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ANULABILIDA
judicial; a Nulidade pode ser reconhecida por qualquer um, até
por um funcionário da administração.
- Proxima aula: eficácia da Nulidade e Anulabilidade
a) Desconstituição:
- Eficácia ex tunc: eficácia retroativa Anulabilidade: precisa de requerimento de alguém legitimado a
- Eficácia ex nunc (Excepcional) invocar a anulabilidade. E ela só se declara a partir de uma
b) Convalidação decisão judicial. É frequente a “eficácia ex nunc”.
c) Sanação
Eficácia ex tunc: eficácia retroativa, ou seja, se retira todos os
d) Conversão - art. 170 CCB efeitos do negócio inválido, pois o que ingressa erroneamente
no mundo jurídico deve ser eliminado.
Forma e Prova dos Negócios Jurídicos
(arts. 2121/232, CCB; arts. 332/443, CPC)
Agora, há casos que se preservam certas consequências: como
#) Confissão um casamento nulo, mas que deixou efeitos em termos de
- Ocorre apenas em Negócios - Condição não é elemento essencial, mas existindo ela,
- Submissão dos efeitos (da eficácia) de um Negócios atua nos efeitos do negócio, não em sua existência ou validade
Jurídico a um evento futuro e incerto (incerteza quanto a - é, portanto, um elemento acidental, condição é um elemento
- Portanto, elementos acidentais atuam exclusivamente na - Qualquer evento futuro e incerto podem ser condição,
- As pessoas fixam condições, pois queremos que esses negócio totalmente ao arbítrio de uma das partes) - como, por
elementos incertos do futuro tenham ou não efeitos exemplo: “esse contrato só surtirá efeitos se o inquilino quiser”
- Um exemplo é alugar o apartamento somente se sair a - essa condição meramente contestativa é vetada, mas as
bolsa de estudo para o exterior. Coloca-se como uma cláusula parcialmente contestativas são válidas: “fulando, doarei este
no contrato de locação um evento futuro (bolsa) e incerto (sim apartamento se você se casar” - é contestativo, mas não é
(concessão da bolsa, produz efeitos; não concessão, não - Também não se admitem eventos que sejam contrários
- O tempo afeta as relações jurídicas, e isso ocorre pois o - O exercício dos direitos potestativos pode depender
direito, na sua dimensão sociológica, tem como propósito de apenas da declaração do titular ou pode depender de uma
regulação / pacificação social, forma civilizada de resolução de ação além da declaração (e isso ocorre quando há resistência
conflito; e esse propósito de regular a vida social faz com que o de algum titular / ação é supletiva). Por fim, há outros que só
direito tenha como foco principal a idéia básica da justiça; cumpridos em juízo (somente com ação judicial)
entretanto também devemos ter segurança e estabilidade da - Frente a direitos de uma prestação e frente a
relação jurídica - e que essas produzam efeitos dentro de um necessidade de propor uma ação, a ação se torna
prazo razoável. Se as relações não chegam a seus objetivos, condenatória (alguém será condenado a me prestar). Nos
isso cria uma instabilidade, um dessosego social - por isso a direitos potestativos, se eu precisar de uma ação, elas ganham
ordem jurídica, em alguns casos, finalizar o tema para afastar a natureza constitutiva (constitutiva de direito - criar, modificar ou
- Alguns direitos (como o da personalidade), não são - Muitas vezes as ações são declaratórias (declaração do
afetados pelo tempo; enquanto outros (direito à herança), são juiz), sem constituir nada
afetadas.
- Nos casos de direito de prestação, o que causa comprador a exercer duas pretensões diferentes: pode enjeitar
intranquilidade social é a possibilidade do credor de poder a coisa, ou seja, devolver; ou pode reclamar abatimento do
exigir. Enquanto isso não é feito, temos algo em aberto. preço - para essas duas ações, tem prazo, no caso, de 30 dias
Estabelecer um prazo para propor a ação serve para evitar para móveis e 1 ano de imóveis; entretanto, uma delas é
tempos longos de instabilidade. Se submetem a prazos condenatória)
prescricionais (não se extingue o direito); se eu quiser - Os prazos prescricionais podem ser suspensos ou
indenizar os danos de um acidente de carro após 15 anos, interrompidos
posso fazer - Como a prescrição atinge somente a pretenção,
- Já nos casos de direitos potestativos, para acabar com a verificada a prescrição, nem por isso o direito deixa de existir -
instabilidade é necessário acabar com o próprio direito. a dívida não deixa de existir, o que cessa é o direito de cobrar
Assinala-se um prazo para a ação e, após o prazo, extingue-se - Em decadêcia, essas coisas não existem
o direito - Com a curiosa lei 11.280/06, revogou o Art. 194 do CCB,
- Esta é a distinção entre prescrição (direito de ação) e introduziu no código de Processo Civil um parágrafo no Art.
decadência (direito) 219, permitindo que o juiz decrete a prescrição (todo tipo) em
- Ações condenatórias sempre corresponderão a prazos ofício, sem necessidade de declaração das partes, o que era
prescricionais exclusivo da decadência estabelecida em lei (o que é
- Ações constituívas podem ou não ter prazos incoerente, pois a decadência decretada por cláusula de
decadenciais, se tiver, esgotado o prazo, perco o direito contrato deve ser declarada pela parte)
(exemplo: convalidação de um negócio feito sobre coação - A prescrição ordinária é de 10 anos, e é válida se nada
depois de passado o tempo determinado em lei) for dito em lei
- Quando a lei não diz o prazo, precisamos descobrir - Ações anulatórias é de 2 a 4 anos
(exemplo: Art. 441, sobre vícios ocultos em um objeto quando - Há causas que suspendem ou impedem a prescrição (Art.
o contrato envolve a transferência desse bem - isso autoriza o 197, 198, 199) - as causas de caráter objetivo e de caráter
subjetivo unilaterais, a doutrina diz que elas também se Imputabilidade (Fator de Imputação) é quando é contrario ao
aplicam à decadência (mesmo que esses, teoricamente, não direito, e pode cujos resultados podem ser atribuidos a algum
se interrompem) sujeito de direito.
- Exemplo: ocorre um acidente, as partes se casam, o
prazo é suspenso; quando o casal se separa, o prazo Podem existir também fatos jurídicos ilícitos (stricto sensu /
recomeça - mas essa interrupção só pode ocorrer uma vez acontecimento fenomênico, natural) - por exemplo, o art. 1261
- Podemos renunciar a prescrição, mas não a decadência do CCB. Entretanto, a maior parte da doutrina não aceita isso:
dizem que na ilicitude há um elemento valorativo. O ilícito seria
algo que não deveria ser praticado - são coisas humanas, não
podemos avaliar o valor da natureza, já que esta não se
submete às nossas normas. Portanto, somente atos podem
Atos Ilícitos
(Arts. 186, 187 e 188 do CCB) sofrer essa a avaliação.