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Larissa S.

de Moura 752462
Weendely Cristal Perin 752264

Teoria Geral do Negócio Jurídico


Defeitos Jurídicos
Os defeitos do Negócio Jurídico conceituam-se quando há deficiência nos
elementos constitutivos que são capazes de permitir a sua anulação, seja por
erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
Para o código vê se p negócio como válido ou inválido, sendo válido quando
apresentar todos os efeitos jurídicos esperados e invalido quando não produzir
efeito algum.
Quando o negócio é despido de forças para gerar efeito diz-se que ocorreu
nulidade e quando os efeitos são produzidos mas têm riscos de ser
inviabilizados ocorre a anulabilidade.
Nesse conceito há seis formas de se invalidar um negócio jurídico, são elas:

ERRO: O erro é uma falsa noção da realidade, onde o agente se engana


sozinho, podendo tornar o negócio anulável.
Segundo Flavio Tartuce “erro é um engano fático, uma falsa noção, em relação
a uma pessoa, objeto do negócio ou a um direito, que acomete a vontade de
uma das partes que celebrou o negócio jurídico”.
O erro substancial é quando tal erro não teria sido praticado se o agente
conhecesse a situação enganosa. Já o erro acidental está ligado às
características não essenciais da pessoa ou objeto, NÃO é capaz de causar
anulação do negócio jurídico.
De acordo com o artigo 139 do Código Civil o erro é substancial quando:

I- interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a


alguma das qualidades a ele essenciais;

II-concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a


declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;

III-sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo


único ou principal do negócio jurídico.

DOLO: é uma conduta maliciosa praticada pelo negociante para levar o outro a
erro mesmo que inconscientemente, querendo obter vantagem naquele
negócio.
No Código Civil temos o dolo principal e dolo acidental
Sendo assim, o dolo que leva a anulação do negócio jurídico é o dolo principal,
no entanto no artigo 145 do CC, diz que o negócio jurídico só é anulado por
dolo quando este for a sua causa, sendo assim o negócio só é anulável se este
foi celebrado em consequência de que o agente foi induzido pela outra parte.
Beneficiado sabia ou devia saber do dolo -> Negócio Jurídico anulável
Beneficiado não sabia -> Negócio Jurídico válido, porém o terceiro responde
por perdas e danos

COAÇÃO: É uma pressão psicológica ou violência física ou moral à alguém


para forçar um negócio jurídico contrário a sua vontade.
Para ser coação é preciso que a ameaça seja injusta.
Quando isso acontece o negócio é inexistente.

Coação Física: ausência total de consentimento -> Ato inexiste

Coação Moral: há manifestação de vontade, entretanto sob pressão > Anulável.

LESÃO: É a obtenção de um lucro de forma exagerada, de acordo com o artigo


157 ocorre lesão quando uma pessoa sob necessidade ou inexperiência se
obriga a prestar desproporcionalmente ao valor da prestação oposta.

Estado de perigo: risco pessoal (pessoa ou família)

Lesão: Risco patrimonial

ESTADO DE PERIGO: Previsto no artigo 156 do código civil é quando alguém


assume obrigação onerosa acima do normal para salvar a si mesmo ou alguém
de sua família de dano muito grave ou prejuízo, tendo os seguintes requisitos:
Dano pessoal.

Urgência e gravidade do dano/risco

Relação de causa e efeito entre o perigo e o negócio

Dolo da contraparte/de aproveitação

Excessiva onerosidade

FRAUDE CONTRA CREDORES: Basicamente ocorre quando o devedor


desfalca maliciosamente seu patrimônio com o objetivo de não garantir o
pagamento de suas dívidas/credores.
Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear ação, de
acordo com o artigo 159.
Da invalidade do negócio jurídico
Assim temos a nulidade que ofende preceitos de ordem pública, assim o
negócio é nulo; e a anulabilidade que ofender o interesse particular, logo o
negócio é anulável.

Quais são as hipóteses da nulidade?

– celebrado por pessoa absolutamente incapaz;


– objeto for ilícito, impossível ou indeterminável.
– o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
– não revestir a forma prescrita em lei;
– for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua
validade;
– tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
– a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar
sanção.

Quais são os efeitos da anulabilidade?

– por incapacidade relativa do agente;


– por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude
contra credores.

Desse modo os defeitos jurídicos consistem em negócios que a real vontade do


agente não foi observada, assim havendo fatos que causam sua anulação.
Dito isso, esses defeitos podem ser observados como falhas.

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