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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

PÓS-GRADUAÇÃO
EM A MODERNA
EDUCAÇÃO

ALUNO: Amanda de Souza Santos Werneck


ORIENTADOR: Eliana Avila da Silveira
TÍTULO: As múltiplas facetas das Fake News - Refletindo sobre suas influências no cotidiano
através de uma educação cidadã
PÓS-GRADUAÇÃO EM A MODERNA EDUCAÇÃO

SUMÁRIO

1. Título ............................................................................................................. 3

2. Resumo ........................................................................................................ 4

3. Palavras-chave ............................................................................................ 5

4. Introdução .................................................................................................... 5

5. Objetivo geral ............................................................................................... 6

6. Objetivos Específicos .................................................................................. 6

7. Justificativa ................................................................................................... 7

8. Referência teórica ..................................................................................... 10

9. Metodologia ............................................................................................... 14

10. Bibliografia ................................................................................................ 25

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PÓS-GRADUAÇÃO EM A MODERNA EDUCAÇÃO Figura 1

1. TÍTULO

AS MÚLTIPLAS FACETAS DAS FAKE NEWS


Refletindo sobre suas influências no cotidiano
através de uma educação cidadã

Fonte: Freepik
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PÓS-GRADUAÇÃO EM A MODERNA EDUCAÇÃO

2. RESUMO

O presente trabalho tem por finalidade desenvolver no aluno a consciência de


sujeito, que pensa, decide, escolhe. Como diz PEQUENO (in Ferreira e col. 2016), a
convivência com outros define uma parte de quem somos e por isso precisamos de
valores morais que permitem um convivência justa, livre e solidária. Através dos
princípios de uma educação cidadã, o projeto leva o estudante a refletir sobre a
influência das notícias disseminadas especialmente na internet e a perceber os
diversos discursos subentendidos por trás desse tipo de informação. Além disso,
desenvolver uma visão holística, através de pesquisas que visam à promoção do
senso crítico. Para tanto, é proposto um projeto interdisciplinar para alunos do último
ano do ensino fundamental e ensino médio.
Na rede tudo tem potencial avassalador de divulgação, por isso, quando usada
de forma indevida, traz consequências inesperadas, como o caso de 2014 da mulher
que foi surrada por uma multidão depois de ser confundida com uma sequestradora de
crianças. O caso ocorreu após postagens falsas de sua imagem em redes sociais. Os
detalhes do caso podem ser encontrados no site da revista Veja (PETRY, publicação
de 05 de Fevereiro de 2020).
O site BBC fala do caso da menina kuwaitiana Nayirah, que comoveu o
ocidente após um discurso dramático sobre ações brutais de soldados iraquianos no
Kuwait. Seu discurso influenciou a decisão de expulsão das tropas iraquianas em
1990, o que ocorreu com a cooperação de vários países. Porém, segundo uma
investigação da Anistia Internacional, da Human Rights Watch e de jornalistas
independentes, esse discurso fora preparado por uma agência de relações públicas
dos EUA ligada à monarquia do Kuwait (publicação de 25 de Abril de 2018).
Estes são exemplos de como as Fake News influenciam as opiniões e decisões
de pessoas comuns ou de maior relevância na sociedade. Por essa razão, este
Projeto objetiva levar os alunos a refletirem sobre como as notícias falsas estão
amplamente presentes, suas amplas características e como evitar sua reprodução.
Além disso, levá-los a se perceberem como agentes no mundo, entendendo que suas
decisões e ações nas redes tem repercussão. Mais do que isso, estimulá-los enquanto
cidadãos que contribuem para aperfeiçoar a sociedade na qual estão inseridos,
cooperando de forma ativa, através do combate às Fake News.
Por estas razões, o Projeto foi elaborado com etapas que, a cada finalização,
geram um conjunto de conhecimentos novos sobre o conceito, as características e as
possíveis finalidades desse tipo de notícia. Esses conhecimentos geram produtos, que
promovem a consciência do aluno sobre o quanto aprenderam. Ao final, eles
comunicam abertamente, através de textos jornalísticos postados em redes sociais,
aquilo que construíram de aprendizado, gerando conhecimento e conscientização de
forma mais ampla na sociedade.

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3. PALAVRAS-CHAVE

Fake News; Projetos em educação; Pesquisa; Análise crítica.

4. INTRODUÇÃO
Imagem 2
Este projeto foi elaborado objetivando
levar os alunos à reflexão de como as “Fake
News” influenciam a sociedade, seus juízos de
valor, comportamentos e decisões. As notícias
falsas sempre existiram, mas hoje são
disseminadas com velocidade imensurável
através da rápida aderência de milhares
pessoas comuns que, julgando uma notícia
verdadeira ou válida do ponto de vista pessoal,
compartilham através da internet. As redes
sociais em especial tornaram-se o melhor
espaço para que isso aconteça, uma vez que Fonte: Freepik.com

cada perfil é monitorado por programas de inteligência artificial, que ajudam a


aproximar as pessoas de perfis, notícias e postagens que estejam de acordo com seus
gostos, crenças e valores.
Estas considerações são levantadas no trabalho através de questionamentos
distribuídos entre grupos de estudantes, que devem ser respondidos a partir de
pesquisa e reflexão conjunta. Dessa forma, o projeto estimula o aluno a trabalhar em
equipe, contribuindo com seus conhecimentos e habilidades, e aprendendo a ouvir e
filtrar demais opiniões e ações. Inicialmente, as equipes devem responder questões
pertinentes ao tema “Fake News”, questões tais que naturalmente introduzem o aluno
ao assunto e ao desenvolvimento da percepção de como identificar e combater as
notícias falsas, levando-os, inclusive, a se posicionarem a respeito da validade ou não
validade das “Fake News”. Nos passos seguintes é feita uma pesquisa de campo, com
o objetivo de entender como pessoas comuns e de diferentes faixas etárias lidam com
esse tipo de notícia no cotidiano. Por conseguinte, os alunos buscam por casos reais e
suas consequências na sociedade, na vida de pessoas vítimas ou alvos de “Fake
News”. Após essas etapas, os alunos produzem textos jornalísticos do gênero
reportagem, cujo objetivo é compartilhar com os diversos leitores alertas a respeito
das notícias falsas. Ao final, os alunos são avaliados de forma pessoal e grupal, tendo
a oportunidade, inclusive, de se autoavaliar.

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5. OBJETIVO GERAL

O objetivo deste projeto é capacitar o aluno para: Desenvolver a leitura crítica;


Identificar informações relevantes; Estabelecer características das Fake News; Filtrar
notícias como verdadeiras ou falsas; Selecionar fontes confiáveis; Registrar,
classificar, relacionar, analisar e resumir dados de pesquisa; Associar Fake News e
comportamentos sociais; Refletir sobre o autorreconhecimento de cidadania;
Expressar-se através de produção textual; Divulgar informações confiáveis;
Compartilhar através de redes sociais conhecimentos gerados durante do Projeto;
Respeitar as diferenças, negociando posições com os demais colegas.

6. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

A primeira etapa do projeto busca levar o aluno à prática da seleção de fontes


confiáveis com o auxílio de diferentes áreas de conhecimento, de forma que cada
professor auxilia na escolha das fontes. Nesta etapa o aluno é estimulado a refletir
sobre suas leituras, analisando-as criticamente e selecionando o que é verdadeiro e
relevante. A pesquisa consiste em entender o que são e como funcionam as “Fake
News”.
Na segunda etapa, o estudante deve aprender como fazer pesquisa
quantitativa e qualitativa. Serão entrevistas que auxiliarão na construção de uma base
de dados. Tais dados servirão para entender como cada faixa etária lida com as “Fake
News”. Para tanto, o aluno deve relacionar e analisar os dados obtidos.
A terceira etapa tem por propósito levar o aluno a posicionar-se enquanto ser
pensante, entendendo a repercussão de suas atitudes no mundo. Nesta etapa ele
deve pesquisar exemplos e perceber as consequências das “Fake News” na vida real.
Assim, entender seus reflexos na sociedade e como ele, enquanto cidadão, contribui
de forma positiva ou negativa nesse contexto.
Na etapa de produção do jornal, o aluno deve desenvolver a habilidade da
produção textual jornalística do gênero reportagem. Sua produção deve ser construída
a partir de fontes confiáveis. Estas fontes são selecionadas ao longo do projeto. Os
textos devem ser compartilhados nas mídias sociais da escola, para alcançar o maior
número de pessoas possível.
Como as atividades propostas são realizadas grupalmente, durante o projeto o
aluno precisará aprender a trocar opiniões, avaliando o momento de impor-se pelo
bem do grupo e o momento de considerar as demais opiniões.
A avaliação terá por propósito avaliar acertos e erros ocorridos durante o
desenvolvimento do projeto. Esta avaliação também será feita pelo próprio aluno,
avaliando a si mesmo, seu grupo e os professores envolvidos. Com isso, será mais
fácil elaborar estratégias para futuros projetos.
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7. JUSTIFICATIVA
Imagem 3
A sociedade atual convive com
inúmeras relações virtuais. Tanto as
profissionais quanto as pessoais
perpassam pelas conexões estabelecidas
através da rede. Nossas comunicações
dependem na maior parte do tempo dela
e nossas informações são baseadas em
grande parte pelas pesquisas feitas nela.
E é nesse espaço altamente acessado e
onde nada é realmente palpável, que as
“Fake News” encontraram um espaço
muito adequado para serem
disseminadas. Fonte: Freepik.com

Como diz MARCELO (in BARBOSA, 2020, posição 1027), notícias falsas
sempre existiram, mas tornaram-se muito mais comuns com o auxílio das redes
sociais e a sua capacidade de difusão. A própria mídia jornalística pode manipular
uma notícia e, como defende o estudo da análise do discurso, “não há discurso sem
sujeito e não há sujeito sem ideologia.” (SOUZA, 2014, p. 57). No entanto, a mídia
tradicional tem sobre si uma responsabilidade com a verdade, que, caso seja
corrompida, pode ser facilmente nomeada e rastreada. Isso porque os meios de
comunicação jornalísticos sérios representam uma empresa, instituição ou órgão de
imprensa “com registros legais, endereço certo e sabido e editores passíveis de serem
acionados caso faltem com a verdade” (BUCCI in BARBOSA, 2020, posição 450).
Contudo, nos últimos tempos o sentimento de descrença na imprensa cresceu.
Talvez pelo fato de que ela vinha se reduzindo à exposição dos fatos, o que por um
lado pode evitar distorções, mas por outro pode desvincular a profundidade das
verdades existentes nos dois lados da história. Segundo SCOFIELD Jr (in BARBOSA,
2020, posição 777) “se uma pessoa diz que está chovendo e outra diz que não está, o
trabalho do jornalista não é simplesmente publicar as aspas de ambos. É botar a
cabeça para fora e descobrir quem está falando a verdade.”
Com isso, para manterem-se informadas e não se sentirem enganadas, as
pessoas passaram a pesquisar por notícias de forma particular. Até mesmo a
conferência da veracidade das informações passou a ser feita longe das mídias
tradicionais. Ao lado, os ambientes virtuais, em especial as redes sociais, permitiam
que pessoas comuns pudessem expor opiniões e fatos e serem ouvidas por muitos.
Logo, um sentimento de liberdade começou a ser gerado e com ele a promessa de
que a verdade já não seria encoberta. No entanto, não foi isso que aconteceu.
Em pouco tempo grandes empresas, articuladores midiáticos e políticos
perceberam como tirar vantagem da situação. Sistemas de inteligência virtual, que
armazenam informações de cada perfil, passaram a expor os indivíduos a postagens,

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notícias, imagens etc. que correspondessem aos seus próprios gostos, crenças e
valores. Dessa forma, as pessoas passaram a restringir-se a um pequeno mundo onde
os discursos corroboram com aquilo em que já acreditam.

“Sofisticados algoritmos de Inteligência Artificial individualizam as


consultas ao Google, com os resultados variando em função do perfil
de quem está buscando a informação. No Facebook, algoritmos de
IA, por exemplo, são usados no gerenciamento das publicações que
aparecem no feed de notícias de seus usuários.” (KAUFMAN in
BARBOSA, 2020, posição 630).

Assim, é mais fácil manipular certos grupos, partindo desses prognósticos.


Com a rápida evolução da IA, que a cada dia se torna mais “independente”, hoje ela é
usada também para produzir sozinha notícias falsas, as chamadas “Deep News”.
Vemos, portanto, urgência em tratar desse assunto tão presente na vida das pessoas
e, especialmente, dos mais jovens, que já nasceram em um mundo exposto à rede e
dela usufruem a maior parte de seu dia. Os adolescentes, aqui especificamente
estudantes, precisam conscientizar-se a respeito da complexidade desse assunto que
há pouco tempo atrás parecia simples, bastando ter alguma informação a respeito das
características das “Fake News” para que as evitássemos. Vemos, porém, que
existem outros desdobramentos que devem ser discutidos nas escolas. Portanto, esse
é o propósito deste projeto, trazer esse tema transversal tão pertinente para os jovens
estudantes.

Temas transversais “são questões urgentes que interrogam sobre a


vida humana, sobre a realidade que está sendo construída e que
demandam transformações macrossociais e também atitudes
pessoais, exigindo, portanto, ensino e aprendizagem de conteúdos
relativos a essas duas dimensões.” (BOVO, 2007, p.4).

