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DIREITO FISCAL II

IMT
➢ IMT- incidência
• Prédio (Artigo 1º)
O conceito de prédio é o definido no CIMI

• Transações (artigo 2º nº1)


Transmissões, a título oneroso, do direito de propriedade ou de figuras parcelares desse
direito, sobre bens imoveis situados em território nacional.

Nota: direito de propriedade ou de figuras parcelares- Direito de usufruto, direito de


propriedade, direito de uso e habitação.

Artigo 2º
O conceito de transmissão onerosa inclui:

Alínea a)

As promessas de aquisição e de alienação, logo que verificada a tradição, exceto quando se


tratar de aquisição de habitação para residência própria e permanente do adquirente ou do
seu agregado familiar .

Nota: temos que ter tradição da coisa (entrega da posse do imóvel) e temos que ter que o
promitente comprador ao vai destinar o imóvel a sua residência própria e permanente.

Exemplo: A promitente vendedor celebra com B, promitente comprador, contrato de


promessa de compra e venda de um imóvel, só que o B está a querer comprar o imove para a
sua habitação permanente. No ato do contrato de promessa, A entrega as chaves a B para que
possa começar a utilizar o imóvel.

R: Estamos perante um ato não sujeito a IMT, de acordo com o artigo 2/2 a) CIMT. Pois o
destino do imóvel é para habitação e não poderia ser.

Notas:

Há situações então existe uma transmissão onerosa do direito de propriedade, porém o


legislador considera ser a mesma coisa a nível económico (ex: contrato de arrendamento de
um imóvel por mais de 30 anos, o legislador diz que aqui existe tributação, pois a nível
económico é uma transmissão)

As situações do artigo 2 são as equiparados ás transmissões mesmo não o sendo.


A) - temos de ter o contrato promessa de compra e venda do bem imóvel, tem de haver a
tradição da coisa e temos de ter uma finalidade que não a de habitação.

Alínea b)
O arrendamento com a cláusula de transmissão de propriedade.

A (locador) celebra com B(locatário) contrato de arrendamento de escritório, pelo prazo de 10


anos, ficando estipulado que, no final do contrato, se B tiver pago todas as rendas devidas,
adquire a propriedade do imóvel.
R:Esta sujeito a tributação de IMT, pois cumpre os requisitos do artigo 2º nº2 b).

Alínea c)
Os arrendamentos ou subarrendamentos a longo prazo (30 anos) .

Alínea d)
A aquisição de partes sociais ou de quotas nas sociedades em nome coletivo, em comandita
simples ou por quotas quando tais sociedades possuem bens imoveis e quando por aquela
aquisição por amortização ou quaisquer outros factos, algum dos sócios fique a dispor de ,
pelo menos, 75% do capital social, ou o número de sócios se reduza a dois casados ou unidos
de facto.

Duas situações:

aquisição de partes sociais ou de quotas nas sociedades em nome coletivo, em comandita


simples, por quotas ou anónimas quando tais sociedades possuam bens imoveis, quando:

i) Por aquela aquisição, por amortização ou quaisquer outros factos, algum dos
sócios fique a dispor de, pelo menos, 75 % do capital social;
ii) Ou o número de sócios se reduza a dois casados ou unidos de facto.

A norma foi alterada em dezembro de 2020 com a alteração: A aquisição de quotas/partes só


será tributada se:

• O valor do ativo da sociedade resultar, direta ou indiretamente, em mais de 50 % por bens


imóveis situados em território nacional, atendendo ao valor de balanço ou, se superior, ao
valor patrimonial tributário;
• Os imóveis não se encontrarem diretamente afetos a uma atividade de natureza agrícola,
industrial ou comercial, excluindo a compra e venda de imóveis;

Notas:

Aqui não entram as sociedades anónimas.

Amortização de quotas- decisão de devolver o dinheiro de entrada ao sócio é este sair


extinguindo se a quota (declarando se isto em ata da sociedade).

Quaisquer outros factos- A possibilidade de poder haver um aumento de capital, sem imissão
de novas quotas. Continuando os mesmos sócios e mesmas quotas, havendo um sócio que
contribui com esse aumento (imaginarmos uma sociedade com 4 sócios com um capital social
de 100 mil euros, que teve um aumento de 50 mil euros, sendo quem fica encarregado desse
aumento é um só sócio)

Exemplo:

A sociedade ABC lda, é proprietária do imóvel X.


A sociedade tem 3 sócios, A com 40%, B com 35% e C com 25% do capital.
C morre, e A compra a sua quota aos herdeiros.

R: não esta sujeito a IMT, porque tem de ter 75% e neste caso só tem 65%.

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Artigo 2º nº3
O contrato de transmissão onerosa inclui:

Alínea a)
Celebração de contrato-promessa em que o promitente adquirente pode ceder a sua posição
contratual a terceiro;

Nota: É Contrato de promessa normal mas que tem uma clausula que diz “os outorgante
acordam em que o prominente adquirente poderá ceder a sua posição contratual”. Por
exemplo A e o B fazem um contrato de compra e venda . tem essa clausula. B encontra alguém
que esta interessado em comprar o mesmo prédio pelo preço contratado mais algum para ele,
porque e intermediário. Assim o negócio irá ser celebrado entre A e C

Exemplo professora:

A (promitente vendedor) celebra com B (promitente comprador) celebra COCP de imóvel,


ficando estipulado que B pode ceder a sua posição contratual a qualquer terceiro.

Alínea b)
Cessão da posição contratual do promitente adquirente;

A (promitente vendedor) celebra com B (promitente comprador) celebra COCP de imóvel,


ficando estipulado que B pode ceder a sua posição contratual a qualquer terceiro, B cede a sua
posição contratual a C, mediante o pagamento de um preço.

R: esta sujeito a IMT.

Alínea c) e d)
procuração irrevogável para alienação de imóvel e respetivo substabelecimento

Outorga de procuração que confira poderes de alienação de bem imóvel ou de partes sociais
ou unidades de participação a que se referem as alíneas d) e e) do n.º 2 em que, por renúncia
ao direito de revogação ou cláusula de natureza semelhante, o representado deixe de poder
revogar a procuração;

Exemplo: A outorga a favor de B procuração irrevogável para que B aliene um imóvel a A.

Nota: esta procuração tem de ser irrevogável.

Alínea e)
Cedência de posição contratual ou ajuste de revenda, por parte do promitente adquirente
num contrato-promessa de aquisição e alienação, vindo o contrato definitivo a ser celebrado
entre o primitivo promitente alienante e o terceiro.

Exemplo:

A (promitente vendedor) celebra com B (promitente comprador) celebra COCP de imóvel,


nada ficando estipulado quando a possibilidade de B ceder a sua posição contratual a qualquer
terceiro.

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Contudo, ao abrigo da liberalidade contratual, B cede a sua posição contratual a C, mediante o
pagamento de um preço.

Nota: A diferença entre esta alínea e) a alínea b) do artigo º nº3 é que a alínea b) tem uma
clausula contratual estipulado no contrato e na alínea e) é a existência ou não de clausula no
contrato.

O ajuste de revenda normalmente é prévio à celebração do contrato promessa

Exemplo:
A tem um imóvel à venda, por 100 000€
B sabe que C esta interessado nesse imóvel e que é capaz de pagar 120 000€
B faz primeiro um ajuste de revenda a C, e depois faz o contrato promessa com A.

Artigo 2º nº4
O disposto na alínea e) do número anterior não é aplicável sempre que o contrato definitivo
seja celebrado com terceiro nomeado ou com sociedade em fase de constituição no momento
em que o contrato-promessa é celebrado e que venha a adquirir o imóvel, desde que o
promitente adquirente seja titular do seu capital social.

Exemplo:
A e B tencionam formar uma sociedade comercial para explorar um determinado negócio para
o qual precisam de um imóvel
A encontra um imóvel nas condições que considera ideais
pretende segurar o negocio
mas como a sociedade ainda não esta formada, A celebra um CPCV como promitente
comprador
um mês depois, a sociedade é constituída, e A cede a sua posição de promitente comprador à
sociedade, e este compra o imóvel.

R: não esta sujeito a IMT.

Artigo 2º nº5
Aliena a)
A resolução, invalidade ou extinção, por mútuo consenso, do contrato de compra e venda ou
troca de bens imóveis e as do respetivo contrato-promessa, quando, neste último caso,
ocorrerem depois de passados 10 anos sobre a tradição ou posse;

Exemplo:

A (promitente vendedor) celebra com B (promitente comprador) CPCV de um imóvel, em


15/01/2010
A entrega a B e a posse do imóvel
em 5/04/2020, A e B resolvem o CPCV, por mútuo acordo.

Nota: a resolução do contrato destrói todos os seus efeitos, ou seja, tem efeitos retroativos.

Aliena b)
As permutas, pela diferença declarada de valores ou pela diferença entre os valores
patrimoniais tributários, consoante a que for maior;

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Nota:

As permutas são um negócio relativamente corrente e comum no imobiliário. Em vez de haver


compra e venda, o A tem o imóvel x e o B tem o imóvel W e trocam, transferem um ao outro o
direito de propriedade, assim estamos perante a permuta.

As partes consideram que: “O prédio do B vale uma quantia X, que não foi dita e não é
necessário. Enquanto o prédio de A vale X + 10 000. O que interessa é a diferença entre os dois
não o valor de cada um.”

Exemplo:
A é proprietário de uma fração de imóvel que tem um VPT de 75 000
B e proprietário de uma fação de imóvel que tem um VPT de 80 000

Outorgam escritura pública em que permutam os dois imóveis e na escritura fica dito que A e
B permutam os dois imóveis nada havendo a pagar a nenhuma das partes, pois os outorgantes
consideram que ambos o imóveis têm o mesmo valor real de 110 000.

R: Sim está sujeito a IMT porque apesar dos valores declarados serem iguais os VPT são
diferentes

Alínea c)
O excesso da quota-parte que ao adquirente pertencer, nos bens imóveis, em ato de divisão
ou partilhas, bem como a alienação da herança ou quinhão hereditário;

Exemplo:
A morre, sucedendo-lhe B , cônjuge sobrevivo, e C e D filhos
Sendo A e B casados em separação de bens, a cada um dos defensores cabe 1/3 da herança
Da herança faz parte uma conta bancária de 80 000€, um imóvel X no valor de 300000€ e um
imóvel Y no valor de 160 000 €

Na escritura de partilha é atribuído a N o imóvel Y


O dinheiro da conta bancária é atribuído a C
B entrega 60000€ de tornar a C e outro tanto a D
O imóvel X e atribuído a D

Haverá aqui algum facto tributável em IMT?

