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1º Ano
Direito Civil I
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra
credores.
Defeitos dos Negócios Jurídicos
Aqueles em que a Erro
vontade não é expressada
de maneira
absolutamente livre Estado de perigo
Vícios de
Lesão ANULÁVEIS
consentimento
Coação
Defeitos do
Negócio Jurídico Dolo
A vontade
manifestada não Fraude contra
tem, na realidade, a Credores
Vícios sociais
intenção pura e de
boa-fé. Simulação NULO
Vícios de Consentimento Vícios Sociais
• Provocam uma manifestação de vontade • Caracterizarem-se pela a intenção de
não correspondente com o íntimo e a prejudicar terceiros.
verdadeira intenção das partes.
• Impede que a vontade seja livre, • Contém a vontade manifestada que não
espontânea e de boa fé, o que tem a intenção pura e de boa fé que
fatalmente prejudica a validade do enuncia.
negócio jurídico.
• Tornam o negócio jurídico ANULÁVEL. • Tornam o negócio jurídico NULO (Só a
Simulação).
• Espécies: erro, dolo, coação, estado de • Espécies: fraude contra credores e
perigo e lesão. simulação.
Defeitos dos Negócios Jurídicos
Erro
Estado de perigo
Vícios de
Lesão
consentimento
Coação
Defeitos do
Negócio Jurídico Dolo
Fraude contra
Credores
Vícios sociais
Simulação
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Erro ou Ignorância
• ERRO OU IGNORÂNCIA - “quando o agente, por desconhecimento ou falso
conhecimento das circunstâncias, age de um modo que não seria a sua vontade, se
conhecesse a verdadeira situação” (Caio Mário).
• Como afirma Washington de Barros Monteiro, “quem alega o erro deve prová-
lo. Sendo fenômeno de ordem subjetiva, não comporta, muitas vezes, prova
direta. Será preciso deduzi-la então de elementos objetivos, que a exprimam
por uma relação natural e necessária. O erro só pode ser alegado por aquele a
quem aproveite o reconhecimento do vício, não pela outra parte. Por fim,
embora anulável o ato eivado de erro, prevalece enquanto não anulado por
sentença.”
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Erro ou Ignorância
Seção I
Do Erro ou Ignorância
Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de
erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das
circunstâncias do negócio.
Art. 141. A transmissão errônea da vontade por meios interpostos é anulável nos mesmos
casos em que o é a declaração direta.
Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade,
não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a
coisa ou pessoa cogitada.
Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a
manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade
real do manifestante.
Defeitos dos Negócios Jurídicos
Erro
Estado de perigo
Vícios de
Lesão
consentimento
Coação
Defeitos do
Negócio Jurídico Dolo Proximidade
do Dolo com
os demais
Fraude contra vícios sociais
Credores
Vícios sociais
Simulação
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Dolo
• DOLO - “Todo artifício malicioso empregado por uma das partes ou por
terceiro com o propósito de prejudicar outrem, quando da celebração do
negócio jurídico”. (Stolze)
• Dolo é o erro provocado pela má-fé alheia. É todo artifício empregado para
enganar alguém, induzindo-o à prática de um negócio jurídico.
• Exemplos:
– O vendedor induz o comprador a acreditar que um relógio simplesmente
dourado é de ouro.
– Sujeito que omite dados importantes com o intuito de elevar o valor do seguro a
ser pago no caso de eventual sinistro.
DISTINÇÕES
ERRO DOLO
• A vítima se engana sozinha. • A vítima é enganada pela má-fé alheia.
• O erro sobre o motivo não anula o • O dolo sobre o motivo, ao revés, autoriza
negócio jurídico, salvo quando expresso a anulação do negócio jurídico.
como razão determinante.
• O erro sobre qualidades secundárias da • O dolo sobre qualidades secundárias da
pessoa ou coisa (erro acidental) não anula pessoa ou coisa (dolo acidental) não
o ato e não enseja perdas e danos. invalida o ato, mas enseja perdas e danos.
