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Universidade de Brasília

Licenciatura em Ciências Sociais

Juventude e Internet: Influências e consequências da internet na


formação social de adolescentes

Pedro Oliveira da Silva

Brasília – DF
2023
Pedro Oliveira da Silva

TEMA
Juventude e Internet: Influências e consequências da internet na formação
social de adolescentes

Pré-projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Instituo


de Ciências Sociais da UnB como requisito básico para a conclusão do
Curso de Ciências Sociais.

Orientador (a):
Sayonara Leal

Brasília-DF
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO...........................................4

2. JUSTIFICATIVA ..............................................................................................5

3. OBJETIVOS ....................................................................................................5
3.1 GERAL
3.2 ESPECÍFICOS

4. METODOLOGIA DA PESQUISA.....................................................................6

5. CRONOGRAMA ..............................................................................................6

REFERÊNCIAS ...................................................................................................7
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1. INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO

A juventude se desenvolveu e cresceu praticamente em paralelo com a revolução


tecnológica da informação, tudo isso colabora para uma espécie de dissociação da
realidade de espaço-tempo por parte dos jovens, como é dito por Eloiza Silva Gomes
Oliveira no artigo “Adolescência, internet e tempo: desafios para a Educação”
“O surgimento e rapidíssima difusão da internet
provocaram uma verdadeira revolução, entre outras
características, o rompimento dos conceitos
tradicionais de espaço e tempo. Com a minimização
das distâncias espaço-temporais e a intensificação da
recursividade, a possibilidade de múltiplas
interferências, a variedade de conexões e a
diversificação de trajetórias, rompeu-se a
temporalidade rígida, relativizando-a.”(Silva; Eloiza,
2017, p.287).
Tudo isso colabora para que grupos estejam mais suscetíveis a influências negativas da
mídia hegemônica, que muitas vezes trabalham em prol de agendas políticas nocivas
com teor neoliberal ou até mesmo fascista, o que por consequência acaba gerando uma
espécie de “cultura de internet” extremista e anti-minorias. Ressaltando o papel do
neoliberalismo nessa situação, é notável que esse sistema (frequentemente
compactuando com ideais fascistas e conservadores) utiliza de sua enorme influência
nos mais variados tipos de mídia para angariar “apoiadores” através da internet, o que
consequentemente se apresenta como uma situação perigosa ao se levar em
consideração que esse tipo de ambiente é populado em massa por pessoas em certa
“vulnerabilidade ideológica”, como adolescentes e idosos que acabam recebendo uma
quantidade absurda de informação viral através de todo um sistema extremamente
interligado que mistura e aborda produtos de entretenimento e cultura pop com ideologia
extremista, esse fenômeno de influenciamento em massa é explicado por Maynart:
“Rapidamente a Internet virou epidemia, contagiando
as sociedades, influenciando modos de vida e se
estabelecendo com espaço, cultura e linguagem
únicas. Através dela a comunicação globalizou-se,
estreitando relações sociais, políticas e econômicas.
Este estreitamento gerou uma dependência desta rede
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conectiva pelas sociedades.” (Silva, K. K. J., &


Maynart, 2010, p. 2)

Como funciona essa rede de influências? Qual a razão da internet e produtos


midiáticos da cultura pop serem uma parte essencial desse esquema de aliciamento
de jovens? Como a juventude é afetado por isso e quais são as problemáticas que
decorrem disso?

2. JUSTIFICATIVA

A relevância dessa pesquisa se dá na questão de entender como esses mecanismos se


tornam possíveis e quais as suas consequências para o pleno desenvolvimento social
desses jovens em sociedade. Como futuro educador, possível divulgador científico e
frequentador desse tipo de espaços virtuais, acredito ser uma questão pertinente que
raramente é abordada por pessoas que de fato ocupam e vivenciam tais espaços, o que
atrapalha na análise de tais fenômenos e não compreende maior parte do escopo do
espaço virtual, sendo possível através de um processo de etnografia digital.

