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A JUSTIÇA NO BRASIL E A NOVA REPÚBLICA

1. Virgílio Afonso da Silva, ao estudar a prática deliberativa do Supremo Tribunal


Federal, tece algumas críticas à atuação judicial por conta de regras e práticas
internas do tribunal. Dentre elas, destaca-se todas, EXCETO:
A impossibilidade de interromper a sessão plenária.
A comunicação através da leitura de votos.
Um papel quase irrelevante do relator.
A adoção de estratégias advocatícias pelos ministros.
A publicidade, através das transmissões de julgamento pela TV Justiça.
Data Resp.: 11/10/2023 22:09:30

Explicação:

A resposta correta é: A impossibilidade de interromper a sessão plenária.

2. Diante do contexto de crise de credibilidade do Poder Judiciário, Diego Werneck


e Leandro Ribeiro elaboram a ideia de ¿ministrocracia¿, segundo a qual há uma
influência grande da ação individual dos ministros do STF e não uma atuação
coletiva, como corte. Nesse sentido, julgue a veracidade dos itens:

I. A ministrocracia se revela, dentre outros fatores, através das decisões


liminares individuais e das decisões monocráticas, de forma que
atuações individuais dos ministros influenciam o processo decisório da
corte.

II. O controle de constitucionalidade, quando presentes os mecanismos


de ministrocracia, de qualquer forma, se dá com a maioria de votos do
tribunal.

III. Nos casos que os ministros agem individualmente, a atuação judicial


se torna duplamente contramajoritária, situação que mina a legitimidade
da Corte.
Apenas os itens II e III estão corretos.
Apenas o item I está correto.
I, II e III estão corretos.
Apenas os itens I e III estão corretos.
Apenas o item II está correto.
Data Resp.: 11/10/2023 22:09:33

Explicação:

A resposta correta é: Apenas os itens I e III estão corretos.

3. (VUNESP/2017)
Nas últimas décadas, houve um crescente reconhecimento dos direitos humanos e sociais,
expresso, sobretudo, por meio de conquistas legais. No entanto, verifica-se um movimento
por meio do qual a sociedade passa a incumbir o judiciário na tarefa de efetivar tais direitos
por meio de ações públicas e da recorrência aos juizados especiais. Esse fenômeno,
denominado judicialização da questão social, transfere para o Poder Judiciário a
responsabilidade de realização da cidadania social em substituição aos poderes que legislam
e executam as políticas públicas. Reconhecer a atribuição do Poder Judiciário de responder
aos desdobramentos da questão social pode ser positivo na medida em que a força da lei
será aplicada, no entanto, a centralidade desta instância estatal na gestão de conflitos
promove respostas:

justas e equilibradas.
autocráticas e acessíveis.
individuais e focalizadas.
burocráticas e centralizadas.
corretivas e estruturais.
Data Resp.: 11/10/2023 22:09:37

Explicação:

Na medida em que as políticas públicas não são realizadas pelos Poderes majoritários -
Executivo e Legislativo - o Judiciário é acionado para lidar, muitas vezes, com questões de
ordem individual e focalizada, já que visam responder a uma determinada ação judicial.

"O fenômeno da judicialização da questão social ocorre em uma superposição de


responsabilidades do Judiciário às demais instâncias da esfera pública. Esta forma de acesso
à justiça se dá, via de regra, de forma individual e por um segmento seletivo de sujeitos ¿ os
que conhecem ou conseguem acessar este canal jurídico. Mas a efetivação dos direitos
dependerá de outros fatores que não somente o seu reconhecimento, como a capacidade de
atendimento e de financiamento à demanda apresentada. Diante deste quadro, discute-se
este processo de efetivação de direitos que, ao privilegiar cada vez mais a via judicial, rebate
no descomprometimento do Estado com o enfrentamento da questão social e na
despolitização da esfera pública. Esta conjuntura adversa desafia os assistentes sociais a
fazerem sentido ético-político em suas respostas profissionais às demandas de judicialização
da questão social que se apresentam cotidianamente ao Poder Judiciário" (AGUINSKU,
Beatriz. Judicialização da questão social: rebatimentos nos processos de trabalho dos
assistentes sociais no Poder Judiciário. KATÁLYSIS v. 9 n. 1 jan./jun. 2006 Florianópolis SC
19-26).

4. Nossa Constituição Federal prevê a existência de três poderes independentes e


harmônicos entre si. Quanto às funções a serem exercidas por cada poder,
analise as assertivas abaixo:

I. Além de sua função principal, o Poder Legislativo desempenha também


algumas funções jurisdicionais e administrativas.
II. A função legiferante é a típica do Poder Judiciário e, ainda que seja
originária desse poder, ela também é exercida pelo Poder Legislativo.
III. Ao Poder Executivo compete exclusivamente a função de executar as
políticas públicas e deliberações dos demais poderes.
Apenas II.
Apenas I.
Apenas III.
Apenas I e II.
Apenas I e III.
Data Resp.: 11/10/2023 22:09:41

Explicação:

A resposta correta é: Apenas I.

5. Diante do contexto de judicialização da política e crescente ativismo judicial, o


Supremo Tribunal Federal passou a sofrer críticas acerca de sua legitimidade
para atuações expansivas. Dentre as críticas a seguir, a que NÃO procede é:
O STF exerce um papel contramajoritário ilegítimo, na medida em que cabe,
em realidade, ao Legislativo e ao Executivo, exclusivamente, a proteção e
promoção de direitos fundamentais.
A supremocracia, que revela um poder sem precedentes do STF para dar a
última palavra sobre decisões tomadas pelos poderes majoritários, leva a
problemas de representatividade.
O modelo deliberativo do STF apresenta falhas que remetem a possibilidade
de que ministros, individualmente, tenham um poder grande de decisão,
independentemente do plenário.
O modelo deliberativo apresenta falhas que influenciam diretamente no ônus
argumentativo e faz com que seja ausente um efetivo debate e troca de
argumentos entre os ministros.
A publicidade dada aos julgamentos no STF contribui para que os ministros
não mudem de decisões e restringe a testagem de argumentos, na medida
em que uma mudança de posição decorrente do diálogo poderia significar
perda de prestígio diante da visibilidade.
Data Resp.: 11/10/2023 22:09:44

Explicação:

A resposta correta é: O STF exerce um papel contramajoritário ilegítimo, na


medida em que cabe, em realidade, ao Legislativo e ao Executivo,
exclusivamente, a proteção e promoção de direitos fundamentais.

