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RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO

1. ELEMENTOS DA RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO

• Consumidor • Direto
● Subjetivos • Equiparado

• Fornecedor • Mediato
• Imediato
● Objetivos • Produto
• Serviço

● Causal ou Finalístico • Finalidade (“destinatário final”)

¤ DOUTRINA → “A caracterização de apenas uma parte como consumidor


ou fornecedor, sem a correspondente e inversa caracterização da outra parte,
importa configuração de contrato estranho à relação de consumo”. (Fábio
Ulhoa Coelho, O empresário e os direitos do consumidor. São Paulo:
Saraiva, 1994. p. 126.).
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CONCEITO DE CONSUMIDOR
2. CONCEITO DE CONSUMIDOR
¤ Princípio do “reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no
mercado de consumo” (Artigo 4o, inciso I, CDC).

¤ JURISPRUDÊNCIA → “O ponto de partida do CDC é a afirmação do


Princípio da Vulnerabilidade do Consumidor, mecanismo que visa a garantir
igualdade formal-material aos sujeitos da relação jurídica de consumo, o que
não quer dizer compactuar com exageros que, sem utilidade real, obstem o
progresso tecnológico, a circulação dos bens de consumo e a própria
lucratividade dos negócios”. (Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial
no 586.316 – MG. Relator: Min. Herman Benjamin. Julgamento em
17/04/2007. DJe. 19/03/2009).

2.1 DIRETO OU STRICTO SENSU:


● Artigo 2o, caput, CDC → “Consumidor é toda pessoa física ou jurídica
que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final”.

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■ TEORIAS A RESPEITO DO ELEMENTO CAUSAL

¤ Destinação final – não revenda ou repasse (análise teleológica).

● Teoria Finalista → Restritiva (consumo próprio – não profissional).

● Teoria Maximalista → Extensiva (Apenas retira do mercado. Inclui os bens


de produção – pode ser profissional).

● Teoria Finalista Atenuada → Depende de comprovação da vulnerabilidade


técnica, jurídica ou econômica.

Ex.: empresa hoteleira em relação ao fornecedor de gás (REsp 476428/SC);


empresa de confecções em relação à concessionária de energia elétrica (REsp
661145/ES).

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¤ JURISPRUDÊNCIA → “[...] Todavia, cumpre consignar a existência de


certo abrandamento na interpretação finalista, na medida em que se admite,
excepcionalmente, desde que demonstrada, in concreto, a vulnerabilidade
técnica, jurídica ou econômica, a aplicação das normas do CDC. Quer dizer,
não se deixa de perquirir acerca do uso, profissional ou não, do bem ou
serviço; apenas, como exceção e à vista da hipossuficiência concreta de
determinado adquirente ou utente, não obstante seja um profissional, passa-se
a considerá-lo consumidor [...]”. (Superior Tribunal de Justiça. Recurso
Especial no. 661.145 – ES. Relator: Min. Jorge Scartezzini. Julgamento em
22/02/2005. DJ. 28/03/2005).

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2.2 POR EQUIPARAÇÃO OU LATO SENSU:

● Artigo 2o, parágrafo único, CDC → “Equipara-se a consumidor a


coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas
relações de consumo”.

¤ Interesses coletivos lato sensu (englobam as categorias de direitos ou


interesses difusos, coletivos stricto sensu e individuais homogêneos).
¤ Súmula 643 do STF → “O Ministério Público tem legitimidade para promover ação
civil pública cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidades escolares”.

● Artigo 17, CDC → “Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos


consumidores todas as vítimas do evento”.

¤ A seção a que se refere este artigo é a seção II do capítulo IV, que trata da
responsabilização pelo fato do produto e do serviço. Esta seção cuida dos
danos relacionados a relações de consumo, também chamados acidentes de
consumo.

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● Artigo 29, CDC → “Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-


se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às
práticas nele previstas”.

¤ O capítulo em que está inserido o mencionado dispositivo é o capítulo V


(práticas comerciais). O seguinte é o capítulo VI (proteção contratual).

¤ Fazem parte da área de regulamentação deste artigo as práticas que dizem


respeito à oferta, à publicidade, às práticas abusivas, à cobrança de
dívidas, e às condutas referentes a bancos de dados e cadastro de
consumidores.

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CONCEITO DE FORNECEDOR
3. CONCEITO DE FORNECEDOR

● Artigo 3o, caput, CDC → “Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica,


pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem,
criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou
comercialização de produtos ou prestação de serviço”. (rol exemplificativo)

¤ Art. 966 do Código Civil → “Considera-se empresário quem exerce


profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a
circulação de bens ou de serviços”.

¤ Consumo de Serviço Público → Poder Público também pode ser


fornecedor, ele próprio diretamente (principalmente mediante empresas
públicas) ou por meio de concessionárias ou permissionárias de serviço
público.

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3.1 FORNECEDOR MEDIATO E IMEDIATO

● Fornecedor mediato ou indireto → Compõe a cadeia de consumo, embora


não mantenha uma relação direta com os consumidores. Atuam por meio da
realização de práticas tais como a produção, fabricação, montagem, criação,
construção, transformação, manipulação, importação, exportação, distribuição,
apresentação, acondicionamento, entre outras.

● Fornecedor imediato → Mantém relação direta com o consumidor, ou seja,


é o que atua de forma mais específica na comercialização de produtos e/ou na
prestação de serviços diretamente para os consumidores. Assim, são
fornecedores imediatos os que atuam exercendo atividades de oferta,
publicidade, vendas, realização de serviços, entre outras.

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