Por esta razão, este projeto permite que os estudantes reflitam a respeito de
como as “Fake News” circundam a vida diariamente e como elas podem influenciar
nossos comportamentos e decisões. PEQUENO (in Ferreira e col., 2016, p.34) diz
que, para o sujeito moral, “o cumprimento do dever aparece como base de sua
existência social [e] a moral, por fim, como eu devo agir em relação aos demais seres
humanos.” Diante dos indícios que os próprios estudantes podem descobrir a partir de
suas pesquisas, é possível levá-los a se perceberem como agentes e não apenas
receptores. Agentes que escolhem repassar ou não uma notícia antes de checar sua
confiabilidade. Agentes que deliberadamente compartilham informações falsas com
objetivos escusos. Agentes que são conscientemente responsáveis por suas atitudes.
Agentes que contribuem de forma direta, combatendo a disseminação das “Fake
News” através de um projeto, cujo produto final apresenta uma produção usada para
alertar desavisados e conscientizar os cidadãos a respeito das consequências de uma
atitude positiva ou inerte diante dessas notícias.
O projeto conta com “múltiplos produtos” (MARKHAM e col., 2008, p18),
explicados na parte de Metodologia. Porém, o produto final, que será divulgado

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abertamente, é a produção de textos jornalísticos do gênero reportagem. Esta escolha


foi feita com a finalidade de desenvolver nos alunos competências na escrita. Embora
todo conhecimento gerado nas escolas tem por objetivo que o indivíduo saiba aplicá-lo
na vida real, muitos alunos saem sem recordar o que aprenderam ou inseguros a
respeito de suas habilidades. Por isso mesmo, hoje se fala tanto em Metodologias
Ativas, baseadas no questionamento e experimentação, que são mais relevantes “para
uma compreensão mais ampla e profunda.” (BACICH e MORAN, 2018, p.2).
Pensando nisso, levamos em consideração que muitos alunos apresentam
deficiência na elaboração de textos, mesmo gastando horas em aulas de língua
portuguesa, uma das disciplinas para a qual normalmente são destinados mais tempos
de aula. Isso se deve em parte pelo fato de que nossos formatos tradicionais de aula
demandam muito tempo para a explicação de teorias e regras, e consequentemente
pouco tempo para atividades práticas. Por isso, o produto proposto permitirá que os
alunos tenham a oportunidade de rever conceitos percebidos como apenas teóricos
(no caso, regras da língua portuguesa aplicadas ao gênero em questão), e enxerguem
como estas regras estão extremamente presentes na vida real.
Como o objetivo é que o trabalho seja interdisciplinar, é proposto o
engajamento de várias disciplinas ao longo de todo o processo, sendo as disciplinas
citadas no projeto essenciais para a realização dos objetivos propostos e para a
conclusão dos produtos (ou resultados) que precisam ser alcançados ao final das
etapas. Logo, a preocupação com a participação de vários professores, que entendem
que o grande objetivo é promover os alunos enquanto seres pensantes. Concluindo,
este projeto pretende isto: promover consciência e atitude, geradas a partir do
conhecimento.

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8. REFERÊNCIA TEÓRICA

PEQUENO (in FERREIRA e col., 2016, p.29) fala sobre a dignidade do homem,
que pode ser promovida através de meios educativos e diz que a educação “pode
fornecer ao homem os instrumentos necessários para que ele possa constituir as
bases de um viver compartilhado e baseado nos valores de solidariedade, justiça,
respeito mútuo, liberdade e responsabilidade.” A Base Nacional Comum Curricular
trata da educação a partir do desenvolvimento global do ser humano, considerando os
aspectos intelectual, físico, afetivo, social, ético, moral e simbólico (2018, p.16). Nesse
sentido, algumas reflexões feitas com base nestes critérios, bem como considerações
discutidas durante o curso “A Moderna Educação: metodologias, tendências e foco no
aluno” contribuíram na construção de ideias norteadoras deste Projeto. Contribuíram
também para o entendimento de como conduzir a educação no século XXI, uma
educação que procura entender o aluno de hoje, suas expectativas e suas
necessidades. E, enfim, entender-nos também como alunos, como profissionais que
aprendem enquanto ensinam, como condutores que compartilham conhecimentos. Os
nomes de alguns Professores e algumas disciplinas do curso serão mencionados aqui.
Durante a disciplina “Inteligência virtual na educação”, o Professor Fábio Latuf
Gandour falou sobre a volatilidade dos tempos atuais e das competências necessárias
para se conduzir neles. Em “Multi, Inter e Transdisciplinaridade nos Projetos
Educacionais” a Professora Maria Beatriz Balena Duarte tratou das habilidades, que
sobreporão os diplomas. Edgar Morin diz que “nos instalamos de maneira segura em
nossas teorias e ideias, e estas não têm estrutura para acolher o novo. Entretanto, o
novo brota sem parar. [...] E, quando o inesperado se manifesta, é preciso ser capaz
de rever nossas teorias” (2013, p.33). Diante disso, passamos a refletir a respeito das
atitudes necessárias para esse tempo volátil, e sobre as competências que precisam
ser desenvolvidas nos alunos de hoje, para que estejam preparados para um mundo
que a todo o momento muda. Algumas das principais habilidades necessárias para o
século XXI tratadas no curso são também apresentadas por BATES (2017), que faz
referência à CONFERENCE BOARD OF CANADA, 2014. São elas resumidamente:
Habilidades de comunicação em mídias sociais; Capacidade de aprender de forma
independente (assumir a responsabilidade); Ética e responsabilidade; Trabalho em
equipe e responsabilidade; Habilidade de pensamento (pensamento crítico, resolução
de problemas, criatividade, originalidade e elaboração de estratégias); Competências
digitais; Gestão do conhecimento (buscar, avaliar, analisar, aplicar e divulgar).
Este projeto preocupa-se com a discussão de um tema que traz à luz a
necessidade de desenvolvimento da capacidade de filtragem de informações
confiáveis, considerando, portanto, a gestão do conhecimento. E não somente isso,
mas leva o aluno a se entender como agente, que contribui com uma rede de
conhecimentos que se autoalimenta através da contribuição de todos que dela fazem
parte, o que desperta a consciência da necessidade de ética e responsabilidade no
tratamento de toda informação/conhecimento que é compartilhado em rede. Em vista

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disso, o trabalho corrobora com a BNCC (2018, p.471), quando diz que as
competências estabelecidas para o ensino fundamental e médio devem estar de
acordo com princípios de justiça, ética e cidadania.
Tratamos aqui do tema “Fake News”, e esse próprio modelo de notícia é
baseado no compartilhamento. As redes sociais são o seu principal campo de ação,
pois nelas visões e princípios pessoais podem ser compartilhados, influenciados,
alterados e novamente compartilhados, gerando uma rede sem início e sem fim
delimitados, que geram novas conexões, visões e princípios. As redes e suas
ferramentas são um caminho potencial de geração de conhecimento, como diz
SIEMENS ”Estão surgindo ferramentas sociais que permitem uma rápida troca de
conhecimentos e altos níveis de diálogo. [...] O conhecimento, quando atacado por
numerosas forças e fatores, está sob constante escrutínio das massas.” (2006, p.15,
tradução nossa)1. Por essa mesma razão, a habilidade de comunicação nas redes
sociais, acompanhada da habilidade de pensamento crítico são tratadas nesse projeto,
a fim de desenvolver no aluno a capacidade de filtrar aquilo que compartilha e aquilo
que consome. Ao abordar sobre as tecnologias digitais e a computação, A BNCC
(2018, p.476) trata das potencialidades das tecnologias no auxílio à educação, mas
ressalta competências necessárias para o seu uso, dentre elas:

“Buscar dados e informações de forma crítica nas diferentes


mídias, inclusive as sociais, analisando as vantagens do uso e
da evolução da tecnologia na sociedade atual, como também
seus riscos potenciais.”