R: Imóvel x (300 000€) + imóvel Y (160000€)= 460 000€

460 000€ : 3= 153 333€

O B recebeu( em imóvel) 160 000€


O C recebeu (em imóveis) 0€
O D recebeu (em imóveis) 300 000€

Cada um deveria receber 153 333€

Assim os excessos ser tributados de IMT, logo o excesso de B =160 000 - 153 333€= 6 667€

O excesso de D= 300 000€ - 153 333€= 146 667€

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Ambos serem tributados de IMT porque ambos excedem a quarta parte e esse valor que
excede será tributado.

Alínea e)
As entradas dos sócios com bens imóveis para a realização do capital das sociedades
comerciais ou civis sob a forma comercial ou das sociedades civis a que tenha sido legalmente
reconhecida personalidade jurídica, as entregas de bens imóveis dos participantes no ato de
subscrição de unidades de participação de fundos de investimento imobiliário fechados de
subscrição particular e, bem assim, a adjudicação dos bens imóveis aos sócios na liquidação
dessas sociedades e a adjudicação de bens imóveis como reembolso em espécie de unidades
de participação decorrente da liquidação de fundos de investimento imobiliário fechados de
subscrição particular;

Nesta alínea 4 situações distintas :

1º. As entradas dos sócios com bens imoveis para a realização do capital das sociedades com
personalidade jurídica reconhecida
2º. As entregas de bens imoveis dos particulares no ato de subscrição de unidades de
participação de fundos de investimento imobiliário fechados de subscrição particular
3º. A adjudicação dos bens aos sócios na liquidação dessas sociedades
4º. A adjudicação de bens imoveis como reembolso em espécie de unidades de participação
decorrente da liquidação de fundos de investimento imobiliário fechados de subscrição
particular

1º. As entradas dos sócios com bens imoveis para a realização do capital das sociedades com
personalidade jurídica reconhecida

Exemplo:
A, B e C formam entre si uma sociedade por quotas.
A entra para o capital com o direito de propriedade sobre uma loja.

2º. A adjudicação dos bens aos sócios na liquidação dessas sociedades

Exemplo:
A sociedade ALFA, Lda. Tem no seu património o direito de propriedade sobre um terreno.
os sócios deliberam dissolver a sociedade.
efetua-se a liquidação da sociedade.
na partilha, é adjudicada a propriedade do terreno ao socio A.

Alínea f)
As entradas dos sócios com bens imóveis para a realização do capital das restantes sociedades
civis, na parte em que os outros sócios adquirirem comunhão, ou qualquer outro direito,
nesses imóveis, bem como, nos mesmos termos, as cessões de partes sociais ou de quotas ou
a admissão de novos sócios;

Exemplo:
Temos uma sociedade civil ABC
O socio A entra para o capital social com o direito de propriedade de um armazém Y
como a sociedade não tem personalidade jurídica, a quem fica a pertencer o imóvel depende
do contrato de sociedade.

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se ficar a pertencer em comunhão a todos os sócios, existe facto tributável em IMT.
se mais tarde, for admitido um novo socio na sociedade, volta a haver um novo facto
tributável em IMT.

Nota:

• Aplicasse exclusivamente as sociedades civis sem personalidade jurídica.


• As sociedades civis com personalidade jurídica encaixam na alínea anterior.
• Numa sociedade civil sem prosperidade jurídica e há bens, os vens não são da
sociedade mas ficam numa comunhão entre os sócios.

Alínea g)
As transmissões de bens imóveis por fusão ou cisão das sociedades referidas na alínea e), ou
por fusão de tais sociedades entre si ou com sociedade civil, bem como por fusão de fundos de
investimento imobiliário fechados de subscrição particular.

Exemplo:
A sociedade ABC, Lda tem no seu património um imóvel X
A sociedade ABC e a sociedade LMN fundem-se, por incorporação de ABC em LMN
A propriedade do imóvel passa para a sociedade LMN
esta transferência de propriedade é um facto sujeito a IMT.

Alínea h)
As transmissões de benfeitorias e as aquisições de bens imóveis por acessão.

Exemplo:
Armando é inquilino de Bento
Armando faz obras (benfeitorias no imóvel locado)
ao terminar o contrato de arrendamento, Armando e Bento entram em acordo e Bento paga a
Armando 5000€ pelas benfeitorias.

Notas:

• Benfeitorias- aumentam o valor do prédio por exemplo:


✓ Podem ser obras de reparação;
✓ Fazer um anexo;
• Se pintar um quatro já não é um benfeitoria.
• O inquilino são da casa e pede ao senhorio o valor das benfeitorias. Assim há uma
transmissão de benfeitorias do inquilino para o senhorio.

Acessão:
Exemplo:
A e proprietário do terreno X e constrói um muro de vedação entre o terreno dele e do
vizinho.
Posteriormente há um litígio de revindicação de propriedade e chegasse à conclusão de que o
A construí o muro em cima do terreno do vizinho.
O vizinho vai adquirir o muro por acessão.

Artigo 3º
Incidência simultânea a IMT e a imposto do selo

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São simultaneamente sujeitas a IMT e a imposto do selo, nos termos do respetivo Código, as
transmissões de bens imóveis:

a) Por meio de doações com entradas ou pensões a favor do doador, ou com o encargo
de pagamento de dívidas ao donatário ou a terceiro, nos termos do artigo 964.º do
Código Civil;
b) Por meio de sucessão testamentária com o encargo expresso do pagamento de dívidas
ou de pensões devidas ao próprio herdeiro ou legatário, ou a terceiro, tenham-se ou
não determinado os bens sobre que recai o encargo e desde que, quanto ao herdeiro,
o seu valor exceda a respetiva quota nas dívidas.

Artigo 964.º Código Civil (Pagamento de dívidas)


1. Se a doação for feita com o encargo de pagamento das dívidas do doador, entender-se-á a
cláusula, na falta de outra declaração, como obrigando ao pagamento das que existirem ao
tempo da doação.

2. Só é legal o encargo do pagamento de dívidas futuras do doador desde que se determine o


seu montante no ato da doação.

O que interessa ver aqui é apenas a situação-base: uma doação de A a B, em que B fica
obrigado a pagar as dívidas do doador

Exemplo
Álvaro é proprietário de uma quinta, no Douro, com o valor patrimonial de 300 000 euros.
Álvaro tem dívidas no valor de 100 000 euros
Álvaro tem dois filhos, Bernardo e Carla
Álvaro faz um acordo com Carla: doar-lhe o imóvel com a condição de esta pagar as dívidas do
pai.

Exemplo
Luísa é proprietária de um prédio habitacional em Braga.
Tem um filho Carlos.
Luísa faz um acordo com Carlos: doar-lhe o prédio, ficando Carlos obrigado a pagar a Luísa
uma pensão vitalícia de 1000 euros mensais.

Exemplo
Nuno morre deixando testamento.
No seu testamento, Nuno deixa uma casa que tem em Aveiro à sua neta Sofia.
No entanto, Nuno deixa estipulada como condição para esse legado que Sofia pague a dívida
que Nuno tem para com Mário.

Exemplo:
Abel morre.
Aberta a sucessão, verifica-se que existem 2 herdeiros legitimários, ambos filhos, B e C
Verifica-se a existência de um testamento, em que Abel dispõe de 10% da herança a favor do
Filho B.
Verifica-se existirem dívidas no valor de 100 000
O valor da herança sem as dívidas é de 200 000
O testamento estipula como condição que o Filho B fica obrigado a pagar todas as dívidas de
Abel.

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1. Qual o valor da dívida que cabe a B?
R:55% * 100 000 = 55 000

2. Qual o valor da quota da herança que lhe cabe por testamento?


R:10% *200 000 = 20 000

3.Ver se o valor da quota que lhe cabe por testamento é superior ao valor dívida que lhe cabia

Esta última condição não se verifica

➢ Sujeitos passivos – Regra geral (art. 4º)


O IMT é devido pelas pessoas singulares ou coletivas para quem se transmitem os bens

E nas situações em que não existe transferência de propriedade nem de nenhum direito real
sobre o imóvel?

Nessas situações, o sujeito passivo é aquele que está numa situação mais similar à do
adquirente.
P. ex: o promitente comprador

Isenções do art. 6º
a)Estado, RA, autarquias, etc.
b) Estados estrangeiros
c) Isenções constantes de acordo
d) Pessoas coletivas de utilidade pública administrativa e de mera utilidade pública
quanto aos bens destinados, direta e imediatamente, à realização dos seus fins.
e) As instituições particulares de solidariedade social e entidades a estas legalmente
equiparadas, quanto aos bens destinados, direta e imediatamente, à realização dos
seus fins
f) Aquisições para fins religiosos
g) Aquisições de prédios classificados
h) Aquisições de bens situados em regiões economicamente desfavorecidas
i) Aquisições de bens por associações de cultura física
j) As aquisições de prédios rústicos para instalação de jovens agricultores
l) Aquisições de imóveis ligadas à educação, cultura, ciência
m) Os fundos de investimento imobiliário cujas UP sejam integralmente detidas pelas
entidades referidas na al. a)

As isenções do art. 7º
Aquisições de prédios para revenda, desde que o comprador esteja registado na AT como
tendo a atividade de compra de imóveis para revenda

• É ainda necessário que o comprador exerça habitualmente a atividade e que o comprove


• Se o comprador não conseguir comprovar que exerce habitualmente a atividade, o
imposto será liquidado e cobrado
• Se o SP no futuro mantiver o exercício habitual da atividade, o imposto anulado (nº 4)

Isenção do art. 8º

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Aquisições de prédios por parte de instituições de crédito (direta ou indiretamente) em
processo de execução

Isenção do art. 9º
Aquisição de prédio urbano ou de fração autónoma de prédio urbano destinado
exclusivamente a habitação própria e permanente se o valor que serviria de base à liquidação
não exceder 92 407 €

Notas:
O IMT é liquidado antes da escritura. Porque quando se faz a escritura, o notário pede o
comprovativo da liquidação do IMT.

Esta isenção é automática. A pessoa que compra um prédio de 90 000€ para habitação
própria.

A pessoa que esta a fazer o titulo não pode pedir a declaração de isenção, pois esta é
automática.