6. O recente processo de julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do


caso conhecido como "Mensalão" trouxe à exposição a interpretação que
sugere a presença de uma distorção no equilíbrio e nas funções dos três
poderes da estrutura estatal brasileira (Executivo, Legislativo e Judiciário). Essa
distorção tem sido designada como "judicialização da política". Com base nos
conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que apresenta,
corretamente, a que o termo "judicialização da política" se refere.
À intromissão dos poderes Executivo e Legislativo no aparelho judiciário,
visando influenciar suas decisões, por meio de nomeações, lobbies e pressão
política.
À influência da mídia sobre o Poder Judiciário, em especial sobre os
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), comprometendo a isenção e a
autonomia de suas decisões.
À presença na atual composição do Congresso Nacional de um número
elevado de bacharéis em Direito, criando um desequilíbrio na representação
corporativa no Legislativo.
Ao recorrente apelo ao Poder Judiciário na resolução de problemas e na
tomada de decisões que deveriam ser da competência dos Poderes
Legislativo e Executivo, enfraquecendo a autonomia desses dois últimos.
À subordinação do Poder Legislativo à pressão da sociedade civil, exigindo
justiça no caso conhecido como "Mensalão".
Data Resp.: 11/10/2023 22:09:47

Explicação:

A resposta correta é: Ao recorrente apelo ao Poder Judiciário na resolução de


problemas e na tomada de decisões que deveriam ser da competência dos
Poderes Legislativo e Executivo, enfraquecendo a autonomia desses dois
últimos.

7. A Constituição Federal estabelece, em seu artigo 2º, o princípio da separação


de Poderes. De acordo com a Constituição Federal de 1988, é correto afirmar:
O Judiciário e o Executivo são Poderes harmônicos e dependentes nos
Estados da Federação.
O Poder Executivo, o Judiciário e o Ministério Público Federal são Poderes
harmônicos e dependentes entre si.
O Legislativo, o Executivo e o Judiciário são Poderes da União,
independentes e harmônicos entre si.
O Legislativo, o Judiciário e o Ministério Público são Poderes da União,
independentes e harmônicos.
O Poder Executivo e o Poder Legislativo nos Estados são dependentes entre
si.
Data Resp.: 11/10/2023 22:09:50

Explicação:

A resposta correta é: O Legislativo, o Executivo e o Judiciário são Poderes da


União, independentes e harmônicos entre si.

8. Nas últimas décadas e em especial após a promulgação da Constituição


Federal de 1988, o Supremo Tribunal Federal tem ocupado um papel de
destaque no cenário político atual expandindo seus poderes. Na análise desses
novos rumos destaca-se:

I. O entendimento que denomina esse marco de ¿Supremocracia¿, num


primeiro sentido referindo-se à autoridade do Supremo em relação às
demais instâncias do judiciário (súmula vinculante) e num segundo
sentido em relação à expansão de sua autoridade em relação aos demais
poderes.
II. O processo não recente de deslocamento da autoridade do sistema
representativo para o judiciário e antes de tudo, um avanço das
constituições rígidas, dotadas de sistema de controle de
constitucionalidade e extremamente ambiciosas optando sobre
tudo decidir.
III. A maximização de competências do Supremo que atua como corte
constitucional, tribunal de última instância e foro especializado.
Apenas II.
Apenas I.
II e III, apenas.
I e II, apenas.
I, II e III.
Data Resp.: 11/10/2023 22:09:53

Explicação:

A resposta correta é: I, II e III.

9. O chamado "ativismo judicial" sofre críticas de diversas origens baseadas


principalmente na ideia de que comprometeria a separação de poderes,
representando uma interferência indevida do Poder Judiciário sobre o mérito
administrativo e sobre a ação política. A esse respeito, assinale a afirmativa
correta.
Caso o Poder Executivo aja de modo irrazoável ou proceda com a clara
intenção de neutralizar a eficácia dos direitos sociais, econômicos e culturais,
justifica-se a possibilidade de intervenção do Poder Judiciário sobre a ação
administrativa.
A Constituição Federal de 1988 não admite a interferência do Poder
Judiciário no mérito administrativo, de maneira que não merece prosperar
ação judicial que pretende invalidar ato administrativo sob o argumento de
não ser razoável a escolha do Administrador.
Os atos administrativos gozam de presunção de legitimidade, motivo pelo
qual não podem ser objeto de controle judicial, salvo em caso de flagrante
ilegalidade.
A impossibilidade, definida pela Constituição Federal de 1988, de controle
judicial de atos administrativos é decorrência da máxima "the king can do
no wrong", introduzida no direito brasileiro por meio do pensamento
positivista de Benjamin Constant.
A legitimidade do Poder Judiciário para a realização do controle judicial de
políticas públicas decorre de ser o único poder da República constituído
exclusivamente por agentes selecionados mediante concurso de provas e
títulos, o que assegura a sua neutralidade e imparcialidade.
Data Resp.: 11/10/2023 22:09:57

Explicação:

