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Contexto

• Estudo do MIT publicado na revista Science


em março de 2018 mostra que as notícias
fraudulentas – também conhecidas como fake
news – têm 70% mais chances de viralizar que
as verdadeiras.
• Desenvolver habilidades, atitudes e a
Competência em Informação – campo de
estudo da Biblioteconomia – para avaliar o
nível de confiabilidade das notícias virou
questão de sobrevivência no ciberespaço.
Como reconhecer fake news?

• PRIMEIRO PASSO: reconhecer os mecanismos


que estão por trás delas, como o clickbait,
uma disputa por cliques como fonte de renda
na internet. Quanto mais gente acessa os
links, mais dinheiro de publicidade entra no
bolso dos proprietários de sites.

“Com isso, disseminar notícia — independente da sua


procedência e veracidade — acabou virando negócio.
Ganha quem tiver as manchetes mais chamativas e
sensacionalistas, com carga dramática ou polêmica”
Leonardo Ripoll | Mestrando em Gestão da Informação na UDESC
Outros interesses

• Há grupos de diversos espectros políticos e


ideológicos que também fazem uso das fake
news em sites e redes sociais.
• Um dos casos mais emblemáticos se deu na
eleição de Donald Trump à presidência dos
EUA, em 2016, quando se levantaram
suspeitas de que elas tivessem influenciado o
debate à disputa norte-americana.
• Uma pesquisa mostrou que, durante a
campanha, 27% do eleitorado dos Estados
Unidos (65 milhões de pessoas) leram ao
menos um texto de sites de fake news e que a
maioria das visitas a esses sites (65%)
procedia de um grupo formado por 10% dos
eleitores identificados como mais
conservadores.
Compartilhamento indiscriminado

• De acordo com a pesquisa do MIT,


as informações falsas se disseminam
mais rápido e com maior alcance que
as verdadeiras, principalmente quando
o tema é política.
• Os pesquisadores identificaram que,
enquanto a verdade raramente chegava
a mais de mil usuários, as fake news
rotineiramente alcançavam mais de 10 mil
pessoas.
• USUÁRIOS: quem mais divulgou notícias
falsas tinha menos seguidores.
• CONTEÚDO: trazia mais novidades, com
informações que os usuários jamais tinham
visto na rede social. Além disso, provocava
diferentes reações emocionais em quem os
replicava, com expressões exacerbadas de
surpresa, medo ou revolta.
Compartilhamento indiscriminado

• CONCEITO DA PÓS-VERDADE: a adesão a


crenças pessoais, apelos emotivos e
sensações subjetivas acabam influenciando
mais a formação da opinião pública que a
própria objetividade dos fatos.
• VIÉS DE CONFIRMAÇÃO: tendência cognitiva
que faz as pessoas terem mais propensão de
lembrar, pesquisar ou interpretar fatos e
informações que confirmem suas ideologias.
O problema se agrava quando se tem em
conta que nem sempre o ato de compartilhar
tem como objetivo final informar.
Em busca de verdades – A importância do bibliotecário

• A busca de informações é fundamental, além


de e gerenciá-las em favor da construção do
conhecimento.
• Essa demanda resgata a importância do
bibliotecário, cujas habilidades o destacam
entre as dez profissões mais promissoras da
próxima década.
• O bibliotecário será um mediador, com foco
na criticidade do pensamento, avaliando a
procedência da informação, de que modo e
por que chegou ao usuário.

A Competência em Informação, campo de estudo da


Biblioteconomia, prega a necessidade de alfabetizar
digitalmente os cidadãos para que se tornem
competentes no mundo informacional, com
habilidades específicas para atuar no ciberespaço.
OFICINA
Verdadeiro ou Falso?
Identificando fake news
TEMPO ESTIMADO: 2 HORAS

Preparação:
Para a realização da oficina Verdadeiro ou Falso? Identificando fake news, peça que os participantes
realizem as seguintes tarefas como preparação para o encontro:

- Leitura do texto Verdadeiro ou Falso? Identificando fake news – Revista Educatrix, nº 15 – 2018,
páginas 116 a 119.

