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Nome: Manoella de Aguiar Ramos

R.A: 2380502

HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO


Unidade 3 – Atividade 3 (A3)

SÃO PAULO
2023
Objetivo:

Imagine o seguinte caso:

• Uma instituição religiosa foi condenada, pelo Tribunal de Justiça de Minas


Gerais, a devolver a um fiel suas doações realizadas desde 2010, além
de danos morais. Em suma, o processo foi movido por Mévio da Silva,
alegando que, aos 15 anos de idade, passou a frequentar e a doar à Igreja
a pensão integral que recebia do INSS pela morte de seus pais, além de
outros bens que recebera por herança. Passada a fase probatória, o
Tribunal de Justiça declarou a nulidade do negócio jurídico, determinando
o restabelecimento do status quo ante, devendo a Instituição religiosa
indenizar o autor por todo o montante doado, além dos danos morais.
• Usando o caso hipotético apresentado acima, faça uma análise do
contrato de doação celebrado entre a instituição religiosa e Mévio da Silva
à luz dos elementos da existência, validade e eficácia, explicando de
forma clara e objetiva os fatores que fizeram com que esse contrato fosse
considerado nulo de pleno direito pelo Tribunal de Justiça de Minas
Gerais. Lembre-se de utilizar os dispositivos do Código Civil para
fundamentar a sua resposta.
Introdução:
O contrato realizado por Mévio da Silva e a instituição religiosa, foi inválida,
existente e eficaz, tais como:

• Inválida: Pois Mévio não era capaz de tal ato;


• Existente: Por haver vontade da parte do menor em fazer doações para a
instituição religiosa;
• Eficaz: Pois tinha doações monetárias para tal doação;
Analisando este caso, podemos dizer que o contrato é considerado nulo porque
o autor (Mévio da Silva), era absolutamente incapaz, conforme o Artigo 3º do
Código Civil:

“Artigo 3º: São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da


vida civil:
I - Os menores de dezesseis anos”;
Fonte: Civil Brasileiro e a Lei n. 13.146/2015
Sendo assim, negócio jurídico é nulo por não preencher os requisitos de
validade.
Artigo 5º. ° São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente aos atos da
vida civil:
I - Os menores de dezesseis anos.
Outro levantamento que podemos fazer também é que, Mévio da Silva não tinha
um responsável legal (visto que, seus pais eram falecidos), e não há indícios de
que haveria outros tutores que tenham assistido para a realização lícita do ato
jurídico.
Partindo deste pressuposto, a Instituição religiosa, segundo o Artigo 186,
também do Código Civil, diz que: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Mostrando-se desonesto e cometendo
um ato ilícito.
O Tribunal de Justiça (Minas Gerais), declarou a nulidade do processo jurídico,
solicitando indenização ao autor pela quantidade doada e danos morais, como
também se encontra no artigo 927 do Código Civil, que diz: Artigo 927. “Aquele
que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo”.
“Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de
culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos
de outrem”.
Conclusão:
Podemos concluir dizendo que, os artigos 3º e 5º do Código Civil, o contrato é
considerado nulo, pois o autor é absolutamente incapaz como vimos na
legislação. O Artigo 3º, porque o autor na época da doação era absolutamente
incapaz, por ser menor de idade e não ter sido assistido pelos pais, por ser órfão.
E o Artigo 5º, pois trata do término da menoridade e o início da maioridade civil.
Sendo ele menor de idade, órfão, não assistido pelos pais e ter considerado
incapaz, tudo isto, contribuiu para que o contrato de doação fosse nulo e a
Instituição Religiosa, devolvesse para Mévio todo o dinheiro doado.
Institui o Código Civil:
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - Celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
Fontes Bibliográficas:
https://pedrorodrigues07.jusbrasil.com.br/artigos/409580030/o-tratamento-
dos-incapazes-no-codigo-civil-brasileiro-e-a-lei-n-13146-
2015#:~:text=3%C2%BA%20S%C3%A3o%20absolutamente%20incapazes%
20de,n%C3%A3o%20puderem%20exprimir%20sua%20vontade.

https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10677854/artigo-927-da-lei-n-10406-de-
10-de-janeiro-de-2002

https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10718759/artigo-186-da-lei-n-10406-de-
10-de-janeiro-de-2002

https://www.ufrgs.br/bioetica/codciv16.htm#:~:text=direitos%20do%20nascituro.
-,Art.,Os%20menores%20de%20dezesseis%20anos.
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10720189/artigo-166-da-lei-n-10406-de-10-
de-janeiro-de-2002

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