Temas como esse, Fake News, que envolvem ambientes tecnológicos, levam a
importantes considerações também muito abordadas durante o curso. A ética e os
valores humanos são talvez a discussão de maior relevância, como tratado pela
Professora Lúcia Maria Giraffa na disciplina “Educação on-line”. Sabemos que toda
tecnologia é alimentada e instruída por seres humanos, logo descansa sobre nós a
responsabilidade de como usamos cada ferramenta tecnológica que temos a
disposição. Até mesmo a Inteligência Artificial, que tem a promessa de equiparar-se
com a humana até 2050, será alimentada por seres humanos. Logo, o resultado desse
investimento dependerá de como lidamos com o que é legal, mas também ético. Outro
fator importantíssimo é o papel do professor como crítico, que auxilia os alunos na
escolha do que é relevante e do que é confiável. Um termo mencionado pelo Professor
Rodrigo de Godoy em “Educação On Line” foi a infobesidade, que resulta do consumo
excessivo de informação. Esta relação com a tecnologia nos expõe a uma enxurrada
de dados e demanda a busca por maior qualidade e menos quantidade daquilo que
consumimos. Ao lado, podemos considerar também que o despreparo das pessoas
com as “Fake News” acontece do mesmo modo pelo falta de compreensão sobre o
contexto de surgimento e mecanismo de funcionamento de algumas tecnologias. Por
isso o projeto propõe a pesquisa sobre o uso da IA na disseminação das notícias
falsas, de forma que se possa entender um pouco melhor sobre a manipulação por
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”Social tools are emerging which permit rapid exchange of knowledge, and high levels of dialogue. [...]
Knowledge, when buffeted by numerous forces and factors, is under constant scrutiny by the masses.”
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trás de todos esses mecanismos.


Além de abordar questões pontuais sobre a tecnologia, a própria
Aprendizagem Baseada em Projetos estimula o desenvolvimento de outras
competências que atendem à necessidade do aluno 2.0. Colaboração - “a colaboração
é parte integrante de projetos bem sucedidos” (MARKHAM e col., 2008, p. 30), por
isso o aluno deve contribuir com ideias que somadas a outras construirão as etapas do
projeto. Essa cooperação estimula a sua vontade de participação, pois ele se sente
parte pensante e elaboradora. A colaboração deve acontecer entre alunos, mas do
mesmo modo entre aluno e professor. O paradigma emergente da educação está
centrado na relação, como disse o Professor José Pacheco na disciplina “Trabalhando
habilidades e competências”. Nesse sentido, o modelo da instrução é ressignificado. O
papel do professor aqui é fazer a mediação, ajudando os alunos a procurarem
respostas em fontes seguras, analisarem, contemplando os aspectos necessários,
filtrarem o que é relevante, e comunicarem o que aprenderam; Pensamento focado na
solução de problemas – os problemas devem ser complexos, como são os do mundo
contemporâneo, e atender às necessidades da sociedade. O Professor Tiago Mattos,
na disciplina “Educação para ser”, disse que a habilidade mais necessária no futuro
será a capacidade de resolver problemas. Os problemas devem impelir o estudante a
buscar respostas. A questão proposta aqui é a suscetibilidade das pessoas às “Fake
News”. A resolução por sua vez deve levar o aluno a pôr “a mão na massa”, de forma
que ele procure formas práticas de solucionar a questão apresentada.

“A tomada de consciência da incerteza histórica acontece hoje


com a destruição do mito do progresso. O progresso é certamente
possível, mas incerto. A isso se acrescentam todas as incertezas,
devido à velocidade e à aceleração dos processos complexos e
aleatórios de nossa era planetária, que nem a mente humana, nem
um supercomputador, nem um demônio de Laplace poderiam
abarcar.” (MORIN, 2013, p.76)

Autonomia – “Permita que os alunos ajudem a determinar seus próprios limites


e desafios.” (MARKHAM e col., 2008, p. 63). Pensando a autonomia como um
conceito relacional, essa autonomia é gerenciada pelo aluno, mas orientada por cada
professor. No entanto, o aluno precisa ser estimulado a buscar soluções, sem esperar
por respostas prontas, ter autogestão. Dessa forma, ele é estimulado também a
desenvolver a pró-atividade que entende o aprendizado como algo que acontece o
tempo todo também fora da escola. Por isso, o projeto foi pensado de forma
interdisciplinar, de forma que o aluno tenha fontes diversas para resolver cada etapa
proposta. A BNCC (2018, p.22) diz:

“Por fim, cabe aos sistemas de ensino, assim como às escolas, em


suas respectivas esferas de autonomia e competência, incorporar aos
currículos e às propostas pedagógicas a abordagem de temas
contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional
e global, preferencialmente de forma transversal e integradora.”

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Criatividade – na ABP “são trabalhadas também suas habilidades de


pensamento crítico e criativo e a percepção de que existem várias maneiras de se
realizar uma tarefa” (BACICH e MORAN, 2018, p.16). A criatividade está ligada à
autonomia em algum nível, partindo do princípio de que o aluno busca soluções a
partir de problemas e não de respostas prontas. Para isso, é necessário buscar a
inovação que se apresente como solução; Comunicação – ligada à geração de
conhecimento a partir do coletivo e ao desenvolvimento das habilidades
socioemocionais. No que diz respeito ao conhecimento que surge do
compartilhamento, isso é muito natural para o aluno 2.0, que já nasceu numa
sociedade conectada e dependente das redes. Pierre Lévy, embora aborde esse
conhecimento a partir do auxílio de tecnologias da informação e comunicação, trata da
eficiência do compartilhamento como chave para construção de novos conhecimentos.
Citando Lévy, BEBEM e SANTOS dizem:

“Para Lévy (2003), a inteligência coletiva é aquela que se


distribui entre todos os indivíduos [...]. O saber está na humanidade e
todos os indivíduos podem oferecer conhecimento. [...] Deve-se
procurar encontrar o contexto em que o saber do indivíduo pode ser
considerado valioso e importante para o desenvolvimento de um
determinado grupo.” (2013, p.141)

Nesse sentido, o aluno é estimulado a cooperar com os demais colegas,


entendendo todos como parte integrante do processo. O aluno aprende a trabalhar
com o outro. Ele interage com o grupo, desenvolvendo a habilidade de negociar suas
posições. Mas não somente isso, a comunicação é também externa, com a sociedade,
uma vez que há e compartilhamento do aprendizado. Segundo PEQUENO (in
FERREIRA e col., 2016), ser cidadão é participar da vida política e social da
comunidade em que se está inserido. Através do produto final do Projeto, os textos
jornalísticos, os alunos cooperam ativamente na conscientização de outros cidadãos a
respeito do tema tratado.

