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Marionetes Digitais: O uso das redes sociais e outros veículos digitais como

forma de manipulação política e social e seus riscos a democracia moderna.

Resumo: O resumo expandido em questão foi produzido visando analisar como a internet
vem sendo utilizada como forma de manipulação política e social por meio de mecanismos
como o Firehosing, Fake News e o uso antiético de plataformas de big data e quais os riscos
dessa manipulação a democracia moderna em todo mundo e as pessoas numa base diária,
além de buscar formas de combater esses problemas cada vez mais presentes.

Palavras-chave: 1. Manipulação 2. Fake News 3. Firehosing 4. Risco democrático 5. Big


Data

Abstract: The current project was made in the intente of analise how the internet has been
used as a tool of social and political manipulation by mechanisms like Firehosing, Fake News,
the unethical use of Big Data plataforms and what are the riks that those practices bring to the
modern democracy all around the world and to common people on a daily base, besides the
Search for ways of combat those problems that each day become more present in our lives.

Key words: 1. Manipulation 2. Fake News 3. Firehosing 4. Risk to democracy 5. Big Data

1. Introdução

A crescente influência das redes sociais e outros veículos digitais em acontecimentos


de relevante importância em todas as escalas da vida comum, micro e macro, vem trazendo
cada vez mais discussões sobre as consequências da internet nas nossas vidas. É possível
observar sem muito esforço como recentes eventos políticos foram ditados pelo bom (ou mal)
uso da internet.

Acontecimentos como Brexit, as mais recentes eleições presidenciais estadunidenses


e até mesmo a crescente polarização política no Brasil foram marcados pelo uso de meios de
comunicações digitais, de maneiras legitimas e ilegítimas, como forma de convencimento e
manipulação afim de atingir os interesses de grupos que se escondem atrás do
pseudo-anonimato provido pela internet.

Vale ressaltar que o uso de fake news como ferramenta de manipulação não surgiu
da evolução da internet, ainda no universo da política estadunidense, durante ambas as
eleições presidenciais disputadas por Barack Obama eram frequentes as acusações de que ele
não seria estadunidense de fato e na verdade, era um muçulmano filiado a organizações
terroristas, e tinha como objetivo a destruição dos Estados Unidos da América. As fakes news
datam na verdade do surgimento da humanidade, podendo ser encontrados exemplos delas ao
longo de toda nossa história, o que ocorre, porém, é que a internet é o ambiente ideal para seu
desenvolvimento e propagação, e uma vez que a internet esta cada vez mais presente nas
nossas vidas o risco advindo das fake news também fica cada vez maior.

Situados em uma nova e recém começada era, tanto o Brexit quantos as eleições
estadunidenses de 2016 forma marcados pelo fator decisivo desempenhado pela internet.
Ambos sofreram com o uso de propagandas direcionadas em plataforma como Facebook
(descoberta que gerou extremas controvérsias sobre a legitimidade de tal forma de
propaganda, como do próprio referendo) até o crescente números de fake news que iam desde
falsos discursos até beirar o ridículo como acusações de que a então candidata democrata
Hilary Clinton possuía escravos sexuais no porão de uma pizzaria. Diversas pesquisas e
estudos atestam que em ambos os casos esse uso imoral da internet foi o fator decisivo que
levou tanto a saída do Reino Unido da União Europeia quanto a eleição do Donald Trump e
presidência.

Com um impacto tão grande em eventos de importância mundial cabe-se a reflexão,


quando uma democracia deixa de ser uma democracia ? Uma vez que uma parcela crucial de
votos foram decidias com base em mentiras espalhadas deliberadamente com o intuito de
convencer as pessoas esses votos foram mesmo livres ?
Além do aspecto puro e “simples” de votações os veículos digitais também
corroboram com discursos de ódios, a polarização de opiniões e, ironicamente, a censura.
Durante o findado mandato de presidente do Donald Trump, nos Estados Unidos da América,
e no atual mandato de Jair Bolsonaro no Brasil, ambos eleitos com auxílio de constantes fake
news, é comum notícias absurdas que não só pregam mentiras como ódio àqueles quais elas
atacam. Dessa forma ocorreu o aumento da polarização da população desses dois países e o
crescente ódio a opinião alheia, além de ataques diretos a instituições democráticas como a
invasão do capitólio no começo de 2021 e os recorrentes ataques ao STF e pedidos de
intervenção militar, todos instigados pela internet, muitas vezes por bots.