DISTINÇÕES ENTRE
ERRO DOLO
ERRO E DOLO
Na essência, o dolo e fraude se confundem, pois são artifícios empregados para enganar alguém.
• Se antes de celebrar o contrato de seguro, o • Se, porém, após a assinatura desse contrato,
agente induz a seguradora a erro, silenciando o sinistro é simulado para o recebimento do
sobre um fato relevante, haverá dolo. seguro, haverá fraude.
• Visa enganar a outra parte. • A fraude pode visar tanto o engano desta
parte, como a violação da lei ou a lesão a
interesse de terceiros.
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Dolo
• ESPÉCIES DE DOLO
• DOLO PRINCIPAL E DOLO ACIDENTAL
– DOLO PRINCIPAL (ou substancial) - quando ele representa a causa
determinante do negócio jurídico. Sem o dolo o ato não se teria realizado.
O “dolus causam dans contractui” é o dolo principal, também chamado
dolo essencial, dolo determinante ou dolo causal.
• O dolo principal além de anular o negócio jurídico, ainda enseja o seu autor a
indenizar as perdas e danos.
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Dolo
• ESPÉCIES DE DOLO
• DOLO PRINCIPAL E DOLO ACIDENTAL
– DOLO ACIDENTAL (ou incidental) - não é a razão determinante do negócio
jurídico, que, a seu despeito, se teria realizado, embora por outro modo.
Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o
negócio, ou reclamar indenização.
Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder
civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do representante
convencional, o representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos.
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Dolo
• ESPÉCIES DE DOLO
• DOLO QUANTO À IDADE
Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de uma
obrigação, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte,
ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se maior.
Seção II
Do Dolo
Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a
seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.
Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito
de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se
que sem ela o negócio não se teria celebrado.
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Dolo
Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem
aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o
negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem
ludibriou.
Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a
responder civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do
representante convencional, o representado responderá solidariamente com ele por perdas e
danos.
Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o
negócio, ou reclamar indenização.
Defeitos dos Negócios Jurídicos
Erro
Estado de perigo
Vícios de
Lesão
consentimento
Coação
Defeitos do
Negócio Jurídico Dolo
Fraude contra
Credores
Vícios sociais
Simulação
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Coação
• COAÇÃO – “Toda violência psicológica apta a influenciar a vítima a realizar
negócio jurídico que a sua vontade interna não deseja efetuar” (Stolze). “É a
pressão física ou moral exercida sobre alguém para induzi-lo à prática de um
ato”. (Washington de Barros). Pressão indevida sobre contraente para obrigá-
lo a efetivar certo ato negocial.
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente
fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família ou aos seus bens.
Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz,
com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação.
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Coação
• ESPÉCIES: A coação pode ser física ou moral.
– COAÇÃO FÍSICA (vis absoluta ou corporalis), a vontade do coagido é
completamente eliminada.
• Exemplo: O coator, para realizar o negócio jurídico, coordena o
movimento ou a passividade muscular do coagido. Este não tem
qualquer opção de agir num ou noutro sentido.
Seção III
Da Coação
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente
fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com
base nas circunstâncias, decidirá se houve coação.
Art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o
temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade
dela.
Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples
temor reverencial.
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Coação
Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter
conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com aquele por
perdas e danos.
Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que
aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da coação responderá por
todas as perdas e danos que houver causado ao coacto.
Defeitos dos Negócios Jurídicos
Erro
Estado de perigo
Vícios de
Lesão
consentimento
Coação
Defeitos do
Negócio Jurídico Dolo
Fraude contra
Credores
Vícios sociais
Simulação
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Lesão
• CONCEITO DE LESÃO - o prejuízo resultante da desproporção existente entre
as prestações de um determinado negócio jurídico, em face do abuso da
inexperiência, necessidade econômica ou leviandade de um dos declarantes
(Stolze).
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa sob premente necessidade, ou por
inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação
oposta.