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PÓS-GRADUAÇÃO EM A MODERNA EDUCAÇÃO

9. METODOLOGIA
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A metodologia proposta é a
partir de etapas definidas que
possam ser aplicadas em
diferentes escolas. É importante
ressaltar que um tema como este,
que considera a influência da
tecnologia, talvez seja inviável em
locais com pouca infraestrutura,
onde o acesso à internet e às
redes sociais ainda não esteja tão
presente. Fonte: Freepik.com
No entanto, segundo o site da Agência Brasil (Valente, publicação de 26 de
Maio de 2020), três em cada quatro brasileiros acessam a internet, o que mostra que a
maior parte da população está exposta à rede e, consequentemente, às “Fake News”,
o tema do projeto. Considera-se também o que dizem BACICH e MORAN (2018), os
projetos educacionais devem envolver um problema que esteja conectado com a vida
real do aluno, a que acontece fora da sala de aula. Por isso a pertinência desse tema
tão presente na vida real e virtual.

INICIAÇÃO: Hoje entendemos a importância da cooperação de múltiplos


conhecimentos para a resolução de problemas, e como o pensamento interdisciplinar
faz mais sentido em mundo que não é compartimentado. “A perspectiva interdisciplinar
amplia [o] olhar dos alunos e busca quebrar o paradigma de que as disciplinas tenham
de ser apresentadas separadamente, como se elas não tivessem relação entre si.”
(BACICH e MORAN, 2018, p 73). E ainda:

“existe uma inadequação cada vez mais ampla, profunda e grave


entre, de um lado, os saberes desunidos, divididos,
compartimentados e, de outro lado, as realidades ou os problemas
cada vez mais multidisciplinares, transversais, multidimensionais,
transnacionais, globais e planetários”. (MORIN, 2013, p.36)

Por esta razão, a proposta do trabalho é que diferentes áreas trabalhem juntas,
a fim de auxiliar os alunos em suas buscas por conhecimento. Segundo DINIZ (2015,
P.26), “Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio - PCNEM
(BRASIL,1999) estabelecem a integração e a relação entre as disciplinas da mesma
área e de áreas diferentes”. Logo, as seguintes áreas: Linguagens (língua
portuguesa), Lógica (matemática) e Ciências Humanas e Sociais (geografia e história)
trabalham juntas. O trabalho deve ser entendido de forma global, em que as
disciplinas preocupam-se com o tema de forma holística, ainda que haja contribuição

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de conhecimentos específicos em alguns momentos. Abaixo são mencionadas


algumas características, competências (e especificações) presentes na BNCC (2018)
de cada área, ligadas diretamente com a proposta do Projeto, que são norteadoras.

Linguagens (Língua Portuguesa):

“Para orientar uma abordagem integrada dessas linguagens e de


suas práticas, a área propõe que os estudantes possam vivenciar
experiências significativas com práticas de linguagem em diferentes
mídias (impressa, digital, analógica), situadas em campos de atuação
social diversos, vinculados com o enriquecimento cultural próprio, as
práticas cidadãs, o trabalho e a continuação dos estudos.” (p. 485).

“[...] levar em conta como a coexistência e a convergência das mídias


transformam as próprias mídias e seus usos e potencializam novas
possibilidades de construção de sentidos.” (p.487)

“[...] que os estudantes desenvolvam habilidades e critérios de


curadoria e de apreciação ética e estética, considerando, por
exemplo, a profusão de notícias falsas (Fake News), de pós-
verdades, do cyberbullying e de discursos de ódio nas mais variadas
instâncias da internet e demais mídias.” (p.488)

“Sua exploração [o campo jornalístico-midiático] permite construir


uma consciência crítica e seletiva em relação à produção e circulação
de informações, posicionamentos e induções ao consumo.” (p.489)

"Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas


culturais (artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses
conhecimentos na recepção e produção de discursos nos diferentes
campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as
formas de participação social, o entendimento e as possibilidades de
explicação e interpretação crítica da realidade e para continuar
aprendendo." (p.490)

"Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder


que permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as
diversidades e a pluralidade de ideias e posições, e atuar socialmente
com base em princípios e valores assentados na democracia, na
igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento,
a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, e
combatendo preconceitos de qualquer natureza." (p.490)

"Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as


dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para
expandir as formas de produzir sentidos, de engajar-se em práticas
autorais e coletivas, e de aprender a aprender nos campos da
ciência, cultura, trabalho, informação e vida pessoal e coletiva."
(p.490)
15
PÓS-GRADUAÇÃO EM A MODERNA EDUCAÇÃO

"Em relação ao campo jornalístico-midiático, espera-se que os jovens


que chegam ao Ensino Médio sejam capazes de: compreender os
fatos e circunstâncias principais relatados; perceber a impossibilidade
de neutralidade absoluta no relato de fatos; adotar procedimentos
básicos de checagem de veracidade de informação; identificar
diferentes pontos de vista diante de questões polêmicas de relevância
social; avaliar argumentos utilizados e posicionar-se em relação a
eles de forma ética; identificar e denunciar discursos de ódio e que
envolvam desrespeito aos Direitos Humanos; e produzir textos
jornalísticos variados, tendo em vista seus contextos de produção e
características dos gêneros." (p.503)

"No Ensino Médio, enfatiza-se ainda mais a análise dos interesses


que movem o campo jornalístico-midiático e do significado e das
implicações do direito à comunicação e sua vinculação com o direito
à informação e à liberdade de imprensa. Também está em questão a
análise da relação entre informação e opinião, com destaque para o
fenômeno da pós-verdade, a consolidação do desenvolvimento de
habilidades, a apropriação de mais procedimentos envolvidos nos
processos de curadoria, a ampliação do contato com projetos
editoriais independentes e a consciência de que uma mídia
independente e plural é condição indispensável para a democracia."
(p.504)

Lógica (Matemática):

“Para o desenvolvimento de habilidades relativas à Estatística, os


estudantes têm oportunidades não apenas de interpretar estatísticas
divulgadas pela mídia, mas, sobretudo, de planejar e executar
pesquisa amostral, interpretando as medidas de tendência central,
e de comunicar os resultados obtidos por meio de relatórios, incluindo
representações gráficas adequadas." (p.528)

"[...] a BNCC propõe que os estudantes utilizem tecnologias, como


calculadoras e planilhas eletrônicas, desde os anos iniciais do Ensino
Fundamental. Tal valorização possibilita que, ao chegarem aos anos
finais, eles possam ser estimulados a desenvolver o pensamento
computacional, por meio da interpretação e da elaboração de
algoritmos, incluindo aqueles que podem ser representados por
fluxogramas." (p.528)

"Assim, para o desenvolvimento de competências que envolvem


raciocinar, é necessário que os estudantes possam, em interação
com seus colegas e professores, investigar, explicar e justificar as
soluções apresentadas para os problemas, com ênfase nos
processos de argumentação matemática." (p.528)