2. Objetivos

O trabalho tem como objetivo compreender e demonstrar as formas como a


tecnologia vem sendo utilizada por grupos de poder para manipular a população a fim de
garantir seus interesses, e quais os riscos consequentes a democracia, além de buscar uma
solução para tal problema.

3. Metodologia

A pesquisa que se propõe pertence à vertente metodológica jurídico-sociológica. No


tocante ao tipo de investigação, foi escolhido, na classificação de Witker (1985) e Gustin
(2010), o tipo jurídico-projetivo. O raciocínio desenvolvido na pesquisa é predominantemente
dedutivo.

4. Resultados e discussão

A pesquisa ainda não foi concluída, mas mesmo já, fica claro o risco trago ao livre
pensamento, dado a alienação sofrida por grandes grupos de pessoas que se veem perdidas do
pensamento crítico e num movimento de massa passam a aceitar tudo que lhes é mostrado e
dito, ameaçando assim a democracia e as liberdades individuais em favor do poderio de
alguns grupos.
5. Conclusões

Dado tudo que foi exposto pode-se concluir que o mal uso da internet pode gerar
problemas irremediáveis a democracia e a vida social pacífica. Para tentar combater tais
problemas não é suficiente apenas a contrapropaganda ou a correção das informações
falsamente divulgadas uma vez que essas não tem o alcance, impacto ou capacidade de
convencimento suficiente para remediar o dano já causado, sendo assim é necessário um
esforço conjunto para combater as fontes dessas fake news, derrubando posts e sites que as
divulgam, da mesma forma que buscar os responsáveis por essa máquina de mentiras, e
também conscientizar a população em geral de um uso saudável e crítico da internet, para que
mesmo na presença de informações falsas as pessoas possam perceber o problema e não
toma-las como verdades, e sim entender a motivação daquele conteúdo e suas intenções
maldosas, para que assim possa prevalecer a democracia de direito.

6. Referências

ALVES, Giulia Ferrigno Poli Ide; Reflexões sobre o fenômeno da desinformação: impactos
democráticos e o papel do direito; Monografia; Revista dos Estudantes de Direito da UnB;
16ª edição; pág 263-280.

FIORRILO, Celso Antonio Pacheco & FERREIRA, Renata Marques; Fake news' como
atividade criadora de condições adversas às atividades sociais e econômicas e seu
enquadramento jurídico no âmbito do meio ambiente digital; Revista Direito &
Desenvolvimento; ago/dez 2018; pág 6-16.

GUSTIN, Miracy Barbosa de Sousa; DIAS, Maria Tereza Fonseca. (Re)pensando a pesquisa
jurídica: teoria e prática. 3ª. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2010.

HAN, Byung-Chul; No Enxame: Perspectivas do Digital. 1ª ed. São Paulo: Editora Vozes,
2018

HAN, Byung-Chul; Sociedade da transparência. 1ª ed. São Paulo: Editora Vozes, 2016

HÄNSKA, Max. Tweeting for Brexit: How Social media influenced the referendum. 2017.
Disponivel em:
<https://www.researchgate.net/publication/320357979_Tweeting_for_Brexit_how_social_me
dia_influenced_the_referendum> Acesso em: 15 set 2021.
Paul, Christopher and Miriam Matthews, The Russian "Firehose of Falsehood" Propaganda
Model: Why It Might Work and Options to Counter It, Santa Monica, Calif.: RAND
Corporation, Disponível em: https://www.rand.org/pubs/perspectives/PE198.html Acesso em:
22 out 2021

WITKER, Jorge. Como elaborar uma tesis en derecho: pautas metodológicas y técnicas para
el estudiante o investigador del derecho. Madrid: Civitas, 1985.

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