ) foi assassinado em o que a polícia acredita ter sido uma tentativa de
assalto. Rumores rapidamente se espalharam na internet de que Seth foi morto por estar
ligado à um vazamento de e-mails do DNC ocorrido algumas semanas antes.
TEMA: Efeitos da desinformação e fake news na era digital
O documentário “Depois da verdade: desinformação e o custo das fake news”, disponível na
plataforma de streaming HBO GO, traz casos ocorridos nos Estados Unidos que demonstram o perigo
que as notícias falsas apresentam aos cidadãos comuns. A par disso, em um dos casos citados na obra,
um rumor iniciado nas redes sociais acusava a famosa pizzaria de Washington, D.C. “Comet Ping-Pong”
de ser a principal base de uma organização criminosa envolvendo abuso infantil, episódio que
terminou quando um homem armado entrou no estabelecimento procurando por “pistas” de um
possível crime. Dessa forma, não só o risco à saúde pública como também a perda de confiança nas
mídias sociais são fatores que se relacionam à problemática.

Sob esse prisma, é necessário ponderar que a disseminação de fake news pode levar parte da
população, desinformada, a colocar sua segurança e sua saúde em risco. Nesse contexto, Mário
Sergio Cortella, filósofo e sociólogo brasileiro, afirma que vive-se em uma “cidadania obscena”, onde
os problemas sociais são amplamente expostos e discutidos, mas nada se faz para resolvê-los.
Semelhantemente à tese filosófica, fica evidente uma falha na conduta do governo, o qual
negligencia o fato de notícias falsas induzirem pessoas ignorantes a tomarem atitudes e decisões que
colocam em risco, além de si mesmos, a segurança em sociedade, desde atitudes como auto
tratamentos e evitar vacinas, até o armamento desmedido. Assim, é inegável que o Estado,
juntamente com a sociedade, precisam tomar atitudes que mitiguem a divulgação de informações
enganosas.

Ademais, convém mencionar que a perda de credibilidade das redes sociais é um efeito
irrefutável da desinformação e das fake news. Nesse enfoque, de acordo com a noção do “habitus”
do sociólogo francês Pierre Bourdieu, a coletividade se orienta por percepções e comportamentos
incorporados e partilhados, os quais são reproduzidos repetidamente e constituem hábitos
sociais. Diante disso, percebe-se que a disseminação de notícias falsas é uma reação em cadeia, onde
a informação postada por uma pessoa incentiva outra a reproduzi-la, semelhantemente à assertiva
de Bourdieu, haja vista o excesso de fatos inventados nas mídias sociais. Por efeito, observa-se que a
internet deixa de ser um importante meio de comunicação, democratização da notícia e fonte de
conhecimento a um risco para a população.

À vista do exposto, a desinformação e fake News na era digital necessitam de medidas urgentes
para serem resolvidas. Para esse fim, o Poder Legislativo, na figura dos deputados e senadores, deve
criar normas rígidas a respeito da disseminação de notícias falsas, por meio da punição e suspensão
de redes sociais que não as identificarem e excluírem, a fim de mitigar os riscos das notícias falsas à
segurança e saúde pública. Além disso, a mídia, por intermédio de portais de notícia especializados e
confiáveis – a exemplo de jornais televisivos – deve promover debates e campanhas sobre fake News
e esclarecê-las, a fim de conscientizar a população sobre os riscos de se confiar em qualquer
informação publicada na internet. Doravante, casos como os citados no documentário “Depois da
verdade” não se repetirão.

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