3. OBJETIVOS

3.1 GERAL

 Destrinchar a questão de como os ambientes virtuais influenciam na formação


psicossocial e ideológica da juventude.

3.2 ESPECÍFICOS

 Compreender o funcionamento dessas “culturas extremistas de internet”, como


elas atuam e de onde surgiram;
 Entender como a internet influencia na formação social e psicológica dos jovens e
quais são os perigos que os mesmos estão vulneráveis nesse ambiente;
 Debater a afinidade que a cultura pop tem com movimentos extremistas e/ou
neoliberais;
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4. METODOLOGIA DA PESQUISA

Para a coleta de dados serão utilizados surveys em selecionados grupos de facebook


focados em certos temas e produtos de entretenimento (videogames, animes, filmes e
etc.), ou seja, grupos que são compostos majoritariamente por adolescentes.
Planejo, além disso, fazer uma revisão bibliográfica me pautando principalmente nos
objetivos específicos, aonde não for possível fazer o mesmo devido a falta de material,
utilizarei de outras fontes como divulgadores científicos em redes sociais como o
YouTube, sendo possível assim formular e debater teorias utilizando-se principalmente
da análise diagnóstica para encontrar relações de causa e efeito entre os diversos
fatores envolvidos na problemática dessa pesquisa.

5. CRONOGRAMA

Atividades Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho


Pesquisa do X X
tema
Pesquisa X X
bibliográfica
Coleta de X X
Dados (se for o
caso)
Apresentação e X
discussão dos
dados
Elaboração do X X X
trabalho
Entrega do X
trabalho
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REFERÊNCIAS

-OLIVEIRA, E. S. G. Adolescência, internet e tempo: desafios para a Educação. Educar


em Revista, n. 64, p. 283–298, jun. 2017. Disponível em:
https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/47048/32189. Acesso em: 09 nov. 2022.

-Silva, K. K. J., & Maynart, D. C. S. (2011). Intolerância Digital: história, extrema-direita e


cibercultura (1996-2009). Scientia Plena, 6(12(b). Recuperado de
https://scientiaplena.emnuvens.com.br/sp/article/view/322

-de Oliveira Filho, P., Feitosa, G. G., & Winker e Silva, C. C. (2019). PETISMO E
ANTIPETISMO EM RELATOS DE SIMPATIZANTES DA DIREITA NA INTERNET.
Revista Pesquisas E Práticas Psicossociais, 14(2), 1–13. Recuperado de
http://www.seer.ufsj.edu.br/revista_ppp/article/view/e3131

-Delmazo, C., & Valente, J. C. L. (2018). Fake news nas redes sociais online:
propagação e reações à desinformação em busca de cliques. Media & Jornalismo,
18(32), 155-169.

-DOS SANTOS, Alessandra Ferreira; CASAGRANDE, Ana Lara; VELOZO, Aline


Debossan. EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE “FAKE NEWS”, JUVENTUDE E ENSINO
MÉDIO NA ERA PÓS-VERDADE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. Revista Docência e
Cibercultura, [S.l.], v. 7, n. 2, p. 102-123, mar. 2023. ISSN 2594-9004. Disponível em:
<https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/re-doc/article/view/66346>. Acesso em: 27
jun. 2023.

-Ripoll, L., & Morelli Matos, J. C. (2017). Zumbificação da informação: a desinformação e


o caos informacional. Revista Brasileira De Biblioteconomia E Documentação, 13, 2334–
2349. Recuperado de https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/918

-Adorno, Guilherme & da Silveira, Juliana (2018). Pós-Verdade e Fake News: Equívocos
do Político na Materialidade Digital. Anais Do SEAD 8:1-6.
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-HISTÓRIA PÚBLICA. Disponível


em:<https://www.youtube.com/@HistoriaPublicaOficial>

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