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Direito Civil Parte Geral

Grupo 5
Dos Defeitos ou Vícios do Negócio Jurídico
Nulidades
Nulidade Absoluta
•O artigo 166 do Código Civil estabelece as seguintes regras: "Art. 166. É
nulo o negócio jurídico quando: I - celebrado por pessoa absolutamente
incapaz; II - for ilícito, impossível ou indeterminável seu objeto; III - o
motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; IV - não
revestir a forma prescrita em lei; V - for preterida alguma solenidade que
a lei considere essencial para a sua validade; VI - tiver por objetivo
Qual a diferença de nulidade absoluta e relativa? fraudar lei imperativa; VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou
Se a exigência é imposta pela lei em função do interesse proibir-lhe a prática, sem cominar sanção."
público, a situação é de nulidade absoluta. Se a exigência (artigo 167 do CC/2002) ocorre quando há uma declaração enganosa de
descumprida é imposta pela lei no interesse da parte, há vontade de quem praticou o negócio, de forma a fazer parecer real o
nulidade relativa. acordo que tem por origem uma ilicitude, visando, no geral, fugir de
obrigações ou prejudicar terceiros.

Nulidade Relativa
O negócio anulável (nulidade relativa) é o negocio jurídico que
ofende o interesse particular de pessoa que o legislador buscou
proteger. o negocio anulável pode se tornar válido se suprida a
deficiência (art. 171, do CC).
Defeitos do
Negócio
Jurídico
É CLASSIFICADO EM:
• ERRO OU IGNORANCIA
Art. 138 cc
• DOLO
Art. 145 ao 150 CC.
• COASÃO
Art. 151 CC
• LESÃO
Art. 157 CC
• SIMULAÇÃO
Art. 167 CC
• ESTADO DE PERIGO
Art. 156 CC
Vícios de Consentimento e Vícios Sociais
•Os vícios sociais têm por definição a distorção na intenção do agente na realização do negócio jurídico
com finalidade de burlar interesses de terceiros, como também, de prejudicar o meio social. Estes
Vícios possuem duas modalidades: 1 Fraude Contra Credores (art. 167 do CC) 2 Simulação (art. 158 a
165 do CC)
Vícios de Consentimento e Vícios Sociais
•Vícios de Consentimento De acordo com o Código Civil Brasileiro, os vícios de consentimento
são: - Erro (arts., 138 a 144 do CC) - Dolo (arts., 145 a 150 do CC) - Coação (arts. 151 a 155 do CC)
- Estado de Perigo (art. 156 do CC) - Lesão (art., 157 do CC)
Dolo
CONCEITO DE DOLO
Dolo é o emprego de um artifício malicioso utilizado para induzir ou manter alguém em erro, levando-
o a prática de um negócio jurídico que não teria sido praticado sem essa maliciosa indução, como
forma de obter vantagem para si próprio ou para terceiro., ou seja, é a conduta de quem
intencionalmente provoca, reforça ou mantém a outra pessoa em erro.

Art. 145 ao 150 do Código Civil.


Dolo
DOLO PRINCIPAL E DOLO ACIDENTAL

Dolo principal = Art. 145 do CC


Dolo acidental= Art. 146 do CC

O Dolo Principal vicia o negócio jurídico e faz com que ele possa ser anulado.
É a causa determinante para realização do negócio, ou seja, se não fosse o dolo a pessoa não teria realizado o negócio.

O Dolo Acidental não vicia o negócio jurídico, pois não foi a razão determinante para realização do negócio, mesmo se a
outra parte soubesse do dolo ainda assim teria realizado o negócio jurídico só que em outras condições.
Características e Espécies
Há seis defeitos do negócio jurídico e que o torna anulável, a saber:
 o erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão e fraude contra credores.

Desse modo, os defeitos ou vícios do negocio


jurídico, consistem em negócios em que a real vontade do
agente não foi observada, havendo a presença de fatos que o
tornam nulo ou passível de anulação. São, pois, falhas,
anomalias, que fazem com que a vontade não seja corretamente
ou totalmente manifestada e observada.
Erro ou ignorância
O erro, também chamado de ignorância, consiste na falsa representação da realidade e na falsa noção sobre os
elementos do negócio jurídico pelo agente.
Essa falsa impressão da realidade e dos elementos deve ser fator determinante para o acontecimento daquele
negócio jurídico. Ademais, essa ignorância decorre de causas próprias, ou seja, sem a indução de terceiros.
Além disso, o erro poderá ser substancial ou acidental. No primeiro caso, o erro substancial, consiste naquela
situação em que se o agente conhecesse a verdade, ele não teria praticado o negócio jurídico.
As hipóteses de erro substancial estão no artigo 139 do Código Civil, veja:
Art. 139. “O erro é substancial quando:
I – interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele
essenciais;
II – concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde
que tenha influído nesta de modo relevante;
III – sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio
jurídico.”
Já o erro acidental é aquele que não é causa para anulação do negócio jurídico.
Coação
Prevista pelo artigo 151 do Código Civil, a coação decorre de uma ameaça grave exercida sobre o indivíduo, contra sua
vontade, para o acontecimento do negócio jurídico.
A coação exercida por terceiro (art.154 do Código Civil) poderá causar a anulação do negócio, caso a parte que irá se
beneficiar tenha ciência. Caso contrário, o terceiro irá responder por todas as perdas e danos da parte prejudicada.
Conceito e requisitos

Negócio jurídico é todo fato jurídico que consiste em uma declaração de vontade à qual o


ordenamento jurídico atribuirá os efeitos designados como desejados, desde que sejam respeitados os
pressupostos de existência, os requisitos de validade e os fatores de eficácia (impostos pela norma jurídica).

Os requisitos de “existência” do negócio jurídico são os seus elementos estruturais, entre eles, a declaração
de vontade, a finalidade negocial e a idoneidade do objeto. Se faltar um desses elementos, o negócio
jurídico deixa de existir.
Conceito e espécies

Art. 138 ao 165 do Código Civil

•Os defeitos do negócio jurídico são vícios


que justificaram a validade e a eficácia
dos atos jurídicos, podendo gerar sua
anulabilidade ou nulidade. Esses defeitos
estão previstos no Código Civil brasileiro,
que elenca sete espécies de defeitos:
erro, dolo, coação, estado de perigo,
lesão, fraude contra credores e
simulação.

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