"Utilizar estratégias, conceitos e procedimentos matemáticos para

16
PÓS-GRADUAÇÃO EM A MODERNA EDUCAÇÃO

interpretar situações em diversos contextos, sejam atividades


cotidianas, sejam fatos das Ciências da Natureza e Humanas, das
questões socioeconômicas ou tecnológicas, divulgados por diferentes
meios, de modo a contribuir para uma formação geral." (p.531)

"Os estudantes deverão, por exemplo, ser capazes de analisar


criticamente o que é produzido e divulgado nos meios de
comunicação (livros, jornais, revistas, internet, televisão, rádio etc.),
muitas vezes de forma imprópria e que induz a erro: generalizações
equivocadas de resultados de pesquisa, uso inadequado da
amostragem, forma de representação dos dados – escalas
inapropriadas, legendas não explicitadas corretamente, omissão de
informações importantes (fontes e datas), entre outros." (p.532)

“O desenvolvimento dessa competência específica [competência


específica 5] pressupõe um conjunto de habilidades voltadas às
capacidades de investigação e de formulação de explicações e
argumentos, que podem emergir de experiências empíricas –
induções decorrentes de investigações e experimentações com
materiais concretos, apoios visuais e a utilização de tecnologias
digitais, por exemplo.”

Ciências Humanas e Sociais (geografia e história):

"[...] a BNCC da área de Ciências Humanas e Sociais


Aplicadas propõe que os estudantes desenvolvam a
capacidade de estabelecer diálogos – entre indivíduos, grupos
sociais e cidadãos de diversas nacionalidades, saberes e
culturas distintas –, elemento essencial para a aceitação da
alteridade e a adoção de uma conduta ética em sociedade." (p.
561)

"[...] a BNCC da área de Ciências Humanas prevê que, no


Ensino Médio, sejam enfatizadas as aprendizagens dos
estudantes relativas ao desafio de dialogar com o Outro e com
as novas tecnologias." (p. 562)

"O entrelaçamento entre questões sociais, culturais e


individuais permite aprofundar, no Ensino Médio, a discussão
sobre a ética. Para tanto, os estudantes devem dialogar sobre
noções básicas como o respeito, a convivência e o bem
comum em situações concretas". (p. 567)

"No mundo contemporâneo, essas questões [a política utilizada


para combater autoritarismos, violência e destruição da vida
pública] observadas tanto em escala local como global ganham
maior visibilidade na Geopolítica, pois ela enuncia os conflitos
17
PÓS-GRADUAÇÃO EM A MODERNA EDUCAÇÃO

planetários entre pessoas, grupos, países e blocos


transnacionais, desafio importante de ser conhecido e
analisado pelos estudantes." (p.568)

"Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes


tempos e espaços, mediante a compreensão das relações de
poder que determinam as territorialidades e o papel geopolítico
dos Estados-nações." (p. 570)

"Identificar e combater as diversas formas de injustiça,


preconceito e violência, adotando princípios éticos,
democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos
Humanos." (p. 570)

"Participar do debate público de forma crítica, respeitando


diferentes posições e fazendo escolhas alinhadas ao exercício
da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade,
autonomia, consciência crítica e responsabilidade" (p.570)

"Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na estruturação


e nas dinâmicas de grupos, povos e sociedades
contemporâneos (fluxos populacionais, financeiros, de
mercadorias, de informações, de valores éticos e culturais etc.),
bem como suas interferências nas decisões políticas, sociais,
ambientais, econômicas e culturais." (p.573)

"Analisar os fundamentos da ética em diferentes culturas,


tempos e espaços, identificando processos que contribuem
para a formação de sujeitos éticos que valorizem a liberdade, a
cooperação, a autonomia, o empreendedorismo, a convivência
democrática e a solidariedade." (p. 577)

"Identificar diversas formas de violência (física, simbólica,


psicológica etc.), suas principais vítimas, suas causas sociais,
psicológicas e afetivas, seus significados e usos políticos,
sociais e culturais, discutindo e avaliando mecanismos para
combatê-las, com base em argumentos éticos." (p. 577)

"Analisar e avaliar os impasses ético-políticos decorrentes das


transformações culturais, sociais, históricas, científicas e
tecnológicas no mundo contemporâneo e seus
desdobramentos nas atitudes e nos valores de indivíduos,
grupos sociais, sociedades e culturas" (p. 577)

"[...] a política será explorada como instrumento que permite às

18
PÓS-GRADUAÇÃO EM A MODERNA EDUCAÇÃO

pessoas explicitar e debater ideias, abrindo caminho para o


respeito a diferentes posicionamentos em uma dada
sociedade. Desse modo, espera-se que os estudantes
reconheçam que o debate público – marcado pelo respeito à
liberdade, autonomia e consciência crítica – orienta escolhas e
fortalece o exercício da cidadania e o respeito a diferentes
projetos de vida." (p.578)

Para que seja viável a implantação do projeto para alunos e professores, cada
professor deve ceder um tempo de aula durante o tempo total de duração do projeto
estipulado inicialmente: dez semanas. Cada reunião realizada para a elaboração do
projeto conta com a presença de um professor, que auxilia os alunos durante a
elaboração das etapas. O número total de alunos é de até trinta, de forma que são
divididos em pequenos grupos. O projeto foi elaborado para o seguinte público-alvo: 9º
ano do Ensino Fundamental ao Ensino Médio. Este é um tema possível de ser
realizado com diferentes faixas etárias, mas aqui se buscou atividades voltadas para
alunos dos últimos ciclos estudantis. Estas têm por objetivo desenvolver um
conhecimento político do ponto de vista de alunos cidadãos do mundo, mas também
de seu país, coparticipantes conscientes da sociedade na qual estão inseridos.
Os recursos necessários incluem: livros indicados, papel, caneta, espaço em
que posso haver mobilidade dos grupos, internet e computadores (que poderão ser
acessados no laboratório de informática da escola ou também de casa, uma vez que
as pesquisas deverão se estender para além do tempo em sala de aula de acordo com
a organização de cada grupo).
Para o planejamento do trabalho, foram consideradas as etapas, objetivos,
tarefas e prazos, conforme diz MARTINS (2007, p.47):

“O planejamento como instrumento pedagógico de ação educativa,


poderá, com base em ideias, construir projetos simples que
apresentem:
temas para estudo que se relacionem aos conteúdos
programados;
objetivo que se deseja alcançar pela investigação;
procedimentos a usar para chegar aos resultados almejado;
atividades ou ações a cumprir, em certo tempo e lugar;
resultados a esperar e a avaliar de acordo com os objetivos
propostos.”