A resposta correta é: Caso o Poder Executivo aja de modo irrazoável ou


proceda com a clara intenção de neutralizar a eficácia dos direitos sociais,
econômicos e culturais, justifica-se a possibilidade de intervenção do Poder
Judiciário sobre a ação administrativa.
10. (CONSULTEC/2010)

Hans Kelsen, com a sua Teoria pura do direito, introduziu a idéia de um escalonamento de
leis, de uma verdadeira hierarquia entre as normas que compõem a ordem jurídica de um
Estado, na qual as de hierarquia inferior extraem seu fundamento de validade das normas
superiores, até se chegar à constituição jurídico-positiva, que se encontra no ápice da
pirâmide normativa estatal (Princípio da Compatibilidade Vertical). Já a Suprema Corte Norte-
Americana, na famosa decisão do caso Marbury versus Madison, por intermédio do Chief of
Justice , o juiz John Marshall, concluiu que as normas infraconstitucionais deveriam adequar-
se aos ditames constitucionais, sob pena de serem consideradas nulas, sendo certo que tal
controle deveria ser realizado pelo Poder Judiciário. Com base no texto, é possível afirmar:
Tanto a doutrina de Hans Kelsen quanto o caso Marbury versus Madison tratam do
controle social da constitucionalidade das leis infraconstitucionais, aceito apenas nos
Estados Unidos da América e em parte dos países da Europa.
A doutrina de Hans Kelsen deu origem ao controle concentrado de constitucionalidade e o
julgamento do caso Marbury versus Madison deu origem ao controle difuso de
constitucionalidade, ambos aceitos pela ordem jurídico-constitucional brasileira.
A doutrina de Hans Kelsen e o caso Marbury versus Madison não tratam de controle de
constitucionalidade.
O caso Marbury versus Madison deu origem ao controle concentrado de
constitucionalidade, sendo certo que tal controle, na ordem jurídico-constitucional
brasileira, é entregue a qualquer juiz ou tribunal.
A doutrina de Hans Kelsen deu origem ao controle difuso de constitucionalidade, que não
é permitido na ordem jurídico-constitucional brasileira.
Data Resp.: 11/10/2023 22:10:00

Explicação:

Com tal viés, é importante perceber que, em sua origem, a separação dos Poderes não
contemplava uma função de controle de constitucionalidade pelos tribunais. O que havia era
a ideia de que o juiz tinha um papel de mero ¿boca da lei¿, ou seja, sua função era extrair
decisões do conteúdo da lei em um processo silogístico.

Para entender a origem dessa ideia, devemos recorrer à literatura especializada. Ela nos
remete à construção do modelo relativo ao caso ¿Marbury versus Madison (1803)¿, pois
deriva daí a possibilidade de controle difuso de constitucionalidade das leis.

À época, houve uma importante fundamentação de Marshall, então ministro da Suprema


Corte norte-americana, segundo a qual a constituição visaria a controlar os Poderes do
Estado em um conflito entre os atos normativos e a Constituição. Por uma questão de
hierarquia, considerou-se que esta deveria prevalecer.

No caso específico que estamos verificando, não foi reconhecida a competência da Corte. No
entanto, ficou estabelecido o precedente de possibilidade do controle de constitucionalidade
e a autoridade dela para revisar os atos do Congresso.

No Brasil, a Constituição Federal consolidou a expansão do controle de constitucionalidade e


a sistematização de um modelo misto de controles difuso e concentrado. O primeiro é
exercido por juízes e tribunais perante um caso concreto; o segundo, independentemente de
um caso do tipo, busca a invalidação da lei para garantir a segurança jurídica das relações.

O fato é que o STF, como instância máxima do Judiciário brasileiro, possui competência
explícita atribuída constitucionalmente para julgar a constitucionalidade ¿ ou
inconstitucionalidade ¿ de leis e atos normativos. Isso ocorre independentemente de caso
concreto ou em tese, havendo, conforme assevera o artigo 120 da CRFB/1988, a
consequência de sua manutenção ou suspensão da ordem jurídica.
A JUSTIÇA NO BRASIL E A NOVA REPÚBLICA

1. (VUNESP/2017)

Nas últimas décadas, houve um crescente reconhecimento dos direitos humanos e sociais,
expresso, sobretudo, por meio de conquistas legais. No entanto, verifica-se um movimento
por meio do qual a sociedade passa a incumbir o judiciário na tarefa de efetivar tais direitos
por meio de ações públicas e da recorrência aos juizados especiais. Esse fenômeno,
denominado judicialização da questão social, transfere para o Poder Judiciário a
responsabilidade de realização da cidadania social em substituição aos poderes que legislam
e executam as políticas públicas. Reconhecer a atribuição do Poder Judiciário de responder
aos desdobramentos da questão social pode ser positivo na medida em que a força da lei
será aplicada, no entanto, a centralidade desta instância estatal na gestão de conflitos
promove respostas:

burocráticas e centralizadas.
justas e equilibradas.
individuais e focalizadas.
autocráticas e acessíveis.
corretivas e estruturais.
Data Resp.: 11/10/2023 22:10:29

Explicação:

Na medida em que as políticas públicas não são realizadas pelos Poderes majoritários -
Executivo e Legislativo - o Judiciário é acionado para lidar, muitas vezes, com questões de
ordem individual e focalizada, já que visam responder a uma determinada ação judicial.

"O fenômeno da judicialização da questão social ocorre em uma superposição de


responsabilidades do Judiciário às demais instâncias da esfera pública. Esta forma de acesso
à justiça se dá, via de regra, de forma individual e por um segmento seletivo de sujeitos ¿ os
que conhecem ou conseguem acessar este canal jurídico. Mas a efetivação dos direitos
dependerá de outros fatores que não somente o seu reconhecimento, como a capacidade de
atendimento e de financiamento à demanda apresentada. Diante deste quadro, discute-se
este processo de efetivação de direitos que, ao privilegiar cada vez mais a via judicial, rebate
no descomprometimento do Estado com o enfrentamento da questão social e na
despolitização da esfera pública. Esta conjuntura adversa desafia os assistentes sociais a
fazerem sentido ético-político em suas respostas profissionais às demandas de judicialização
da questão social que se apresentam cotidianamente ao Poder Judiciário" (AGUINSKU,
Beatriz. Judicialização da questão social: rebatimentos nos processos de trabalho dos
assistentes sociais no Poder Judiciário. KATÁLYSIS v. 9 n. 1 jan./jun. 2006 Florianópolis SC
19-26).