Modos de obtenção da isenção – Art. 10º


A) Reconhecimento prévio – nº 6 e 7
• art. 6º, b)
• Art. 8º, 2, a) e b) se o valor tributável for > 300 000 €
• As atribuídas em legislação extravagante
• Art. 6º, f), h), i), j) e l)

Caducidade das isenções – art. 11º


Art. 6º, als d), e), f), h) e i)
As isenções caducam quando os imóveis forem alienados ou lhes for dado diferente destino

Exemplo
• Uma IPSS tem um edifício onde funciona um centro de atividades de ocupação de
tempos livres
• O imóvel foi adquirido com isenção
• A IPSS vende o imóvel, porque o centro já não tem viabilidade económica
• Para não perder a isenção, a IPSS ainda pode pedir autorização prévia ao MF

Art. 11º/3 – jovens agricultores


Passamos à frente

Art. 11º/4 – imóveis classificados


Passamos à frente

Art. 11º/ 5 A isenção caduca se:


a) O imóvel for afetado a diferente destino
b) O imóvel não for revendido no prazo de 3 anos

Exemplo
O SP adquirente faz a demolição do prédio urbano adquirido e transforma-o num edifício com
uma qualificação completamente distinta

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Art. 11º/ 6 A isenção caduca se:
O imóvel não for revendido no prazo de 5 anos

Caducidade das isenções – art. 11º


Art. 11º/ 7
A isenção caduca se:
a) For dado ao imóvel destino diferente antes de decorridos 6 anos, exceto que haja revenda
b) Quando o imóvel não for afeto à hab. própria e permanente do SP no prazo de 6 meses

Exemplo:
A comprou fração autónoma habitacional para sua habitação própria, em 1 de abril de 2015.
Beneficiou da isenção do art. 9º Em 1 de junho de 2020, tendo que mudar de cidade de
residência para trabalhar, deu a fração em arrendamento a um terceiro

IMT – DETERMINAÇÃO DO VALOR TRIBUTÁVEL


Art. 12º - Regras gerais
1 - O IMT incidirá sobre o valor constante do ato ou do contrato ou sobre o valor patrimonial
tributário dos imóveis, consoante o que for maior.

Exemplo:
A adquire a B um imóvel com um VPT de 50 000€, o valor declarado na escritura é de 100 000€
- Qual é o valor tributável?

2 - No caso de imóveis omissos na matriz ou nela inscritos sem valor patrimonial tributário,
bem como de bens ou direitos não sujeitos a inscrição matricial, o valor patrimonial tributário
é determinado nos termos do CIMI.

3 - Ao valor patrimonial tributário junta-se o valor declarado das partes integrantes, quando o
mesmo não esteja incluído no referido valor patrimonial.

Cod Civil - Artigo 204.º (Coisas imóveis)


1. São coisas imóveis:
e) As partes integrantes dos prédios rústicos e urbanos.
3. É parte integrante toda a coisa móvel ligada materialmente ao prédio com carácter de
permanência.

Exemplo: elevadores

Número 4
1º. Regra
Quando qualquer dos comproprietários ou quinhoeiros alienar o seu direito, o imposto é
liquidado pela parte do valor patrimonial tributário que lhe corresponder ou incide sobre o
valor constante do ato ou do contrato, consoante o que for maior;

Exemplo:
Ana e Bruno são comproprietários em partes iguais do imóvel X, com um VPT de 100 000€ Ana
aliena a sua quota, por 30 000 euros - Qual o valor tributável?

2ª Regra

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Quando ao tempo da constituição do direito de superfície temporário já esteja terminada a
construção das obras ou ultimada a plantação, deve observar-se o seguinte:

a) Se a propriedade do solo for transmitida separadamente do direito de superfície, o imposto


é calculado pelo valor patrimonial tributário da propriedade do solo, determinado nos termos
da alínea h) do artigo 13.º, ou incide sobre o valor constante do ato ou do contrato, consoante
o que for maior;

b) Na constituição do direito de superfície, ou na transmissão deste direito separadamente da


propriedade do solo, o imposto municipal sobre as transmissões onerosas incide sobre o valor
atual do direito de superfície, determinado nos termos da alínea i) do artigo 13.º, ou sobre o
valor constante do ato ou do contrato, consoante o que for maior;

3.ª Regra
Quando ao tempo da constituição do direito de superfície temporário ainda não esteja
terminada a construção das obras ou ultimada a plantação, deve observar-se o seguinte:

a) Se a propriedade do solo for transmitida separadamente do direito de superfície, o imposto


é liquidado pelo valor patrimonial tributário da propriedade do solo, calculado nos termos da
alínea h) do artigo 13.º, com base no valor do terreno, ou incide sobre o valor constante do ato
ou do contrato, consoante o que for maior;

b) Na constituição do direito de superfície, bem como na transmissão deste direito


separadamente da propriedade do solo antes de terminada a construção das obras ou de
ultimada a plantação, o imposto incide sobre o valor atual do direito de superfície,
determinado nos termos da alínea i) do artigo 13.º, mas se a transmissão ocorrer depois ou o
proprietário do solo adquirir a propriedade da obra ou das árvores pelo decurso do prazo, o
imposto será calculado sobre o valor patrimonial tributário da propriedade plena do imóvel,
deduzido o valor patrimonial tributário da propriedade do solo nessa altura, determinado nos
termos da alínea h) do artigo 13.º, com base no valor do terreno, incidindo o imposto, em
qualquer dos casos, sobre o valor constante do ato ou do contrato, se for superior aos
indicados;

4º.Regra
Nas permutas de bens imóveis, toma-se para base da liquidação a diferença declarada de
valores, quando superior à diferença entre os valores patrimoniais tributários;

Exemplo:
Ana é proprietária de um imóvel X com o VPT de 80 000 €
Bruno é proprietário de um imóvel Y com o VPT de 82 000€
Ana e B permutam os dois imóveis.
No DPA fica escrito que Bruno entrega a Ana 12 000 €, por ser essa a diferença estimada entre
os valores dos imóveis
Qual o valor tributável?

• É inútil declarar os valores dos bens;


• Se o valor do prédio do bruno for igual a X e o de Ana for igual a Y, fazemos Y-X
• Y-X=12 000€

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• A diferença entre os VPT= 82 000€ - 80 000€= 2 000€
• Assim o valor tributável será de 12 000€ porque este é superior à diferença dos VPT

5.ª.regra
Nas transmissões por meio de dação de bens em pagamento, o imposto é calculado sobre o
seu valor patrimonial tributário, ou sobre a importância da dívida que for paga com os bens
transmitidos, se for superior

Exemplo:
A tem uma dívida de 85 000€ para com a sociedade BB Lda.
Em pagamento, entrega-lhe um imóvel com um VPT de 20 000 €
Qual o valor tributável?

R: o valor tributável é o valor da divida, que neste caso é 85 000€

6.ª.Regra
Quando a transmissão se efetuar por meio de renúncia ou cedência, o imposto é calculado
sobre o valor patrimonial tributário dos respetivos bens imóveis, ou incide sobre o valor
constante do ato ou do contrato, se for superior;

Exemplo:
A tem uma dívida de 40 000 € para com seu irmão B
Ambos são herdeiros na sucessão de C
A renuncia à sua parte da herança, na qual tinha direito a ½ de um imóvel com um VPT de 15
000€, em contrapartida da anulação da dívida
Qual o valor tributável?

R: 15 000€ x ½= 7500€
só seria o valor da dívida se no ato ficasse expresso que a dívida ficava paga.

7.ª. Regra
Se a propriedade for transmitida separadamente do usufruto, uso ou habitação, o imposto é
calculado sobre o valor da nua-propriedade, nos termos da alínea a) do artigo 13.º, ou sobre o
valor constante do ato ou do contrato, se for superior;

Exemplo 1:
Maria é proprietária de uma moradia que está dada de arrendamento ao seu afilhado Manuel.
A Maria acorda em fazer partilhas em vida com os filhos. A moradia é atribuída ao seu filho
João. Contudo, de acordo com a partilha, Maria fica com o usufruto (liberdade contratual). O
que pode fazer com este imóvel?

R: maria pode usar a casa (viver ou estar lá por algum tempo) e tem direito de fruir o bem, ou
seja, tirar rendimentos (ou seja, permite ao seu titular quer o uso quer a fruição). Se na
partilha fosse atribuído um direito de uso e habitação esta só tem o uso e a habitação, já não
tem a fruição. Quer isto dizer que se envés do usufruto na partilha fosse atribuído o uso e
habitação, Maria já não podia rendar, pois não pode tirar qualquer rendimento. Só pode usar a
casa para habitação.

Exemplo 2:

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A Maria tem 72 anos. O VPT do imóvel é de 60 000€. Fica estipulado na escritura que João fica
com a nua-propriedade e a Maria fica com o uso e habitação, ou seja, Maria é usufrutuaria.
João vende a nua propriedade à sua irmã Carla, ficando escrito na escritura que o valor dessa
venda é de 25 000€
Qual o valor da nua propriedade?

R: Artigo 13º al.a) CIMT- a operação tributável é a venda da nua propriedade. Temos de
determinar o VPT dessa nua propriedade.
Percentagem a deduzir: 25%
25% x 60 000€= 15 000€
60 000 – 15 000= 45 000€

O valor do ato (venda do João a Carla) é de 25 000€. Como 45 000> 25 000, o valor tributável é
45 000€.

8º.Regra
Quando se constituir usufruto, uso ou habitação, bem como quando se renunciar a qualquer
desses direitos ou o usufruto for transmitido separadamente da propriedade, o imposto é
liquidado pelo valor atual do usufruto, uso ou habitação, calculado nos termos da alínea b) do
artigo 13.º, ou incide sobre o valor constante do ato ou do contrato, se for superior.

Na regra anterior estava em causa a transmissão onerosa da nua propriedade.


Nesta regra está em causa o inverso
Está em causa a transmissão do usufruto, do uso ou habitação, separados da nua propriedade

Notas:

• É igual agora é para usufruto

Exemplo 1:

Suponha que Maria tem uma dívida de 30.000€ para com Rui (com os dados do caso anterior
da regra 7). Instaurada a ação de execução é penhorado e vendido o usufruto que Maria tem
sobre a casa, vindo a ser este adjudicado pelo valor de 32.000€. A operação é tributável?

R: sim, aquisição onerosa de um imóvel.

Para calcular o IMT, qual a regra do artigo 12 aplicamos?

R: 8º regra, artigo 12º

Artigo 13º al.b)- calcular o valor do usufruto que maria tem sobre a casa.

Pergunta 1:

1- se a operação é aceitável ?
R: Sim ,porque é uma aquisição onerosa.

2- para determinarmos o vpt qual é a regra aplicável do artigo 12°?


R: É a regra 8°

3-como calculamos o valor ?

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Temos de determinar o vpt do usufruto, aplicando o art.13° al.b),
então : se o vpt da nua propriedade era de 45.000 o vpt do usufruto é de 15.000
Agora temos de comparar com o valor constante do ato que é de 32.000
Então o valor tributável é o valor do contrato que é de 32.000.

