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Bolhas de informação: tudo que você precisa saber


Escrito por Cortex Intelligence | Mar 29, 2022 1:45:00 PM

As bolhas de informação nada mais são do que grupos de indivíduos se


retroalimentando de ideias em espaços virtuais, especialmente nas redes
sociais. Elas são resultado da algoritmização da sociabilidade online e têm
potencial para gerar consequências ruins a democracias em geral e empresas
em específico.

Se sempre existiram falhas de informação, a Era dos Dados tornou esse


fenômeno mais acirrado e potencializou suas consequências negativas. Isso
porque indivíduos tendem a perder a capacidade de pensar para além da
ideologia a qual pertencem seus pares; no extremo, a rivalidade com quem
pensa diferente pode transformar-se em violência real.

Há estudiosos que demonstram que bolhas de informação têm sido


manipuladas artificialmente para mover cidadãos em direção oposta ao bem
comum. Para ampliar o entendimento, um material bastante acessível sobre o
tema é o documentário O Dilema das Redes (The Social Dilemma, 2020)
disponível na Netflix.

Agora, como se formam as bolhas de informação? E por que as empresas


devem estar atentas a elas? Que consequências elas podem ter aos negócios?
Tudo isso buscamos responder neste artigo. Continue lendo para entender!

Por que as bolhas de informações são prejudiciais à vida em


sociedade
Sempre que se fala em bolhas de informação, quase que instantaneamente se
pensa na polarização política que varreu o planeta nos últimos anos. Porém, é
difícil dizer se as bolhas se formaram a partir da polarização ou se o fenômeno
do “nós contra eles” é que fez com que milhões de indivíduos online se
fechassem em caixas de ressonância.

Seja como for, o importante é saber que bolhas informacionais isolam as


pessoas das críticas aos seus princípios e posições, tornando o livre exercício
intelectual limitado. Isso porque embebidas de uma ideologia única, elas têm a
falsa sensação de segurança e autossatisfação — detentoras de “verdades” que
os “outros”, inferiores, não alcançam.

Invariavelmente, esse isolamento gera dureza e intolerância que, em médio e


longo prazo, têm potencial de prejudicar a vida em sociedade.

Em outras palavras, a tendência é que os indivíduos reforcem estigmatizações e


preconceitos, incorram em comportamentos agressivos, entre outras questões
que vão contra o exercício saudável da opinião pública — conforme descreve
Wendy Rose Gould, articulista da NBC News.

Em suma, podemos caracterizar uma bolha de informação como um ambiente


informacional onde os interlocutores não estão abertos ao diálogo com quem
pensa diferente. Há nela uma retroalimentação de visões de mundo, de ideias e
práticas “incontentáveis”.

Por que as bolhas de informação devem estar no radar das


empresas

É importante saber que as bolhas vêm crescendo cada dia mais. Em fóruns de
discussão, nos feeds e nas comunidades de redes sociais, em grupos de
aplicativos de mensagens, entre outros espaços.

Além disso, muitas vezes, esse fenômeno respinga nas empresas, que podem
ser enredadas em polêmicas nas quais nem sempre estão diretamente
envolvidas — boatos, detrações intencionais, fake news etc.

Organizações que têm compromissos relacionados ao ESG, ou que navegam por


um universo de negócios propenso a crises de imagem, devem estar atentas a
essa realidade. Incluindo aquelas cuja marca se posiciona em temas como
diversidade e inclusão, como pondera Claudio Bruno, Innovation & Offering
Evangelist Director da Cortex Intelligence.

Por outro lado, bolhas de informação podem representar oportunidades para


marcas que sabem lidar bem com elas. Ou seja, aquelas que fazem gestão
estratégica de reputação, antevendo e prevenindo potenciais crises e
trabalhando continuamente para manter a confiança de seus stakeholders.

Elas podem, por exemplo, identificar bolhas informacionais sobre o mercado no


qual atuam e, a partir disso, traçar planos de ação. Por exemplo, se aproximando
de influenciadores e líderes de pensamento para prover-lhes mensagens em
primeira mão — evitando mal-entendidos e fornecendo conhecimento, entre
outras iniciativas.

Como lidar estrategicamente com bolhas de informação que


possam minar a reputação corporativa

Dado todo este contexto, veja agora algumas maneiras de lidar com bolhas de
informação de maneira estratégica:

1. Monitore o que é dito sobre a empresa


Conte com uma plataforma que automatize o monitoramento de mídias para
identificar em tempo hábil todas as menções ao seu negócio, produtos e/ou
serviços.

2. Fortaleça o posicionamento da marca

Trabalhe para que a maneira como sua empresa se coloca no mercado, inclusive
em temas sensíveis, seja bem vista pela opinião pública.

Evitando, por exemplo, que os valores institucionais estejam sujeitos a duplas


interpretações ou vulneráveis a manipulações maldosas.

3. Identifique líderes de opinião e estabeleça relacionamento com


eles

Conheça as pessoas que têm o poder de movimentar a opinião pública, na


imprensa profissional, mas também em ambientes online.

A partir disso, tente aproximar a marca daqueles cuja atuação é ética e bem
intencionada.

4. Fortaleça a inteligência de dados

Ampare seus times de Comunicação, Marketing e Relações Públicas com as


melhores ferramentas para a realização de suas atividades.

Além disso, certifique-se de garantir que os profissionais desenvolvam


habilidades analíticas (descritivas, prescritivas, preditivas etc.) para extrair das
soluções tecnológicas os insights que necessitam para uma atuação consultiva,
propositiva.

Bolhas de informação: o dilema com o qual as empresas


precisam lidar

Efeito “natural” da profusão de vozes proporcionada pela internet, com especial


impacto dos algoritmos das redes sociais, as bolhas de informação são uma
preocupação global.
Governos, instituições e empresas têm lidado, de alguma maneira, com os
impactos gerados pelo fenômeno das ideologias retroalimentadas e quase
impenetráveis em ambientes virtuais que reúnem milhares de indivíduos que
comungam das mesmas ideias.

Para as organizações que já entenderam o quanto a reputação da marca


influencia em seus resultados, estar por dentro desse fenômeno é fundamental.

Mais que isso: é preciso se antecipar às possíveis crises vindas das bolhas
informacionais; sob o risco de se ver anos de esforços de geração de confiança
sendo derrubados por hashtags impiedosas.

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