Introdução ao Direito

2020/2021
São tribunais com características especiais, competentes para resolver causas de valor reduzido de
natureza cível, excluindo as que envolvam matérias de Direito de Família, Direito das Sucessões e
Direito do Trabalho. (Consultar Artigo 209º, nº2 da CRP)

Princípios:

❖ Simplicidade

❖ Adequação

❖ Informalidade

❖ Oralidade

❖ Absoluta economia processual

❖ Intervenientes obrigados ao sigilo

Lei n.º 78/2001, de 13 de julho
Alterada pela Lei n.º 54/2013, de 31 de julho

❖ Criados por parcerias entre o Ministério da Justiça e os Municípios;

❖ Nova forma de Administração da Justiça;
❖ Tribunais de proximidade;
❖ Resolução de conflitos de forma rápida.
 Região do Norte- 16 concelhos
Região do Centro- 39 concelhos
Região de Lisboa- 7 concelhos
Região do Alentejo- 5 concelhos
Região do Autónoma da Madeira- 3 concelhos
Nos Julgados de Paz a tramitação processual tem uma forma própria e simplificada,
podendo, inclusive, as partes apresentarem as peças processuais oralmente. Os litígios
que dão entrada nestes Tribunais podem ser resolvidos na decorrência de
mediação, conciliação, transação ou por meio de julgamento e consequente sentença. Ao
contrário de um juiz ou de um árbitro, o mediador não tem poder de decisão, pelo que não
impõe qualquer sentença.

Caso não se alcance conciliação há lugar ao julgamento, presidido pelo juiz de

paz, sendo ouvidas as partes, produzida a restante prova e, finalmente, proferida a
sentença pelo juiz de paz.
❖ Em razão do valor: têm competência para apreciar e decidir ações declarativas cíveis, com
exceção das que envolvam matérias de direito da família, direito das sucessões e direito do
trabalho, cujo valor não ultrapassasse os € 15.000.

❖ Em razão da matéria: área do consumo; propriedade; condomínio; arrendamento; ações

possessórias; responsabilidade civil contratual e extracontratual; incumprimento contratual;
garantia real das obrigações; pedidos de indeminização civil em certo tipo de crimes.

❖ Em razão do objeto:

Artigo 6.º

1 - A competência dos julgados de paz é exclusiva a ações declarativas.

2 - Para a execução das decisões dos julgados de paz aplica-se o disposto no Código de Processo
Civil e legislação conexa sobre execuções das decisões dos tribunais de 1.ª instância.
❖ Em razão do território:
Artigo 10.º
Competência em razão do território
Os fatores que determinam a competência territorial dos julgados de paz são os fixados nos artigos 11.º
e seguintes.
Artigo 11.º
Foro da situação dos bens
1 - Devem ser propostas no julgado de paz da situação dos bens as ações referentes a direitos reais ou
pessoais de gozo sobre imóveis e as ações de divisão de coisa comum.
2 - Quando a ação tiver por objeto uma universalidade de facto, ou bens móveis ou imóveis situados em
circunscrições diferentes, é proposta no julgado de paz correspondente à situação dos imóveis de maior
valor, devendo atender-se para esse efeito ao valor patrimonial; se o prédio que é objeto da ação estiver
situado em mais de uma circunscrição territorial, pode ser proposta em qualquer das circunscrições.
A utilização dos Julgados de Paz está sujeita a uma taxa única no valor de € 70 a cargo
da parte vencida ou 50,00 € se houver acordo, sendo que o juiz também pode decidir
repartir esse valor entre o demandante e o demandado, se for o caso.

As decisões proferidas nos julgados de paz nos processos cujo valor exceda metade do
valor da alçada do tribunal judicial de 1.ª instância (a partir de € 2500,01) podem ser
impugnadas por meio de recurso a interpor para o tribunal judicial de comarca em que
esteja sediado o julgado de paz.
❖ São tribunais competentes para resolver causas de valor reduzido;
❖ Prazo médio de resolução: 3 meses;
❖ Custos: taxa única de 70,00 € (50,00 € se houver acordo);
❖ Princípios: Simplicidade, Adequação, Informalidade, Oralidade, Economia Processual e
Sigilo;
❖ Têm quatro tipos de competências: em razão do valor, em razão da matéria, em razão do
objeto e em razão do território;
❖ Valor da decisão proferida pelo juiz de paz é igual ao de uma sentença proferida por
tribunal judicial de 1ª instância.
❖ Concelho dos Julgados de Paz- http://www.conselhodosjulgadosdepaz.com.pt/index.asp
❖ Diário da República Eletrónico- https://dre.pt/
❖ Direção-Geral da Política de Justiça- https://dgpj.justica.gov.pt/