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Aluno: Dalvan Paulo Ferreira Feitosa

Prof.: Raquel Almeida


Direito Civil, Negócio Jurídico
3° Semestre Noturno

DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO: ERRO, DOLO E COAÇÃO

1.Trate da diferença entre erro, dolo e coação. Qual deles gera nulidade
absoluta?
Ocorre o erro quando uma pessoa realiza o negócio jurídico sem ter a noção
exata sobre uma coisa; objeto; pessoa ou mesmo sobre a natureza do próprio
negócio jurídico. Já o dolo ocorre quando uma pessoa de má-fé, de forma ardil,
maliciosamente engana a outra pessoa para obter vantagem em um negócio
jurídico. Por ouro lado a Coação é um defeito do negócio jurídico, um vício do
consentimento, e está disciplinada no art. 151 ao art. 155 do Código Civil. A
coação é uma ameaça física ou moral exercida sobre uma pessoa, ou bens,
com o objetivo de constranger alguém a realizar um negócio jurídico.
Verificou-se que no erro, dolo e coação existem nulidade, porém não absoluta,
pois no caso do erro e dolo, somente é anulável nos casos substancial, já na
coação somente é anulável a coação moral, pois na coação física não existe o
negócio jurídico.
2. Há diferença entre erro e ignorância no negócio jurídico? Justifique

O erro é um engano fático, uma falsa noção da realidade, ou seja, em relação a


uma pessoa, negócio, objeto ou direito, que acomete a vontade de uma das
partes que celebrou o negócio jurídico.

O Código Civil equipara o erro à ignorância, mas ambos expressam situações


distintas. Enquanto no erro a vontade se forma com base na falsa convicção do
agente, na ignorância não se registra distorção entre o pensamento e a
realidade, pois o agente sequer tomara ciência da realidade dos fatos ou da lei.
Ignorância é falta de conhecimento, enquanto o erro é o conhecimento
divorciado da realidade.

Entretanto, o erro sé é considerado como causa de anulabilidade ou nulidade


relativa do negócio jurídico se for: essencial ou substancial (art. 138, do CC) e
escusável ou perdoável.

3.Quais as características do dolo no negócio jurídico?


Dolo, na definição de Clóvis Beviláqua, é o artifício ou expediente astucioso
empregado para induzir alguém a prática de um ato que o prejudica e aproveita
ao autor do dolo não o terceiro. A pessoa é induzida a erro por outra pessoa.
Existem o dolo principal e o acidental. O dolo principal vicia o negócio jurídico e
faz com que ele seja anulado. O dolo acidental só obriga a satisfação das
perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria
realizado, embora por outro modo.
4.Comente sobre os vícios de consentimento e vícios sociais.
Nos vícios da vontade/consentimento o prejudicado é um dos contratantes,
pois há manifestação da vontade sem corresponder com o seu íntimo e
verdadeiro querer. Já os vícios sociais consubstanciam-se em atos contrários
à boa fé ou à lei, prejudicando terceiro. São vícios da vontade: o erro, o dolo,
a coação, o estado de perigo e a lesão; e vícios sociais: a fraude contra
credores e a simulação.
São Vícios de consentimento:
 Erro ou ignorância, neste ninguém induz o sujeito a erro, é ele quem
tem na realidade uma noção falsa sobre determinado objeto. Esta falsa
noção é o que chamamos de ignorância, ou seja, o completo
desconhecimento acerca de determinado objeto. O erro é dividido
em: acidental erro sobre qualidade secundária da pessoa ou objeto,
que não vicia o ato jurídico, pois não incide sobre a declaração de
vontade; essencial ou substancial refere-se à natureza do próprio ato e
incide sobre as circunstâncias e os aspectos principais do negócio
jurídico; este erro enseja a anulação do negócio, vez que se
desconhecido o negócio não teria sido realizado.
 Dolo é o meio empregado para enganar alguém. Ocorre dolo quando o
sujeito é induzido por outra pessoa a erro.
 Coação é o constrangimento a uma determinada pessoa, feita por meio
de ameaça com intuito de que ela pratique um negócio jurídico contra
sua vontade. A ameaça pode ser física (absoluta)
ou moral (compulsiva).
 Estado de perigo é quando alguém, premido de necessidade de se
salvar ou a outra pessoa de grave dano conhecido pela outra parte,
assume obrigação excessivamente onerosa. O juiz pode também
decidir que ocorreu estado de perigo com relação à pessoa não
pertencente à família do declarante. No estado de perigo o declarante
não errou, não foi induzida a erro ou coagida, mas, pelas
circunstâncias do caso concreto, foi obrigada a celebrar um negócio
extremamente desfavorável. É necessário que a pessoa que se
beneficiou do ato saiba da situação desesperadora da outra pessoa
Lesão ocorre quando determinada pessoa, sob premente necessidade ou por
inexperiência, se obriga a prestação manifestadamente desproporcional ao
valor da prestação oposta. Caracteriza-se por um

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