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REGISTOS

O SOLICITADORIA
3.º Ano
2021/2022

Docente: Lia Araújo

Escola Superior de
Comunicação, Administração e
Turismo
Parte II - O Registo Predial

- 1. A organização registral

- 2. O objeto e os efeitos de registo

- 3. Os atos de registo

- 4. O pedido e o processo de registo

- 5. Publicidade
1. A organização registral

1. Competencia territorial
O registo predial está a cargo das conservatórias do registo predial. Desde 1/1/2009
que os atos de registo predial podem ser efetuados em qualquer conservatória do
registo predial, independentemente da situação geográfica dos prédios (DL n.º 519-F2/79 de
29 de dezembro , art. 6.º A, n.º 2 - aboliu a competência territorial).

2. Suportes documentais e arquivo


A. Diário (art. 22.º)

O livro diário, em suporte informático, destina-se à anotação cronológica dos pedidos de


registo e respetivos documentos. O Diário é único a nível nacional e está sempre aberto,
para permitir que os pedidos de registo por via eletrónica possam entrar em qualquer dia e
hora.
1. A organização registral

2. Suportes documentais e arquivo

B. Fichas (art. 22.º e 23.º)

Também em suporte informático, as fichas destinam-se às descrições, inscrições,


averbamentos e anotações. São ordenadas por freguesias e, em cada freguesia, pelos
respetivos números de descrição (cfr. art. 82.º).

Para efeitos de busca, em cada conservatória há um ficheiro real e um ficheiro pessoal


(art. 24.º)

Ficheiro real é constituído por verbetes indicadores dos Ficheiro pessoal é


prédios, ordenados por freguesias: constituído por verbetes
indicadores dos
- prédios urbanos, por ruas e nº policia proprietários ou
- prédios urbanos, por artigos de matriz possuidores dos prédios,
- prédios rústicos, por artigos de matriz (e secções se houver ordenados
cadastro) alfabeticamente
1. A organização registral

3. Referências matriciais e toponímicas

A. Harmonização - os prédios rústicos sitos em concelhos onde haja cadastro geométrico só


poderão ser descritos ou analisadas as descrições se não houver contradição entre a descrição
e a inscrição matricial (localização, área e artigo matricial) (art. 28.º).
Nos prédios não submetidos a cadastro geométrico a exigência de harmonização limita-se aos
artigos matriciais e suas alterações e à área dos prédios.

- Dispensa de harmonização (quanto à área entre a descrição e a inscrição matricial ou em prédio


não descrito entre o título e a inscrição matricial): se a diferença não exceder:

20% prédios rústicos não submetidos a cadastro geométrico;


5% prédios rústicos submetidos a cadastro geométrico;
10% nos prédios urbanos ou terrenos para construção

(margens de tolerância)
1. A organização registral

3. Referências matriciais e toponímicas

B. Erro de medição - quando há divergência de área entre a descrição e o título por


erro de medição (art. 28.ºC):

divergência de área entre a descrição e o título, no limite das percentagens do


28.ºA
• se não tiver havido recurso - 28.º B
• se o proprietário esclarecer que a divergência provém de erro de medição

divergência de área entre a descrição e o título em percentagens superiores ao


28.ºA
• comprovar a efetiva existência de erro (pela inscrição matricial com a retificação de
área no caso da matriz cadastral /pela planta elaborada por técnico e declaração do
titular ou pela planta e declaração dos confinantes)
1. A organização registral

3. Referências matriciais e toponímicas

C. Alterações matriciais - (art. 29.ºC)


D. Prova matricial - (art. 31.ºC)
E. Denominação das vias públicas e numeração policial - (art.º 33.º)
2. O objeto e os efeitos do
registo

A. O objeto

Como decorre do art. 1.º CRPredial, “O registo predial destina-se, de acordo com o
previsto no art. 1.º do Código do Registo Predial, a dar publicidade à situação jurídica
dos prédios, com vista à segurança do comércio jurídico imobiliário.”

Trata-se de uma publicidade jurídica no sentido de que garante a verdade e a


legalidade da situação jurídica que dá a conhecer.

O registo predial é um registo de factos relativos a direitos e a ónus que incidem sobre
prédios.
2. O objeto e os efeitos do
registo

A. O objeto

O registo predial tem por objeto os prédios que se encontrem no domínio do direito
privado, i.e., os bens que pertencem ao domínio público estão fora do comércio
jurídico e não são objeto de registo.