Exemplo

Ana é proprietária de um prédio urbano, que tem um VPT de 100 000 euros.
Transmite o usufruto vitalício do mesmo imóvel a Joaquim, onerosamente, pelo preço de 40
000 euros.
Joaquim tem 67 anos na data do negócio jurídico.

1º. Qual o valor tributável da operação?

1) Calculamos o VPT do usufruto, aplicando a tabela do art. 13º

• Só que agora, para calcular o valor tributável da operação, aplicamos a al. b) do artigo
• Joaquim tem 67 anos, logo o valor a deduzir ao VPT do imóvel é de 30%
100 000 – (30% *100 000) = 70 000
• O VPT da nua propriedade é 70 000
• O VPT do usufruto é 100 000 – 70 000 = 30 000

2) Determinar o maior valor

• Joaquim pagou 40 000


• 40 000 > 30 000
• O valor tributável da operação é 40 000

9º-Regra
Se o pensionista adquirir os bens onerados com pensão, o imposto incide sobre o valor
patrimonial tributário abatido do valor atual da pensão, ou sobre o valor constante do ato ou
do contrato, se for superior.

Nota: Fica obrigado a pagar pensão enquanto tiver o imóvel, mensal ou anual.

10º.Regra
Nos arrendamentos e nas sublocações a longo prazo, o imposto incide sobre o valor de 20
vezes a renda anual, quando seja igual ou superior ao valor patrimonial tributário do respetivo
prédio, e incide sobre a diferença entre o valor patrimonial que os bens tinham na data do
arrendamento e o da data da aquisição ou sobre o valor declarado se for superior, caso o
arrendatário venha a adquirir o prédio

Exemplo1:

A sociedade ALFA dá de arrendamento a Pedro um imóvel com um contrato de arrendamento


de 40 anos. A renda é estipulada em 1000€ mensais e o VPT e de 75 000€.

1- A operação é tributável em IMT?


R: é tributável, artigo 2º nº2 al.c).

2- Qual a regra para determinar o valor?

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R: 10º regra do artigo 12º
1000 x 12= 12 000€
12 000 x 20= 240 000€
O valor que vai servir de base para a liquidação e de 240 000€ porque e o valor maior,
em relação ao valor patrimonial tributável, pois este ultimo é de 75 000€.

Art. 13º

Exemplo 1

A tem 75 anos.
É proprietário do imóvel X, com um VPT de 150 000€
Acorda em fazer partilha em vida com os seus sobrinhos B e C, atribuindo- lhes a nua
propriedade do imóvel, mas ficando com o usufruto.

R:

Valor da nua propriedade = (valor da propriedade plena – VPP *20%)


VNP = 150 000 – 150 000 * 20%
VNP = 150 000 – 30 000
VNP = 120 000

Exemplo 2

B vende a sua parte a C por 50 000 €


Qual é o valor tributável?

• Temos que comparar 50 000€ com 120 000/2 (= 60 000)


• 50 000 < 60000
• O valor tributável é 60 000

11.ª Regra
Nas partilhas judiciais ou extrajudiciais, o valor do excesso de imóveis sobre a quota-parte do
adquirente, nos termos da alínea c) do n.º 5 do artigo 2.º, é calculado em face do valor
patrimonial tributário desses bens adicionado do valor atribuído aos imóveis não sujeitos a
inscrição matricial ou, caso seja superior, em face do valor que tiver servido de base à partilha;

Exercício:

Carlos morre, sendo seus sucessores Eduarda, Filipe e Gualter.


Da herança fazem parte 2 imóveis, sendo eles o imóvel X e o imóvel Y.
O imóvel X tem um VPT de 100 000€ e o imóvel Y tem um VPT de 120 000€ e do acervo da
herança faz ainda parte uma conta bancária de 200 000€ e um automóvel no valor de 20 000€.
Dando um total de 440 000€, ficando para cada um 146 666€.

Faz se a partilha:

A Eduarda leva o imóvel X;O Filipe leva o imóvel Y O Gualter leva a conta bancária e o
automóvel.

Não há lugar a tornas

Ps: Não há tornas é só isto

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Há alguma norma tributada em IMT?

Temos de ir ao artigo 2.º CIMT, sendo então aplicável o seu número 5 c) pois será tributado
apenas o excesso da quota parte.

A quota de cada um nos imóveis é de 100 000 + 120 000= 220 000€ : 3= 73 333€

Para a Eduarda foi um excesso é de 100 mil - 73 333€= 26 667

Para o filipe foi um excesso de 120 mil - 73 333= 46 667€

Quer no caso de Eduarda quer no caso de filipe existe excesso da quota-parte que lhe cabia em
imóveis, sendo então duas operações tributadas em IMT, de acordo com o artigo 2/5 c).

Ps: diferente de uma permuta pois na partilha judicial ou extrajudicial temos lá o VPT dos
imóveis. O valor tributável para cada uma das pessoas seria para Eduarda 26 667€ e no caso de
filipe seria de 46 667€, de acordo com o artigo 12/4 11°.

Notas:

1º- temos algum facto tributado em IMT? Art.2°/5 c) CIMI- vamos calcular a quota de cada um
nos imóveis :

• Imóvel X 100.000 mais imóvel Y 120000


• Ou seja : 100.000+ 120 000 =220 000
• 220 000 / 3 = 73 333O
• excesso da Eduarda : 100 000 - 73 333= 26.667O
• excesso do Filipe : 120.000- 73333= 46.667
• Quer no caso de Eduarda quer do Filipe temos o excesso da quota, assim sendo são
tributados em IMT, art.2/5 c) CIMT

2º- qual o VPT?

Vamos aplicar a regra 11° do art.12° CIMT: Para calcular o valor do excesso temos de ver o VPT
( não nos vamos preocupar com valor da inscrição matricial ) e ver o valor que for superior,
mas aqui temos se tiver uma partilha quer judicial quer notarial, temos a avaliação dos bens na
partilha. No caso não temos valores da partilha diferente dos VPT, vamos então ver os VPT dos
imóveis. No caso da Eduarda 26.667 E do Filipe será 46.667

12.ª Regra
Nos atos previstos nas alíneas e) e f) do n.º 5 do artigo 2.º, o valor dos imóveis é o valor
patrimonial tributário ou, caso seja superior, aquele por que os mesmos entraram para o ativo
das sociedades ou para o património dos fundos de investimento imobiliário;

Exemplo:

Berta forma com mais três pessoas uma sociedade por quotas.
Berta realizava a sua entrada de capital com a entrega a sociedade do direito de propriedade
sobre um imóvel seu X.
O imóvel X tem o VPT de 50 000€.

Ps: sempre que existe uma entrada em espécie para uma sociedade tem de haver sempre um
relatório do ROC.

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Vamos imaginar que no relatório de avaliação é atribuído ao imóvel o valor de 120 000€.
Se aplicamos al. E) ao f) do 2ºnº5 o valor que se dava era 120 000€
(Então aqui tomávamos em conta o valor do imóvel dado pelo relatório de avaliação)

14.ª. Regra
O valor dos bens imóveis ou do direito de superfície constituído sobre os imóveis locados,
adquiridos pelo locatário, através de contrato de compra e venda, no termo da vigência do
contrato de locação financeira e nas condições nele estabelecidas, será o valor residual
determinado ou determinável, nos termos do respetivo contrato;

Exemplo

Almerindo faz contrato de locação financeira, com o banco BB, SA, tendo este contrato por
objeto um escritório, com um VPT de 100 000 euros.
Fica estipulado que o contrato tem a duração de 10 anos, que Almerindo pagará ao banco uma
renda anual de 12.960,00 euros.
Fica estipulado que, no final do período do contrato, e uma vez satisfeitas todas as rendas,
Almerindo poderá adquirir a propriedade do bem contra o pagamento de um valor de 1200
euros.
Se no final do contrato Almerindo pagar esse valor, adquire a propriedade do bem.
O valor tributável será 1200 euros.

Notas:

• A locação é o contrato pelo qual uma parte cede a outra onerosamente o uso de uma
coisa (bem móvel ou imóvel).
• É entregue o bem a título de locação, fica a pagar mensalidades como se de um
empréstimo se tratasse. No final do contrato se a pessoa pagou tudo direitinho fica
então no final tem a opção de compra/ adquire ou não do bem.
• A locação financeira em móveis é muito corrente. Já a locação financeira em imóveis é
mais para as empresas não tanto para particulares.
• ALD- alugar de longa duração.

Esquema exemplificativo:

A empresa ALFA faz com o banco BETA um contrato de locação financeira do imóvel X.
O imóvel X tem um VPT de 150 000€. Vamos imaginar que o lising é a 10 anos, dando uma
renda anual de 16 800€.
Fica estipulado no contrato que caso a ALFA queria adquirir a propriedade do bem no final do
contrato deverá pagar ao banco o valor residual de 2 000€.
Suponhamos que chega ao final do contrato e a sociedade AlFA quer adquirir o bem, cumpriu
as mensalidades e paga o valor residual, aqui é que temos o ato tributado em IMT, pois as
rendas não são tributadas.
Ou seja, o valor tributável é os 2 000€, sendo este o valor residual.

(Ver de qual regra é) Mesmo que o valor do ato seja inferior ao VPT é sempre o valor do ato
que conta (esta é exceção)

16.ª. Regra

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O valor dos bens adquiridos ao Estado, às Regiões Autónomas ou às autarquias locais, bem
como o dos adquiridos mediante arrematação judicial ou administrativa, é o preço constante
do ato ou do contrato

Exemplo

Belarmino adquire o direito de propriedade de um imóvel vendido em processo de execução,


no E-leilões
O VPT do prédio é de 75000 euros
O valor de adjudicação é de 68 000 euros
Qual é o valor tributável da operação?

Temos aqui um caso que vai contra a regra geral do art. 12º. O valor tributável é o valor da
adjudicação.

Nota:

• Aqui não interessa o VPT, é sempre o valor constante do ato e não o VPT, mesmos eu
esse valor constante do ato seja inferior ao VPT é esse que vale.