2. Nossa Constituição Federal prevê a existência de três poderes independentes e


harmônicos entre si. Quanto às funções a serem exercidas por cada poder,
analise as assertivas abaixo:

I. Além de sua função principal, o Poder Legislativo desempenha também


algumas funções jurisdicionais e administrativas.
II. A função legiferante é a típica do Poder Judiciário e, ainda que seja
originária desse poder, ela também é exercida pelo Poder Legislativo.
III. Ao Poder Executivo compete exclusivamente a função de executar as
políticas públicas e deliberações dos demais poderes.
Apenas I e II.
Apenas I e III.
Apenas I.
Apenas II.
Apenas III.
Data Resp.: 11/10/2023 22:10:32

Explicação:

A resposta correta é: Apenas I.

3. (CONSULTEC/2010)

Hans Kelsen, com a sua Teoria pura do direito, introduziu a idéia de um escalonamento de
leis, de uma verdadeira hierarquia entre as normas que compõem a ordem jurídica de um
Estado, na qual as de hierarquia inferior extraem seu fundamento de validade das normas
superiores, até se chegar à constituição jurídico-positiva, que se encontra no ápice da
pirâmide normativa estatal (Princípio da Compatibilidade Vertical). Já a Suprema Corte Norte-
Americana, na famosa decisão do caso Marbury versus Madison, por intermédio do Chief of
Justice , o juiz John Marshall, concluiu que as normas infraconstitucionais deveriam adequar-
se aos ditames constitucionais, sob pena de serem consideradas nulas, sendo certo que tal
controle deveria ser realizado pelo Poder Judiciário. Com base no texto, é possível afirmar:
A doutrina de Hans Kelsen deu origem ao controle concentrado de constitucionalidade e o
julgamento do caso Marbury versus Madison deu origem ao controle difuso de
constitucionalidade, ambos aceitos pela ordem jurídico-constitucional brasileira.
Tanto a doutrina de Hans Kelsen quanto o caso Marbury versus Madison tratam do
controle social da constitucionalidade das leis infraconstitucionais, aceito apenas nos
Estados Unidos da América e em parte dos países da Europa.
A doutrina de Hans Kelsen deu origem ao controle difuso de constitucionalidade, que não
é permitido na ordem jurídico-constitucional brasileira.
A doutrina de Hans Kelsen e o caso Marbury versus Madison não tratam de controle de
constitucionalidade.
O caso Marbury versus Madison deu origem ao controle concentrado de
constitucionalidade, sendo certo que tal controle, na ordem jurídico-constitucional
brasileira, é entregue a qualquer juiz ou tribunal.
Data Resp.: 11/10/2023 22:10:36

Explicação:

Com tal viés, é importante perceber que, em sua origem, a separação dos Poderes não
contemplava uma função de controle de constitucionalidade pelos tribunais. O que havia era
a ideia de que o juiz tinha um papel de mero ¿boca da lei¿, ou seja, sua função era extrair
decisões do conteúdo da lei em um processo silogístico.

Para entender a origem dessa ideia, devemos recorrer à literatura especializada. Ela nos
remete à construção do modelo relativo ao caso ¿Marbury versus Madison (1803)¿, pois
deriva daí a possibilidade de controle difuso de constitucionalidade das leis.

À época, houve uma importante fundamentação de Marshall, então ministro da Suprema


Corte norte-americana, segundo a qual a constituição visaria a controlar os Poderes do
Estado em um conflito entre os atos normativos e a Constituição. Por uma questão de
hierarquia, considerou-se que esta deveria prevalecer.

No caso específico que estamos verificando, não foi reconhecida a competência da Corte. No
entanto, ficou estabelecido o precedente de possibilidade do controle de constitucionalidade
e a autoridade dela para revisar os atos do Congresso.

No Brasil, a Constituição Federal consolidou a expansão do controle de constitucionalidade e


a sistematização de um modelo misto de controles difuso e concentrado. O primeiro é
exercido por juízes e tribunais perante um caso concreto; o segundo, independentemente de
um caso do tipo, busca a invalidação da lei para garantir a segurança jurídica das relações.

O fato é que o STF, como instância máxima do Judiciário brasileiro, possui competência
explícita atribuída constitucionalmente para julgar a constitucionalidade ¿ ou
inconstitucionalidade ¿ de leis e atos normativos. Isso ocorre independentemente de caso
concreto ou em tese, havendo, conforme assevera o artigo 120 da CRFB/1988, a
consequência de sua manutenção ou suspensão da ordem jurídica.

4. Diante do contexto de crise de credibilidade do Poder Judiciário, Diego Werneck


e Leandro Ribeiro elaboram a ideia de ¿ministrocracia¿, segundo a qual há uma
influência grande da ação individual dos ministros do STF e não uma atuação
coletiva, como corte. Nesse sentido, julgue a veracidade dos itens:

I. A ministrocracia se revela, dentre outros fatores, através das decisões


liminares individuais e das decisões monocráticas, de forma que
atuações individuais dos ministros influenciam o processo decisório da
corte.
II. O controle de constitucionalidade, quando presentes os mecanismos
de ministrocracia, de qualquer forma, se dá com a maioria de votos do
tribunal.