Contudo podem ser ser registadas as concessões bens de domínio público, em casos
de hipoteca (art. 2º, n.º 1, al. v) CRPredial).
2. O objeto e os efeitos do
registo
A. O objeto

Mas o CRPredial não define o conceito de prédio para efeitos de registo o que nos
obriga a analisar o conceito da previsão do art. 204.º CC em confronto com o art. 2º do
CIMI
Artigo 204.º Código Civil
(Coisas imóveis)
1. São coisas imóveis:
a) Os prédios rústicos e urbanos;
b) As águas;
c) As árvores, os arbustos e os frutos naturais, enquanto estiverem ligados ao solo;
d) Os direitos inerentes aos imóveis mencionados nas alíneas anteriores;
e) As partes integrantes dos prédios rústicos e urbanos.
2. Entende-se por prédio rústico uma parte delimitada do solo e as construções nele existentes que não tenham autonomia
económica, e por prédio urbano qualquer edifício incorporado no solo, com os terrenos que lhe sirvam de logradouro.
3. É parte integrante toda a coisa móvel ligada materialmente ao prédio com carácter de permanência.
2. O objeto e os efeitos do
registo
A. O objeto

Artigo 2º CIMI
(Conceito de prédio)

1 - Para efeitos do presente Código, prédio é toda a fracção de território, abrangendo as águas, plantações, edifícios e
construções de qualquer natureza nela incorporados ou assentes, com carácter de permanência, desde que faça parte do
património de uma pessoa singular ou colectiva e, em circunstâncias normais, tenha valor económico, bem como as
águas, plantações, edifícios ou construções, nas circunstâncias anteriores, dotados de autonomia económica em relação
ao terreno onde se encontrem implantados, embora situados numa fracção de território que constitua parte integrante de
um património diverso ou não tenha natureza patrimonial.
(…)
4 - Para efeitos deste imposto, cada fracção autónoma, no regime de propriedade horizontal, é havida como constituindo
um prédio.
2. O objeto e os efeitos do
registo
A. O objeto

Não havendo coincidência de conceitos o certo é que para efeitos de registo, o conceito
de prédio é similar ao conceito da lei fiscal, isto é, para efeitos de registo, prédio e
coisas imóveis são conceitos com idêntica abrangência (art. 3º, 4º e 5º do CIMI)

“Prédio, para efeitos de registo predial, é uma parte delimitada do

solo com as construções, águas, plantações e partes integrantes

nele existentes.” (Seabra Lopes)

Natureza dos prédios para efeitos de registo predial:


- rústicos: art. 3º CIMI
- urbanos: art. 4º CIMI
- mistos: art. 5º CIMI
2. O objeto e os efeitos do
registo

B. Os efeitos do registo

Nos termos do disposto no art 5º CRPredial os factos sujeitos a registo só produzem


efeitos contra terceiros depois da data do efetivo registo. Deste modo, um ato só é
oponível a terceiros, i.e. só produz efeitos erga omnes a partir da data em que for
registado, podendo, contudo, ser invocado entre as próprias partes.

B.1 Presunções derivadas do registo

O art. 7.º do CRpredial estabelece uma presunção de verdade pela qual quem tem o registo
a seu favor não precisa de provar que o direito lhe pertence, o que significa que o ónus da
prova cabe a quem pretender demonstrar uma realidade diferente da que consta no registo.
Consequentemente a impugnação judicial de factos registados faz presumir o pedido de
cancelamento do registo.
2. O objeto e os efeitos do
registo

B. Os efeitos do registo

B.2 Eficácia entre as partes

Nos termos do disposto no art 4º CRPredial os factos sujeitos a registo, ainda que não
registados, podem ser invocados entre as próprias partes ou seus herdeiros,
porquanto o registo é, por principio, meramente declarativo, salvo no caso da hipoteca,
em que é constitutivo.
2. O objeto e os efeitos do
registo

B. Os efeitos do registo

B.3 Oponibilidade a terceiros

Nos termos do disposto no art. 5º CRPredial os factos sujeitos a registo só produzem


efeitos contra terceiros depois da data do registo.
O conceito de terceiros para efeitos de registo é objeto de discussão doutrinal:

Conceito restrito: são aqueles que do mesmo autor ou transmitente recebem sobre o
mesmo objeto direitos total ou parcialmente incompatíveis;

Conceito amplo: são aqueles que têm a seu favor um direito que não pode ser
afetado pela produção dos efeitos de um ato que não foi levado ao registo e que é
incompatível com aquele direito.
2. O objeto e os efeitos do
registo

B. Os efeitos do registo

B.3 Oponibilidade a terceiros

Nas palavras de Seabra Lopes “Terceiros para efeitos de registo predial são os
titulares de direitos incompatíveis (conceito amplo) provindos do mesmo transigente
(conceito restrito)”.
Ex (Seabra Lopes):

1º A vende a B a fracção de um prédio em regime de propriedade horizontal e mais


tarde vende a C a mesma fracção; B não registou ao contrário de C que registou.

(Em qualquer das interpretações do conceito de terceiros, o direito de C prevalece - B


e C são terceiros para efeitos de registo predial, porque adquiriram direitos
incompatíveis do mesmo transmitente)
2. O objeto e os efeitos do
registo

B. Os efeitos do registo

B.3 Oponibilidade a terceiros

2º A vende a B a fracção de um prédio; a mesma fracção é posteriormente nomeada à


penhora, sendo A o executado e C o exequente; C registou a penhora e B não registou
a aquisição ou só a registou posteriormente ao registo da penhora.