18.ª Regra
Nas situações previstas nas alíneas a) e b) do n.º 3 do artigo 2.º, o imposto incide apenas sobre
a parte do preço paga pelo promitente adquirente ao promitente alienante ou pelo cessionário
ao cedente;

Exemplo

Carminda outorga, na qualidade de promitente compradora, contrato promessa de compra e


venda de um prédio rústico, com Dario, este na qualidade de promitente vendedor.
O VPT do prédio é 3000 euros.
O preço estipulado para a venda é de 20 000 euros.
No contrato fica estipulada cláusula autorizando a cessão da posição contratual de Carminda a
terceiro.
No momento da outorga do CPCV Carminda paga a Dario a quantia de 2 000 euros, a título de
sinal e princípio de pagamento.
Passado um mês, Carminda transmite a sua posição contratual a Elvira, pagando esta a
Carminda o preço de 3 000 euros.
Finalmente, 3 meses depois, Dario vende a Elvira, pagando esta a Dario o valor de 18 000 = 20
000 – 2000

Em primeiro lugar, há que começar por assentar quais são os atos tributáveis em IMT
São 3 atos:

1) A outorga do contrato promessa de compra e venda com cláusula de cessão da posição


contratual do promitente comprador (art. 2º, nº 3, al))

2) A cessão da posição contratual do promitente comprador a Elvira (art. 2º, nº 3, b))

3) A compra e venda

Valor tributável

1) Na outorga do contrato: 2000 (regra 18ª)

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2) Na cessão da posição contratual: 3 000 (regra18ª)

3) Compra e venda: aqui vamos recorrer ao art. 22º, 3: no contrato definitivo, o valor
tributável é a diferença entre o valor da venda (que no caso é 20000) e os valores pagos nos
factos tributários anteriores (que no caso são 2000 + 3000)

20 000 – (2000 + 3000) = 15 000

O valor tributável na compra e venda é 15 000

Notas:

1 ato tributável- Temos a Alínea a) do n 3 do artigo 2, pois exige um Contrato promessa com
cláusula que permite a cedência de posição contratual.

2 ato tributável- Temos também a cessão de posição contratual artigo 2 n3 b).

3 ato tributável- E temos a compra e venda que é tributada pelo artigo 2//1.

Agora temos de saber qual o valor tributável?

Artigo 12º/4, regra 18

Ou seja, na 1- tributação a incidência será sobre 2 000€, pois é a parte paga por Carminda a
título de sinal.

2- ato tributável a incidência do imposto vai recair sobre os 3 000€

3 ato tributável temos de aplicar outra regra, nomeadamente o artigo 12/1 e remeter para o
artigo 22/3 ( esta norma diz que na verdade que foi sendo pago imposto este imposto apenas
incide sobre o remanescente) ou seja, neste caso irá ficar tributado o valor de 17 000€

(O inicial é o de 20 000€, depois temos mais 2 liquidações uma de 2mil euros e 3 mil euros,
logo a anterior foi sobre 3 mil euros que foi a cessão assim sendo, o valor tributável é de 20
000- 3 000= 17 000€)

Quadro:

Operações tributáveis:

• Contrato promessa com cláusula - artigo 3/2 a). Neste ato o sujeito passivo é a
Carminda pois é a promitente adquirente, sendo aqui o valor tributável o que está
paga nomeadamente 2 mil- artigo 12/4 18°
• Cessão de posição contratual- artigo 3/2 b). O sujeito passivo passa a ser Elvira pq é a
promitente compradora, sendo o valor tributável o de 3 mil euros pois é o que ela
paga a Carminda- artigo 12/4 18°
• Contrato de compra e venda- 2/1. Sendo o sujeito passivo Elvira e o valor tributável é
de 20 000 - 3 000= 17 000€ de acordo com o artigo 12/1 + 22/3

1- porque que primeiro faço um cpcv e depois a cedência da posição contratual ?

• Porque certamente quero ganhar dinheiro com aquele contrato que fiz, porque quem
compra arranja um outro comprador com um bom negócio.

Artigo 12º nº5 CIMT

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5 - Para efeitos dos números anteriores, considera-se, designadamente, valor constante do ato
ou do contrato, isolada ou cumulativamente:

a)A importância em dinheiro paga a título de preço pelo adquirente;


b) O valor dos móveis dados em troca, a determinar nos termos do Código do Imposto do Selo;
c) O valor atual das pensões temporárias ou das pensões ou rendas vitalícias;
d) O valor das prestações ou rendas perpétuas;
e) O valor da prestação temporária no caso do direito de superfície;
f) A importância de rendas que o adquirente tiver pago adiantadamente, enquanto
arrendatário, e que não sejam abatidas ao preço;
g) A importância das rendas acordadas, no caso da alínea b) do n.º 2 do artigo 2.º;
h) Em geral, quaisquer encargos a que o comprador ficar legal ou contratualmente obrigado.

Notas:

Não vai fazer caso com isto nem com al c) nem d)


E)- se se constituir onerosamente um direito de superfície e ele for temporário, essa prestação
temporária será tida como o tal valor constado do ato e contrato

F) artigo 2º/2 b

Caso:

A é proprietário locador, e B na qualidade de arrendatário, celebram um contrato de


arrendamento pelo prazo de 15 anos. A renda estipulada é de 10 000€ por ano.
Fica estipulado que, se B pagar todas as rendas acordadas, no final do prazo de 15 anos, B
ficará com a propriedade do imóvel.

Notas: temos aqui uma situação muito parecida com a locação financeira.

regra vai ser a do artigo 12/5 g)- valor de rendas acordadas- 15 (anos) X 10 000€= 150 000€

Ele é um contrato de locação, se não estipular

19.ª Regra
Quando se verificarem as transmissões previstas nas alíneas d) e e) do n.º 2 do artigo 2.º, o
imposto é liquidado nos termos seguintes:
a) Pelo valor patrimonial tributário dos imóveis correspondente à quota ou parte social
maioritária, ou pelo valor total desses bens, consoante os casos, preferindo em ambas as
situações o valor do balanço, se superior;
b) No caso de aquisições sucessivas, o imposto será liquidado sobre a diferença de valores
determinada nos termos da alínea anterior;

Art. 2º, 2

d) A aquisição de partes sociais ou de quotas nas sociedades em nome coletivo, em comandita


simples ou por quotas, quando tais sociedades possuam bens imóveis, e quando por aquela
aquisição, por amortização ou quaisquer outros factos, algum dos sócios fique a dispor de,
pelo menos, 75 % do capital social, ou o número de sócios se reduza a dois casados ou unidos
de facto.

e) A aquisição de unidades de participação em fundos de investimento imobiliário fechados de


subscrição particular, independentemente da localização da sociedade gestora, bem como

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operações de resgate, aumento ou redução do capital ou outras, das quais resulte que um dos
titulares ou dois titulares casados ou unidos de facto fiquem a dispor de, pelo menos, 75 % das
unidades de participação representativas do património do fundo.

Exemplo 1

A sociedade ALFA, lda. tem 5 sócios: A com 30%, B com 30%, C com 10 % , D com 15% e E com
15%
A compra a quota de B em 20 de abril de 2018.
A compra em seguida a quota de D, em 20 de maio de 2020, ficando com 75% do capital social
da sociedade A sociedade é proprietária de 2 imóveis: o imóvel X com um VPT de 80 000
euros, e o imóvel Y com um VPT de 120 000 euros.

- O imóvel X está registado no balanço por 70 000 euros

- O imóvel Y está registado no balanço por 140 000 euros

Na aquisição da quota de B não existe facto tributário.


Na aquisição da quota de C existe facto tributário, pois é com essa aquisição que A se torna
detentor de 75% do capital da sociedade.

Valor tributável

Imóvel X
O VPT é mais alto que o valor do balanço, logo toma-se por base o VPT
O VPT é 80 000
75% * 80 000 = 60 000

Valor tributável: 60 000

Imóvel Y
O valor do balanço é mais alto que o VPT, logo toma-se o valor do balanço como base
O valor do balanço é 140 000 75% * 140 000 = 105 000

Valor tributável: 105 000

Suponhamos agora que A adquire, em dezembro de 2020, a quota de C: 10% Existe facto
tributário, pois é como se A adquirisse mais uma quota do imóvel

Valor tributável

Imóvel X
10% * 80 000 = 8 000
Valor tributável: 8 000

Imóvel Y
10% * 140 000 = 14 000
Valor tributável: 14 000

Artigo 14
Trata-se da avaliação estudada no IMI para os imoveis que não tenham determinação de
matéria tributável.

Artigo 15.º

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Aquisições consideradas a título gratuito e oneroso

Nas transmissões de bens imóveis previstas nas alíneas a) e b) do artigo 3.º, o valor sujeito a
imposto corresponde:
a) À importância das entradas e das dívidas, ou do valor atual das pensões, calculado este nos
termos da alínea c) do artigo 13.º, a título de tributação da aquisição onerosa;
b) Ao excedente do valor dos bens, a título de tributação da aquisição gratuita.

Exemplo

Álvaro é proprietário de uma quinta, no Douro, com o VPT de 300 000 euros.
Álvaro tem dívidas no valor de 100 000 euros
Álvaro tem dois filhos, Bernardo e Carla
Álvaro faz um acordo com Carla: doar-lhe o imóvel com a condição de esta pagar as dívidas do
pai.

O valor tributável é o valor das dívidas: 100 000 euros

Notas:

E o contrato gratuito e oneroso ao mesmo tempo.

Caso:
Berta faz doação de um apartamento ao seu afilhado Carlos, ficando no contrato de doação
estipulado que Carlos pagará uma dívida que Berta tem ao banco no valor de 80.000€.

1- está doação e tributada em IMT?


R: Sim artigo 3° a)

2- qual é o valor tributável ?


R: 15º/ a)- logo é 80 000€ que é o valor da divida, e também o excedente por força da al. B) do
mesmo artigo. Portanto se o imóvel tiver um VPT de 120 000€ o excedente será 40 000€
Ou seja será 80 000€ + 40 000€ = 120 000€

Exemplo

Luísa é proprietária de um prédio habitacional em Braga.


Tem um filho Carlos.
Luísa faz um acordo com Carlos: doar-lhe o prédio, ficando Carlos obrigado a pagar a Luísa
uma pensão vitalícia de 1000 euros mensais.
Luísa tem 40 anos

O valor tributável vai ser determinado de acordo com o art. 13º, al. c)

a) O valor da pensão ou renda vitalícia determina-se aplicando ao produto da pensão ou


renda anual por 20 as percentagens indicadas na alínea a), conforme a idade da pessoa
ou pessoas de cuja vida dependa a subsistência da pensão ou renda e, se for
temporária, o seu valor atual determina-se multiplicando seis décimas partes da
pensão ou renda anual pelo número de anos por que deva durar, não podendo,
porém, esse valor exceder o que a pensão ou renda teria se fosse vitalícia;

Começa-se por multiplicar a pensão anual por 20

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Renda anual: 1000 * 12 = 12000
12 000 * 20 = 240 000

Aplicação da percentagem da al a)
240 000* 55% = 132 000

Aquisições consideradas a título gratuito e oneroso


Nas transmissões de bens imóveis previstas nas alíneas a) e b) do artigo 3.º, o valor sujeito a
imposto corresponde:

b) Ao excedente do valor dos bens, a título de tributação da aquisição gratuita.

