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Juventude e Internet: Influências e consequências da internet na formação social

de adolescentes
Youth and the Internet: Influences and consequences of the Internet on the social
formation of adolescents

Pedro Oliveira da Silva

RESUMO:
Neste artigo irei abordar o fenômeno de como a juventude ocupa espações na internet,
juventude essa que geralmente é intrinsecamente ligada a ideia de tecnologia e seus
consequentes produtos quando se trata de relações humanas, os espaços de convivência
virtuais que na maioria das vezes são redes sociais ou similares, a relação desses grupos com a
tecnologia se dá principalmente a sua proficiência com tais aparatos, o que faz com que tais
grupos “ideologicamente vulneráveis” ocupem em peso tais espaços. Meu objetivo nesse
trabalho será abordar diversos conceitos e ocorrências nesses meios assim como pensar em
possíveis soluções para os problemas da constante exposição aos ambientes virtuais.

Palavras-chave: Juventude; Ideologia; Redes sociais; Espaços de convivência;

ABSTRACT:
In this article I will address the phenomenon of how youth occupies spaces on the internet,
youth that is usually intrinsically linked to the idea of technology and its consequent products
when it comes to human relations, the virtual living spaces that most often are social networks
or similar, the relationship of these groups with technology is mainly due to their proficiency
with such devices, which means that such “ideologically vulnerable” groups occupy such
spaces. My objective in this work will be to address several concepts and occurrences in these
environments, as well as to think of possible solutions to the problems of constant exposure to
virtual environments.

Key words: Youth, Ideology, Social Media, Interaction Spaces;


1-Introdução

A juventude se desenvolveu e cresceu praticamente em paralelo com a revolução tecnológica


da informação, tudo isso colabora para uma espécie de dissociação da realidade de espaço-
tempo por parte dos jovens, como é dito por Eloiza Silva Gomes Oliveira no artigo
“Adolescência, internet e tempo: desafios para a Educação”

“O surgimento e rapidíssima difusão da internet provocaram


uma verdadeira revolução, entre outras características, o
rompimento dos conceitos tradicionais de espaço e tempo.
Com a minimização das distâncias espaço-temporais e a
intensificação da recursividade, a possibilidade de múltiplas
interferências, a variedade de conexões e a diversificação de
trajetórias, rompeu-se a temporalidade rígida, relativizando-
a.”(Silva; Eloiza, 2017, p.287).

Tudo isso colabora para que grupos estejam mais suscetíveis a influências negativas da mídia
hegemônica, que muitas vezes trabalham em prol de agendas políticas nocivas com teor
neoliberal ou até mesmo fascista, o que por consequência acaba gerando uma espécie de
“cultura de internet” extremista e anti-minorias. Ressaltando o papel do neoliberalismo nessa
situação, é notável que esse sistema (frequentemente compactuando com ideais fascistas e
conservadores) utiliza de sua enorme influência nos mais variados tipos de mídia para
angariar “apoiadores” através da internet, o que consequentemente se apresenta como uma
situação perigosa ao se levar em consideração que esse tipo de ambiente é populado em massa
por pessoas em certa “vulnerabilidade ideológica”, como adolescentes e idosos que acabam
recebendo uma quantidade absurda de informação viral através de todo um sistema
extremamente interligado que mistura e aborda produtos de entretenimento e cultura pop com
ideologia extremista, esse fenômeno de influenciamento em massa é explicado por Maynart:

“Rapidamente a Internet virou epidemia, contagiando as


sociedades, influenciando modos de vida e se estabelecendo
com espaço, cultura e linguagem únicas. Através dela a
comunicação globalizou-se, estreitando relações sociais,
políticas e econômicas. Este estreitamento gerou uma
dependência desta rede conectiva pelas sociedades.” (Silva,
K. K. J., & Maynart, 2010, p. 2)
2-Objetivo Geral

Destrinchar a questão de como os ambientes virtuais influenciam na formação psicossocial e


ideológica da juventude.

3-Objetivos Específicos

1-Compreender o funcionamento dessas “culturas extremistas de internet”, como elas atuam e


de onde surgiram;

1-Entender como a internet influencia na formação social e psicológica dos jovens e quais são
os perigos que os mesmos estão vulneráveis nesse ambiente;

2-Criar metodologias de ensino para contornar esses problemas e dar uma assistência maior
ao aluno, ensinando-o como utilizar os meios tecnológicos de forma segura;

4-Justificativa

A relevância dessa pesquisa se dá na questão de entender como esses mecanismos se tornam


possíveis e quais as suas consequências para o pleno desenvolvimento social desses jovens em
sociedade. Como futuro educador, possível divulgador cientifico e frequentador desses tipos
de espaço virtuais, acredito ser uma questão pertinente que quase nunca é abordada por
pessoas que de fato ocupam e vivenciam tais espaços em específico, o que atrapalha na
análise de tais fenômenos e não compreende maior parte do escopo do espaço virtual, que
seria possível entender através de um esforço etnográfico digital.

5-Dados e metodologia

Para a coleta de dados serão utilizados surveys e questionários em alguns grupos


de facebook focados em certos temas e produtos de entretenimento (videogames,
animes, filmes e livros infanto-juvenis e etc.) e em outros grupos compostos
majoritariamente por adolescentes, também será utilizada entrevistas com alguns
administradores desses grupos.

Maior parte da pesquisa terá teor quantitativo devido aos surveys e questionários,
que serão utilizados para “pavimentar” o terreno e obter dados para formular ou
confirmar teorias, e em menor parte qualitativa devido às entrevistas que buscarão
compreender a visão desses administradores e a participação de tais
administradores na construção do imaginário ideológico nesses grupos,
complementando assim os dados obtidos através da pesquisa quantitativa.

6-Cronograma

7-Bibliografia

-OLIVEIRA, E. S. G. Adolescência, internet e tempo: desafios para a Educação. Educar em


Revista, n. 64, p. 283–298, jun. 2017. Disponível em:
https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/47048/32189. Acesso em: 09 nov. 2022.

-Silva, K. K. J., & Maynart, D. C. S. (2011). Intolerância Digital: história, extrema-direita e


cibercultura (1996-2009). Scientia Plena, 6(12(b). Recuperado de
https://scientiaplena.emnuvens.com.br/sp/article/view/322

-de Oliveira Filho, P., Feitosa, G. G., & Winker e Silva, C. C. (2019). PETISMO E
ANTIPETISMO EM RELATOS DE SIMPATIZANTES DA DIREITA NA INTERNET.
Revista Pesquisas E Práticas Psicossociais, 14(2), 1–13. Recuperado de
http://www.seer.ufsj.edu.br/revista_ppp/article/view/e3131

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