Na perspetiva do conceito amplo de terceiros o direito de C prevalece e


consequentemente prevalece a subsequente venda em hasta pública da fracção,
porque o conceito amplo de terceiro não exige que os direitos incompatíveis
provenham do mesmo autor.
Na perspectiva do conceito restrito a falta de registo não pode ser aposta a B porque o
direito de C não prevalece, uma vez que os direito incompatíveis não provêm do
mesmo transmitente.
2. O objeto e os efeitos do
registo

B. Os efeitos do registo

B.3 Oponibilidade a terceiros

AUJ - STJ n.º 15/97


“ terceiros para efeitos de registo predial são todos os que, tendo obtido registo de um
direito sobre determinado prédio, veriam esse direito arredado por qualquer facto
jurídico anterior não registado ou registado posteriormente”

AUJ - STJ n.º 3/99


“terceiros para efeitos do disposto no artigo 5.º do Código do Registo Predial, são os
adquirentes de boa fé, de um mesmo transmitente comum, de direitos incompatíveis,
sobre a mesma coisa”
2. O objeto e os efeitos do
registo
C. Cessação dos efeitos do registo

Os efeitos do registo transferem-se mediante novo registo e extinguem-se por


caducidade ou cancelamento (art. 10.º CRPredial)

Caducidade (art.11.º) - verifica-se por força da lei ou pelo decurso do tempo

PRAZOS ESPECIAIS DE CADUCIDADE

REGRA GERAL (art. 12.º)


Registos provisórios - 10 anos - n.º 1
- 20 anos - n.º 3
- 50 anos - n.º 4

6 meses (art. 11.º 2 e 3) cfr. art. 92.º


2. O objeto e os efeitos do
registo
C. Cessação dos efeitos do registo

O prazo de caducidade apenas se suspende com a interposição de recurso


hierárquico ou contencioso (art. 148.º, n.º 3) e com a renovação dos registos nos caso
em que é admissível.

Cancelamento (art.13.º) - resulta da extinção dos direitos, ónus ou encargos neles


definidos ou em execução de decisão judicial transitada em julgado.

O cancelamento é feito por averbamento à respetiva inscrição ( art. 101, n.º 2, al. g))

O cancelamento é feito:
- a pedido dos interessados
- oficiosamente (art. 98.º, n.º 3; 101.º n.º 4 e n.º 5, 97.º n.º 1)
2. O objeto e os efeitos do
registo

D. Vícios do registo (art. 14.º a 18.º)

D.1 Inexistência (art. 14.º)

O registo é juridicamente inexistente quando for insuprível a falta de assinatura do registo.

O registo juridicamente inexistente não produz quaisquer efeitos, podendo a inexistência ser

invocada por qualquer pessoa, a todo o tempo, independentemente de declaração judicial (15.º).

Contudo, a falta de assinatura só se considera insuprível depois de cumprida a tramitação da

previsão do art. 78º.

Se for emitida certidão do registo sem assinatura deve ser feita referencia desse vício (art. 112.º n.º

1, al. c)
2. O objeto e os efeitos do
registo

D. Vícios do registo

D.2 Nulidade (art. 16.º)

a) Quando for falso ou tiver sido lavrado com base em títulos falsos;

b) Quando tiver sido lavrado com base em títulos insuficientes para a prova legal do facto registado;

c) Quando enfermar de omissões ou inexatidões de que resulte incerteza acerca dos sujeitos ou do objeto da

relação jurídica a que o facto registado se refere.

d) Quando tiver sido efetuado por serviço de registo incompetente ou assinado por pessoa sem competência,

salvo o disposto non.º 2 do artigo 369º do Código Civil e não for confirmado nos termos do artigo 16º-A;

e) Quando tiver sido lavrado sem apresentação prévia ou com violação do princípio do trato sucessivo.
2. O objeto e os efeitos do
registo

D. Vícios do registo

D.2 Nulidade (art. 16.º)


EXCEPÇÕES:

A. Quando tiver havido violação do trato sucessivo pode o registo ser ratificado pela feitura
do registo em falta, caso não esteja registada a ação de declaração de nulidade ( art. 121.º,
n.º 4)

B. Quando o registo tiver sido indevidamente lavrado e enferme da nulidade da previsão do


art. 16.º al. b), a nulidade pode ser sanada pelo cancelamento do registo, como
consentimento de todos os interessados ( art. 121.º, n.º 2)

C. Se o registo é nulo por ter sido assinado por pessoa sem competência, pode ser
confirmado após tramitação do art. 78.º, n.º 2 e 3 (art. 16.º A)
2. O objeto e os efeitos do
registo

D. Vícios do registo

D.2 Nulidade (art. 16.º)


- A nulidade só pode ser invocada depois de declarada por decisão judicial transitada em
julgado (art. 17.º n.º 1)

- Em certos casos o registo nulo pode produzir efeitos (a nulidade do registo não prejudica os
direitos adquiridos por terceiro de boa fé se o registo dos correspondentes factos for anterior
ao registo de ação de nulidade - art 17.º n.º 2 ).