III. Nos casos que os ministros agem individualmente, a atuação judicial


se torna duplamente contramajoritária, situação que mina a legitimidade
da Corte.
Apenas os itens II e III estão corretos.
Apenas o item I está correto.
Apenas os itens I e III estão corretos.
I, II e III estão corretos.
Apenas o item II está correto.
Data Resp.: 11/10/2023 22:10:40

Explicação:

A resposta correta é: Apenas os itens I e III estão corretos.

5. O recente processo de julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do


caso conhecido como "Mensalão" trouxe à exposição a interpretação que
sugere a presença de uma distorção no equilíbrio e nas funções dos três
poderes da estrutura estatal brasileira (Executivo, Legislativo e Judiciário). Essa
distorção tem sido designada como "judicialização da política". Com base nos
conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que apresenta,
corretamente, a que o termo "judicialização da política" se refere.
À intromissão dos poderes Executivo e Legislativo no aparelho judiciário,
visando influenciar suas decisões, por meio de nomeações, lobbies e pressão
política.
À subordinação do Poder Legislativo à pressão da sociedade civil, exigindo
justiça no caso conhecido como "Mensalão".
À presença na atual composição do Congresso Nacional de um número
elevado de bacharéis em Direito, criando um desequilíbrio na representação
corporativa no Legislativo.
Ao recorrente apelo ao Poder Judiciário na resolução de problemas e na
tomada de decisões que deveriam ser da competência dos Poderes
Legislativo e Executivo, enfraquecendo a autonomia desses dois últimos.
À influência da mídia sobre o Poder Judiciário, em especial sobre os
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), comprometendo a isenção e a
autonomia de suas decisões.
Data Resp.: 11/10/2023 22:10:43

Explicação:

A resposta correta é: Ao recorrente apelo ao Poder Judiciário na resolução de


problemas e na tomada de decisões que deveriam ser da competência dos
Poderes Legislativo e Executivo, enfraquecendo a autonomia desses dois
últimos.
6. Diante do contexto de judicialização da política e crescente ativismo judicial, o
Supremo Tribunal Federal passou a sofrer críticas acerca de sua legitimidade
para atuações expansivas. Dentre as críticas a seguir, a que NÃO procede é:
A publicidade dada aos julgamentos no STF contribui para que os ministros
não mudem de decisões e restringe a testagem de argumentos, na medida
em que uma mudança de posição decorrente do diálogo poderia significar
perda de prestígio diante da visibilidade.
O modelo deliberativo do STF apresenta falhas que remetem a possibilidade
de que ministros, individualmente, tenham um poder grande de decisão,
independentemente do plenário.
O modelo deliberativo apresenta falhas que influenciam diretamente no ônus
argumentativo e faz com que seja ausente um efetivo debate e troca de
argumentos entre os ministros.
O STF exerce um papel contramajoritário ilegítimo, na medida em que cabe,
em realidade, ao Legislativo e ao Executivo, exclusivamente, a proteção e
promoção de direitos fundamentais.
A supremocracia, que revela um poder sem precedentes do STF para dar a
última palavra sobre decisões tomadas pelos poderes majoritários, leva a
problemas de representatividade.
Data Resp.: 11/10/2023 22:10:46

Explicação:

A resposta correta é: O STF exerce um papel contramajoritário ilegítimo, na


medida em que cabe, em realidade, ao Legislativo e ao Executivo,
exclusivamente, a proteção e promoção de direitos fundamentais.

7. O chamado "ativismo judicial" sofre críticas de diversas origens baseadas


principalmente na ideia de que comprometeria a separação de poderes,
representando uma interferência indevida do Poder Judiciário sobre o mérito
administrativo e sobre a ação política. A esse respeito, assinale a afirmativa
correta.
Caso o Poder Executivo aja de modo irrazoável ou proceda com a clara
intenção de neutralizar a eficácia dos direitos sociais, econômicos e culturais,
justifica-se a possibilidade de intervenção do Poder Judiciário sobre a ação
administrativa.
A impossibilidade, definida pela Constituição Federal de 1988, de controle
judicial de atos administrativos é decorrência da máxima "the king can do
no wrong", introduzida no direito brasileiro por meio do pensamento
positivista de Benjamin Constant.
A Constituição Federal de 1988 não admite a interferência do Poder
Judiciário no mérito administrativo, de maneira que não merece prosperar
ação judicial que pretende invalidar ato administrativo sob o argumento de
não ser razoável a escolha do Administrador.
A legitimidade do Poder Judiciário para a realização do controle judicial de
políticas públicas decorre de ser o único poder da República constituído
exclusivamente por agentes selecionados mediante concurso de provas e
títulos, o que assegura a sua neutralidade e imparcialidade.
Os atos administrativos gozam de presunção de legitimidade, motivo pelo
qual não podem ser objeto de controle judicial, salvo em caso de flagrante
ilegalidade.
Data Resp.: 11/10/2023 22:10:51

Explicação:

A resposta correta é: Caso o Poder Executivo aja de modo irrazoável ou


proceda com a clara intenção de neutralizar a eficácia dos direitos sociais,
econômicos e culturais, justifica-se a possibilidade de intervenção do Poder
Judiciário sobre a ação administrativa.

8. A Constituição Federal estabelece, em seu artigo 2º, o princípio da separação


de Poderes. De acordo com a Constituição Federal de 1988, é correto afirmar:
O Judiciário e o Executivo são Poderes harmônicos e dependentes nos
Estados da Federação.
O Poder Executivo e o Poder Legislativo nos Estados são dependentes entre
si.
O Legislativo, o Judiciário e o Ministério Público são Poderes da União,
independentes e harmônicos.
O Poder Executivo, o Judiciário e o Ministério Público Federal são Poderes
harmônicos e dependentes entre si.
O Legislativo, o Executivo e o Judiciário são Poderes da União,
independentes e harmônicos entre si.
Data Resp.: 11/10/2023 22:10:53

Explicação:

A resposta correta é: O Legislativo, o Executivo e o Judiciário são Poderes da


União, independentes e harmônicos entre si.