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Lesão
• ELEMENTOS DA LESÃO
A. OBJETIVO (Desequilíbrio entre as prestações) A lesão inspira-se no propósito de evitar a
onerosidade excessiva que pode viciar o contrato em sua formação. O desequilíbrio deve estar
presente já na gênese do contrato (art. 157. § 1º). Se for superveniente à formação do
contrato, não há que se invocar a lesão, devendo a parte prejudicada recorrer à resolução ou
revisão contratual por onerosidade excessiva (arts. 478-480 c/c 317).
Lucro Excessivo
B. LESÃO ESPECIAL (ou lesão-vício – Código Civil) – nesta, além do lucro excessivo, exige
a situação de necessidade ou inexperiência da parte prejudicada. Não se exige o dolo
de aproveitamento.
Seção V
Da Lesão
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por
inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação
oposta.
Estado de perigo
Vícios de
Lesão
consentimento
Coação
Defeitos do
Negócio Jurídico Dolo
Fraude contra
Credores
Vícios sociais
Simulação
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Estado de Perigo
• CONCEITO DE ESTADO DE PERIGO – “quando o agente, diante de situação de perigo
conhecido pela outra parte, emite declaração de vontade para salvaguardar direito
seu, ou de pessoa próxima, assumindo obrigação excessivamente onerosa” (Stolze).
Trata-se de inexigibilidade de conduta diversa, ante a iminência de dano por que
passa o agente, a quem não resta outra alternativa senão praticar o ato.
• Vício assemelhado ao estado de perigo é a lesão.
• Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-
se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume
obrigação excessivamente onerosa (art. 156).
• Exemplo: pessoa que, precisando de tratamento médico urgente, concorda em
pagar quantia desproporcional ao procedimento que será efetuado ou da pessoa
que, sujeita a violência iminente, aceita pagar preço excessivo pelo seu transporte a
outra região.
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Estado de Perigo
• Exemplos: o indivíduo, abordado por assaltantes, oferece uma recompensa ao
seu libertador para salvar-se; o sujeito está se afogando e promete doar
significativa quantia ao seu salvador; o dono da embarcação fazendo água se
compromete a remunerar desarrazoadamente a quem o leve para o porto.
“Meu reino por um cavalo” (Shakespeare).
• Ato de garantia (prestação de fiança ou emissão de cambial) prestado pelo
indivíduo que pretenda internar alguém, em caráter de urgência, em UTI.
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Estado de Perigo
• ELEMENTOS DO ESTADO DE PERIGO
A. OBJETIVO (obrigação excessivamente onerosa) – O elemento objetivo do
estado de perigo consubstancia-se na assunção de obrigação excessivamente
onerosa. A expressão não é idêntica àquela empregada na disciplina da lesão,
na qual o Código Civil fala em “prestação manifestamente desproporcional ao
valor da prestação oposta”, mas a doutrina brasileira trata ambas as referências
como sinônimas. É de se registrar, todavia, que o conceito legal do estado de
perigo permitiria, em teoria, sua aplicação também a contratos unilaterais
onerosos, o que já não ocorre na lesão.
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Estado de Perigo
• ELEMENTOS DO ESTADO DE PERIGO
B. SUBJETIVO (conhecida necessidade de salvar-se) – é exigido tanto em relação à
vítima como em relação à parte que se beneficia do negócio jurídico. Em
relação à vítima, caracteriza-se pela situação de inferioridade em que se
encontra a vítima, qualificada pela necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua
família de grave dano. Já em relação à outra parte, o elemento subjetivo
caracteriza-se pelo estado de consciência quanto à ameaça que paira sobre o
declarante. Aqui, portanto, ao contrário do que ocorre na disciplina da lesão, o
Código Civil exige o conhecimento da contraparte a respeito do risco que recai
sobre o declarante que se encontra ameaçado pelo perigo. A lei não requer,
registre-se, a demonstração de dolo de aproveitamento ou conduta maliciosa,
mas tão somente que o dano seja “conhecido pela outra parte”.