- A confirmação permite sanar a nulidade que resulte da incompetência material/funcional/


territorial - art. 16.º A e 78.º n.º 2 e 3.

N. B. A nulidade do registo não se confunde com a nulidade do facto, que leva à recusa -
art. 69.º n.º 1, d)
2. O objeto e os efeitos do
registo

D. Vícios do registo

D.3 Inexatidão (art. 18.º)

O registo é inexato:

a) quando se mostre lavrado em desconformidade com o título que lhe serviu de base

b) enfermar de deficiências provenientes desse título que não sejam causa de nulidade

- Art. 18.º.

Os registos inexatos devem ser retificados de acordo com o processo de retificação

regulado pelos artigos 120º e seguintes do CRPredial.


2. O objeto e os efeitos do
registo

D. Vícios do registo

D.3 Inexatidão (art. 18.º)

A jurisprudência tem defendido a aplicação analógica do regime da inexatidão para os

casos anómalos (verdadeiras deficiências), não previstos no CRPredial.

Por exemplo:

- a qualificação de um registo como provisório quando deveria ser definitivo;

- o registo da totalidade de um prédio quando deveria ser registada apenas uma quota

parte.
3. Os atos de registo

A. Disposições gerais (TIT. IV - CAP. I) - art 75º a 78º

- prazo e ordem dos registos - os registos são lavrados, em relação cada ficha, no prazo de 10 dias e pela
ordem de anotação no diário, salvo nos casos de urgência. Em caso de urgência o registo deve ser efetuado no
prazo máximo de um dia, sem subordinação à ordem de anotação no diário, mas sem prejuízo da ordem a
respeitar em cada ficha. Deve ser sempre respeitada a ordem dos registos em relação cada ficha, mesmo
relativamente processos a que deve ser aplicado o mecanismo do suprimento de deficiências (art. 75.º CRPredial).

- forma de redação - o registo compõe-se (art. 76º CRPredial)

descrição predial de certas circunstâncias, nos casos previstos na lei

inscrição predial e respetivos averbamentos


3. Os atos de registo

A. Disposições gerais (TIT. IV - CAP. I) - art 75º a 78º

- data e assinatura - a data dos registos é a da apresentação dos documentos no Diário, ou,
se desta não dependerem, a data em que forem efetuados. Esta regra é determinante pois
obedece ao princípio da prioridade (art. 6º CRPredial), ou seja os documentos são anotados no
Diário pela ordem de entrega dos pedidos.
Os registos são assinados   com menção da respetiva qualidade (conservador ou pelo seu
substituto legal, quando em exercício, ou, ainda, pelo oficial de registos quando competente)
(art. 77.º CRPredial).
- suprimento da falta de assinatura - os registos que não tiverem sido assinados devem
ser conferidos pelos respetivos documentos para se verificar se podiam ou não ser efetuados.
Se se concluir que podia ser efetuado, o registo é assinado e é feita a anotação do suprimento
da irregularidade com menção da data ou, caso contrário, é consignado, sob a mesma forma,
que a falta é insuprível e notificado do facto o respetivo titular para efeitos de impugnação (art.
78.º CRPredial). Se a assinatura for insuprível o registo é inexistente (art. 14º, al. b) CRPredial)
3. Os atos de registo

B. Descrições, averbamentos e anotações - art 79º a 90º

- Descrições - A descrição tem por fim a identificação física, económica e fiscal dos
prédios e a cada prédio corresponde uma descrição distinta (principio da
especialidade). A partir da descrição é que são lançadas as inscrições ou as
correspondentes cotas de referência (art. 79º CRPredial). Sobre as descrições é que
recaem as inscrições, ou seja sobre o prédio descrito é que vão inscrever-se direitos e
ónus.
- a) Abertura - (art. 80º CRPredial) As descrições são feitas na dependência de
uma inscrição ou de um averbamento. Também podem ser feitas na dependência de
uma anotação e em caso de desanexação.
3. Os atos de registo

B. Descrições, averbamentos e anotações - art 79º a 90º

- b) Descrições subordinadas - (art. 81º CRPredial) No caso de constituição de propriedade horizontal


ou do direito de habitação periódica, além da descrição genérica do prédio ou do empreendimento turístico, é
feita uma descrição distinta para cada fração autónoma ou unidade de alojamento ou apartamento.

c) Menções gerais das descrições - (art. 82º CRPredial) o extrato da descrição deve conter:

- o nº de ordem privativo dentro de cada freguesia;


