Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Direito Civil
1
Ceisc Concursos
Direito Civil
Olá! Boas-Vindas!
Cada material foi preparado com muito carinho para que você
possa absorver da melhor forma possível, conteúdos de qua-
lidade!
Com carinho,
Equipe Ceisc. ♥
2
Ceisc Concursos
Direito Civil
Direito Civil
Prof.ª Patricia Strauss
Sumário
Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para
concursos e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso, recomenda-
se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.
3
Ceisc Concursos
Direito Civil
A terceira parte da parte geral do Código Civil se dedica ao estudo dos chamados negó-
cios jurídicos e inicia com o tratamento sobre os requisitos de validade de todo e qualquer negó-
cio jurídico.
4
Ceisc Concursos
Direito Civil
consigo mesmo, teremos que este negócio será passível de anulação. Um exemplo é o caso de
João outorgar poderes para que Pedro venda seu carro. Pedro então, acaba comprando o carro.
Temos que Pedro estaria “celebrando contrato consigo mesmo” já que “assinou” como
vendedor, ao representar João e também como “comprador” ao comprar o carro.
Além disso, o representante é obrigado a provar para as demais pessoas que tem poderes para
atuar em nome do representado, conforme Art. 118.
Termo inicial: É a data de início em que o negócio jurídico vai surtir efeito.
Termo final: É a data final em que o contrato irá terminar.
5
Ceisc Concursos
Direito Civil
Uma das partes mais importantes da parte geral do Direito Civil é o estudo sobre os
defeitos do negócio jurídico. Todos os 6 defeitos possuem o mesmo tratamento dado pelo Código
Civil. Eles são passíveis de anulação, em um prazo de até 4 anos. Contudo, importa lembrar que
a fraude contra credores, apesar de ter o mesmo tratamento, não se enquadra como sendo uma
situação de vontade viciada (como os demais) e sim de fraude, na qual a intenção do devedor é
exatamente igual a consequência.
Intenção Consequência
Erro Ignorância
6
Ceisc Concursos
Direito Civil
Art. 138.
I- Erro quanto a natureza/objeto/qualidade
II- Erro contra a pessoa – quanto a identidade ou qualidade
III- Erro de direito
2.2 Dolo
Se no erro-ignorância, a pessoa se engana sozinha, no dolo ela é enganada. Assim,
temos várias espécies de dolo, disciplinadas nos artigos 145 até 150 do Código Civil.
7
Ceisc Concursos
Direito Civil
o paciente;
a família do paciente;
os bens do paciente.
Atenção!
Excludentes de coação:
− Temor reverencial
− Exercício regular do direito
Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou de-
vesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com
aquele por perdas e danos.
Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte
a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da coação respon-
derá por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto.
8
Ceisc Concursos
Direito Civil
Exemplo: doação
9
Ceisc Concursos
Direito Civil
Ação Pauliana: Ação utilizada para anular em caso de Fraude contra Credores, que tem
por objetivo, a anulação.
Credores Quirografários: São credores sem garantias reais. (Art. 158) e, como regra
são os legitimados para ajuizamento da ação pauliana. Credores com garantias reais também
poderão ser legitimados se a garantia antes dada, se tornar insuficiente.
Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159, poderá ser intentada contra o devedor
insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta, ou ter-
ceiros adquirentes que haja procedido de má-fé.
3.1 Nulidade
As nulidades estão previstas nos artigos 166 e 167 do CC.
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido
for na substância e na forma.
§ 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais real-
mente se conferem, ou transmitem;
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
§ 2º Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio
jurídico simulado.
10
Ceisc Concursos
Direito Civil
Art. 178., CC: Prazo decadencial de 4 anos para anulação do negócio jurídico.
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o
negócio jurídico;
Atenção!
Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de uma obrigação,
invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato
de obrigar-se, declarou-se maior.
11
Ceisc Concursos
Direito Civil
Nulidades Anulabilidades
Juiz de
ofício/MP/Prejudicado/Terceiro Somente prejudicado
Interessado
Ex tunc Ex nunc
12
Ceisc Concursos
Direito Civil
Após, o artigo 187 fala sobre o abuso de direito, que ocorre quando alguém começa a
prática do ato de maneira legal, ou seja, dentro dos regramentos da lei, porém abusa, exagera,
excedendo manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico, social, pela boa-fé ou
bons costumes. Em conjunto, tanto o art. 186 quanto o art. 187 ditam as regras sobre atos ilícitos,
já que uma vez configurado qualquer um deles, teremos a prática de um ato ilícito.