DESENVOLVIMENTO: Segundo DINIS (2020, p.31) “É importante que o professor


acredite que o principal objetivo do projeto escolar é dar oportunidade para aproximar
o aluno do conhecimento pelo uso de estratégia e técnicas aplicadas que
desencadeiam reflexões sobre o objeto da pesquisa.” Para introduzir aos alunos o
tema, é proposto um debate em sala de aula a respeito de como notícias manipuladas
podem ou não ter influenciado as últimas eleições presidenciais no Brasil. A partir de
então, os alunos são estimulados a posicionar-se, contribuindo com suas visões,
apresentando seu nível de conhecimento desse assunto multifacetado. Com isso, é
19
PÓS-GRADUAÇÃO EM A MODERNA EDUCAÇÃO

possível diagnosticar a abrangência de conhecimento dos alunos a respeito do tema,


mostrar a complexidade existente por trás desse assunto tão difundido, mas ainda
com muitos desdobramentos que precisam ser pensados.
Após essa introdução, apresentar a proposta do projeto. É importante ressaltar
que, a todo o momento, o projeto deve ser reavaliado, para considerar possíveis
mudanças que sejam necessárias. BENDER (2014, p.17) diz que “as próprias tarefas
do projeto podem variar consideravelmente” na perspectiva da ABP, que tem como
pilar o projeto, e respeita a receptividade dos alunos e as mudanças que podem
ocorrer ao longo do caminho.

FINALIZAÇÃO: Os alunos têm quatro etapas a seguir. Para cumprimento dessas


etapas, os alunos terão tempos disponíveis na própria escola, conforme mencionado.
Contudo, é importante mostrar ao aluno que suas pesquisas ultrapassam os poucos
quarenta e cinco a cinquenta minutos comuns aos tempos de aula. Para o
desenvolvimento de sua autonomia, ele deve buscar pelas fontes orientadas e/ou
outras também em horário extraclasse, a fim de construir seu próprio conhecimento e
posicionamento. BATES diz:

“A aprendizagem baseada em projetos [...] tende a ser mais longa e


mais abrangente em seu escopo, e com mais
responsabilidade/autonomia dos alunos no sentido da escolha de
subtópicos, organização do trabalho e decisão sobre métodos a
serem usados na condução do projeto.” (2017, p.138)

1ª Etapa: Pesquisa 1
Objetivos: Prática da seleção de fontes confiáveis; Entender o que são como
funcionam as “Fake News”.
Tempo de conclusão: duas semanas.

MARTINS (2201, P.52), falando sobre o papel do professor no trabalho com


projetos, diz que “o ensino tem que ser uma atividade direcionada para a
autoaprendizagem [...] numa busca daquilo que não se sabe e se quer saber – em
pesquisa, em investigação”. Cada grupo recebe um subtema que será sorteado, mas
após o sorteio os grupos poderão redistribuir os subtemas, caso estejam de acordo.
Os subtemas são divididos de forma que as pesquisas possam abranger uma maior
quantidade de informações a respeito do assunto. Uma vez que os subtemas estejam
divididos, cada grupo poderá aprofundar-se a respeito de sua própria pesquisa, tendo
depois a oportunidade de compartilhar com os demais grupos. Os subtemas propostos
são:

O que são Fake News e Deep News e Como identificá-las.


Fake News - como são disseminadas e como evitar que sejam propagadas.
O uso da IA na propagação das Fake News.
Leis contra Fake News no Brasil e suas motivações.
Proibição de Fake News é censura?

20
PÓS-GRADUAÇÃO EM A MODERNA EDUCAÇÃO

BACICH e MORAN (2018) dizem que explicar o que aprendeu torna o aluno
consciente do seu processo de aprendizado. Ao final das duas semanas, cada grupo
deve apresentar para os outros os conhecimentos adquiridos neste período. Desta
forma, compartilham com os demais como foi a pesquisa e o que aprenderam nesta
etapa. Cada aluno deve avaliar os colegas dos demais grupos. As avaliações devem
ser entregues ao professor. Consequentemente, todos participarão a todo instante.

2ª etapa: Entrevista
Objetivos: Aprender como fazer pesquisa quantitativa e qualitativa; Saber como cada
faixa etária lida com as “Fake News” e suas motivações ao compartilharem-nas.
Tempo de conclusão: duas semanas.

“O métodos quantitativos supõem uma população de objetos de observação


comparável entre si e os métodos qualitativos enfatizam as especificidades de um
fenômeno em termos de suas origens e razão de ser.” (HAGUETTE, 1995, p.63). Na
segunda etapa, cada grupo deve entrevistar 25 pessoas com diferentes faixas etárias:
Cinco pessoas de doze a quinze anos; Cinco pessoas de quinze a dezoito anos; Cinco
pessoas de dezoito a trinta anos; Cinco pessoas de trinta a cinquenta; e Cinco
pessoas de cinquenta ou mais. Para a entrevista, cada grupo criará cinco perguntas,
que permitam elaborar um cenário de realidade para entender até que ponto as
pessoas entrevistadas entendem sobre “Fake News” e como reagem a elas.
Exemplos de perguntas: “Você sabe o que são Fake News?”, “Você já
compartilhou Fake News achando estar compartilhando uma notícia verdadeira?”,
“Você já compartilhou Fake News propositalmente? Por quê?”, “Você concorda com a
punição por lei para quem cria Fake News?”. É importante lembrar que o professor
pode orientar, mas não induzir o aluno a replicar ideias já prontas. Os alunos devem
criar seu próprio questionário.
Para dar funcionalidade às entrevistas, os alunos deverão analisar quantitativa
e qualitativamente as respostas obtidas. O objetivo, que é entender como as pessoas
lidam com as Fake News, será obtido através da observação das perguntas propostas
e das respostas obtidas, através de comparação e entendimento das razões
comportamentais. A pesquisa, bem como os resultados, devem ser entregues ao
professor.

3ª etapa: Pesquisa 2
Objetivo: Levar o aluno a posicionar-se enquanto ser pensante, entendendo a
relevância de suas atitudes; Perceber as consequências das “Fake News” na vida real.
Tempo de execução: duas semanas.

Esta nova pesquisa tem por finalidade buscar exemplos de notícias falsas que,
amplamente divulgadas, tiveram grande repercussão. Ademais, os estudantes devem
buscar as consequências geradas por tais notícias. Cada grupo deve pesquisar a
respeito de uma notícia, abarcando o máximo de informação que encontrar a respeito
dela, como: quem foi o criador, qual foi a estratégia de divulgação, com qual objetivo
foi criada, as vítimas, os alvos, as consequências etc. Os resultados alcançados

21
PÓS-GRADUAÇÃO EM A MODERNA EDUCAÇÃO

devem levar os alunos a posicionem-se a respeito dos casos pesquisados,


apresentando pontos positivos e negativos.
Cada grupo pode apresentar o caso pesquisado e os dados conseguidos, e
colocar seu posicionamento. Esta atividade pode ser feita através de um debate em
que todos os alunos contribuam. A participação de todos nesta etapa estimulará ainda
mais a ideia de que o compartilhamento gera uma visão holística, e não
compartimentada a respeito do tema.