- os algarismos correspondentes à data da apresentação de que depende;
- a natureza rústica, urbana ou mista do prédio
- a denominação do prédio e a sua situação por referência ao lugar, rua, números de polícia ou confrontações;
- a composição sumária e a área do prédio;
- a situação matricial do prédio expressa pelo artigo de matriz, definitivo ou provisório, ou pela menção de
estar omisso
3. Os atos de registo

B. Descrições, averbamentos e anotações - art 79º a 90º

- d) Menções das descrições subordinadas - (art. 83º CRPredial)

- e) Bens de domínio público - (art. 84º CRPredial)


- f) Prédios constituídos a partir de vários prédios ou parcelas (art. 85º
CRPredial)

g) Descrições duplicadas (art. 86º CRPredial) - com vista a evitar a incerteza


jurídica emergente da duplicação de descrições, quando se reconheça a duplicação de
descrições, reproduzir-se-ão na ficha de uma delas os registos em vigor nas restantes
fichas, cujas descrições se consideram inutilizadas. Nas descrições inutilizadas e na
subsistente far-se-ão as respetivas anotações com remissões recíprocas.
3. Os atos de registo

B. Descrições, averbamentos e anotações - art 79º a 90º

- h) Inutilização de descrições - (art. 87º CRPredial) - as descrições não são suscetíveis de


cancelamento, mas são inutilizadas, por isso se a descrição deixa de vigorar deve anotar-se a sua
inutilização com menção da causa.

- i) Averbamentos à descrição - (art. 88º e 89º CRPredial) - os elementos das descrições podem
ser alterados, completados ou retificados por averbamento, com salvaguarda dos direitos de quem neles
não teve intervenção, desde que definidos em inscrições anteriores.

- j) Atualização oficiosa das descrições (art. 90º CRPredial) - os elementos das descrições
devem ser oficiosamente atualizados nos termos do disposto no art. 90º

- l) Anotações especiais (art. 90º A CRPredial) - com vista a evitar a incerteza jurídica emergente da
duplicação de descrições, quando se reconheça a duplicação de descrições, reproduzir-se-ão na ficha de
uma delas os registos em vigor nas restantes fichas, cujas descrições se consideram inutilizadas. Nas
descrições inutilizadas e na subsistente far-se-ão as respetivas anotações com remissões recíprocas.
3. Os atos de registo

C. Inscrições e averbamentos - art. 91º a 103º

- Inscrições - visam definir a situação jurídica dos prédios mediante extrato dos
factos a eles referentes. Trata-se da figura tabular destinada a dar publicidade aos
direitos registáveis (art. 91ºCRPredial).
As inscrições podem ser definitivas ou provisórias.

provisoriedade por natureza provisoriedade por dúvidas


3. Os atos de registo

C. Inscrições e averbamentos - art. 91º a 103º

provisoriedade por natureza (art. 92º CRPredial).


Apenas nos casos previsto na lei é que o registo pode ser feito provisoriamente.
Nesses casos, o ato não está concluído ou então não se vai concluir no prazo geral de
validade da inscrição provisória.
Por isso as inscrições previstas no art. 92.º, n.º 1 tem um caracter cautelar enquanto
pré-inscrições e são pedidas como provisórias.
3. Os atos de registo

C. Inscrições e averbamentos - art. 91º a 103º

a) Requisitos gerais da inscrição - na inscrição são indicados os sujeitos e os factos definidos, nos
termos do art. 93º CRPredial. Especial relevância tem o n.º 3 quanto à possibilidade de inscrição de
sujeitos que não puderem ser identificados pela forma ali prevista, caso em que devem ser mencionadas
as circunstâncias que permitam determinar a sua identidade (vide art. 2033 CC).

Parecer do Conselho Técnico n.º 75/88 RP3

“Conclusão III - Na inscrição do legado a favor de pessoas ainda não determinadas, em vez da menção
pessoal e concreta dos sujeitos activos do facto, é indispensável mas suficiente a indicação da forma da
sua determinabilidade”
3. Os atos de registo

C. Inscrições e averbamentos - art. 91º a 103º

b) Convenções e cláusulas acessórias - (art. 94º CRPredial) - se o negócio jurídico tiver sido celebrado
com determinadas convenções ou clausulas acessórias o extrato da inscrição deve mencioná-las.

- convenções de reserva de propriedade - art. 409.º CC


- venda a retro  - art. 927.º CC
- cláusulas fideicomissárias - art. 2296.º CC
- pessoa a nomear - art. 452.º CC
- de reserva de dispor de bens doados - art. 959.º CC
- cláusulas que excluam da responsabilidade por dívidas o beneficiário de bens doados ou deixados - art.
603.º CC
- convenção de indivisão da compropriedade  quando estipulada no título de constituição ou aquisição -
art. 1412.º CC
(nesta última se a clausula de indivisão for estipulada posteriormente ao titulo será registada por sub
inscrição - art. 101, n.º a, al. d) CRPredial)
3. Os atos de registo