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Estado de Perigo
• Dispositivo inédito no ordenamento jurídico brasileiro que corresponde ao
“stato di pericolo” do Direito Italiano, diferendo que naquele país o intuito se
presta a rescindir o contrato e não a anular, como aqui acontece.
• Como este instituto, pretende o Código Civil proteger não apenas a livre
vontade, como também a moralidade, cuja ofensa deve estar inserida no
negócio jurídico.
Seção IV
Do Estado de Perigo
Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-
se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação
excessivamente onerosa.
Estado de perigo
Vícios de
Coação ANULÁVEIS
consentimento
Lesão
Defeitos do
Negócio Jurídico Dolo
Fraude contra
Credores
Vícios sociais
Simulação NULO
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Fraude contra Credores
• Constitui a prática maliciosa, pelo devedor, de certos atos que desfalcam seu
patrimônio, com o fim de colocá-lo a salvo de uma execução por dívidas em
detrimento dos direitos creditórios alheios. (Maria Helena Diniz)
Seção VI
Da Fraude Contra Credores
Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a
insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Fraude contra Credores
Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda não tiver pago o preço e este
for, aproximadamente, o corrente, desobrigar-se-á depositando-o em juízo, com a citação de
todos os interessados.
Parágrafo único. Se inferior, o adquirente, para conservar os bens, poderá depositar o preço
que lhes corresponda ao valor real.
Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159, poderá ser intentada contra o devedor
insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta, ou terceiros
adquirentes que hajam procedido de má-fé.
Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida
ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de
efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu.
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Fraude contra Credores
Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de dívidas
que o devedor insolvente tiver dado a algum credor.
Parágrafo único. Se esses negócios tinham por único objeto atribuir direitos preferenciais,
mediante hipoteca, penhor ou anticrese, sua invalidade importará somente na anulação da
preferência ajustada.
Defeitos dos Negócios Jurídicos
Erro
Estado de perigo
Vícios de
Coação ANULÁVEIS
consentimento
Lesão
Defeitos do
Negócio Jurídico Dolo
Fraude contra
Credores
Vícios sociais
Simulação NULO
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Simulação
• SIMULAÇÃO - Embora o Código Civil deixe de tratar a simulação ao lado dos
demais vícios de consentimento, deslocando-a para o capítulo referente à
“Invalidade do Negócio Jurídico” (art. 167) — em que a considera como causa
de nulidade e não mais de anulação do ato jurídico, tratamos por aqui por
questão didática.
Art. 550. A doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice pode ser anulada pelo outro
cônjuge, ou por seus herdeiros necessários, até dois anos depois de dissolvida a sociedade
conjugal.
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Simulação
• ESPÉCIES DE SIMULAÇÃO
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for
na substância e na forma.
§ 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente
se conferem, ou transmitem;
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
§ 2º Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio
jurídico simulado.
Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer
interessado, ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir.
Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio
jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda
que a requerimento das partes.
Defeitos dos Negócios Jurídicos – Fraude contra Credores
Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo
decurso do tempo.
Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este
quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem
previsto a nulidade.
Faculdade de Direito de Franca
1º Ano
Direito Civil I
Erro Consentimento Anulável 138 a Erro é a noção falsa acerca de Compra de um relógio
144 um objeto ou de determinada dourado, supondo que é
pessoa. de ouro.
Estado Consentimento Anulável 156 É assumir obrigação O doente, em perigo de
de excessivamente onerosa para vida, que paga honorários
Perigo evitar um dano pessoal, que é excessivos para o
do conhecimento da outra parte. cirurgião.
Coação Consentimento Anulável 151 a É a pressão física ou moral A colocação da
155 exercida sobre alguém para impressão digital do
induzi-lo à prática de um ato. analfabeto no contrato,
agarrando-se à força o seu
braço.
Quadro Geral dos Defeitos dos Negócios Jurídicos
Defeito Vício Invalidade Artigos Conceito Exemplo