- Artigo Convivendo em Grupos Virtuais, de Leusa Araújo, no Redes Moderna


(http://redes.moderna.com.br/2018/08/24/convivendo-em-grupos-virtuais/).
Oficina
OBSERVAÇÃO:
*Coordenador: fica a seu critério a divisão e organização dos participantes da Coordenador(a), a apresentação é
oficina. Você pode organizá-los por disciplina ou mesmo por segmento. Caso sua apenas um momento para retomar a
equipe seja muito grande, recomendamos que você realize esses encontros leitura que os participantes já
divididos por disciplina e por segmento. realizaram da matéria. Não é
necessário levar muito tempo nela.
No caso dessa oficina específica, você pode cedê-la para que os professores No entanto, vale que você faça relatos
apliquem em sala de aula (para os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e de situações que já vivenciou, se
os do Ensino Médio) ou até mesmo em reuniões de pais, como exercício. julgar pertinentes ao tema, para
incrementar esse momento.
Abertura (10 minutos) – a critério do coordenador(a). Recomendamos que, se os Considere, também, alguns minutos
participantes da oficina atuarem em turnos diferentes de trabalho, que seja para, ao final da apresentação, abrir
realizado um momento de apresentação deles. Pode-se preparar também etiquetas espaço para perguntas ou
ou crachás para que o nome de todos fique visível. comentários dos participantes.

Apresentação (20 minutos) – Por dentro da Educação 4.0


Slides disponíveis para download em ...

https://
Oficina
Roda de conversa: Discussão do texto Caça-Boatos (30 minutos)

uma turma de 25 alunos do Ensino Médio do Colégio Super Ensino, em Ourinhos (SP), está se especializando no que eles chamam de

HoaxBusters (em português, caçadores de boatos). Aliás, esse é o nome do site de checagem de notícias que eles mesmo desenvolveram –

liderados pelo professor Estêvão Zilioli, coordenador de tecnologia educacional do colégio – e que deve ser lançado no segundo semestre

deste ano. A iniciativa é fruto da participação de Zilioli no programa Google Innovators 2017, do qual derivou o projeto de combate a fake

news na escola. Os encontros com os estudantes se dão no contraturno das aulas, sempre às sextas-feiras. O desafio é determinar o grau de

confiabilidade das notícias selecionadas naquele dia como estudo de caso. A trilha de checagem dá origem a infográficos que, por sua vez,

alimentarão o site do projeto. “É uma experiência que deixa o senso crítico dos alunos cada vez mais apurado. Assim, vão deixando de ser

consumidores passivos da informação”, afirma.


Promover uma roda de conversa sobre a iniciativa descrita no texto Caça-Boatos: é
possível criar um movimento desses em sua escola? Como levar os alunos a analisar
criticamente notícias e utilizar a internet de maneira consciente e segura?

Alguém da equipe já oportunizou um momento para discussão a respeito de fake news e


o uso de aplicativos de comunicação instantânea, principalmente o Whatsapp, com seus
alunos? Como foi o retorno deles?

Registrar as sugestões e criar, junto com a equipe, um cronograma para a apresentação


da ideia para a comunidade escolar e para a sua implementação.
Oficina
Análise de notícias (30 minutos)

*Coordenador, é interessante que você realize a atividade em um local onde os participantes possam acessar a internet
– um laboratório de informática ou uma sala com conexão wireless.

- Divida a equipe em grupos (ou duplas/trios, caso o número de participantes seja menor). Fica a seu critério escolher
a melhor forma de organização. Cada grupo deve ter, no máximo, cinco participantes.
- Distribua, para cada grupo, algumas notícias para análise (uma para cada participante do grupo). O conjunto deve
misturar notícias verdadeiras e fraudulentas. Sugerimos que você modifique dados ou informações de uma notícia
verdadeira para torná-la falsa – assim ficará mais difícil verificar sua veracidade apenas com a leitura. As notícias
também não devem conter a fonte da matéria).
- Estipule um tempo para que os participantes leiam sua notícia. Em seguida, peça que realizem uma busca na
internet, utilizando sites de notícias, como jornais, revistas ou noticiários. Eles não devem utilizar sites de busca
como o Google, nem a Wikipedia.
- Após localizarem o assunto, os participantes devem registrar se a sua notícia é verdadeira ou falsa, e também dados
que corroborem ou refutem seu conteúdo.

Encerramento (30 minutos)


Retome com os participantes as principais dificuldades encontradas para confirmação da veracidade de sua notícia.
Retome, também, a discussão da roda de conversa: há alguma sugestão que deveria ser ampliada ou modificada, após o
exercício prático?

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