4ª etapa: Produção Textual


Objetivo: Desenvolver a habilidade da produção textual jornalística do gênero
reportagem; Divulgar informações verdadeiras a partir de fontes confiáveis.
Tempo de execução: duas semanas

BACICH E MORAN (2018) dizem que, para aprofundar o conhecimento, é


necessário prática e oportunidade, é aprender fazendo. A produção de reportagens a
partir das pesquisas realizadas é uma forma dos alunos resumirem todo conhecimento
gerado. Além disso, desenvolvem a competência da produção textual jornalística,
entendendo melhor a dinâmica desse tipo de texto e o cuidado com a escolha de
fontes confiáveis. Os textos produzidos tem por objetivo informarem os leitores a
respeito do tema estudado, alertando-os sobre como se prevenir a respeito das
notícias falsas. Portanto, os textos devem ser produzidos tendo por base a informação
adquirida ao longo das etapas anteriores. Os textos serão produzidos por cada grupo
e deverão conter as fontes de suas informações. Os textos são divididos em temas
(um para cada grupo), de acordo com o material de pesquisa. Algumas propostas de
temas:

O que são as “Fake News”, suas características e possíveis consequências.


Como as “Fake News” são disseminadas e como evitar que isso aconteça.
Como as diferentes faixas etárias lidam com as famosas “Fake News” e as
razões para seus comportamentos.
A diferença entre as “Fake News” e as “Deep News”.
Caso real de “Fake News” e seus resultados.

Conforme dito anteriormente, durante todo o processo de um projeto, é


relevante observar a recepção dos envolvidos. Portanto, os temas aqui propostos
podem sem revistos junto com a turma.

DIVULGAÇÃO: Nesta etapa do projeto o aluno divulgará os textos produzidos. Um


bom local para a divulgação do trabalho são as próprias mídias sociais da escola, pois
muitos alunos e pais têm acesso. Além disso, podem ser repassadas por diversas
outras mídias. Essa divulgação promove a autoestima do aluno, que percebe seu
trabalho valorizado por seus professores e pela própria instituição de ensino.
MARKHAM e col. dizem:

“Um produto final deve existir ao término de um projeto e muitas

22
PÓS-GRADUAÇÃO EM A MODERNA EDUCAÇÃO

vezes representa uma combinação de conhecimento de conteúdos e


habilidades que dão aos alunos uma oportunidade de demonstrar
aprendizagem em diversos tópicos e habilidades. Produtos finais
muitas vezes são apresentados durante ocasiões importantes,
envolvendo plateias com pessoas de fora da classe, deste modo,
estimulando os alunos a ir além de apenas “mostrar e fala”, para
demonstrar um aprendizado mais profundo.” (2008, p.61)

O produto final mencionado por MARKHAM e col. (2008) pode ser um artigo de
pesquisa, um relatório, apresentações multimídia, apresentações dentro da escola,
exposições fora da escola. Logo, o produto é um trabalho elaborado pelo aluno com a
finalidade de ele expor de forma prática o que aprendeu. Neste projeto, os alunos
apresentam um trabalho de múltiplos produtos, segundo a definição de MARKHAM e
col. (2008), no qual os produtos são apresentados durante as etapas do projeto.

AVALIAÇÃO: Avaliar erros e acertos auxilia o planejamento de estratégias para outros


projetos, como BACICH e MORAN (2018), que dizem que a avaliação não é apenas
medir a aprendizagem, mas ela é parte da aprendizagem. Portanto, cada aluno deve
fazer uma análise sobre si mesmo: sua contribuição no projeto, que pode ser feita
através de produção textual curta em forma de relato. Além da avaliação individual, o
grupo deve refletir sobre seu trabalho: o impacto social de sua produção, e erros e
acertos durante a confecção de cada uma das etapas (propõe-se a produção de um
vídeo curto de 5 minutos, que servirá como registro e material de apoio para os alunos
em futuros projetos). Esta etapa inclui a avaliação dos alunos a respeito da
contribuição dos professores. A avaliação do professor a respeito da participação dos
grupos, seus erros e acertos durante a confecção de cada uma das etapas somará às
outras avaliações.
A avaliação será com base na participação e desempenho do aluno em cada
etapa, analisando a entrega dos múltiplos produtos na etapa “Finalização”:

Pesquisa 1: o produto aqui é a apresentação dos alunos a respeito das pesquisas


orientadas para entender como funcionam as “Fake News”. A avaliação é baseada em
um roteiro analítico, que subdivide as tarefas de um trabalho em categorias separadas
e holístico, que utiliza múltiplos critérios (MARKHAM e col., 2008, p.65), que são
agrupados nos seguintes critérios maiores: (1) Conteúdo: Argumentação coerente;
Domínio de seu tema; (2) Organização: Participação dentro do grupo; Respeito aos
demais grupos; Respeito ao prazo; (3) Profundidade de pesquisa:
Apresentação/qualidade das fontes; (4) Uso de recursos básicos: Contato visual,
postura física e projeção de voz.

Entrevista: o produto aqui é a entrega da entrevista e seus resultados. A avaliação é


baseada num roteiro analítico (MARKHAM e col., 2008, p.65): (1) Conteúdo; (2)
Organização; (3) Profundidade de pesquisa; (4) Mecânica de redação.

Pesquisa 2: o produto aqui é a apresentação dos alunos a respeito das pesquisas


orientadas para apresentar casos reais e consequências. Além disso, sua participação
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PÓS-GRADUAÇÃO EM A MODERNA EDUCAÇÃO

no debate que envolve reflexão a respeito dos casos encontrados. A avaliação é


baseada num roteiro holístico e analítico: (1) Conteúdo: Dados encontrados; (2)
Organização: Participação dentro do grupo; Respeito aos demais grupos; Respeito ao
prazo; (3) Posicionamento: Apresentação de pontos de vista.

Produção textual: o produto aqui é um texto do gênero reportagem, o qual deve alertar
o leitor a respeito das Fake e Deep News, contemplando as informações baseadas
nas pesquisas. A avaliação é baseada em um roteiro holístico e analítico: (1)
Conteúdo: Argumentação coerente; Domínio de seu tema; (2) Organização:
Participação de todo o grupo; (3) Profundidade de pesquisa: Abordar o lado social do
tema; (4) Mecânica de redação: Estética (legibilidade); Gramática (estar de acordo
com a gramática formal); Estrutura (respeitar o gênero textual).

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PÓS-GRADUAÇÃO EM A MODERNA EDUCAÇÃO

10. BIBLIOGRAFIA

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VALENTE, Jonas. Brasil tem 134 milhões de usuários de internet, aponta


pesquisa. A maioria acessa a internet pelo celular. Agência Brasil. Publicado em 26
de Maio de 2020 às 16h59min. e atualizado em 26 de Maio 2020 às 20h47min.
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-05/brasil-tem-134-
milhoes-de-usuarios-de-internet-aponta-
pesquisa#:~:text=Atualizado%20em%2026%2F05%2F2020,a%20134%20milh%C3%B
5es%20de%20pessoas. Acesso em 10 de Julho de 2020 às 12h02min.

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