A morre, sucedendo-lhe B, viúvo, e C e D filhos


Sendo A e B casados em separação de bens, a cada um dos sucessores cabe 1/3 da herança
Da herança faz parte uma conta bancária de 80 000 euros, um imóvel X com um VPT de 300
000 euros e um imóvel Y com um VPT de 160 000 euros.
Na escritura de partilha é atribuído a B o imóvel Y.
O dinheiro da conta bancária é atribuído a C.
B entrega 60 000 de tornas a C e outro tanto a D. O imóvel X é atribuído a D.
Haverá aqui algum facto tributável em IMT?

Começamos por calcular o valor total do acervo hereditário:

80 000 + 160 000 + 300 000 = 540 000

A cada herdeiro cabe 1/3 x 540 000 = 180 000

E agora vejamos quem pode ficar sujeito a IMT

C nunca pode ficar sujeito a IMT porque não lhe é atribuído nenhum imóvel

B recebe um imóvel. No entanto, o VPT do imóvel que B recebe (160 000 euros) não
ultrapassa (pelo contrário é inferior) à quota que lhe cabia (180 000). Logo, não fica sujeito a
IMT

D recebe também um imóvel. E o imóvel que D recebe tem um VPT que excede o valor da
quota que lhe caberia na herança.

• O VPT do imóvel que lhe é atribuído é 300 000€


• O valor da quota que cabia a B na herança é 180 000€

300 000 >180 000

Logo, a aquisição de D fica sujeita a IMT Verificam-se as duas condições:


a) D recebe um imóvel na partilha
b) O valor do imóvel excede a sua quota na herança

Valor tributável (art. 15º, b)


300 000 – 180 000 = 120 000

As taxas
Quais são
Como se aplicam
O CIMT tem taxas diferentes para as seguintes situações

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• Aquisição de prédio urbano ou de fração autónoma de prédio urbano destinado
exclusivamente a habitação própria e permanente
• Aquisição de prédios rústicos
• Aquisição de outros prédios urbanos e outras aquisições onerosas
• A taxa é sempre de 10 %, não se aplicando qualquer isenção ou redução sempre que o
adquirente tenha a residência ou sede em país, território ou região sujeito a um
regime fiscal mais favorável, constante de lista aprovada por portaria do Ministro das
Finanças, sem prejuízo da isenção

Artigo 17

A) é uma aquisição para habitação própria permanente;


B) aplica-se a habitações secundárias, de investimento …
C) aplica se a prédios rústicos;
D) aplica-se se for um direito real menor (usufruto, dt de superfície, uso e habitação), e tudo o
que não se inserir nas al. Anteriores.

Prédios/fracção autónoma de prédio urbano destinado exclusivamente a habitação


própria e permanente

Notas:
Artigo 17°/1

A) se a pessoa comprar para viver nela é esta alínea para as taxas


B) prédio, mas a pessoa não está la a viver permanente, por exemplo tem para férias, para
arrendar, etc
C) se for prédio rústico
D) se não for nada disto ou se for direitos reais menores ( ex: se for um usufruto, uso e
habitação, direito de superfície)

Em vez de ser uma só taxa é progressiva, igual acontecesse no irs, ou seja, por escalões

Ex: Alberto adquire por compra e venda uma moradia pelo preço de 600.000€.

O vpt é de 380.000€.

1-calcule o IMT a pagar por Alberto ?


R: está explicado no art.17°/3

A primeira parcela e o limite do maior dos calões ( e o limite superior )

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O maior escalão que lá cabe na maior que diz “287 213” se estamos a aplicar a alínea a) e o
nosso valor tributável é 450.000€

Então os 450.000 (dividir em duas partes) é igual :

A primeira parcela - é a maior que será a parcela 287 213

A segunda parcela: é a diferença entre 450.000- 287 213 = 162 787

Agora a cada parcela vamos aplicar a sua taxa : ( ver sempre da direita para a esquerda e de
cima para baixo para ler )

Significa que na parcela 287 213, então vamos aplicar 3,8361 % ( aplicamos a taxa da tabela da
esquerda seguinte a este, logo os 8%, ou seja, (287 213 X 3,836 1) + (162 787 X 8%)= 11 017,77
+ 13022,96 = 24 040,74

O imposto é de 24 040,74€.

Caso:

Alberto adquire por Compra e Venda uma moradia por um preço de 450 000€. O VPT é de 380
000€. Calcule o IMT a pagar por Alberto?

17/3- dar uma vista de olhos tem a explicação.

A dificuldade maior esta na 1º parcela- que é o limite superior do maior escalão que la cabe.

1 º passo: Temos de olhar para os limites superiores dos escalões e qual é o maior que cabe o
nosso valor. Ou seja, no nosso caso é nos 287 213 17 a)

O VPT é 450 000€ = 1º parcela- 287 213(pois é o que diz o nº3 do artigo 17, tem de ser 2
partes, em que a 1º tem de caber dentro de 450 000€) 2º parcela- 450 000€ - 287 213= €
162 787 € (ou seja, a diferença).

2º passo- temos de ir a cada uma das parcelas aplicar a sua taxa:

Sempre da direita para a esquerda e de cima para baixo para ler

Na 1º parcela vamos aplicar a taxa de 3,836 1, aplicamos a taxa da tabela da esquerda seguinte
a este logo 8, ou seja, (287 213 x 0,03836 1) + (162 787 x 0,08) =

11 017,77 + 13 022,96= 24 040,74

O imposto são 24 040,74€

Como se aplicam os escalões


3 - Quando, relativamente às aquisições a que se referem as alíneas a) e b) do n.º 1, o valor
sobre que incide o imposto for superior a (euro) 92 407, é dividido em duas partes, sendo uma
igual ao limite do maior dos escalões que nela couber, à qual se aplica a taxa média
correspondente a este escalão, e outra, igual ao excedente, a que se aplica a taxa marginal
respeitante ao escalão imediatamente superior

Exemplo:

A adquire uma moradia para sua habitação própria e permanente, pelo valor declarado de 280
000 euros (sendo o VPT de 220 000 euros)

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Vai-se aplicar a taxa média do 3º escalão: 1,7274%
E vai-se aplicar a taxa marginal do 4º escalão: 3,8361

Para isso vamos dividir o valor tributável em duas parcelas:


1ª parcela: o limite superior do maior escalão que cabe no nosso valor tributável: 172 348
2 ª parcela: a diferença: 280 000 – 172 348 = 107 652

Em seguida aplicamos as taxas às parcelas

172 348 * 1,7274%


107 652 * 7%

Calculamos as multiplicações:
172 348 * 1,7274% = 2977,14 euros
107 652 * 7% = 7535,64 euros

Em seguida somamos:
(172 348 * 1,7274%) + (107 652 * 7%) = 2977,14 + 7535,64 = 10 512,78 euros

Prédios/fracção autónoma de prédio urbano destinado exclusivamente a habitação


não própria e permanente

Caso para resolver em casa


Suponha que Rui adquire um apartamento para habitação de férias pelo valor de 240 000
euros
Calcule o IMT que Rui irá pagar.

A taxa agravada do nº 4 não se aplica a pessoas singulares.

7 - O disposto no n.º 4 não se aplica quando o adquirente seja pessoa singular.

c) Aquisição de prédios rústicos - 5%

d) Aquisição de outros prédios urbanos e outras aquisições onerosas - 6,5%.

Que outros prédios urbanos?

• Terrenos para construção


• Prédios destinados a comércio, indústria e serviços
• Outros

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5 - Nos casos previstos nas alíneas a) e b) do n.º 3 do artigo 2.º, a taxa aplicável aos montantes
referidos na regra 18.ª do n.º 4 do artigo 12.º é a que corresponder à totalidade do preço
acordado no contrato, não lhe sendo aplicável a taxa referida na alínea a) do n.º 1.

Art. 2º
3 - Considera-se que há também lugar a transmissão onerosa para efeitos do n.º 1 na outorga
dos seguintes atos ou contratos:
a) Celebração de contrato-promessa de aquisição e alienação de bens imóveis em que seja
clausulado no contrato ou posteriormente que o promitente adquirente pode ceder a sua
posição contratual a terceiro;
b) Cessão da posição contratual no exercício do direito conferido por contrato-promessa
referido na alínea anterior;

Caso:

Isabel celebra na qualidade de promitente vendedora, com Jaime na qualidade de promitente


comprador, CPCV o imóvel X.
É estipulado um sinal de 20.000€ a título de princípio de pagamento.
O VPT é de 100.000€.
Preço global é 150.000€
E é efetuada de imediato a tradição do bem.
Imaginando que é um prédio habitacional.

1- temos uma operação tributada ?


R: Sim, 2/2a)

2- qual é o valor tributável no contrato de promessa ?


R: 20.000€ - 22°/3

3-qual é a taxa ?
R: Aplica-se o 17°/5
( mas isto não sai, só deu exemplo para vermos para que era esta regra do art.17/5)

Exemplo
Abel outorga, na qualidade de promitente vendedor, CPCV com Bárbara, esta na qualidade de
promitente compradora, de uma moradia.
O VPT da moradia é de 150 000 euros.
O preço estipulado é de 200 000 euros.
É estipulada a obrigação de Bárbara pagar a Abel, no momento da outorga do CPCV a quantia
de 10 000 euros a título de sinal e início de pagamento.
É ainda incluída no contrato uma cláusula que autoriza Bárbara a ceder a sua posição
contratual.
Bárbara declara no título do contrato que pretende destinar a moradia a sua habitação própria
e permanente
Valor tributável?

Regra 18ª do art. 12º : o imposto incide apenas sobre a parte do preço paga pelo promitente
adquirente ao promitente alienante ou pelo cessionário ao cedente;

Valor tributável: 10 000 euros

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Vamos ter que encontrar a taxa que corresponder à totalidade do preço

Valor tributável : 200 000 euros

I = (172 348 * 2,2636%) + (27 652 * 7%) =

I = 3 901,30 + 1 935,65

I = 5 836,95

Cálculo lateral: 200 000 - 172 348 = 27 652

Valor tributável : 200 000 euros

I = 5 836,95

Taxa = 5 836,95 / 200 000 * 100 = 2,9185%

Vamos aplicar “a taxa” que corresponde ao valor total da operação/preço global da compra e
venda - 2,9185%

Valor tributável : 10 000


10 000 * 2,9185% = 291,85 euros

Outro caso para aplicação da regra do nº 5 do art.º 17º


Alda outorgou, na qualidade de promitente compradora, com Bela, esta na qualidade de
promitente vendedora, CPCV de um escritório.
VPT: 30 000
Preço acordado e declarado: 55 00 euros
É estipulada a obrigação de Bela pagar a Alda, no momento da outorga do CPCV a quantia de
10 000 euros a título de sinal e início de pagamento.
É ainda incluída no contrato uma cláusula que autoriza Bela a ceder a sua posição contratual.
Qual é o montante do imposto a pagar?