C. Inscrições e averbamentos - art. 91º a 103º

c) Requisitos especiais da inscrição - (art. 95º CRPredial)

d) Requisitos especiais da hipoteca - (art. 96º CRPredial) - deve conter o


fundamento da hipoteca (facto jurídico que lhe está na origem), o crédito e seus
acessórios e o montante máximo assegurado (art. 693º CC)

- hipoteca voluntária: garantia de empréstimo ou abertura de crédito;


- hipoteca judicial: sentença condenatória;
- hipoteca legal: a causa é p.ex. pagamento de tornas, garantia de prestação e
alimentos (art. 705.º CC)
3. Os atos de registo

C. Inscrições e averbamentos - art. 91º a 103º

e) Inscrição e factos constituídos simultaneamente com outros sujeitos a registo


- (art. 97º CRPredial) - a inscrição que envolva o registo de aquisição ou mera posse
acompanhada da constituição de outro facto sujeito a registo ou da extinção do facto
registada determina a realização oficiosa do registo desses factos.
Por exemplo:

- a hipoteca constituída simultaneamente com a aquisição


- reserva de usufruto
- constituição de servidão
- ónus de colação na doação

Salvo nas excepções do n.º 2


3. Os atos de registo

C. Inscrições e averbamentos - art. 91º a 103º

f) Inscrição de propriedade limitada - (art. 98º CRPredial)

g) Unidade da Inscrição - (art. 99º CRPredial) - este artigo incorpora as excepções ao


principio da especialidade já que em nome do principio da economia processual faz um
desvio à regra de que a cada facto deve corresponder um ato ou inscrição.
3. Os atos de registo

AVERBAMENTOS À INSCRIÇÃO
- art. 100.º CRPredial - a inscrição pode ser completada, atualizada ou
restringida por averbamento. As modificações operadas pelo averbamento têm
efeitos ex nunc.
Se o facto amplia o objeto ou os direitos e os ónus definidos na inscrição, só
poderá ser registado mediante nova inscrição, mas se restringir pode ser feito por
averbamento.

-art. 120.º CRPredial - a inscrição pode ser retificada através do averbamento.


3. Os atos de registo

AVERBAMENTOS ESPECIAIS
art. 101.º CRPredial

N.º 1- respeita a sub inscrições N.º 2 respeita a averbamentos com alguma


especialidade

Proc. 148/98 DSJ-CT in BRN.5/99


Proc. 20/2002 DSJ-CT in BRN 6/2002
4. O pedido e o processo de
registo

A. Legitimidade para pedir o registo e representação

- os sujeitos ativos ou passivos;


- todas as pessoas que nele tenham interesse ou que estejam obrigadas à promoção
(art. 36.º);
- o contitular de direitos (v.g meeiro, herdeiro) em comum e sem determinação e parte
ou direito (art. 37.º, 49.º);

- REPRESENTAÇÃO (art. 39.º)

a) mandatário com procuração com poderes para o ato, mas não carecem de
procuração os que tenham poderes para intervir no respetivo título
b) advogados, solicitadores, notários
4. O pedido e o processo de
registo

A. Legitimidade para pedir o registo e representação

AVERBAMENTOS (art. 38.º)

É necessária a intervenção do proprietário ou possuidor para que qualquer dos


elementos da descrição seja modificado a menos que :

- o proprietário tenha intervindo no título onde constem as alterações:


- o pedido e averbamento tenha sido feito por qualquer titular inscrito que tenha
requerido a notificação judicial do proprietário ou possuidor inscrito no prazo e 15 dias.
4. O pedido e o processo de
registo

B. Pedido de registo

Art. 41.º Princípio da instância


Pedido deve ser feito de acordo com o art. 42.º

Modalidades do pedido

- pessoalmente (art. 41.º B)


- via eletrónica (art. 41.º C)
- via correio (art. 41.º D, art 151.º)
- por comunicação (art. 42.º A)
4. O pedido e o processo de
registo

C. Documentos

a) Art. 43.º - só podem ser registados os factos legalmente comprovados por documentos, i.e. não é apenas a lei
registral que estabelece os documentos bastantes para a feitura do registo mas também a lei civil, processual,
administrativa e outras. Do conjunto do ordenamento jurídico é que se vai encontrar as disposições aplicáveis a cada
processo registral;

b) Documentos com função complementar como é o caso da comprovação do cumprimento das obrigações fiscais
( art. 50.º CIMT);

c) Menções obrigatórias (art. 44.º e 47.º do Com Notariado);

d) Forma das declarações para registo ( art 45.º e 46.º)

Principais (as que constituem o próprio título)

Complementares (destinam-se a complementar a identificação dos sujeitos / à menção dos elementos que integram
a descrição)
4. O pedido e o processo de
registo

C. Documentos - casos especiais

- aquisição e hipoteca antes de lavrado o contrato (art.47.º) - permite o registo provisório de aquisição e de
hipoteca voluntária antes de titulado o negócio. Tem a vantagem de salvaguardar a prioridade do registo (art. 6.º
n.º 3) e de os direitos ainda que inscritos provisoriamente serem oponíveis a terceiros;

