Você está na página 1de 4

Aula 22-02

CASO

A empresa ALFA contratou cinco vendedores, representantes comerciais como autônomos


(sem vínculo empregatício), para realizar a venda de seus produtos em outros Estados. O
contrato foi assinado pelas respectivas partes e nele estão estabelecidas todas as condições,
tais como: reconhecimento de que o trabalho é autônomo e sem vínculo empregatício, valor
das comissões de vendas, forma de pagamento, praça de atuação, etc. Contudo, depois de
algum tempo a empresa ALFA passou a controlar as atividades dos vendedores, dando ordens
como se fossem seus empregados.

Os vendedores autônomos poderiam ter o reconhecida uma relação empregatícia neste caso?
Justifique.

R= (Sim, PRIMAZIA DA REALIDADE.)

Supondo que a resposta acima seja sim, que prova vendedores devem produzir para
caracterizar o empregado?

R= (Se há SUBORDINAÇÃO, é caracterizado empregado.)

PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

Proposições básicas que fundamentam as ciências, servem de critério e espírito para todas as
normas.

Função:

Informadora – inspiração legislador

Normativa – fonte supletiva nas lacunas da lei

Interpretativa – orientação ao interprete

Princípios gerais: boa-fé, razoabilidade, dignidade humana, contrato faz lei entre as partes...

Princípio da proteção: Confere superioridade jurídica ao empregado, compensando a


superioridade econômica do empregador.

in dubio pro operário – na análise, interpretação de regras/fatos, em caso de dúvida aplica a


mais favorável – observar o ônus prova.

Aplicação da fonte mais favorável ao empregado – elaboração – hierarquia – interpretação.


Aplicação da condição mais benéfica para o empregado – vantagens conquistadas não podem
ser alteradas para pior (direito adquirido) – TST 51.

Reforma trabalhista: em relação aos contratos vigentes, existe direito adquirido à aplicação de
lei trabalhista mais benéfica, alterada por lei posterior? A alteração do contrato sempre que
for mais benéfica permanece ao empregado, e se muda na lei, muda para todos.

Princípio da irrenunciabilidade de direitos: os direitos trabalhistas são irrenunciáveis pelo


trabalhador (art. 9º da CLT- Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de
desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação).

(Em regra não pode renunciar)

É admitida a transação quanto exista incerteza quanto ao direito.

-Transação em juízo é admitida

-Transação com entidade sindical

Princípio da Continuidade da relação de emprego: sugere ausência de ânimo do empregado


de por fim ao contrato. (TST 212)

-É muito mais vantajoso ao empregado, pois é feito um contrato com tempo indeterminado
para o empregado sair.

-Existe situações especificas para prazo de termino como caso de experiências e para casos
previstos em lei, ACT, situações de emergências, safristas.

-Presume que o contrato é por tempo indeterminado.

-Prestação de serviço não eventual presume existência de contrato de trabalho.

Princípio da primazia da realidade: fatos são mais importantes que documentos.

(ex: Nos fatos o trabalho autônomo ser subordinado, podem ser provado por testemunhas,
conversas de whatssapp.)

-Privilégio aos fatos, realidade em detrimento da forma ou estrutura empregada.

-Contrato de trabalho é contrato realidade.


PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

DECADÊNCIA: Indica a extinção do direito pelo decurso do prazo fixado para seu exercício, o
direito não se consuma.

(É o tempo determinado para reivindicação de um direito, prazo para solicitar algo como
exemplo bolsa de estudos)

-Flui do nascimento do direito.

-Não se interrompe ou suspende.

-É mais comum em normas autônomas

-Ação rescisória 2 anos (966 CPC);

Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:

I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;

II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;

III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda,
de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;

IV - ofender a coisa julgada;

V - violar manifestamente norma jurídica;

VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a
ser demonstrada na própria ação rescisória;

VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência
ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento
favorável;

VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.

§ 1º Há erro de fato quando a decisão rescindenda admitir fato inexistente ou quando


considerar inexistente fato efetivamente ocorrido, sendo indispensável, em ambos os casos,
que o fato não represente ponto controvertido sobre o qual o juiz deveria ter se pronunciado.

§ 2º Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será rescindível a decisão transitada em
julgado que, embora não seja de mérito, impeça:

I - nova propositura da demanda; ou

II - admissibilidade do recurso correspondente.

§ 3º A ação rescisória pode ter por objeto apenas 1 (um) capítulo da decisão.

§ 4º Os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por outros participantes do


processo e homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios praticados no curso da
execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei.
§ 5º Cabe ação rescisória, com fundamento no inciso V do caput deste artigo, contra decisão
baseada em enunciado de súmula ou acórdão proferido em julgamento de casos repetitivos
que não tenha considerado a existência de distinção entre a questão discutida no processo e o
padrão decisório que lhe deu fundamento. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016)
(Vigência)

§ 6º Quando a ação rescisória fundar-se na hipótese do § 5º deste artigo, caberá ao autor, sob
pena de inépcia, demonstrar, fundamentadamente, tratar-se de situação particularizada por
hipótese fática distinta ou de questão jurídica não examinada, a impor outra solução jurídica.

-(empregado que possui estabilidade, ex presidente de um sindicato) Inquérito civil não


proposto em 30 dias após suspensão do empregado para apuração de falta grave.

PRESCRIÇÃO: extinção do direito de ação pelo transcurso do prazo.

(PRAZO: sempre começa contar a partir da lesão do direito)

-Flui da violação do direito – quando o empregado poderia exigir o direito.

-Interrupção (devolve o prazo): art. 11,§3, CLT somente pela propositura da ação, quanto aos
direitos reclamados (C. civil - protesto, propositura ação, reconhecimento do direito).

-Suspensão (reinicia pelo que falta): C. Civil - ausência, incapacidade, forças armada em tempo
de guerra.

CASO

Um empregado cujo contrato de trabalho foi encerrado em 20 de maio de 2021, não recebeu
pagamento do salário relativo ao mês de abril de 2017, o qual deveria ter sido pago até o
quinto dia útil do mês seguinte. O empregado poderia ajuizar ação para reclamar o salário
(04/2017) até o dia ........

R: 07/05/2017  08/05/2017 --- 07/05/2022 (5 anos)

(20/05/2021  21/05/2021 – 20/05/2023 (2 anos)

Se o contrato de trabalho ficar suspenso entre os dias 12/11/2018 e 26/12/2019, para realizar
um tratamento de saúde neste período, qual prazo para ajuizar a ação? ......

R:

Atenção! A lei retroage no máximo 5 anos desde que o ajuizamento do processo inicie
corretamente a partir do prazo de 2 anos. EX: (20/05/2021  21/05/2021 – 20/05/2023 (2
anos)

Quanto antes entrar com o ajuizamento, a lei retroage antes.

CONTAGEM DO PRAZO Art. 11 CLT (NR)

A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos
para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato
de trabalho

Você também pode gostar