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Nome: Manoella de Aguiar Ramos

R.A: 2380502

HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO


Unidade 4 – Atividade 4 (A4)

SÃO PAULO
2023
Objetivo:

O Direito, enquanto, conjunto de normas que regulamenta a sociedade pode


fundamentar-se no Direito Natural ou no Direito Positivo. Leciona o autor Paulo
Nader que, o direito natural, “Não depende de lei alguma, é válido
universalmente, é imutável e não é afetado pelo tempo. É abstrato, não podemos
tocá-lo, apesar de saber que ele existe. O Direito Natural ensina aos homens
através da experiência e da razão”. (NADER, 2012. p. 42).

Fonte: NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 34 ed. Rio de Janeiro:


Editora Forense, 2012.

Partindo desta reflexão e sabendo que o direito positivo procura reduzir o Direito
apenas àquilo que está posto, colocado, dado, positivado e utilizar um método
científico (empírico) para estudá-lo. Questiona-se quais as diferenças existentes
entre direito natural e direito positivo?

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Introdução:
Podemos dizer que o Direito é uma área que influência todas as pessoas que
vivem em uma sociedade. Estudar Direito não é apenas se basear em
constituições e leis, mas, também na filosofia vinculada a este ramo.
Por muitos séculos, discute-se à natureza do Direito bem como ela deve ser
estudada e a relevância das leis na sociedade. Assim, entender esses pontos
ajudam a compreender melhor nossas normas e como elas surgem ou se
desenvolvem ao logo dos anos.
Antes de questionarmos às diferenças existenciais, precisamos saber o que é
Direito Natural e Direito Positivo.
O que é Direito Natural?
O Direito Natural, tem em vista algumas caracterizações históricas com aspectos
mais antigos que o Direito Positivo.
O Direito Natural é aquele derivado da própria natureza humana, guiado por suas
razões e emoções, nascendo das condições das pessoas enquanto humanos.
Sendo assim, eles desenvolvem alguns direitos irrevogáveis, além de não
precisar depender do Governo e de outras estruturas de sua caracterização.
Algumas características dos direitos naturais, tais como:

• Irrevogabilidade;
• Atemporalidade;
• Não-territorialidade;
• Inalienabilidade;

O Direito Natural, não se limita há um determinado país ou há um grupo de


pessoas. Todos os humanos têm o seu Direito Natural, aqueles que não podem
ser trocados, vendidos, revogados pelas normas ou outras pessoas. Como por
exemplo: O direito à vida, à liberdade, à reprodução e corresponde à ideia de
justiça.

Como surgiu o Direito Natural?

O Direito Natural, surgiu primitivamente e de forma inacabada, com o


pensamento grego. É também chamada de jusnaturalismo. Alguns filósofos
como Aristóteles e Heráclito formulou algumas ideias sobre este Direito,
validando suas concepções e embasamentos.

Durante a Idade Média, o Direito Natural começou a ser utilizada pela Igreja
Católica e seus estudiosos, como São Tomás de Aquino, ele defendia que o
Direito Natural envolvia leis de Deus, válidas em todos os cenários existenciais
aqui da terra.

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A Evolução desse pensamento ocorreu com o Iluminismo e o racismo, quando o
Direito Natural, passou a ser baseado na razão e não no divino/sobrenatural.

Essa ideia passou a ser formada através do jurista Hugo Grotius, que nasceu em
1583 em Delft (Países Baixos).

Considera-se que nessa época, o Direito Natural seria um conjunto de normas


vindo da própria natureza, e que seria racionalizada pelos humanos e que não
poderia ser revogada.

No século XVII duas teorias começaram a prevalecer em prol da relação ao


Direito Natural, dentre elas, as teorias de John Locke e Montesquieu, havendo
uma modificação aos sistemas políticos e revolucionais da época.

Segundo esses pensadores, os Direitos Naturais deveriam ser preservados pelo


Estado, eram a liberdade, a propriedade privada e a própria vida em si, sabendo
que, o Governo interviria apenas nessas searas, protegendo a liberdade de
pensamento e à parte financeira (econômica).