- penhora (art. 48.º)

- aquisição por venda em processo judicial (art. 48.ºA) - o registo é feito com base na comunicação
eletrónica do AE;

- aquisição em comunhão hereditária (art. 49.º) - o registo é feito com base no doc. comprovativo da
habilitação de herdeiros e declaração que identifique os bens a registar
4. O pedido e o processo de
registo

C. Documentos - casos especiais

- hipoteca legal e judicial (art.50.º) - o registo é feito com base na certidão do título;

- afetação de imóveis (art. 51.º) - o registo é feito com base na declaração do proprietário ou
possuidor inscrito ( p.ex: para garantir o pagamento de indemnização a trabalhadores, resultante de
acidente de trabalho - 95.º n.º 2)

- renúncia à indemnização (art. 52.º) - o registo é feito com base na certidão emitida pela entidade
expropriaste contendo a declaração do proprietário ( ónus real que permite à entidade expropriaste
não ter que e pagar uma indemnização superior à que o prédio teria sem as benfeitorias);

- ações e procedimentos cautelares (art. 53.º) - certidão de teor do articulado com prova de que
entrou em juízo ou comunicação do tribunal com cópia do articulado (…)

- decisões judiciais (art. 53.º -A ) - o registo é feito com base em certidão da decisão ou
comunicação do tribunal com cópia da decisão;
4. O pedido e o processo de
registo

C. Documentos - casos especiais

- operações de transformação fundiária (art.54.º) - o registo é feito com base no


alvará, no recibo de admissão da comunicação prévia ou noutro doc que legalmente
comproveis factos com individualização dos lotes e parcelas;

- contrato de pessoa a nomear (art. 55.º) - (art. 452.º e ss CC) - a nomeação de


terceiro é registada com base no instrumento de ratificação e declaração do contraente
originário;

- cancelamento de hipoteca (art. 56.º) - é necessário o consentimento do credor em


documento com assinatura reconhecida presencialmente, salvo se tiver sido feita na
presença de funcionário de registo no momento do pedido;
4. O pedido e o processo de
registo

C. Documentos - casos especiais

- cancelamento de hipoteca para garantia de pensões periódicas (art. 57.º) - o


registo é feito com base na certidão de óbito do titular e demais elementos do artigo;

- cancelamento do registo de penhora e providências cautelares (art. 58.º)

- cancelamento de registos provisórios (art. 59.º)

- alteração da situação dos prédios (art. 59.º A) - através de comunicação eletrónica


e automática da câmara municipal;

- prédios não descritos (art. 59.º B) - deverá ser confirmado pelo serviço do registo
da área da sua situação
4. O pedido e o processo de
registo

D. Apresentação

A apresentação dos documentos é importante porque é dela que resulta

1) a data dos registos ( art. 77.º n.º 1)

2) define a prioridade (art. 6.º n.º 1)

A anotação da apresentação deve ser feita por cada facto e pode ser feita por :

- via eletrónica (art. 41.º C, n.º 1)

- correio (art.º 60.º e ss)


4. O pedido e o processo de
registo
E. Qualificação do registo
Quando os títulos são apresentados a registo, devem ser qualificados e
examinados, em obediência ao principio da legalidade. O exame dos
documentos constitui um momento fundamental da função jurisdicional, pois é a
partir daí que o registo publicita titularidades (art. 68.º).

Para ser viável o registo é necessário ter em consideração:

- as disposições legais aplicáveis:

- os docs. apresentados;

- os registos anteriores;

- a identidade do prédio;

- a legitimidade dos interessados;

- a regularidade formal dos títulos;

- a validade dos ato dispositivos neles contidos.


4. O pedido e o processo de
registo
E. Qualificação do registo

Recusa do registo (art. 69.º)

Recusa do registo apenas nos casos taxativos do n.º 1 do art. 69.º e ainda nos termos do n.º

2 (falta de elementos e pela natureza do ato).

A recusa deve ser anotada na ficha (em cumprimento do principio da prioridade - art 6.º n.º

4).

Registo provisório por dúvidas (art. 70.º)

O art. 70.º é uma norma genérica que abrange qualquer irregularidade (ao nível
do doc. que titula o ato ou ao nível dos docs. com função acessória), que não é
grave o bastante para justificar a recusa.
4. O pedido e o processo de
registo
E. Qualificação do registo

Despachos de recusa e provisoriedade (art. 71.º)


Suprimento de deficiências (art. 73.º)
Os serviços têm um dever de suprir as deficiências do processo de registo, com
base nos docs. apresentados ou já existentes na conservatória ou pro acesso direto
à informação da base de dados das entidades ou serviços da Adm. Pública.Se não
conseguir fazê-lo comunica oa apresentaste para que este no prazo e 5 dias
proceda ao suprimento, sob pena de o registo ser feitos provisório por dúvidas.
Desistências (art. 74.º)
- é permitida a desistência depois da apresentação e antes de efetuado o registo,
se o facto não estiver sujeito a registo obrigatório;
- se o facto for sujeito a registo obrigatório apenas é possível em caso de
deficiência que motive a recusa ou por apresentação de doc. comprovativo da
extinção do facto
5. Publicidade

A. Publicidade do registo

A finalidade do registo é publicitar a situação jurídica dos prédios, por isso


qualquer pessoa pode pedir certidões dos atos de registo e dos documentos
arquivados, bem como informações verbais ou escritas de uns e outros ( art.
104.º CRPredial).