9. Virgílio Afonso da Silva, ao estudar a prática deliberativa do Supremo Tribunal


Federal, tece algumas críticas à atuação judicial por conta de regras e práticas
internas do tribunal. Dentre elas, destaca-se todas, EXCETO:
A impossibilidade de interromper a sessão plenária.
A comunicação através da leitura de votos.
Um papel quase irrelevante do relator.
A adoção de estratégias advocatícias pelos ministros.
A publicidade, através das transmissões de julgamento pela TV Justiça.
Data Resp.: 11/10/2023 22:10:56

Explicação:

A resposta correta é: A impossibilidade de interromper a sessão plenária.

10. Nas últimas décadas e em especial após a promulgação da Constituição


Federal de 1988, o Supremo Tribunal Federal tem ocupado um papel de
destaque no cenário político atual expandindo seus poderes. Na análise desses
novos rumos destaca-se:

I. O entendimento que denomina esse marco de ¿Supremocracia¿, num


primeiro sentido referindo-se à autoridade do Supremo em relação às
demais instâncias do judiciário (súmula vinculante) e num segundo
sentido em relação à expansão de sua autoridade em relação aos demais
poderes.
II. O processo não recente de deslocamento da autoridade do sistema
representativo para o judiciário e antes de tudo, um avanço das
constituições rígidas, dotadas de sistema de controle de
constitucionalidade e extremamente ambiciosas optando sobre
tudo decidir.
III. A maximização de competências do Supremo que atua como corte
constitucional, tribunal de última instância e foro especializado.
I e II, apenas.
Apenas I.
I, II e III.
II e III, apenas.
Apenas II.
Data Resp.: 11/10/2023 22:10:59

Explicação:

A resposta correta é: I, II e III.

A JUSTIÇA NO BRASIL E A NOVA REPÚBLICA


1. (VUNESP/2017)

Nas últimas décadas, houve um crescente reconhecimento dos direitos humanos e sociais,
expresso, sobretudo, por meio de conquistas legais. No entanto, verifica-se um movimento
por meio do qual a sociedade passa a incumbir o judiciário na tarefa de efetivar tais direitos
por meio de ações públicas e da recorrência aos juizados especiais. Esse fenômeno,
denominado judicialização da questão social, transfere para o Poder Judiciário a
responsabilidade de realização da cidadania social em substituição aos poderes que legislam
e executam as políticas públicas. Reconhecer a atribuição do Poder Judiciário de responder
aos desdobramentos da questão social pode ser positivo na medida em que a força da lei
será aplicada, no entanto, a centralidade desta instância estatal na gestão de conflitos
promove respostas:

autocráticas e acessíveis.
justas e equilibradas.
individuais e focalizadas.
corretivas e estruturais.
burocráticas e centralizadas.
Data Resp.: 11/10/2023 22:11:32

Explicação:

Na medida em que as políticas públicas não são realizadas pelos Poderes majoritários -
Executivo e Legislativo - o Judiciário é acionado para lidar, muitas vezes, com questões de
ordem individual e focalizada, já que visam responder a uma determinada ação judicial.

"O fenômeno da judicialização da questão social ocorre em uma superposição de


responsabilidades do Judiciário às demais instâncias da esfera pública. Esta forma de acesso
à justiça se dá, via de regra, de forma individual e por um segmento seletivo de sujeitos ¿ os
que conhecem ou conseguem acessar este canal jurídico. Mas a efetivação dos direitos
dependerá de outros fatores que não somente o seu reconhecimento, como a capacidade de
atendimento e de financiamento à demanda apresentada. Diante deste quadro, discute-se
este processo de efetivação de direitos que, ao privilegiar cada vez mais a via judicial, rebate
no descomprometimento do Estado com o enfrentamento da questão social e na
despolitização da esfera pública. Esta conjuntura adversa desafia os assistentes sociais a
fazerem sentido ético-político em suas respostas profissionais às demandas de judicialização
da questão social que se apresentam cotidianamente ao Poder Judiciário" (AGUINSKU,
Beatriz. Judicialização da questão social: rebatimentos nos processos de trabalho dos
assistentes sociais no Poder Judiciário. KATÁLYSIS v. 9 n. 1 jan./jun. 2006 Florianópolis SC
19-26).

2. Nossa Constituição Federal prevê a existência de três poderes independentes e


harmônicos entre si. Quanto às funções a serem exercidas por cada poder,
analise as assertivas abaixo:

I. Além de sua função principal, o Poder Legislativo desempenha também


algumas funções jurisdicionais e administrativas.
II. A função legiferante é a típica do Poder Judiciário e, ainda que seja
originária desse poder, ela também é exercida pelo Poder Legislativo.
III. Ao Poder Executivo compete exclusivamente a função de executar as
políticas públicas e deliberações dos demais poderes.
Apenas III.
Apenas I e III.
Apenas II.
Apenas I.
Apenas I e II.
Data Resp.: 11/10/2023 22:11:39

Explicação:

A resposta correta é: Apenas I.