O art. 188 traz três excludentes, ou seja, quando há a prática de um ato, mas que por
expressa disposição legal, não ocorreu um ato ilícito. Segundo a leitura do artigo: Art. 188. Não
constituem atos ilícitos:
I. os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhe-
cido;
II. a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remo-
ver perigo iminente.
5. Da Prescrição e da Decadência
Prescrição
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela pres-
crição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.
= defesa
Como exemplo podemos pensar na situação de Maria e Carlos, em que Maria é deve-
dora e Carlos credor, em empréstimo realizado há mais de 30 anos e já prescrito. Digamos que
nos dias atuais eles celebraram outro contrato, no qual Maria é agora credora e Carlos devedor.
13
Ceisc Concursos
Direito Civil
Caso Carlos não pague a dívida, Maria poderá cobrá-lo e Carlos não poderá alegar em defesa
que Maria tinha dívida passada com ele, eis que já prescrita. Assim, a exceção (defesa) pres-
creve no mesmo prazo em que a pretensão (ação).
Renúncia da Prescrição:
*Para todos verem: esquema.
Expressa
Renúncia da Prescrição
(Art. 191 do CC)
Tácita
• Conforme dispõe referido artigo, a renúncia só será válida quando for feita sem
prejuízo de terceiro, e após a consumação da prescrição.
• Será tácita a renúncia quando se presume de fatos do interessado que sejam
incompatíveis com a prescrição como, por exemplo, o pagamento.
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem
aproveita.
14
Ceisc Concursos
Direito Civil
Prazos da Prescrição: Conforme disposto no art. 205 do Código Civil, quando não hou-
ver prazo fixado em menor, a prescrição ocorrerá em dez anos.
Somente será dez anos se o prazo não estiver disposto no Art. 206 do CC.
15
Ceisc Concursos
Direito Civil
Atenção!
Os prazos de prescrição são sempre legais. (Art. 192 do CC). Assim, as partes não podem
estipular diferentes prazos de prescrição.
Prazos decadenciais: espalhados pelo CC, ex: 179, 789, 45 parágrafo único
Decadência: desconstituição
Havendo decadência convencional, o juiz não pode se manifestar de ofício - Artigo 211.
16
Ceisc Concursos
Direito Civil
Não confundir:
*Para todos verem: esquema.
Prescrição Decadência
Condenação Desconstituição
Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode ser provado
mediante:
I - confissão;
II - documento;
III - testemunha;
IV - presunção;
V - perícia
Os artigos 213 até 214 tratam de confissão. Após, os artigos 215 até 226 tratam sobre
prova documental. Já os artigos 227, parágrafo único e 228 são sobre prova testemunhal, com
o artigo 231 tratar sobre presunção e o artigo 232 sobre perícia.
Com relação à confissão, temos que ela é irrevogável, ou seja, o confitente não pode
“voltar atrás” na sua confissão. Contudo, é possível que haja a anulação da confissão, se ela foi
realizada com erro ou coação:
Art. 213. Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz de dispor do direito
a que se referem os fatos confessados.
Parágrafo único. Se feita a confissão por um representante, somente é eficaz nos limites
em que este pode vincular o representado.
Art. 214. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou
de coação.
A prova documental possui como instrumento mais importante, que possui fé pública, a
escritura pública, que deverá ser redigida em língua nacional.
Terão a mesma força probante os traslados e as certidões, extraídos por tabelião ou
oficial de registro, de instrumentos ou documentos lançados em suas notas.
17
Ceisc Concursos
Direito Civil
A cópia fotográfica de documento autenticada (xerox) valerá como prova plena. Contudo,
se impugnada a sua autenticidade, deverá ser trazida a original. Da mesma forma, as fotografias,
registros em vídeo etc., farão prova plena. No entanto, se por impugnada a sua autenticidade,
deverá ser trazido a original.
Art. 223. A cópia fotográfica de documento, conferida por tabelião de notas, valerá como
prova de declaração da vontade, mas, impugnada sua autenticidade, deverá ser exibido o
original.
Parágrafo único. A prova não supre a ausência do título de crédito, ou do original, nos
casos em que a lei ou as circunstâncias condicionarem o exercício do direito à sua exibi-
ção.
Art. 231. Aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessário não poderá
aproveitar-se de sua recusa.
Art. 232. A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se pre-
tendia obter com o exame.
18
Ceisc Concursos
Direito Civil
19