Liquidação
Artigo 19º
Iniciativa da liquidação

1 - A liquidação do IMT é de iniciativa dos interessados, para cujo efeito devem apresentar, em
qualquer serviço de finanças ou por meios eletrónicos, uma declaração de modelo oficial
devidamente preenchida.
2 - A liquidação é promovida oficiosamente pelos serviços de finanças que forem competentes
e sempre que os interessados não tomem a iniciativa de o fazer dentro dos prazos legais, bem

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como quando houver lugar a qualquer liquidação adicional, sem prejuízo dos juros
compensatórios a que haja lugar e da penalidade que ao caso couber.
3 - A declaração prevista no n.º 1 deve também ser apresentada, em qualquer serviço de
finanças ou por meios eletrónicos, antes do ato ou facto translativo dos bens, nas situações de
isenção.

Notas:

O comprador antes de compra, tem de levar todos os documentos (dados do imóvel, preço,
dados pessoais etc) e chegar lá e dizer venho pagar IMT porque vou fazer uma compra e
venda…. Liquidação é feita antes do ato
N°1-Os interessados e o SP ( o adquirente ) ele toma a iniciativa (ou seja, vai as finanças e diz
que quer liquidar / pagar o IMT)
N°2- Se os interessados não o fizerem, terá então de ser o chefe das finanças.
N°3- A liquidação é feita antes do ato.

Artigo 21.º
Competência para a liquidação
1 - O IMT é liquidado pelos serviços centrais da Direcção-Geral dos Impostos (agora é
Autoridade Tributária), com base na declaração do sujeito passivo ou oficiosamente,
considerando-se, para todos os efeitos legais, o ato tributário praticado no serviço de finanças
competente.
2 - Para efeitos do número anterior, são aplicáveis as regras seguintes:
a) Quando a liquidação for efetuada com base na declaração do sujeito passivo, considera-se
competente para a liquidação do IMT, o serviço de finanças onde é apresentada a declaração
referida no n.º 1 do artigo 19.º;
b) Nos casos em que a liquidação é promovida oficiosamente considera-se competente para a
liquidação do IMT, o serviço de finanças da área da situação dos prédios, sem prejuízo do
disposto nos números seguintes.
c) Quando a declaração for apresentada por meios eletrónicos ou nos termos da alínea c) do
n.º 1 do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 263-A/2007, de 23 de julho, considera-se competente
para a liquidação do IMT o serviço de finanças do domicílio ou sede do sujeito passivo.

3 - Nas alienações de herança ou de quinhão hereditário, bem como no caso de transmissões


por partilha judicial ou extrajudicial, a liquidação do IMT é sempre promovida pelo serviço de
finanças competente para a liquidação do imposto do selo.

4 - Nos casos previstos no número anterior, se não houver lugar a liquidação de imposto do
selo, a liquidação do IMT é promovida pelo serviço de finanças onde estiverem situados os
bens, e se estes ficarem situados na área de mais de um serviço de finanças, por aquele a que
pertencerem os de maior valor patrimonial tributário.

Notas:

N1- quem faz a liquidação e a AT, com base na declaração que o SP entrega

• Quem líquida e o serviço das finanças competente ( art.19, ou seja, qualquer serviço
das finanças, no IMT pode ser qualquer um porque não tem territorialmente
competente)

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Artigo 22º
Momento da liquidação
1 - A liquidação do IMT precede o ato ou facto translativo dos bens, ainda que a transmissão
esteja subordinada a condição suspensiva, haja reserva de propriedade, bem como nos casos
de contrato para pessoa a nomear nos termos previstos na alínea b) do artigo 4.º, salvo
quando o imposto deva ser pago posteriormente, nos termos do artigo 36.º.

2 - Nas transmissões previstas nas alíneas a), b), c) e d) do n.º 3 do artigo 2.º, o imposto é
liquidado antes da celebração do contrato-promessa, antes da cessão da posição contratual,
da outorga notarial da procuração ou antes de ser lavrado o instrumento de
substabelecimento, sem prejuízo do disposto no número segui

Notas:

• Nº1 - Ou seja, tem de dar tempo que a finanças faça a liquidação antes do ato.
Tem de ficar no contrato que se destina p/ex, habitação própria permanente para
usufruir da isenção.
• A liquidação e feita antes do ato- significa que quando nós vamos para a escritura já
levamos comprovativo que o imposto foi pago
• Artigo 30º:
✓ É importante do ponto de vista prático.
✓ Imaginem que o prédio tem um VPT de 120.000€, mas por qualquer razão não
vale isso.

Artigo 31.º
Liquidação adicional
1 - Em caso de omissão de bens ou valores sujeitos a tributação ou havendo indícios fundados
de que foram praticados ou celebrados atos ou contratos com o objetivo de diminuir a dívida
de imposto ou de obter outras vantagens indevidas, são aplicáveis os poderes de correção
atribuídos à administração fiscal pelo presente Código ou pelas demais leis tributárias.

Notas:

Liquidação adicional- existe quando:

• A Sociedade ALFA, adquiriu um imóvel para revenda pelo valor de 200 000€. O imóvel
tinha um VPT de 100 000€. O valor declarado na compra e venda, escritura, foi de 100
000€.
• Ocorre que durante uma Inspeção na empresa vendedora, a autoridade tributária
encontrou provas de que o preço verdadeiro pelo que o imóvel foi comprado foi de
200 000€.
• A AT vai aqui fazer uma liquidação adicional, ou seja, uma liquidação da diferença do
valor declarado junto com juros.

Quando existe uma liquidação adicional ?

Caso:

A sociedade ALFA adquiriu um imóvel para revenda, pelo valor de 200.000€.


O imóvel tinha um VPT de 100.000€.
O valor declarado na escritura de compra e venda foi de 100.000€.

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Levada a cabo uma inspeção, na empresa vendedora, a AT encontrou provas de que o preço
verdadeiro (porque o imóvel foi comprado) foi 200.000€.

O que a AT vai fazer aqui?

O IMT já foi liquidado uma vez, agora a AT vai fazer uma liquidação adicional (sobre o valor em
falta, mais juros compensatórios, mais uma contraordenação).

Em suma : sempre que haja motivos que a AT tenha de liquidar sobre algum caso em que já foi
liquidado, mas por exemplo foi liquidado mal.

Exercício (aplicação do 17)

Alberto adquire por compra e venda um apartamento destinado a arrendamento. O VPT do


imóvel e de 87 000€. O preço constante da escritura é 180 000€.

1-Para calcule o imposto qual a alínea do nº1 do artigo 17º?


R: Alínea b

2-Qual o valor tributável?


R:180 000€ por este ser o valor superior

3-
Valor tributável- 180 000€
180 000 : 172 348 = 7652
IMT = (172 348 x 2,26363%) + (7 652 x 7%)
= 3 901,26+ 535,64
= 4 436,9€

Imposto de Selo
Por exemplo: compra e venda irá pagar IMT e imposto de selo, onde ambos incidem sobre o
mesmo valor.

Tabela geral do imposto de selo


Verba 1.1

Um contrato invalido:
( viola a lei)

1. Anulabilidade (anulação) (se as partes não quiserem fazer nada o contrato fica assim)
2. Nulidade (declaração de nulidade) (fica nulo independentemente da vontade das
partes)
3. Inexistência(declaração de inexistência)

O imposto de selo incide numa destas invalidades, oi seja, só depois de ocorrer uma destas
invalidades é que o imposto de selo incide.

Se o tribunal decretar a resolução de um contrato paga imposto de selo, no caso de anulação


do contrato, bem como a declaração de invalidade por parte do tribunal. Desta forma, um
contrato invalido tendo pode ser declarado nulo, inexistente quanto anulação do contrato. O
imposto de selo incide sobre a declaração de nulidade, de anulação ou de inexistência, não

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indo a incidir diretamente sobre o contrato. Isto da invalidade encaixa-se na verba 1.1 da
tabela geral do imposto de selo a que se refere o artigo 1º nº1.

Exemplo:

A e B celebram por escritura publica um contrato de compra e venda de um imóvel X. esta


compra e venda esta ou não sujeita a imposto de selo?
R: está porque é uma aquisição onerosa. Este imposto vai somar ao IMT

Exemplo:

A e B fazem contrato de doação do imóvel X. este contrato está ou não sujeito a imposto de
selo?
R: sim

Verba 1.2

“1.2 - Aquisição gratuita de bens, incluindo por usucapião, a acrescer, sendo caso disso, à da
verba 1.1 sobre o valor 10%”

Exemplo:

Exemplo: A e B celebram entre si um contrato de doação de um imóvel X, sendo que este


imóvel tem um VPT de 100 000 euros.

1.Este contrato está sujeito a imposto de selo?

R: sim, a operação é tributada em imposto de selo, porque o artigo 1º manda tributar em


imposto de selo todas as situações constantes na tabela geral, inserindo-se na verba 1.1 da
referida tabela, pois está em causa uma transmissão de um bem por doação. Tratando-se
também de uma aquisição gratuita, entrando também na verba 1.2 conjugada com o artigo 1º
nº3 al a) que especifica o que são transmissões gratuitas.

2.Aplica-se o artigo 3º do CIMT ?

R: não porque para que se aplique este artigo tem que estar em causa uma doação modal, ou
seja, tinha que haver contrapartida, o que não é o caso.

3.Qual é o valor tributável da doação para efeitos de imposto de selo?

R: Artigo 9º nº4 (remete para o artigo 12º nº1 do CIMT) incide sobre o valor (verba 1.1, final)
artigo 13º nº2. O valor tributável vai ser os 100 000 euros.

4.Cálculo do imposto de selo.

R: 100 000 x 0,8% = 800€

Exemplo:

Se A fazer uma doação a B do seu Iate está sujeito a imposto de selo?


R: sim, artigo 1º nº3 al. b)

Artigo 1
O imposto selo incide sobre

• Atos

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• Contratos
• Documentos
• Títulos
• Papéis
• E factos sujeitos há tabela geral

Artigo 9º
Valor tributário:

• Constante na matriz< (artigo 13º)


• 12º do IMT ( caso não se aplique o 13º)

Procedimento da liquidação
• Quem
• Quando
• Onde

Caso sobre compra e venda (contrato oneroso)


A e B celebram por escritura publica um contrato de compra e venda de um imóvel X. o imóvel
tem um VPT de 100 000€ e o preço foi 140 000€.