3. (CONSULTEC/2010)

Hans Kelsen, com a sua Teoria pura do direito, introduziu a idéia de um escalonamento de
leis, de uma verdadeira hierarquia entre as normas que compõem a ordem jurídica de um
Estado, na qual as de hierarquia inferior extraem seu fundamento de validade das normas
superiores, até se chegar à constituição jurídico-positiva, que se encontra no ápice da
pirâmide normativa estatal (Princípio da Compatibilidade Vertical). Já a Suprema Corte Norte-
Americana, na famosa decisão do caso Marbury versus Madison, por intermédio do Chief of
Justice , o juiz John Marshall, concluiu que as normas infraconstitucionais deveriam adequar-
se aos ditames constitucionais, sob pena de serem consideradas nulas, sendo certo que tal
controle deveria ser realizado pelo Poder Judiciário. Com base no texto, é possível afirmar:
A doutrina de Hans Kelsen e o caso Marbury versus Madison não tratam de controle de
constitucionalidade.
Tanto a doutrina de Hans Kelsen quanto o caso Marbury versus Madison tratam do
controle social da constitucionalidade das leis infraconstitucionais, aceito apenas nos
Estados Unidos da América e em parte dos países da Europa.
O caso Marbury versus Madison deu origem ao controle concentrado de
constitucionalidade, sendo certo que tal controle, na ordem jurídico-constitucional
brasileira, é entregue a qualquer juiz ou tribunal.
A doutrina de Hans Kelsen deu origem ao controle concentrado de constitucionalidade e o
julgamento do caso Marbury versus Madison deu origem ao controle difuso de
constitucionalidade, ambos aceitos pela ordem jurídico-constitucional brasileira.
A doutrina de Hans Kelsen deu origem ao controle difuso de constitucionalidade, que não
é permitido na ordem jurídico-constitucional brasileira.
Data Resp.: 11/10/2023 22:11:46

Explicação:

Com tal viés, é importante perceber que, em sua origem, a separação dos Poderes não
contemplava uma função de controle de constitucionalidade pelos tribunais. O que havia era
a ideia de que o juiz tinha um papel de mero ¿boca da lei¿, ou seja, sua função era extrair
decisões do conteúdo da lei em um processo silogístico.

Para entender a origem dessa ideia, devemos recorrer à literatura especializada. Ela nos
remete à construção do modelo relativo ao caso ¿Marbury versus Madison (1803)¿, pois
deriva daí a possibilidade de controle difuso de constitucionalidade das leis.

À época, houve uma importante fundamentação de Marshall, então ministro da Suprema


Corte norte-americana, segundo a qual a constituição visaria a controlar os Poderes do
Estado em um conflito entre os atos normativos e a Constituição. Por uma questão de
hierarquia, considerou-se que esta deveria prevalecer.

No caso específico que estamos verificando, não foi reconhecida a competência da Corte. No
entanto, ficou estabelecido o precedente de possibilidade do controle de constitucionalidade
e a autoridade dela para revisar os atos do Congresso.

No Brasil, a Constituição Federal consolidou a expansão do controle de constitucionalidade e


a sistematização de um modelo misto de controles difuso e concentrado. O primeiro é
exercido por juízes e tribunais perante um caso concreto; o segundo, independentemente de
um caso do tipo, busca a invalidação da lei para garantir a segurança jurídica das relações.

O fato é que o STF, como instância máxima do Judiciário brasileiro, possui competência
explícita atribuída constitucionalmente para julgar a constitucionalidade ¿ ou
inconstitucionalidade ¿ de leis e atos normativos. Isso ocorre independentemente de caso
concreto ou em tese, havendo, conforme assevera o artigo 120 da CRFB/1988, a
consequência de sua manutenção ou suspensão da ordem jurídica.

4. Diante do contexto de crise de credibilidade do Poder Judiciário, Diego Werneck


e Leandro Ribeiro elaboram a ideia de ¿ministrocracia¿, segundo a qual há uma
influência grande da ação individual dos ministros do STF e não uma atuação
coletiva, como corte. Nesse sentido, julgue a veracidade dos itens:

I. A ministrocracia se revela, dentre outros fatores, através das decisões


liminares individuais e das decisões monocráticas, de forma que
atuações individuais dos ministros influenciam o processo decisório da
corte.

II. O controle de constitucionalidade, quando presentes os mecanismos


de ministrocracia, de qualquer forma, se dá com a maioria de votos do
tribunal.

III. Nos casos que os ministros agem individualmente, a atuação judicial


se torna duplamente contramajoritária, situação que mina a legitimidade
da Corte.
Apenas os itens I e III estão corretos.
Apenas o item I está correto.
Apenas os itens II e III estão corretos.
Apenas o item II está correto.
I, II e III estão corretos.
Data Resp.: 11/10/2023 22:11:51

Explicação:

A resposta correta é: Apenas os itens I e III estão corretos.

5. O recente processo de julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do


caso conhecido como "Mensalão" trouxe à exposição a interpretação que
sugere a presença de uma distorção no equilíbrio e nas funções dos três
poderes da estrutura estatal brasileira (Executivo, Legislativo e Judiciário). Essa
distorção tem sido designada como "judicialização da política". Com base nos
conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que apresenta,
corretamente, a que o termo "judicialização da política" se refere.
À subordinação do Poder Legislativo à pressão da sociedade civil, exigindo
justiça no caso conhecido como "Mensalão".
À influência da mídia sobre o Poder Judiciário, em especial sobre os
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), comprometendo a isenção e a
autonomia de suas decisões.
Ao recorrente apelo ao Poder Judiciário na resolução de problemas e na
tomada de decisões que deveriam ser da competência dos Poderes
Legislativo e Executivo, enfraquecendo a autonomia desses dois últimos.
À presença na atual composição do Congresso Nacional de um número
elevado de bacharéis em Direito, criando um desequilíbrio na representação
corporativa no Legislativo.
À intromissão dos poderes Executivo e Legislativo no aparelho judiciário,
visando influenciar suas decisões, por meio de nomeações, lobbies e pressão
política.
Data Resp.: 11/10/2023 22:11:54

Explicação:

A resposta correta é: Ao recorrente apelo ao Poder Judiciário na resolução de


problemas e na tomada de decisões que deveriam ser da competência dos
Poderes Legislativo e Executivo, enfraquecendo a autonomia desses dois
últimos.