Passado um tempo, o Direito Natural passou a ser estudado sob uma nova
condição e ótica democrática, dentre eles um grande pensador que apoiou esse
Direito, foi Rousseau, considerando-se que o jusnaturalismo passou a considerar
as decisões majoritárias do povo como uma fonte desse Direito.

O que é o Direito Positivo?

O Direito Positivo, se trata de um conjunto de regras ou leis que estão


positivadas, ou seja, escritas em documentos e mandamentos oficiais. Essas
leis/regras valem em determinados locais e podem ser mudadas por meio de
processos legislativos específicos.

Características do Direito Positivo:

• Formalidade;
• Revogabilidade;
• Territorialidade;
• Temporalidade;

O Direito Positivo, têm grande influência na sociedade, tendo em vista que todos
os cidadãos devem obrigatoriamente respeitar as leis que a constituição exige,
por isso é importante que todos nós, cidadãos, conheçamos o conceito e sua
aplicabilidade.

Alguns exemplos que podemos dar do Direito Positivo são:

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• A Constituição Federal;
• Leis Ordinárias;
• Leis Complementares;
• Normas Jurídicas;

História do Direito Positivo:

O Direito Positivo começou a ser pensado na Grécia Antiga, por meio das ideias
de Protágoras. Ele defendia que, as leis formalizadas pelos homens eram
válidas, ainda que fossem consideradas imorais.

O Direito Positivo como forma de pensamento dominante surgiu no Séc. XIX,


com Augusto Comte, segundo a Teoria, o Direito é a lei emanada a partir do
Estado e passa por um processo legislativo previamente definido.

Esse Direito Positivista defende que, as leis e às normas são justas porque são
válidas, sendo assim, o sistema criado para fazer surgirem as leis, e os princípios
positivados garantem a moralidade do Direito.

Os princípios e garantias fundamentais de nossa Constituição são um exemplo


disso.

Quais as diferenças entre Direito Natural e Direito Positivo?

A diferença entre eles é que, o Direito Natural independe do Estado ou mesmo


das leis, sendo assim, considera-se autônomo. Já o Direito Positivo, por outro
lado, depende de uma manifestação de vontade, seja ela das autoridades ou até
mesmo vindo da sociedade (cidadãos).

Após revisarmos estes importantes conceitos e definições até mesmo históricas


e culturais, é possível traçar as principais diferenças existentes, entre elas.

Outra diferença, é que o Direito Natural deriva da natureza, razão humana, ou


divino, enquanto, o Direito Positivo está muito ligado às normas estatais, com
aquilo que está escrito.

O Direito Natural ele é anterior ao Direito Positivo, valendo para todas as pessoas
e sociedades, sem a necessidade de um processo legislativo.

O Direito Positivo é posterior, exercendo a manifestação de vontade de um


Estado, aplicando-se somente a determinadas pessoas em territórios restritos.

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Mapa Mental:

Veremos a seguir algumas diferenças existentes, entre: Direito Natural e Direito


Positivista, para que possamos compreender de forma visual e fotográfica:

DERIVA-SE DA
IMUTÁVEL E
ESSÊNCIA
AUTÔNOMO;
NATURAL DO SER;
DIREITO
NATURAL
O PRESSUPOSTO
ESTÁ ACIMA DO ATEMPORAL E
ESTADO; UNIVERSAL;

FORMULAÇÃO MUTÁVEL;
CULTURALMENTE
CONSTRUÍDA;
DIREITO
POSITIVO
ESTADO É BASE
SOBERANO; TERRITORIAL;

Fonte: https://www.significados.com.br/direito-natural-e-direito-positivo/

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Conclusão:

Os Naturalistas se voltam contra o Direito Positivo, afirmando que há um


conjunto de princípios éticos que transcendem a formalidade textual e que só é
justificável, se colaborarem com estes princípios. Já os Positivistas, separam o
valor moral e o conteúdo ideário de justiça, reconhecendo como válido apenas
aquilo que o Estado dita.

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FONTES BIBLIOGRÁFICAS:

https://www.significados.com.br/direito-natural-e-direito-positivo/

https://jus.com.br/artigos/6/direito-natural-e-direito-positivo

http://anais.unievangelica.edu.br/index.php/cifaeg/article/view/824

https://www.significados.com.br/direito-natural-e-direito-positivo/

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