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DEFEITOS E INVALIDADE
DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
Erro X Ignorância
Ignorância: Total desconhecimento
Erro: Agente se engana sozinho sobre um elemento que influencia
à vontade.
DO ERRO OU IGNORÂNCIA
Podemos perceber que apenas o erro substancial, aquele que poderia ser
cometido por pessoa “comum”, é anulável, em outras palavras, o erro
acidental/secundário não é anulável.
DO ERRO OU IGNORÂNCIA
❖Dolus Bonus (dolo bom): é aceitável. Ex. exaltar um produto para vender
❖Dolus Malus (dolo mau): ação para enganar alguém. Esse se subdivide em:
o Dolo negativo (Art. 147): O silêncio intencional sobre fato ou qualidade que a
outra parte desconhece constitui omissão dolosa.
o Dolo de terceiro (Art. 148):
Beneficiado sabia ou devia saber do dolo -> Negócio Jurídico anulável
Beneficiado não sabia -> Negócio Jurídico válido, porém o terceiro responde por
perdas e danos
DO DOLO
*Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base
nas circunstâncias, decidirá se houve coação.
DA COAÇÃO
Houve conluio com o beneficiário (art. 154) -> beneficiário é responsável solidário por perdas
e danos e o negócio pode ser anulado.
Terceiro de boa-fé (art. 155) -> apenas o autor da coação responde por perdas e danos, porém
o negócio é válido.
Lesão (Art. 157): ocorre quando uma pessoa, sob premente necessidade,
ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente
desproporcional ao valor da prestação oposta.
Assim, não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento
suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito (Art.
157, §2)
Fraude Contra Credores: Basicamente ocorre quando o devedor desfalca maliciosa seu
patrimônio com o objetivo de não mais garantir o pagamento de suas
dívidas/credores*.
*Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação
(Art. 159, §2o)
Transmissão gratuita ou remissão da dívida (art. 158) -> Já podem ser anulados
(má-fé presumida)
Contrato oneroso (art. 159) -> Necessária notória insolvência
1. devedor insolvente,
2. a pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta ->
independe de má-fé
3. terceiros adquirentes que hajam procedido de má-fé.
Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem resultante reverterá em
proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores (Art.
165)
DA INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
Basicamente teremos:
Também será nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se
válido for na substância e na forma (Art. 167).
SIMULAÇÃO
Classificação do NJ simulado:
Absoluta: Há apenas o negócio simulado e tudo será anulado.
Relativa: Há dois negócios jurídicos. O simulado, utilizado como disfarce;
e dissimulado, que de fato é a vontade das partes. Assim, os efeitos do
negócio jurídico dissimulado, se for válido, subsistirão.
Requisitos do negócio simulado:
1. Acordos entre as partes;
2. Declaração externa diferente da intenção;
3. Enganar terceiro ou violar a lei
SIMULAÇÃO
Efeitos da nulidade
Na omissão da lei -> 2 anos, a contar da data da conclusão do ato (Art. 179)