1. Esta compra e venda esta sujeita a imposto de selo?

Artigo 1 (este artigo é o que nos diz onde insidie o importo de selo) -Vamos a tabela e
verificamos se se encaixa.
Dissemos que era uma aquisição onerosa do direito de propriedade, que cabe na tabela geral,
na verba 1.1.
Assim está sujeito a imposto selo, pela verba 1.1

2. Também vai ser tributável pela verba 1.2?>


R: não

3. Quem é sujeito passivo de imposto selo ? quem esta sujeito só encargo?

Temos de atentar no artigo 2/1 a),ou seja, o sujeito passivo é aquele que celebra o contrato de
compra e venda, ou seja, é o profissional que exara a E.P, se for advogado ou solicitador é que
há uma autentificação do DPA.
Porém o encargo do imposto é do adquirente nos termos do artigo 3/3a) in fine(na parte final).
Isto quer dizer que o sujeito passivo tem de exigir comprovativo que o adquirente pagou o
imposto senão não celebra o ato.

4. Que imposto vai ser pago/qual o valor tributável sobre que incide a taxa?
Artigo 9º nº4 + 12º CIMT.
O valor tributável em imposto selo é o maior dos valores entre o VPT é o valor da
transação, logo no caso é 140 000€ (valor do VPT).
Cálculo: 140 000 X 0,8% (verba 1.1) = 1120€

5. Como se faz a liquidação?


Art 23°. A liquidação compete ao sujeito passivo, logo aquele que celebra o contrato.
Temos de ir ao artigo 2/1 a, são os profissionais que tem de fazer q liquidação do imposto.

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6. Quando se faz a liquidação?
A lei não faz referência as onerosas, mas o ato não pode ser celebrado sem ser feita a
liquidação, assim tem que ser celebrado sem ser feita liquidação, assim tem que ser feita a
liquidação 20 dias antes do ato.
Os profissionais não pode celebrar o ato sem ter liquidado o ato, senão quem procede ao
pagamento é o profissional.
Art23/4- em princípio o procedimento segue os mesmos trâmites que no CIMT.
O comprador tem de ir às finanças preencher a declaração antes do ato, as finanças
líquidas e ele o que tem de levar é a liquidação feita.

7. Pagamento:

Juntando aqui mais uma regra a do art.41º, quem procede ao pagamento é o sujeito passivo,
ou seja, os profissionais.
43º e 44º- Vai juntar todo o imposto selo que tem de pagar ao estado no mês do maio,
entregamos a declaração.

8. Qual é o momento que nasce a obrigação?

Artigo 41º
Artigo 5/1 a)-no momento da assinatura
tem de ser pago até ao 20º dia do mês seguinte ao que nasceu a obrigação tributaria. Logo, se
o contexto foi celebrado no dia 15 de maio de 2021 tem de pagar o imposto ate ao dia 20 de
junho de 2021, Artigo 44º-
O artigo 2/1a)
Artigo 3/1 titular do interesse económico numa compra e venda quem é?

Artigo 52ª
O solicitador nesse caso tem até o dia 20 de cada mês entrega a lista do mês anterior.

Caso sobre Doação (contrato gratuito)


A e B fazem doação do imóvel X em que o VPT é 100 mil euros.

1. Está sujeita a imposto selo?


R: sim de acordo com a verba 1.1 (doação) e 1.2(por ser aquisição gratuita) da tabela
geral de imposto selo.

2. Qual o valor tributável desta doação?


R: o valor tributável é o artigo 9º (regra geral) e 13º (norma especial). Como temos uma
norma especial vamos ao artigo 13º, ou seja, o valor tributável são os 100 000€ do VPT.

3. Quem é sujeito passivo?


R: artigo 2/2, aplicando se alínea b), sendo então o sujeito passivo é aquele para quem se
transmite os bens, logo o donatário sendo ele a quem vai ser devido o imposto.

4. De quem é o encargo?
R:Artigo 3/3 a), logo será também o donatário. Sendo então a mesma pessoa sobre quem
recai o encargo e o sujeito passivo.

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5. Como se procede a liquidação?
6. Quem faz a liquidação ?
R: É os serviços/ autoridade tributária(AT), artigo 25º

7. Quem faz a declaração?


R: Artigo 26/1, ou seja, é o beneficiário que tem de ir declarar/ participar.

8. Quando tem de ser feita essa transmissão às finanças?


R: Até ao final do 3º mês seguinte, 26/3
ex: 15 de maio de 2021 qual era o prazo para ir às finanças declarar? Dia 31 de agosto

9. Procedimento
O donatário vai a qualquer serviço de dimanavas e faz a participação, os serviços
procedem a liquidação e notificam o donatário artigo 36.
10. Qual o momento para pagar ?

R: Artº 45/1

Caso sobre arrendamento


Abel e Bento outorgam contrato de arrendamento de bem imóvel no dia 15/05/2021, e renda
mensal é de 500€.

1. Este contrato está sujeito a imposto selo?


R: artigo 1, depois tabela- verba 2

2. Qual o valor tributável?


R:Regra geral: artigo 9º nº4, não aplicamos o artigo 9º nº4 porque existe uma regra
especial que está na tabela, verba 2, assim o valor será o valor mensal, 500€.
Calcular o imposto: 500 x 10%= 50€

3. Quem é o sujeito passivo?


R:Artigo 2/5- o sujeito passivo é o locador, ou seja, o proprietário.

4. Quem recai o encargo?


R:3/3 b)- locador (proprietário)

5. Quem faz a liquidação? Como líquida?


R:23/8- é a autoridade tributária (AT) com base numa declaração.

6. Quem entrega a declaração e em que prazos?


R:artigo 60º nº1, essa declaração é dada pelo locador, até ao fim do mês seguinte ao do
início do arrendamento, do subarrendamento, das alterações, da cessação ou, no caso de
promessa, da disponibilização do bem locado, em declaração de modelo oficial.

Imaginemos que o arrendamento é para iniciar no dia 1/06/2021, até quando tem de ser dada
a declaração?
tem até 31/07/2021 para comunicar.

Normalmente existe um lapso de tempo entre a assinatura e a entrada em vigor

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7. Quando é pago?
R: no mesmo prazo que a declaração, artigo 44º nº6 e 60º nº2.

Caso sobre Heranças


Artur morre sucedendo-lhe cônjuge Maria e filhos José e Ana.
Da herança consta uma moradia de VPT de 200 000€, um prédio rústico de 10 000€, duas
contas bancárias no valor de 500 000€ e um automóvel de 20 000€. Artur deixou testamento a
Claúdio, seu sobrinho, 50 000€ em dinheiro. O Artur morre em 1/01/2021. A moradia vai ser
adjudicada a Maria. O prédio rústico fica em compropriedade para José e Ana e o dinheiro (
450 000€ sobra) divide-se pelos 2 filhos e o automóvel fica para Maria.

1. Está sujeita a imposto selo a herança (as adjudicações antes das isenções)?
R:Sim de acordo com o artigo 1 + tabela geral- verba 1.2
Cada um dos bens está sujeita a imposto pela verba 1.2.

2. Qual o valor tributável?


Moradia, 200 000€, artº 13º
Prédio Rustico, 10 000€, art 13º
Conta Bancária, 500 000€, art 15º nº5 (entrega de dinheiro em testamento também se
aplica este artigo).
Automóvel, 20 000€, art 14º

3. Quem é sujeito passivo destas aquisições?


Artº 2º nº2 al a)- herança

4. Sobre quem recai o encargo do imposto?


Artº 3 nº3 al a)- herança e legatários
(Quando se procede à partilha o imposto já está deduzido)

5. Procedimento, artº 23º e ss


Maria tem de fazer a participação, artº 26º nº1, enquanto cabeça de casal.
Se a Maria não for ? vão os filhos (na prática qualquer herdeiro pode fazer a participação).
Artigo 26º nº3 e nº9
Segue-se a liquidação, artº 25 e 36º CIS.
Quem é notificado é o cabeça de casal (SP é a herança que é representada pelo cabeça de
casal. Não havendo cabeça de casal, são os legatários).
Artº 63º-A – os bancos só deixam levantar quando é pago o IS e é confirmado.

6. Qual o valor do imposto a pagar ?


10% x 730 000€= 73 000€

3 etapas essenciais:
1) Cabeça de casal tem de provar o cargo pela habilitação de herdeiros.
2) Liquidação feita, artº 33º nº1
3) Notificação e pagamento, artº 36º
Pagamento- ato de administração, artº 45º nº1 (feito pelo cabeça de casal)

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7. Isenções, artº 6º al. e)
Estão isentos todos (Maria, José e Ana) menos o Cláudio que é sobrinho.
Imposto associado ao cláudio é 10% x 50 000= 5000€

Outros casos:
• Fernando empresta 20 000€ à prima Francisca. Está sujeito a IS? Verba 17.1
• Hipoteca voluntária- verba 10
• Trespasses- verba 27.1. Se o valor do trespasse for 100 000€ (100 000 x 5%), o IS é
5000€. O SP é o trespassante. O encargo recai sobre a sociedade (adquirente), artº 3º
nº3 al. v).
• Fazer testamentos- verba 15.6

Caso sobre Partilhas em vida: Artigo 2029º e ss CC

1. José faleceu e sucederam-lhe Leopoldina (cônjuge) e 3 filhos (Maria Eulália,


Maria Almeida e Paulo). Deixou um prédio urbano no valor de 1 000 000€. Vai
ser dividido em 2 partes o valor do prédio, cada uma com o valor de 500 000€.
Bem esse a dividir em duas partes, uma corresponde ao valor da meação da 1ª
outorgante e a outra a meação do falecido. A meação do falecido vai ser
dividida em 4 (pelo cônjuge e pelos filhos) que dá então o valor de 125 000€.
Leopoldina ficou com o usufruto do prédio:
1 000 000€ x 15%= 150 000€, artº 13º
➔ 50% já era dela (comunhão de bens)
➔ 50% pela partilha

1.1 – Atribuir o valor tributável ao direito que a Leopoldina recebeu em partilha.


1 000 000:2= 500 000€ (50% do prédio)
500 000 x 15%= 75 000€, art 13º

1.2 – Comparação do valor que tinha direito a receber em partilha com o valor
que recebeu.
500 000 : 4= 125 000€
Tem direito a ¼ de metade do valor do prédio (meação do marido porque a outra
metade já era dela)- tinha direito a ¼ do direito de propriedade, mas em vez disso
recebe 50% do usufruto (150 000).
¼ x 0,5 x 1 000 000
125 000€ – 75 000€= 50 000€
Conclusão: Leopoldina recebe a menos 50 000€

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