Apenas os funcionários da repartição podem consultar os livros, fichas e


documentos (art. 105.º).

A publicidade respeita aos prédios e não aos seus titulares por isso a
conservatória não pode fornecer informações apenas com base no nome das
pessoas
5. Publicidade

B. Proteção de dados

As bases de dados visam organizar manter atualizada a informação respeitante


à situação jurídica dos prédios não podendo ser utilizada para outro fim (art.
106.º). Os dados pessoais recolhidos (art 108.º) são extraídos do pedido de
registo e dos documentos apresentados ( art. 109.º) e apenas podem ser
comunicados aos organismos e serviços do Estado e pessoas coletivas de direito
público (art.º 109.º A) e a sua comunicação obedece aos termos da Lei de
Proteção de Dados Pessoais (art. 109.º B). Podem aceder directamente aos
dados as entidades previstas no art 109.º C.

Os funcionários estão obrigados ao sigilo profissional sobre os dados pessoais


de que tenham conhecimento ( art. 109.º F)
5. Publicidade

B. Proteção de dados

Os dados referentes à situação jurídica dos prédios podem ser comunicados a


qualquer pessoa, desde que indique o nº da descrição, o artigo matricial ou nome
da rua e nº de polícia do prédio (art. 109.º A).

Não é possível dar informações sobre prédios com base em dados pessoais,
exceto no caso da autorização de consulta das bases de dados das
conservatórias para descoberta de bens por parte de agente de execução, em
processo de execução (art. 748.º n.º 1 CPC).
5. Publicidade

C. Prova do registo

O registo prova-se por meio de certidões (art. 110.º), que têm a validade de 6
meses, podendo ser revalidadas. As certidões podem ser disponibilizadas em
suporte eletrónico (Portaria 1513/2008 de 23 de dezembro). O acesso à certidão
permanente pode fazer-se em www.predialonline.mj.pt através de um código
emitido após o pagamento (serviço que é gratuito por 3 meses aquando do
processo e registo).

As certidões podem ser emitidas por qualquer conservatória, salvo as certidões


negativas que têm que ser confirmadas pelo serviço de registo da área da
situação do prédio ( porque nesta é que há os verbetes reais e pessoais e os
livros índice)(art. 110.º A).
5. Publicidade

C. Prova do registo

O pedido e certidão pode ser verbal ou escrito, neste caso através do modelo
próprio (art. 41.º B e 111.º).

A certidão deve conter os elementos da previsão do art. 112.º, e deve ser emitida
imediatamente após o recibo ( salvo a certidão negativa cujo prazo é de 1 dia útil)
(art. 113.º)
Em caso de recusa de emissão de certidão o interessado pode impugnar, no
prazo e 30 dias, pela via hierárquica e pela via judicial ( art. 147.º C)
5. Publicidade

C. Prova do registo
Custo das certidões (Portaria 622/2008, de 18 de julho, atualizada)
Artigo 2.º
Certidões, fotocópias, informações e certificados de registo predial

1 — Pela requisição de emissão ou de confirmação de certidão negativa:


a) Respeitante a um só prédio —————————————————————————————————€ 30
b) Por cada prédio a mais ———————————————————————————————————€ 16
2 — Pela requisição de emissão ou de confirmação de certidão ou fotocópia de atos de registo:
a) Respeitante a um só prédio ————————————————————————————————— € 30
b) Por cada prédio a mais ——————————————————————————————————— € 16
3 — Pela requisição e emissão de certidão ou fotocópia de documentos, até 10 páginas ————————-—€ 30
3.1 — Por cada página a mais € 1 até ao limite de ————————————————————————-— € 150
4 — Por cada certificado predial relativo a direito real de habitação periódica ————————————-—— € 12
5 — Por cada informação dada por escrito:
a) Relativa a um prédio ———————————————————————————————————— € 11
b) Por cada prédio a mais ——————————————————————————————————-— € 5
6 — Por cada informação escrita não relativa a prédios ——————————————————-————— € 15
7 — Por cada fotocópia não certificada, por cada página ———————————————————-———— € 1
7.1 — Por cada cópia digital em formato PDF, por cada página —————————————————-—— € 0,50

8 — O montante devido pelo pedido de certidões e fotocópias, nos termos dos números anteriores, é restituído no
caso da recusa da sua emissão.

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