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Acredito que com o advento da Internet e das redes sociais, muitas características
benéficas e maléficas foram desenvolvidas no cotidiano da sociedade, onde vemos uma
mudança no comportamento humano para melhor ou pior. Em se tratando do lado
positivo, as pessoas começaram a se aproximar umas das outras de forma gradual, com
círculos de amizades, de trabalho, interesses próprios em disseminar informações
diversas como dados jornalísticos, para a produção de diálogos e debates dos mais
variados temas. Como Couto Junior, Velloso e Santos (2020, p. 93) argumentam, que
“as redes sociais configuram-se como importantes canais de informação e comunicação,
mas também, como canais de circulação e criação significativa de debates entre as/os
internautas de todos os cantos do país sobre os mais variados temas”. Portanto,
acreditamos que esta nova modalidade tem despertado interesse de pessoas e empresas
para uma nova mediação entre estes debates e temas que são difundidos nas redes
sociais e fazem disso um aproveito para lucrar em cima das informações compartilhadas
ou disseminadas na rede, o que torna, como mencionado por Couto Junior, Velloso e
Santos (2020), uma espécie de arena, onde temos agentes dispostos a batalhar pelos seus
respectivos pontos de vistas, pois a rede apresenta uma agregação de experiências de
pessoas em diversos contextos socioculturais.
Ademais, as redes sociais possibilitam criar conexões que antes não existiam entre as
pessoas, pois podemos produzir, compartilhar, debater, conhecer entre as pessoas,
dentre outras características que são inerentes ao mundo virtual. Couto Junior, Velloso e
Santos (2020, p. 96) dizem que “a Internet configura-se como um lugar de conexão e
compartilhamento. Vemos crescer a passos largos as formas de produção e de
circulação de informação como processos colaborativos em rede. Desta maneira, tem-se
a possibilidade de não somente interligar usuários na rede, mas também de disseminar
informações ali criadas por meio de grupos de interesses comuns e que, muitas vezes,
discutem e debatem sobre os mais variados assuntos até como forma de ganhar
prestígio, reconhecimento e capital na Internet, afim de alcançar outros grupos de
interesse comum.
Uma das matérias, presente no site do G1, no quadro “Ciência e Saúde”, pude ler o
título “Redes sociais têm efeito mínimo no bem-estar de adolescentes, diz pesquisa de
Oxford com 12 mil jovens” (link:
https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/viva-voce/noticia/2019/05/07/redes-sociais-tem-
efeito-minimo-no-bem-estar-de-adolescentes-diz-pesquisa-de-oxford-com-12-mil-
jovens.ghtml), onde discute sobre os malefícios que jovens do Reino Unido enfrentam
com o uso constante das redes sociais, e ainda afirmam que “família, amigos e vida
escolar têm impacto maior no bem-estar deles”, demonstrando que o leitor deve atentar
para isso e, talvez, instigando este leitor a ter a percepção que elas são ruins e fazem
para a mente e saúde dos jovens e talvez mudar suas práticas sociais. Em contrapartida,
as informações dos estudos ali apresentados como dados são limitados, como afirmam
na reportagem dos professores Andrew Przybylski e Amy Orben, da Universidade de
Oxford.
Outra assunto, presente no site Panorama Farmacêutico, que não é exatamente uma
matéria jornalística, pude ler o título “Uso excessivo de celular e redes sociais aumenta
problemas mentais” (link: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/02/11/uso-
excessivo-de-celular-e-redes-sociais-aumenta-problemas-mentais/), onde discute sobre
o uso intensivo de celulares e de redes sociais e que está associado a um aumento dos
problemas mentais, comportamentos de automutilação e suicídio entre os jovens,
segundo um estudo canadense que mostra que o fenômeno afeta mais as garotas. Nesta
página da Internet, a matéria traz ao leitor informações sobre como o suicídio aumentou
nos últimos anos no Canadá, Ontário, pois 2013 eram 24%, subiu para 34% em 2015 e
chegou aos 39% em 2017.
Concordo com as matérias porque elas trazem a realidade dos países exemplificados e
provavelmente é a realidade em outros países. Discordo no sentido de que as redes
sociais são vistas, na maioria das pesquisas identificadas com este nome, como o “chefe
mal” das pessoas, os ambientes maléficos na maioria das matérias, o que sabemos que
não é somente isso que podemos encontrar, assim como afirmam Recuero (2009), Couto
Junior, Velloso e Santos (2020) sobre como elas puderam inovar e criar novas formas
de conexões e compartilhamento de informações diversos, criando, assim, grandes
discursos e debates dos mais variados temas. Nas escolas, por exemplo, elas são vistas
como ferramentas tecnológicas excelentes nas mãos de professores e, de forma
consciente, temos a oportunidade de aproveitar o que estes ambientes virtuais possuem
para trazer aos nossos alunos não somente a prática cidadã, mas também para a
aprendizagem significativa por meio destas ferramentas. O que geralmente vejo em seus
usos são a criação de comunidades escolares, onde todos os alunos participação,
discutem temas diversos, compartilham arquivos e informações, trocam mensagens e
fazem amizades virtuais com colegas de sala e de outras localidades. Além disso, o uso
das redes sociais desperta interesse dos alunos em aprender outras coisas de interesse
próprio, como pesquisas sobre músicas, bandas, poemas, contos, informações
jornalísticas, doenças etc..
Não tenho costume, hoje em dia, de utilizar as redes sociais para atividades de ensino e
aprendizagem com alunos (antigamente fazia isso), pois hoje em dia temos muitas
outras plataformas que nos possibilitam interagir com alunos de forma colaborativa e
significativa. Nas minhas redes sociais são poucos os alunos que adiciono como amigos
(geralmente não faço isso) e se fizer, são aqueles que mais considero no meu círculo de
amizade. Para ter contato com meus alunos, geralmente crio grupo de WhatsApp para
isso e utilizo plataforma de livro de inglês, como Richmond Learning Platform, do livro
chamado English ID.