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ENEM: Educação midiática e combate às fake news

Atualmente, a sociedade brasileira vivência o fenômeno da pós-verdade, onde, os fatos objetivos


têm menos valor no momento de se definir uma opinião pública do que as crenças e valores
pessoais do indivíduo. À vista disso, é possível inferir que as pessoas tendem a ter dificuldade
em distinguir, no momento de se posicionar e moldar a sua opinião, os fatos objetivos das
crenças e valores pessoais. Pesquisas apontam que mais da metade dos brasileiros acreditam
em Fake News, dando destaque aos adolescentes que, segundo uma matéria da revista Veja o
TikTok substitui o Google como ferramenta de busca entre os mais jovens, dado que, na rede
social a criança e o adolescente é apresentado a opiniões semelhantes à sua, criando uma
dificuldade em se tolerar crenças e valores distintos do que se está acostumado.

Diante dessa problemática, percebe-se a importância da educação midiática ser apresentada


aos cidadãos brasileiros desde o início da sua vida social. Como diria Rubem Alves “Há escolas
que são gaiolas e há escolas que são asas”, tendo em consideração o papel importantíssimo das
instituições educacionais na formação intelectual e social do jovem, dando-o a liberdade para
questionar. Uma vez que conhecendo diferentes pontos de vista e questionando as informações
que lhe são apresentadas, o jovem como cidadão possa formar os seus valores e opiniões a
partir de uma visão mais ampla e crítica, aprendendo a lidar com situações em que seja
necessário diferenciar opiniões pessoais de fatos.

Outrossim, os brasileiros não são os únicos responsáveis pela disseminação de Fake News. Na
obra cinematográfica Privacidade Hackeada, é dito que Dado é o ativo mais valioso do mundo,
tendo em vista a quantidade de informações pessoais que as redes sociais armazenam dos seus
usuários com o objetivo de filtrar conteúdos, apresentando apenas temáticas que sejam de
interesse de determinado público, limitando a sua capacidade de conhecer opiniões e questões
diferentes das que estão na sua zona de conforto. Criando assim, cidadãos que toleram apenas
ideias e valores semelhantes aos seus, e em consequência de tal manipulação, o usuário acaba
criando conhecimento e compartilhando notícias e artigos que são do seu interesse, sem checar
se tal informação é ou não verdade, posto que tal “fato” se encaixa nos seus ideais.

Portanto, apresentar uma educação midiática aos brasileiros, afim de se aprender a desenvolver
um pensamento crítico e social, conhecendo diversas visões de mundo de forma que se possa
investigar a veracidade das informações recebidas pelos meios televisivos ou, por meio das suas
redes sociais antes de tomá-la para si como verdade absoluta, é a melhor maneira de se
combater a disseminação desmedida de notícias falsas.

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