6. Diante do contexto de judicialização da política e crescente ativismo judicial, o


Supremo Tribunal Federal passou a sofrer críticas acerca de sua legitimidade
para atuações expansivas. Dentre as críticas a seguir, a que NÃO procede é:
O modelo deliberativo do STF apresenta falhas que remetem a possibilidade
de que ministros, individualmente, tenham um poder grande de decisão,
independentemente do plenário.
O STF exerce um papel contramajoritário ilegítimo, na medida em que cabe,
em realidade, ao Legislativo e ao Executivo, exclusivamente, a proteção e
promoção de direitos fundamentais.
A supremocracia, que revela um poder sem precedentes do STF para dar a
última palavra sobre decisões tomadas pelos poderes majoritários, leva a
problemas de representatividade.
O modelo deliberativo apresenta falhas que influenciam diretamente no ônus
argumentativo e faz com que seja ausente um efetivo debate e troca de
argumentos entre os ministros.
A publicidade dada aos julgamentos no STF contribui para que os ministros
não mudem de decisões e restringe a testagem de argumentos, na medida
em que uma mudança de posição decorrente do diálogo poderia significar
perda de prestígio diante da visibilidade.
Data Resp.: 11/10/2023 22:11:57

Explicação:

A resposta correta é: O STF exerce um papel contramajoritário ilegítimo, na


medida em que cabe, em realidade, ao Legislativo e ao Executivo,
exclusivamente, a proteção e promoção de direitos fundamentais.
7. O chamado "ativismo judicial" sofre críticas de diversas origens baseadas
principalmente na ideia de que comprometeria a separação de poderes,
representando uma interferência indevida do Poder Judiciário sobre o mérito
administrativo e sobre a ação política. A esse respeito, assinale a afirmativa
correta.
Os atos administrativos gozam de presunção de legitimidade, motivo pelo
qual não podem ser objeto de controle judicial, salvo em caso de flagrante
ilegalidade.
A legitimidade do Poder Judiciário para a realização do controle judicial de
políticas públicas decorre de ser o único poder da República constituído
exclusivamente por agentes selecionados mediante concurso de provas e
títulos, o que assegura a sua neutralidade e imparcialidade.
A Constituição Federal de 1988 não admite a interferência do Poder
Judiciário no mérito administrativo, de maneira que não merece prosperar
ação judicial que pretende invalidar ato administrativo sob o argumento de
não ser razoável a escolha do Administrador.
Caso o Poder Executivo aja de modo irrazoável ou proceda com a clara
intenção de neutralizar a eficácia dos direitos sociais, econômicos e culturais,
justifica-se a possibilidade de intervenção do Poder Judiciário sobre a ação
administrativa.
A impossibilidade, definida pela Constituição Federal de 1988, de controle
judicial de atos administrativos é decorrência da máxima "the king can do
no wrong", introduzida no direito brasileiro por meio do pensamento
positivista de Benjamin Constant.
Data Resp.: 11/10/2023 22:12:00

Explicação:

A resposta correta é: Caso o Poder Executivo aja de modo irrazoável ou


proceda com a clara intenção de neutralizar a eficácia dos direitos sociais,
econômicos e culturais, justifica-se a possibilidade de intervenção do Poder
Judiciário sobre a ação administrativa.

8. A Constituição Federal estabelece, em seu artigo 2º, o princípio da separação


de Poderes. De acordo com a Constituição Federal de 1988, é correto afirmar:
O Legislativo, o Judiciário e o Ministério Público são Poderes da União,
independentes e harmônicos.
O Poder Executivo e o Poder Legislativo nos Estados são dependentes entre
si.
O Legislativo, o Executivo e o Judiciário são Poderes da União,
independentes e harmônicos entre si.
O Poder Executivo, o Judiciário e o Ministério Público Federal são Poderes
harmônicos e dependentes entre si.
O Judiciário e o Executivo são Poderes harmônicos e dependentes nos
Estados da Federação.
Data Resp.: 11/10/2023 22:12:03

Explicação:

A resposta correta é: O Legislativo, o Executivo e o Judiciário são Poderes da


União, independentes e harmônicos entre si.
9. Virgílio Afonso da Silva, ao estudar a prática deliberativa do Supremo Tribunal
Federal, tece algumas críticas à atuação judicial por conta de regras e práticas
internas do tribunal. Dentre elas, destaca-se todas, EXCETO:
A impossibilidade de interromper a sessão plenária.
Um papel quase irrelevante do relator.
A publicidade, através das transmissões de julgamento pela TV Justiça.
A adoção de estratégias advocatícias pelos ministros.
A comunicação através da leitura de votos.
Data Resp.: 11/10/2023 22:12:06

Explicação:

A resposta correta é: A impossibilidade de interromper a sessão plenária.

10. Nas últimas décadas e em especial após a promulgação da Constituição


Federal de 1988, o Supremo Tribunal Federal tem ocupado um papel de
destaque no cenário político atual expandindo seus poderes. Na análise desses
novos rumos destaca-se:

I. O entendimento que denomina esse marco de ¿Supremocracia¿, num


primeiro sentido referindo-se à autoridade do Supremo em relação às
demais instâncias do judiciário (súmula vinculante) e num segundo
sentido em relação à expansão de sua autoridade em relação aos demais
poderes.
II. O processo não recente de deslocamento da autoridade do sistema
representativo para o judiciário e antes de tudo, um avanço das
constituições rígidas, dotadas de sistema de controle de
constitucionalidade e extremamente ambiciosas optando sobre
tudo decidir.
III. A maximização de competências do Supremo que atua como corte
constitucional, tribunal de última instância e foro especializado.
I, II e III.
Apenas II.
I e II, apenas.
Apenas I.
II e III, apenas.
Data Resp.: 11/10/2023 22:12:09

Explicação:

A resposta correta é: I, II e III.

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